Como já vimos na seção [1.4], quando uma estrutura é submetida
a uma ação, esta se desloca. Sabemos ainda que alguns nós da estrutura têm seus deslocamentos
previamente determinados, como por exemplo nos apoios. Esses deslocamentos previamente
determinados são as condições de equilíbrio cinemático da estrutura, que também chamamos
de condições de contorno.
Além dos nós onde esses deslocamentos são conhecidos, a estrutura pode possuir outros
nós onde não se conhece os valores dos deslocamentos. Nesses pontos, os deslocamentos
são indeterminados, e a quantidade desses deslocamentos indeterminados é o grau de
indeterminação cinemática da estrutura.
Como exemplo, podemos analisar a estrutura da Figura 11-d. Nesta
estrutura existem 8 nós. Como se trata de uma estrutura plana, em cada um desses nós
existem três possibilidades de deslocamento (translação em x, translação em y e rotação em z),
totalizando um total de 24 deslocamentos possíveis. Desses 24 deslocamentos possíveis 3 são
determinados, que são as translações nos dois apoios. Assim esta estrutura possui
19 indeterminações cinemáticas.
Já no caso da estrutura na Figura 11-d existem 8 nós com 6 possibilidades
de movimento (estrutura espacial), totalizando 48 possibilidades de deslocamento. Dessas
48 possíveis, analisando os apoios, percebemos que 10 deslocamentos são determinados
(2 apoios do 2º gênero e 2 engastes), fazendo com que a estrutura possua 38 indeterminações
cinemáticas.
Em análise estrutural, também costuma-se chamar o número de indeterminação cinemática de
graus de liberdade da estrutura.