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Redação

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OS LEGIONÁRIOS ALEMÃES "BRUMMER"
(Nas Guerras contra Oribe e Rosas e do Paraguai)

 

• Os Legionários "Brummer" de 1851

A Lei do Orçamento nº: 586 de 06 de novembro de 1850, em seu parágrafo 4º do artigo 17, autorizou o Poder Executivo do Brasil a contratar estrangeiros para a 1º Linha do Exército, com a condição de somente serem empregados nas fronteiras.
Esta providência fazia parte dos preparativos para a mobilização para a Guerra contra Oríbe e Rosas, do Uruguai e Argentina, consistente em elevar-se a 1º do Exército ao efetivo de 26.000 homens.

• Contratação dos Legionários Alemães

Foi incumbido de contratar alemães para o nosso Exército o deputado por Pernambuco e capitão de Engenheiros Sebastião Rego Barros, ex-ministro da guerra em 1837. Tinha por missão paralela adquirir o equipamento e material bélico necessários para equipar essa tropa.

A missão de Rego Barros, coincidiu com a desmobilização do Exército do condado de Scheleswig - Holstein, organizado no início de 1851 para guerrear a Dinamarca. Isto facilitou o recrutamento de cerca de 1.800 soldados para o Brasil, de alto nível cultural e técnico, sob a promessa de terras em nosso país ao final de quatro anos de serviço, ou de prêmio em dinheiro, para retornarem à Alemanha no fim daquele prazo.

A grande maioria radicou-se em definitivo no Rio Grande do Sul onde prestou, durante meio século, vigoroso concurso ao Desenvolvimento e Segurança do Brasil no Sul.

• Armamento e equipamento adquiridos

Na ocasião foi adquirido o seguinte material:
Cerca de 200 fuzis Dreyse ( à tige), a agulha de carregar pela culatra. Era o que de melhor e mais evoluído havia na Europa. Foi o fuzil que armou os soldados prussianos que reunificaram a Alemanha. Mais adiante voltaremos a este assunto

Cerca de 12 canhõpes Prussianos.
Duas equipagens de pontes com pontões birago e 40 carretas Austríacas de 4 rodas, para tração cavalar ou muar.
Os canhões e equipagens de pontes se mostraram impróprios para as realidades operacionais das campanhas do Rio Grande do Sul e do Uruguai, com carência absoluta de estradas e pontes e onde a tração bovina era a mais indicada.

• Vícios de Origem

Essa legião chegou ao Brasil entre maio e setembro de 1851, conforme demonstra o quadro anexo. Copmo condi'~ao contratual ela deveria ser submetida discíplinarmente ao Sistema Prussiano, ao invés do adotado no Brasil, um misto de Conde de Lippe, marechal Guilherme Beresford e do general português Zagalo.

O sistema prussiano era mais um Código de Honra baseado na disciplina consciente. Era ideal para os profissionais prussianos, mas não para os integrantes dessa legião, "uma verdadeira salada de frutas", no dizer de Carlos von Koseritz.

Os comandantes de unidades não puderam selecionar seus oficiais. Houve casos de inversões hierárquicas na transposição do Exército de Schleswig - Holstein para o brasileiro e outros defeitos na contratação realizada sob pressão de uma guerra iminente. Os próprios agentes de Rosas trataram de minar o moral desses legionários, após fracassarem na tentativa de contratar mercenários Italianos. E esses efeitos se fizeram sentir na própria viagem, onde, a bordo do "Henrich", houve um motim no qual alguns legionários de Artilharias pretenderam apresentar-se ao serviço de Rosas. Tais males e mais o de inadaptabilidade ao ambiente, condições operacionais específicas das campanhas do Rio Grande do Sul e do Uruguai, choques culturais e participação de somente uma Divisão Brasileira na batalha de Monte Caseros, resultou numa pequena porém decisiva desses legionários na guerra.

Transporte Marítimo na Região Alemã para o Brasil ( Abr-Set 1851)

Data Partida da Alemanha em 1851 Navio a Vela Comandante do Navio Efetivo da Tropa Tipo de Tropa Che-gada ao Rio Carga e Passageiros
07 Abril Hamburgo Henrichsen 270 856 Homens 25/05 1º e 3º Cia. Hans Shioet destacou-se em Monte Caseros
14 Abril Danzig Pust 246 do Batalhão 02/05 2º e 4º Cia.
04 Maio Caeser Godeffroy Behn 340 Infantaria 21/06 5º e 6º Cia. Von der Heyne
11 Maio Kolonist Bade 158 476 Homens 28/06 1º Cia.
03 Junho Maria Böhn 139 do 28/07 2º Cia.
05 Junho Eibe Mudhlenroth 189 Grupo 30/07 3º Cia. Von Helde
22 Junho Heinrich Boyen 156 Infantaria 10/08 4º Bateria.Adolfo Jaeser, von Koseritz e Cap.Otto Brinkmmann
  Mercurius Material Artilharia        
04 Julho Freihandel Steffen 61 272 homens de duas (2) 22/08 Sgt Sebastian Werner, herói de Monte Caseros
18 Julho Flydg Dutchman Cooper 147 Companhia 06/09  
26 Julho Mathilde Von Buttel 64 Sapadores 14/09 Alexandre Klein

Total Transportado: 1.770 homens. Fonte: Notícias hamburguesas. Hamburgo-Alemanha.7/01/1852. (*) É data estimada pelo autor com base na viagem do Caesar Godeffroy de 47 dias. A confirmação poderá ser obtida pelos jornais do Rio da época.


• 15º Batalhão de Infantaria

Esta unidade foi a que conseguiu recrutar o maior número de veteranos de guerra na Europa. Deslocou-se do Rio de Janeiro para Pelotas, onde esteve concentrada algum tempo. Daí seguiu por água até Jaguarão, e por terra até Colônia do Sacramento.

Oitenta de seus melhores homens tiveram atuação destacada e decisiva na batalha de Monte Caseros, armados com os célebres e modernos fuzis Dreyse.
Terminada a Guerra, marcharam de Cerro, em Montevidéu, até Pelotas, isso em plena estação invernosa.

A seguir foram estacionar em Rio Pardo, onde, por término de contrato, em 1854, seus integrantes fixaram-se, em sua grande maioria, no Rio Grande do Sul.

• Artilharia Prussíana

Não conseguiu reunir elementos com grandes habilitações em Artilharia. Eles foram transportados do Rio de Janeiro para as cidades de Rio grande e Pelotas, onde as crônicas registraram uma série de alterações.

Parte dessa unidade foi transportada de Rio grande para Colônia. Não tiveram oportunidade de atuar na Campanha contra Rosas.
Terminada a guerra , foram mandados sucessivamente para Rio grande, Rio Pardo e São Gabriel. Nesta última localidade muitos integraram o atual Regimento Mallet de santa Maria, ou a Bateria Alemã, de tão destacada atuação na Guerra do Paraguai.

• Companhia de Sapadores

Foram elas enviadas diretamente do Rio de Janeiro para Mondevidéu.
Não conseguiram cumprir a missão que lhes confiara Caxias, de marcharem por terra de Montevidéu a Colônia. Não tinham conhecimento do material Birago, além de terem recebido cavalhadas chucras para tracionar as pesadíssimas carretas de quatro rodas, através do campo. Em consequência foram dissolvidas e passaram a integrar, como Infantaria, a Divisão Brasileira que participou da batalha de Monte Caseros, de 03.02.1852.

Retornaram ao Brasil, por terra, integrando o 15ºBI. Em Porto Alegre tentaram restabelecer uma Companhia de Sapadores, com 25 deles e mais oficiais do 15º BI.
Finalmente essa companhia foi dissolvida em 1854, por término de contrato. Alguns deles integrariam o Corpo de Pontoneiros na Guerra do Paraguai.

• OS "Brummer" na Guerra contra Oríbe e Rosas

Os "brummer" que participaram dessa campanha foram em torno de 1.700. Seria impossível destacar a contribuição militar de todos, mas ela pode encontrada na bibliografia citada.

No entanto, merecem destaque alguns "brummer" ou ações por eles praticadas em conjunto, visto que se inserem entre nossos heróis e glórias militares.
A maioria não teve oportunidade de entrar em ação de guerra, porquanto a participação do Brasil na aliança com os generais Urquisa, Virasoro, e orientais - respectivamente de Corrientes, Entre Rios, e Uruguai ffoi de uma Divisão Brasileira de 4.022 homens, integrada por 260 "brummer"(80 infantes e 180 sapadores usados como infantes).

Isso representou 0,06% do efetivo da Divisão, E os "brummer" representaram 0,10% do efetivo brasileiro concentrado em Diamante, num total de 12 mil homens que não participaram das operações de guerra em território argentino.

Os "brummer, e os fuzis Dreyse em Casero

Os 80 infantes brummer ao comando do capitào da Guarda Nacional de São Leopoldo Francisco José Wildt, coadjuvado pelo tenente (brummer) Hans Zacharias Schioet, desempenharam importante papel como integrantes do 8º BI do major Carlos Resin, suíço alemão naturalizado brasileiro, que adoeceu antes da batalha, sendo por isso substituído pelo major Antônio Vaz de Almeida.

Eles avançaram com seus fuzis Dreyse a agulha, certeiros e de longo alcance, com os quais caçaram à bala os artilheiros inimigos que bloqueavam o avanço brasileiro. Lideraram a ruptura da posição rosita, "ação considerada a mais decisiva naquela batalha ( segundo o tenente Siber) e o general Marquês de Souza reclamou a glória para o Brasil de Ter sido o primeiro a atingir aquele ponto".

Aqui devemos convir sobre a relevância militar desta ação decisiva, a justificar a contratação dos brummer.
A ela compara-se somente a realizada pelo legendário 2º Regimento de Cavalaria Ligira do tenente-coronel Osório, a qual rompeu em outra parte a artilharia inimiga, carregando destemidamente ao trote.

O porqê da importância dos fuizis Dreyse

Para que se possa entender a importância dos fuzis Dreyse, transcrevemos estudo de Widersphan:
"Enquanto todo o exército imperial barsileiro ainda usava um modelo de fuzil e de mosquetão e pederneiras e de antecarga (carregamento pela boca), modelo anterior aos depois entre nós famosos tipo Minié, raiado, maas ainda de antecarga, da guerra do Paraguai, com estess legionários "brummer"vieram os primeiros fuzis e mosquetões tipo Dreyse, modelo prussiano, de percussào de agulha ( em francês, tige; em alemão Zundnadel), já de retrocarga.

Estes haviam sido oficialmente adotados na Prússia, deste 1840. Foram uma criação do industrial alemão Johann Nicolaus von Dreyse, que após ser aperfeiçoado entre 1809 e 1814, em Paris, numa das fabricas dos fuzis napoleônicos, montara em sua pátria, na Turingia, em 1824, uma pequena fábrica.

Aí, em 1827, inventara o novo sistema de percussão de agulha, de seu nome, adaptando -o satisfatoriamente num fuzil raiado de retrocarga, revolucuionando toda a indústria bélica de sua época, como antecessor do sistema Mauser de nossos tempos.

Adotado em 1840 pelo exército prussiano, somente a partir de 1841 montara uma grande indústria própria para a fabricação desse armamento portátil, inclusive de sua munição.
As vitórias decisivas da Prússia com o seu reorganizado exército, tanto em 1864 contra os dinamarqueses, como contra os austro-húngaros em 1866, na Boêmia e no Sul da Alemanha, firmaram o valor deste novo sistema, embora ainda apresentasse os inconvenientes de um calibre de 18 mm um tanto pesado demais.

Na guerra franco-alemã de 1870-71 esta desvantagem de peso acentou- se, em face da maior rapidez e precisão de fogo do novo armamento francês de 11 mm, também de retrocarga.

• Contribuição histórica da imigração militar dos Brummer

O binário "brummer" X colono acelerou o progresso da colônia de São Leopoldo e das demais.
O brummer representou a cultura em boas escolas da Alemanha, e o colono a vontade férrea de trabalhar com vistas a um melhor bem-estar material, mas até então com horizontes bem restritos. Até o mais simples soltados brummer haviam recebido instrução na Alemanha. E essa instrução era de muito valor numa região como o Rio Grande do Sul, onde era inexpressivo o número de escolas e matrículas.

Segundo o brummer Carlos von Kszeritz, "os colonos alemães estavam ilhados em suas picadas de mata virgem há mais de 25 anos, sem apreciáveis ligações com a pátria de origem nem com o novo ambiente". Estavam completamente por fora, como se diria hoje!

E este papel integrador foi o que representou para eles os brummer cultos. Segundo ainda Koseritz, o mais destacado dos últimos:

"Para os colonos alemães, os recém -chegados legionários constituíram verdadeiros lêvedos, ou melhor dito, substância de fomento que poderosamente incentivou o progresso material e cultural entre os imigrados, conquanto, inevitavelmente, trouxessem a seu meio algum germe de desídia".

De 1824 a 1854, durante 30 anos haviam entrado no Rio Grande do Sul 7.491 imigrantes alemães, não computados os brummer, os ex-soldados dos batalhões do Imperador (27º e 28º Batalhões de Caçadores e Lanceiros alemães), comerciantes e outros.

Com os nascimentos, é possível que o número de alemães e seus descendentes no Rio Grande do Sul já atingissem os 17 a 20 mil referidos pelo tenente Siber. O que se observa é que de 1849 até1853 somente entraram no Rio Grande do Sul 164 imigrantes.

Os brummer vieram recompor o ritmo imigratório interrompido, e compensá-lo culturalmente pela alta qualidade dos mesmos.
Não só mais braços, como sobretudo cérebros e técnicos, até então em pequeno número. Os últimos lançaram os fundamentos da industrialização gaúcha.

Em 1858, seis anos após o estabelecimento dos brummer no Rio Grande do sul, já existiam em São Leopoldo 889 fábricas, oficinas e lojas, a maioria de propriedade dos brummer que ali se radicarm após deixarem o Exército.

Bateria de Voluntários Alemães

Em 19 de junho 1865, o Presidente da Província Francisco Rego Barros, irmão de Sebastião de Rego Barros que contratara a Legião "Brummer" em 1851, autorizou a organização de uma bateria de Artilharia com voluntários alemães.

Foi encarregado dessa tarefa o prestigiosio brummer Carl Ferdinand Schneider. Ele apelou aos ex-legionários brummer para se alistarem em sua bateria, e muitos o fizeram, principalmente em Santa Cruz do Sul, Rio Pardo, São Leopoldo e Porto Alegre.

A bateria foi equipada com dois canhões Wythworth.
Nos dias 30 de setembro, e 1º e 2 de outubro de 1865, pela manhã, ao meio dia e á noite, a bateria deu salvas de 21tiros em regozijo pela rendição paraguaia em Uruguaiana. Na última salva o capitão Schneider acidentou-se em consequência de um descuido da terceira peça, que disparou antes do tempo e o atingiu com seu sopro, queimando -o seriamente.

Em consequência, não pôde embarcar para a guerra, só o fazendo a 24 de dezembro. Foi encontrar-se com sua bateria em Corrientes (Argentina), já incorporada ao atual Regimento Mallet de Santa Maria.
Em 1º de março de 1866, submetido à inspencção de saúde, foi declarado inapto para serviço militar. Por conseguinte, retornou a Porto Alegre em Abril.

Era natural de de Stralssund (pomerânia), onde nasceu a 31 de julho de 1825. Faleceu em Porto Alegre, com 63 anos, a 23 de novembro de 1888.
Scheider foi chacareiro e proprietário de cocheiras em Porto Alegre, e gozava de grande prestígio social.

Em 28 de outubro, ainda no Arsenal de Guerra, a bateria deu as salvas de honra à chegada do Imperador em seu retorno de Uruguaiana, onde assistiu à rendição paraguaia. A bateria embarcou para o Paraguai no dia 23 de novembro, à oito horas, a bordo do vapor "São Paulo, sob o comando do brummer 1º tenente Reisswitz von Wilhelm. "A maioria dos voluntários ostentava a Cruz de Holstein e a Medalha da Campanha do Uruguai, ou seja a maioria era ex-brummer.

A Bandeira Alemã na Catedral de Porto Alegre

A Bateria Alemã cumpriu o seu papel nesta guerra. Poucos foram os seus integrantes que tiveram a ventura de voltar.
A 6 de junho de 1870, uma bandeira esfrangalhada pela metralha, despotada e manchada de sangue, era recolhida à Catedral de Porto Alegre. Era a bandeira da quase extinta Bateria de Voluntários Alemães que havia se incorporado, por falta de efetivo aos restos do glorioso 33º VP e Cprpo Policial de Porto Alegre (1º Companhia era de Sào Leopoldo), formando então o 19º VP.

Desses corpos só retornaram 449 bravos, e aquela bandeira acreditamos lá tenha ficado "trapo precioso em cujas dobras bem junto ao coração brasileiro palpitaria muitas vezes, nos esto dos entusiasmados heróicos, o forte coração daqueles alemães e sobre a qual se cimentaria, para sempre, indissolúvel Fraternidade, para liga-los ainda mais à pátria e a seus irmãos de origem diversa.

• Dois Oficiais Reiswitz von na Guerra do Paraguai

Oficial Prussiano Reisswitz von Frederico Wilhelm, nasceu em 24.08.1820 Breslau Alemanha. Faleceu em 02.10.1876 aos 51 anos de idade Causa: Enfermidade, pois tinha uma ferida muito grande no rosto (Provavelmente Câncer). Viajou no veleiro Heinrich, saído de Hamburgo em 22.06.1851. Foi 2° Tenente da Artilharia. Demitido a 16.05.1856. Em Maio de 1865 foi autorizado na cidade de Rio Pardo no Estado do Rio Grande do Sul, para fazer o Alistamento de Voluntários Alemães. Em princípios de Junho do mesmo ano, o Marechal Lima e Silva autorizou a Wilhelm von Reisswitz, em Rio Pardo, para alistar voluntários naquela cidade e em Santa Cruz do Sul. Este Ex-Oficial da Artilharia dos Brummer foi o primeiro a inserir um anúncio no "Deutsche Zeitung"de 7 de Junho de 1885 com os seguintes dizeres:

• Alistamento de Voluntários.

Wilhelm von Reisswitz comunica que foi autorizado pelo Sr. Marechal Lima e Silva de alistar soldados em Rio Pardo, Santa Cruz e arredores para o batalhão de voluntários, que receberão passagem paga até Porto Alegre, onde serão logo engajados e mantidos.

Finalmente a 19 de novembro, a "Bateria Alemã recebeu ordens para embarcar rumo a Montevidéu, sem o seu comandante, ainda hospitalizado . Na realidade embarcou só no dia 23 de novembro às 8 horas da manhã, no Vapor "São Paulo". A maioria dos voluntários ostentava a "Cruz Holstein"e a Medalha da Campanha do Uruguai". Estavam bem equipados, e sob o comando interino do 1° Tenente Wilhelm von Reisswitz.

Em abril de 1866, como não desejava servir sob outras ordens, a não ser pelo Capitão Schneider, que foi declarado inapto a continuar no comando por motivos de saúde e ferimentos ocorrido na Guerra, Wilhelm von Reisswitz solicitou demissão do seu cargo.

O Ex-Tenente Reisswitz von Adolf, nasceu em Glatz, distrito de Breslau,31.10.1923. Faleceu em 10.06.1868 Causa: Cólera na Guerra do Paraguai. Entrou para o serviço ativo da Prússia em 01.10.1841 e 5 anos depois passou para reserva. Foi Sargento na Campanha de 1848-49. Em dezembro de 1850 era alferes pelo ducado de Schleswig-Holtein. Contratado no Brasil para servir por 2 anos a 01.10.1851; contrato renovado em 1853. Demitido a 16.05.1856. Servira no antigo corpo de sapadores dos Brummer, recebendo ordens de transferir-se de Porto Alegre para Pelotas a fim de servir naquela companhia de voluntários alemães. Foi ela muito elogiada pelo Presidente da Província, que ordenou sua transferência para a Capital, para daí marchar para o teatro da guerra, junto com outras unidades já concentradas em Porto Alegre.

Consta Reisswitz von Alfredo, como 2° Tenente da Artilharia.

Fonte: Estrangeiros e Descendentes na História Militar no Rio Grande do Sul 1635 a 1870 de: Cláudio Moreira Bento- Editora: A Nação.

Copiado por Roberto Heberle

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