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Os Sacramentos

Sacramento vem do latim sacramentum e na sua origem significava "juramento sagrado" ou "compromisso sagrado", assumido de modo público e visível. Era a cerimônia de juramento da bandeira das legiões romanas. 

Como muitos termos hoje utilizados na linguagem cristã, também este foi tomado da linguagem comum, inclusive política e militar. Foi o teólogo Tertuliano quem introduziu sacramentum para expressar o compromisso sagrado que o cristão assume ao ser batizado em Cristo.

Na Igreja primitiva, só adultos recebiam o batismo. Mais tarde, sacramento tornou-se sinônimo de símbolo e de rito sagrado. [1] A linguagem dos sacramentos é sempre evocativa: lembra um encontro, registra uma experiência, narra um fato, revela o lado mais profundo das coisas. Os sacramentos da Igreja evocam a presença libertadora da Trindade: o Pai, o Filho e o Espírito Santo. [2]

Mistério vem do grego mysterion e significava "desígnio" ou "plano secreto". Aplicado pelos cristãos ao batismo, à confirmação e à eucaristia, passou a expressar a profunda comunhão com Deus trinitário e com os irmãos, vivida nas celebrações sacramentais. Portanto, para nós cristãos, mistério não é sinônimo daquilo que não se consegue explicar. Significa algo que se experimenta, como o amor, mas que não se consegue traduzir em palavras. [1]

Sinal deriva do latim signus. É toda coisa que nos remete a outra. Por exemplo, dois pedaços de madeira cruzados, um na vertical e outro na horizontal, tornam-se sinais do cristianismo; a foice e o martelo nos remetem ao comunismo; a mão fechada com o polegar levantado é o sinal de que está tudo bem. Todo sinal revela uma realidade invisível, maior do que ele, que se esconde por trás dele. [1]

Símbolo é um substantivo nascido do verbo grego sym-ballein, que significa "reunir" ou "juntar". (…) Hoje, símbolo e sinal são sinônimos, pois evocam realidades ouj experiências que não cabem em nossas palavras. Os sacramentos cristãos são chamados símbolos porque evocam a própria vida divina em nossas vidas. Essa é uma experiência real que a nossa fé nos abre; porém, ela é intraduzível, indefinível e incomunicável. [1]

RITO: Se o gesto simbólico é expressão de uma experiência, deve brotar de dentro. Não há, pois, sentido em regulamentar o uso de gestos simbólicos, dizer: "Se você está triste, faça tal gesto ou tal outro". E, no entanto, há algo disso na experiência humana: o rito. É um gesto simbólico regulamentado. Para entender como é possível algo assim como um rito, sem sufocar a força e a expressividade do gesto simbólico, serve uma comparação feita por Harvey Cox (Nota do autor: trata-se de um teólogo protestante norte-americano). Ele explica a função do ritual, comparando-a com um fenômeno linguístico. Todo idioma tem sua estrutura. Quem quiser comunicar-se numa determinada língua, precisa dominar vocabulário, gramática, sintaxe - quanto mais, melhor. Entretanto, justamente a estrutura da língua possibilita a liberdade de expressão. Um Guimarães Rosa, por ser mestre da língua, pode criar em sua obra todo um linguajar novo, original, que não se encontra nos dicionários ou gramáticas. Mas só o pode fazê-lo por dominar a estrutura da língua. E o leitor só o entenderá na medida em que a língua portuguesa lhe for familiar. A estrutura da língua não escraviza, pois, quem fala e escreve, mas lhe possibilita mais meios de expressar-se livremente. Quanto mais lhe for familiar essa estrutura, mais livremente a pessoa se exprimirá. Com o ritual se dá algo semelhante. Ele ao mesmo tempo traça rumos e abre possibilidades. Quanto mais se domina a estrutura e o sentido de um ritual, mais a criatividade poderá atuar. Desde que o ritual não se fossilize em expressões estereotipadas obrigatórias, garantidas por leis imutáveis, asseguradas por sanções. Mas o problema então não é o ritual, é de seu uso. (Francisco Taborda S. J. Sacramentos, práxis e festa. Petrópolis, Vozes, 1987. P. 74-75.)

fonte:
Betto, Frei, Coleção Fé e Libertação. Catecismo Popular. Ed. Ática, 1990 :
[1] 2º Volume: "A comunidade de fé" p. 22-23.
[2] 2º Volume: "A comunidade de fé" p. 31.
[3] 2º Volume: "A comunidade de fé" p. 39-41.
Boff, Leonardo. Minima sacramentalia: Os sacramentos da vida e a vida dos sacramentos. Petrópolis, Vozes, 1975.