Os sete sacramentos da Igreja expressam os sete eixos fundamentais de nossa existência:

• Batismo: o nascimento, uma nova vida. A família, os parentes e os amigos acolhem felizes o novo ser. Não querem que ele venha a enfrentar as mesmas dificuldades e os mesmos sofrimentos experimentados pelos adultos. Fazem votos para que essa nova vida esteja livre de doenças, dores, humilhações. Esperam que ela seja justa, livre, amorosa, feliz.
• Eucaristia: a alimentação é fundamental à nossa sobrevivência. O ser humano pode viver sem muitos bens materiais a que estamos acostumados, como ocorre em certas nações indígenas. Mas não pode viver sem comida e bebida. A comida e a bebida são os mais fortes símbolos da vida. Quando celebramos vida - no aniversário, no casamento, na formatura, no Natal - usamos sempre a comida e a bebida. Assim, nessa comida e bebida que nos dá vida, Jesus introduz seu próprio corpo e sangue, como sinal da comunhão de Deus conosco e da fraternidade humana.
• Penitência: não somos super-homens; o erro, o fracasso e a frustração são como sombras que nos acompanham ao longo da vida. Reconhecer nossas falhas e deficiências; ter a humildade de ser do tamanho que somos, nem maiores, nem menores; saber perdoar e pedir perdão; começar de novo - são atitudes essenciais a uma vida saudável e digna.
• Confirmação: há um momento em que deixamos de ser crianças, fechados em nosso próprio ego, dependentes, e começamos a participar da sociedade em que vivemos. Agora, formamos o nosso espírito crítico, assumimos compromissos de justiça, o saber distinguir o certo do errado, procuramos tornar melhor o mundo que nos cerca.
• Matrimônio: o amor que Deus infunde em nosso coração é partilhado na união com outra pessoa. Já não somos sós. Todo o nosso projeto de vida será um projeto de amor, a dois, como se fôssemos um, na unidade da família.
• Ordem: todo ser humano aspira à unidade, à paz, à fraternidade. A ordem nos torna participantes da missão sacerdotal de Cristo, comprometidos a celebrar, anunciar e edificar a união das pessoas entre si e com Deus.
• Unção dos Enfermos: por vezes, nos deparamos com os limites da vida - um acidente de trânsito, a doença, a violência da injustiça que nos atinge, a velhice. É preciso encontrar energias que nos façam acreditar na vida, dom maior de Deus. Saber que a vida não tem um fim, ela prossegue, noutra qualidade, para além da morte. [3]