1.1- Introdução.
O desempenho da economia brasileira na década de 70 está intimamente ligado ao seu endividamento externo, que além de financiar os déficits de conta corrente, passaria também a incrementar a poupança interna, e assim acelerar o desenvolvimento econômico.
Este capítulo está dividido em três partes que retratam o comportamento da dívida externa brasileira e sua ligação com a economia nacional no período compreendido entre 1968 a 1982.
A primeira parte enfoca o período 1968-1973, no qual a dívida externa brasileira experimentou um aumento extraordinário devido à conjuntura nacional e internacional sinalizarem para o endividamento externo como a melhor alternativa para o desenvolvimento do País.
O período 1974-1978 é enfocado na segunda parte do capítulo. Neste período analisa-se como a diminuição das exportações (por causa das taxas negativas de crescimento das economias capitalistas desenvolvidas) e o aumento das importações brasileiras (devido a 1ª crise do petróleo e também devido a desproporção inter-setorial do período do "milagre econômico") afetaram a balança comercial, e de que maneira o II Plano Nacional de Desenvolvimento (PND) foi articulado para amenizar o desequilíbrio ocorrido neste período, principalmente, via desenvolvimento do setor de bens de capitais e insumos básicos.
A terceira parte do capítulo revela o impacto do 2° choque do petróleo, e, principalmente, do choque das taxas de juros internacionais sobre a economia brasileira, tendo como reflexo mais imediato; o aumento do custo de manutenção da dívida externa; o crescimento das despesas com importação; e fundamentalmente, a incapacidade de uma economia com superendividamento de responder satisfatoriamente a esses distúrbios internacionais.