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Personalidades da Guerra



Kennedy, John Fitzgerald (1917-1963), presidente dos Estados Unidos (1961-1963). Foi eleito senador em 1952 e, em 1961, tornou-se o presidente mais jovem e o primeiro católico a ocupar o cargo.
Em política exterior, fracassou ao tentar invadir a Baía dos Porcos, Cuba, em 1961. Um ano depois, quando se soube que a União Soviética instalara mísseis atômicos em Cuba, Kennedy pressionou para que os mísseis fossem retirados e Nikita Khrutchev atendeu o pedido dos Estados Unidos. Nessa ocasião, foi decidida a instalação do chamado telefone vermelho, entre Moscou e Washington, para facilitar a comunicação imediata em caso de crise.

No seu governo, o envolvimento norte-americano no Vietnã cresceu enormemente.

Em política interna, apoiou a corrida espacial e enviou ao Congresso a proposta de uma legislação contra a segregação racial nos serviços públicos e a favor da integração escolar. A maioria das propostas foram aprovadas em última instância em 1964, pela lei dos Direitos Civis.

Em 22 de novembro de 1963, foi assassinado em Dallas (Texas), quando percorria em carro aberto uma das principais avenidas da cidade. Uma comissão de inquérito (Comissão Warren) chegou à conclusão de que o único assassino havia sido Lee Harvey Oswald, ex-soldado norte-americano, apesar de terem sido identificados vários outros possíveis autores do atentado, envolvidos com a máfia e exilados cubanos.




Churchill, Sir Winston (1874-1965), político britânico, conhecido principalmente por seu valor como primeiro-ministro na época da II Guerra Mundial.

Foi co-responsável pela Guerra Bôer, sendo convertido em herói nacional ao protagonizar uma arriscada fuga depois de ter sido capturado. Em 1900, foi eleito deputado do Partido Conservador até 1904, ano em que se uniu ao Partido Liberal. Sua carreira política abrange diversos ministérios nos gabinetes de Herbert Henry Asquith e David Lloyd George e o cargo de primeiro-lorde do Almirantado (1911-1915).




Eisenhower, Dwight David (1890-1969), general e político norte-americano. Em 1942 foi designado comandante-em-chefe das forças norte-americanas na Europa e, em 1944, dirigiu da Força Expedicionária Aliada para a invasão da França. Em 1951, regressou à Europa como comandante supremo da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).

Sua popularidade durante a II Guerra Mundial assegurou a eleição para a presidência dos Estados Unidos (1953-1961). Em assuntos internos, desenvolveu uma política moderada, mas fracassou ao tentar reprimir medidas propostas pelo senador Joseph McCarthy e negou apoio ao emergente movimento dos direitos humanos.

Na política externa, pôs fim à Guerra da Coréia, em 1953. Seguindo as orientações de seu secretário de Estado, John Foster Dulles, rompeu as relações diplomáticas com Cuba, após a vitória da revolução liderada por Fidel Castro. Em 1960, ao assumir a responsabilidade pelo vôo do avião espião U-2 sobre a URSS, impossibilitou o estabelecimento de relações diplomáticas com a União Soviética.




McCarthy, Joseph Raymond (1908-1957), político norte-americano e senador do Partido Republicano. Tornou-se famoso por denunciar que o Departamento de Estado e outras esferas do país estavam infiltrados por grande número de comunistas, o que o levou a realizar audiências públicas da Comissão de Atividades Antiamericanas. Embora suas denúncias nunca tenham chegado a ser comprovadas, suas acusações foram levadas a sério.




Stalin, Josef (1879-1953), político soviético. Permaneceu longo tempo no poder e modelou os aspectos que caracterizaram o regime soviético.

Enquanto estudava teologia converteu-se ao marxismo russo, e foi expulso do seminário em 1899. Nesse mesmo ano se filiou ao Partido Operário Social-democrata Russo, e em 1903 foi exilado na Sibéria. Sob o regime czarista sofreu outras sete detenções e deportações.

Seu apoio à facção bolchevista do partido foi mais pragmático que teórico. Lenin o nomeou, em 1912, membro do Comitê Central. Após a revolução de março de 1917, controlou as decisões do partido e foi nomeado Comissário dodo Povo (ministro) para as Nacionalidades, e em 1922 tornou-se secretário geral.

Após a morte de Lenin, venceu a todos seus rivais políticos (Trotski, Zinoviev, Kamenev y Bukharin) graças a uma hábil manipulação e utilização dos órgãos do partido e do Estado, e em 1929 já tinha consolidado sua posição como sucessor de Lenin e reforçado seu poder como líder único da União Soviética.

Em meados da década de 1930 iniciou uma grande campanha de terror político. Os expurgos, as prisões e as deportações para os campos de trabalho afetaram uma grande parte da população da URSS.

Apesar do pacto germano-soviético de 1939, as tropas alemães invadiram a União Soviética em junho de 1941, durante a II Guerra Mundial. O exército soviético encontrava-se muito debilitado pelos expurgos políticos da década de 1930. Stalin comandou pessoalmente a guerra contra a Alemanha nazista e, após a vitória soviética na batalha de Stalingrado, afirmou-se como um dos líderes mundiais.




Castro, Fidel (1927- ), político cubano, principal dirigente de Cuba desde 1959.

Depois que Fulgencio Batista assumiu o controle do governo cubano em 1952, Castro tornou-se o líder do grupo Movimento 26 de Julho, facção antigovernamental clandestina cujas ações culminaram no assalto ao quartel de Moncada em 1953, motivo pelo qual foi preso e posteriormente exilado.

Em 1956 regressou a Cuba com uma força de 82 homens, entre eles, seu irmão Raul e Ernesto Che Guevara. O Movimento foi ganhando apoio popular e em dezembro de 1958 avançou até Havana, ato que poria termo à Revolução Cubana. Castro declarou-se a si mesmo primeiro-ministro em fevereiro de 1959, cargo que ostentou até 1976, quando assumiu a presidência do Conselho de Estado.

Negociou acordos sobre armamento, créditos e alimentos com a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), e levou a cabo a depuração de seus rivais políticos. Nacionalizou os recursos cubanos, estabeleceu um sistema de saúde e educação gratuitas, promoveu uma profunda reforma agrária baseada na coletivização de propriedades e estabeleceu um Estado socialista de partido único.




Lenin, Vladimir Ilitch Ulianov (1870-1924), revolucionário e teórico político russo, fundador do Estado que se tornaria a União Soviética e presidente do primeiro governo instalado depois da Revolução Russa de 1917.

Em 1887, depois da prisão e execução de seu irmão mais velho por ter participado de uma conspiração para assassinar o czar Alexandre III, começou a participar de atividades revolucionárias radicais.

Em 1895 participou na fundação da União para a Luta pela Emancipação da Classe Operária de São Petersburgo e foi detido e deportado para a Sibéria até 1900. Depois deste primeiro desterro, fugiu para a Suíça, onde fundou o jornal Iskra (A centelha) em colaboração com Georgi Plekhanov, L. Martov e outros marxistas. Seu projeto para a revolução se baseava na existência de um partido submetido a uma disciplina férrea que conduziria as massas trabalhadoras a uma inevitável vitória sobre o absolutismo czarista.

No segundo congresso do Partido Operário Social-democrata Russo (POSDR), realizado em 1903, sua insistência na importância do profissionalismo dos dirigentes do partido dividiu os membros. Os seguidores de Lenin, que formavam a maioria, passaram a chamar-se bolcheviques, enquanto a oposição era conhecida como setor menchevique, cujos membros foram expulsos do partido em 1912.

Regressou à Rússia depois da Revolução de 1905, mas se viu obrigado a abandonar novamente o país em 1907 devido a falta de apoio, que acabou com a insurreição. Opôs-se à intervenção da Rússia na I Guerra Mundial e insuflou os socialistas a transformarem a guerra imperialista em uma guerra civil.

A Revolução Russa de março de 1917 que derrubou o regime czarista foi um acontecimento que Lenin não havia previsto, mas conseguiu entrar no país por trem procedente da Alemanha. Os bolcheviques, entre eles Josef Stalin, concordavam que os representantes do exército e dos sovietes (juntas) de trabalhadores respeitassem o Governo Provisório que havia se estabelecido, mas Lenin rejeitou esta linha de atuação. Nas chamadas Teses de abril alegou que só os sovietes poderiam satisfazer as esperanças, aspirações e necessidades dos trabalhadores e do campesinato. O congresso do partido bolchevique aceitou o seu programa.

Poucos dias depois da revolução foi eleito chefe de governo. Seu principal interesse era defender o poder conquistado pelos sovietes; agindo conforme este critério, aceitou os termos da Paz de Brest-Litovsk. Entretanto, o jovem regime soviético teve que pagar o alto preço de uma guerra civil (1918-1921).

Quando terminou o conflito, Lenin instaurou a Nova Política Econômica (NEP), que supunha aceitar parcialmente a economia de mercado na União Soviética. Restabeleceu a sociedade pluralista que existia durante os primeiros tempos do regime; não obstante, exigiu a proibição do multipartidarismo e insistiu no princípio de que um só partido controlasse o poder. Sua carreira política terminou em 1923 devido a uma apoplexia.

Entre suas obras desatacam-se: O que fazer? (1902), Materialismo e empiriocriticismo (1909), Imperialismo, etapa superior do capitalismo (1916) e O Estado e a revolução (1917).




Trotski, Leon (1879-1940), teórico do marxismo e um dos principais dirigentes do governo soviético. Depois do início da Revolução Russa, em março de 1917, adquiriu uma enorme popularidade por ser o dirigente mais eloqüente da esquerda soviética. Presidiu o Comitê Militar Revolucionário bolchevique, de onde conduziu com êxito a Revolução.

Ocupou o cargo de comissário (ministro) das Relações Exteriores no governo soviético e negociou a paz com a Alemanha em Brest-Litovsk. Posteriormente, atuou, decisivamente, como comissário de guerra. A ele se deve a fundação, promoção e direção do Exército Vermelho, que obteve uma grande vitória durante a Guerra Civil russa que se seguiu à Revolução.

Depois de Lenin, foi o principal líder do Politburo, mas não conseguiu impedir que a tróica composta por Grígori Zinóviev, Liev Kámenev e Stalin assumisse o poder em 1922, quando Lenin ficou incapacitado para o cargo. Stalin o enviou para o exílio na Ásia central em 1928, e foi expulso da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) em 1929.

Trotski passou o resto da vida procurando um lugar seguro de onde pudesse divulgar suas críticas ao stalinismo. Viveu na Turquia, na França, na Noruega e, finalmente, no México, convidado pelo presidente Lázaro Cárdenas em 1937. Escreveu numerosos ensaios e uma autobiografia. Morreu assassinado pelo comunista espanhol Ramón Mercader.




Truman, Harry S. (1884-1972), vice-presidente (1945) e presidente dos Estados Unidos (1945-1953). Autorizou o lançamento das bombas atômicas sobre Hiroshima e Nagasaki, pondo fim à guerra contra o Japão.

Nas relações políticas internacionais, tomou uma série de medidas para conter o comunismo, originando a Guerra Fria. Ampliou os poderes do Executivo, em detrimento do poder do Congresso. Enviou tropas à Coréia, sob o patrocínio da Organização das Nações Unidas (ONU), e apoiou a França no conflito da Indochina. Afirmou a preponderância dos Estados Unidos no continente americano, através das conferências do Rio de Janeiro (1947) e de Bogotá, onde foi criada a Organização dos Estados Americanos (1948).

O fim do monopólio nuclear norte-americano obrigou o país a comprometer-se em um programa de armas nucleares e a desenvolver a bomba de hidrogênio. No seu governo foi criado o Conselho Nacional de Segurança e a Central Intelligence Agency (CIA), órgão independente do Departamento de Estado e do Congresso. Continuou a política do New Deal, iniciada por seu predecessor, Franklin Delano Roosevelt.

O senador Joseph Raymond McCarthy e o Comitê de Atividades Antiamericanas acusaram o governo de ter permitido a infiltração de elementos comunistas na administração federal, e alguns críticos viram na centralização do poder uma prova de influência comunista.




Roosevelt, Franklin Delano (1882-1945), presidente dos Estados Unidos (1933-1945), o único a ser eleito quatro vezes consecutivas. Membro do Partido Democrata.

Seu programa, conhecido como New Deal, formulado para combater os efeitos da Grande Depressão, fez do governo federal dos Estados Unidos um instrumento ativo de mudança econômica e social, tirando-o do papel passivo que costumava desempenhar diante das situações de crise. Além das medidas de urgência, como a criação da Work Progress Administration (Agência para a Melhoria do Trabalho), o New Deal procurou soluções a longo prazo para os problemas derivados da I Guerra Mundial. Durante a II Guerra Mundial,fez acordos com os aliados para derrotar as potências do Eixo.

Embora a Coalizão do New Deal tenha permanecido durante muito tempo após sua morte, o seu objetivo de manter a paz mediante a criação da Organização das Nações Unidas tornou-se inviável com o surgimento da Guerra fria.




Marshall, George Catlett (1880-1959), militar e político norte-americano, chefe do Estado-maior do exército durante a II Guerra Mundial; como secretário de Estado (1947-1949), desempenhou uma importante função na recuperação econômica da Europa ocidental.

Em 1939, foi nomeado chefe do Estado-Maior e comandou os preparativos bélicos e, depois da entrada do país na II Guerra Mundial, em 1941, tornou-se um dos responsáveis pelo treinamento, organização e distribuição das tropas norte-americanas em todas as frentes, pela designação dos comandantes e pelas operações. Foi um dos principais assessores estratégicos do presidente Franklin Delano Roosevelt.