Uma estrutura será internamente estaticamente indeterminada quando não for possível
calcular as forças que atuam internamente na estrutura, mesmo nos casos onde seja possível
calcular as reações de apoio. Do ponto de vista prático, as forças internas que atuam
na estrutura são os esforços internos (momento fletor, esforço cortante, esforço normal,etc).
Esta situação onde não se consegue calcular os esforços internos da estrutura ocorre
quando os elementos estruturais se fecham em uma célula impossobilitando calcular o
equilíbrio de uma seção transversal através da divisão da estrutura em carregamentos
a esquerda e a direita de uma seção, tal como ocorre nos exemplos apresentados na
Figura 11.
O cálculo do grau de indeterminação estática interna
não é tão simples quando
o cálculo de
. De modo simplificado calcula-se
da seguinte forma:
Onde
é igual ao número de células fechadas onde não se pode dividir a estrutura em
esquerda e direita, e
é o número de esforços internos presentes na célula.
No exemplo da Figura 11-(a) existe uma célula e três esforços
internos na célula, uma vez que em barras de pórticos planos podem existir momento
fletor, esforço normal e esforço cortante. Portanto, neste caso
. No caso da
Figura 11-(d) existem três células e três esforços em cada célula,
logo,
.
O grau de indeterminação estática total é igual a soma dos graus de indeterminação
estática exterior e interior, e quanto maior for esse número, maior será o esforço
computacional para calcular as forças incógnitas, maior será o esforço computacional
do método da flexibilidade.