TABELA 5
Necessidade de financiamento em divisas da balança de pagamentos, 1968-1973 - US$ milhões
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Ano |
Fluxo negat. bal. pag. |
Neces. finan. bal. Pag |
Novos empréstimos |
Invest. Diretos |
Cresc. anual div. |
|
1968 |
2.806 |
730 |
996 |
63 |
544 |
|
1969 |
2.960 |
726 |
1.284 |
136 |
487 |
|
1970 |
4.379 |
1.236 |
1.505 |
122 |
892 |
|
1971 |
5.498 |
2.159 |
2.037 |
168 |
1.327 |
|
1972 |
7.241 |
2.688 |
4.299 |
318 |
2.899 |
|
1973 |
10.530 |
3.360 |
4.495 |
940 |
3.050 |
|
å |
|
10.899 |
14.616 |
1.747 |
|
Fonte: BACEN.
Fluxo negativo da balança de pagamento: despesas de transações correntes mais amortizações .
Necessidades de financiamento da balança de pagamentos: saldo de transações correntes mais amortizações.
Novos empréstimos a médio e longo prazo.
Extraído: GOLDENSTEIN, Sérgio. A dívida externa brasileira - 1964/1983: evolução e crise. Rio de Janeiro, 1986. Ed. Guanabara. Quadro 22, pp.101.
Esse período entre 1968-1973 teve algumas características bem marcantes. A primeira característica foram as altas taxas de crescimento, com a economia alcançando taxas anuais de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) superiores a 10%. A segunda característica marcante do período foram as taxas de inflação relativamente baixas, começando o período (1968) com 25,4%, ficando em 18,1% em 1971, diminuindo para 14,0% em 1972, e fechando o ano de 1973 em 13,7%, como pode ser observado na tabela 6 sobre a inflação no Brasil.
TABELA 6
Inflação no Brasil * 1968-1979
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Ano |
Inflação(%) |
Ano |
Inflação(%) |
|
1968 |
25,4 |
1974 |
34,5 |
|
1969 |
20,2 |
1975 |
29,2 |
|
1970 |
19,2 |
1976 |
46,4 |
|
1971 |
18,1 |
1977 |
38,8 |
|
1972 |
14,0 |
1978 |
40,8 |
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1973 |
13,7 |
1979 |
77,2 |
Fonte: Fundação Getúlio Vargas, Conjuntura Econômica, BACEN.
(*) Índice Geral de Preços.
1968 a 1973 Extraído: GOLDENSTEIN, Sérgio. A dívida externa brasileira - 1964/1983: evolução e crise. Rio de Janeiro, 1986. Ed. Guanabara. Quadro 19, pp.96.
1974 a 1979 Extraído: BRESSER PEREIRA, L C. Economia brasileira - uma introdução crítica, 4ª edição. São Paulo, 1985. Ed. Brasiliense.
Outra característica marcante desse período foi a desproporção inter-setorial, ou seja, o ritmo de desenvolvimento das indústrias de bens de capital não conseguia acompanhar o ritmo das indústrias de bens de consumo duráveis. Houve um aumento de demanda por bens duráveis, contudo, a oferta não conseguia acompanhar essa demanda.
Foi justamente por causa da desproporção inter-setorial juntamente com o 1° choque do petróleo que foi elaborado o II PND (plano nacional de desenvolvimento) que tinha como objetivo principal, fortalecer o setor de bens de capital e assim conseguir aumentar a oferta interna de insumos básicos, e com isso amenizar as desproporções que haviam entre o setor de bens de capital e o setor de bens de consumo duráveis.