ENFIM, O SONHO SE TORNA REALIDADE !
Este minuto que passa é a nossa oportunidade
de mudar a realidade envolvente, este é o sonho , para que tal
aconteça é necessário apontar e provar do amargo
e do doce da vida esta é a interpretação que fazemos
(ES) do sonho.
Algures, numa viagem rumo a Lisboa, ocorreu-nos aquilo que muitas
vezes nos tinha ocorrido, mas nunca se tinha materializado em palavras.
Demos por nós a escrever mentalmente este editorial vezes sem
conta, e uma vez que se trata do primeiro número, havia a necessidade
de demonstrar o objectivo deste projecto. No entanto, tal tarefa tornava-se
extremamente difícil, tendo em conta que o trabalho encetado
por todos levava a uma imagem única daquilo que o “Estado
de Sítio” (ES) representava para cada um.
- Eis, se não quando... o filme que era exibido durante a viagem
lançou uma série de ideias das quais duas frases nos ficaram
na memória;
“cada momento que passa é uma nova oportunidade para mudar
o rumo da realidade envolvente” e “ para se conhecer o doce
é necessário percorrer o amargo da vida” ; qualquer
coisa assim...
Os mais atentos, ou aqueles que tiveram a oportunidade de o ver, já
perceberam que se trata de um filme acerca do limiar da realidade e
do sonho, ou mais concretamente, quando e porquê estamos perante
qualquer um destes estádios.
De forma alguma queremos fazer uma crítica cinematográfica
( a rúbrica dos 7 sentidos que trate disso), no entanto, a temática
suscitada;- o que é o sonho? - ; - o que é a realidade?-;
transporta-nos para a necessidade inerente que cada ser humano tem em
se alienar, ou simplesmente, fazer uma interpretação diferente
daquilo que nos rodeia.
O sonho surge então como um escape, como uma figura de estilo,
como algo que nos acolhe e fornece o calor para continuarmos a lutar.
O sonho é simultaneamente o irreal e aquilo que não gostaríamos
que fosse a realidade. É claro!, tão claro como uma questão
de interpretação pessoal.
Tudo aquilo que vemos, tudo aquilo ouvimos, tudo aquilo que tocamos
nada mais é do que a imagem filtrada pela nossa interpretação.
A realidade é, e sempre será, filtrada nos nossos sentidos.
Em última análise, será sempre a nossa mente a
atribuir o tom a cada uma das cores.
Este minuto que passa é a nossa oportunidade de mudar a realidade
envolvente, este é o sonho , para que tal aconteça é
necessário apontar e provar do amargo e do doce da vida esta
é a interpretação que fazemos (ES) do sonho.
Este projecto representa algo de muito pessoal e diferente para cada
um de nós, esperamos que não seja apenas um sonho, que
não se desvaneça com o passar dos tempos, e que cada momento
seja a nossa oportunidade de ajudar a criar uma impressão em
todos aqueles que querem ter opinião.
... A obra vive do desejo de a partilhar...
Direcção do ES
(...) Deus quer
O Homem sonha
A obra nasce (...)
Fernando Pessoa