Antigo
Testamento
O AT se divide em 4 partes: Pentateuco,
livros históricos, livros proféticos e livros sapienciais.
Os textos mais antigos do AT são o cântico
de Míriam, que se encontra no livro do Êxodo(15,21), e o cântico de Débora,
que se encontra no livro dos Juízes (cap.5).
Os livros históricos são: Josué,
Juízes, Rute, Samuel, Reis, Crônicas, Esdras, Neemias, Tobias,
Judite, Ester e Macabeus. Apresentam a história desde 1230 a.C.
até 160 a.C.
O último escrito do AT é o livro da
Sabedoria, escrito em torno do ano 50 a.C.
Pentateuco significa "cinco rolos", a
forma antiga do livro. O Pentateuco é formado pelos seguintes livros: Gênesis,
Levítico, Números e Deuteronômio. O Pentateuco é também chamado de Torá,
isto é, Lei. Isso porque o seu conteúdo central é formado por leis que
deram a estrutura básica da vida de Israel, o povo de Deus. Lei ou "Torá",
na Bíblia, não é algo primeiramente jurídico. É a instrução dada pelo
sacerdote para resolver um conflito.
Os livros proféticos são: Isaías, Jeremias,
Lamentações, Baruc, Ezequiel, Daniel, Oséias, Joel, Amós, Abdias, Jonas,
Miquéias, Naum, Habacuc, Sofonias, Ageu, Zacarias, Malaquias.
Os livros sapienciais são: Jó, Salmos, Provérbios,
Cântico dos Cânticos, Eclesiastes, Sabedoria e Eclesiástico. Sabedoria e
Eclesiástico chegaram a nós escritos em grego.
Gênesis é uma palavra grega que significa
"geração". O primeiro livro da Bíblia traz esse nome porque
logo no seu início temos dois relatos da criação - geração - de todo o
universo. De fato, o livro reflete sobre as origens do universo e da Terra,
do homem e da mulher, do pecado, da cultura, dos diversos povos, do povo
israelita. Mas não está interessado em explicar como tudo isto surgiu; e
sim, aprofunda, à luz da fé, a natureza e o sentido da vida e da história
de tudo o que existe.
A fruta de Gn 3 não é a maçã. Costumou-se
falar da maçã por influência da mitologia antiga, que considerava a maçã
como símbolo da tentação. A maçã talvez tenha entrado nesta história
porque, durante muitos séculos, muitos cristãos falavam a língua latina;
ora, em latim, malum pode ser tanto o mal como o pé de maçã. Daí a ligação
de uma coisa com a outra.
O relato do dilúvio é, na Bíblia, uma
interpretação teológica de catástrofes conhecidas por todos os povos da
antiguidade.
Êxodo é uma palavra grega que significa
"saída". O segundo livro da Bíblia tem esse nome porque na sua
parte inicial relata a saída - libertação - dos hebreus da opressão do
Egito.
Os Dez Mandamentos os Decálogo apresentam o
projeto de Deus para construir uma sociedade justa. Na Bíblia há 2 versões
do Decálogo: Ex 20 e Dt 5.
O livro do Levítico é assim chamado porque
contém leis que dizem respeito ao culto e que foram elaboradas pelos
sacerdotes-levitas.
O livro dos Números é assim chamado porque em
sua grande parte apresenta genealogias e recenseamentos. Em hebraico é
chamado "Bamidbar", que significa "no deserto".
Deuteronômio significa, em grego,
"segunda lei". Todo esse livro é uma espécie de reedição do Código
da Aliança de Ex 19-23. Na Bíblia Hebraica o Deuteronômio é chamado
"Debarim" - "Palavras".
Os livros das Crônicas são assim chamados a
partir de São Jerônimo, que considerou esses livros como referentes a
acontecimentos históricos.
Os livros de Macabeus são assim chamados por
causa de Judas Macabeu e seus irmãos, protagonistas da revolta dos judeus
contra a dominação estrangeira.
O livro do Eclesiastes é assim chamado por
causa da tradução grega do termo hebraico "Qohélet", entendido
como "aquele que invoca a assembléia" ou que é membro dela.
O livro do Eclesiástico - em hebraico
Sabedoria de Jesus, filho de Sirac - tem esse nome devido ao largo uso que a
Igreja primitiva dele fazia.
Os juízes (em hebraico "julgar"
significa "dizer a última palavra") eram líderes das tribos de
Israel. Os "maiores" eram líderes militares. Os
"menores" tinham a função permanente de administrar a justiça.
Os Salmos eram cantos feitos para serem
acompanhados por cordas. Além do Livro dos Salmos, o AT contém outros
Salmos isolados.
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