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Anita Garibaldi
A heroína de dois mundos desnudou-se como uma mulher corajosa, protagonista de ações destemidas na Guerra dos Farrapos e na unificação da Itália

 

Impaciente, entediado e carente de companhia feminina, o italiano Giuseppe Garibaldi debruça-se sobre a amurada do barco e aponta a luneta para a cidade de Laguna. Tem um sobressalto. Uma bela mulher revela-se aos seus olhos. Incendiado, sem pensar, o herói farroupilha desce à terra e percorre as ruas estreitas à procura da jovem. A busca não surte resultado. No desanimado caminho de volta, o italiano é convidado para um café pelo sapateiro Manuel dos Cachorros. Apresentado à mulher do anfitrião, agradece aos céus: é a moça da luneta.

– Tu deve ser mia – diz a ela.


Busto de Anita Garibaldi

Ana Maria de Jesus Ribeiro, então com 18 anos, não titubeia. Deixa o marido para acompanhar o italiano. Abandona uma vida medíocre e se torna Anita Garibaldi, a mulher que combate de igual para igual com os homens, a heroína de dois mundos.

A lua-de-mel o casal passa na guerra. Acompanhando Garibaldi, Anita luta ao lado dos rebeldes gaúchos que fazem a Guerra dos Farrapos. Já no primeiro combate, em 1839, empunha a carabina e exibe sua coragem. Em novembro, na batalha em que os imperiais retomaram Laguna, comanda a artilharia do navio Rio Pardo, disparando o primeiro tiro de canhão contra os inimigos. Destemida, cruza 12 vezes o campo de combate, num escaler, carregando munição e feridos. Só abandona a luta depois de resgatar o amante.

As demonstrações de heroísmo e valentia se sucedem, para espanto masculino. Capturada pelos inimigos em Curitibanos (SC), consegue escapar atravessando o Rio Canoas a nado e embrenhando-se sozinha na mata por oito dias. Em 1840, é surpreendida pelos imperiais em Mostardas (RS). Seminua, com o filho de 14 dias nos braços, escapa a cavalo. Depois de um período no Uruguai, segue com o marido para a Itália, onde até hoje é venerada como heroína da unificação do país.

Destemor e paixão são uma coisa só na personalidade de Anita. Em várias ocasiões, Garibaldi pede que ela permaneça em lugar seguro enquanto ele se arrisca. “Você quer é me deixar”, ela responde, e arma-se para acompanhar o marido nos combates. Em julho de 1849, 10 anos depois de o casal se ter conhecido, Garibaldi comanda a defesa da República de Roma contra os franceses. Enquanto janta com oficiais no quartel-general, alguém bate à porta. Giuseppe abre-a, abraça quem chega e anuncia:


antiga casa de Anita Garibaldi

– Senhores, temos mais um soldado!

Trata-se de Anita, que atravessara uma região controlada pelos inimigos austríacos para juntar-se ao marido. A derrota frente aos franceses acaba forçando a fuga. Vestida de homem, a catarinense enfrenta cavalgadas noturnas, má alimentação e noites ao relento. Ardendo em febre, morre nas proximidades de Ravena. Tem 28 anos e está grávida do quinto filho.


Museu "Anita Garibaldi

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