Consideremos o momento de inércia
de uma superfície de área
em relação a um eixo
, conforme o mostrado
na Figura 7.3, de modo que
é a distância de um elemento
ao eixo
. Desse modo podemos
escrever que:
Consideremoas agora um eixo
paralelo a
, passando pelo centróide
da superfície. Se
é a distância
de um elemento
ao eixo
podemos escrever que
, conforme é mostrado na figura, sendo
a distância
entre os eixos paralelos
e
Se desejamos calcular o momento de inércia da superfície em relação ao eixo
temos que:
O termo
que aparece na Equação (7.3) corresponde ao momento de inércia da superfície em
relação ao eixo que passa pelo centróide (
), o qual denotaremos pelo símbolo
. O termo
é o momento de primeira ordem da superfície em relação ao eixo que passa pelo centróide, e como
já sabemos, É NULO. Finalmente, o termo
corresponde ao valor da área (
), da superfície. Portanto,
podemos reescrever a Equação (7.3) do seguinte modo:
A Equação (7.4) é a forma mais conhecida do teorema dos eixos paralelos, que diz que o momento de Inércia de
uma superfície
em relação a um eixo qualquer
é igual ao momento de inércia dessa mesma superfície
em relação a
um eixo
que passa pelo centróide e é paralelo a
mais o produto entre a área da superfície e o quadrado
da distância entre os eixos
e
.
O teorema dos eixos paralelos serve para obter o momento de inércia de uma seção em relação a um eixo, quando já sabemos o
momento de inércia dessa mesma seção em relação a outro eixo, onde já se sabe o valor do momento de inércia, com a condição
de que os dois eixos sejam paralelos. Vamos ver melhor como isso funciona ? Lembra da sugestão de exercício quando estávamos
obtendo momento de inércia de uma superfície retangular por integração direta ? Vamos então calcular o momento de inécia de
uma superfície retangular em relação a um eixo
que passa pelo centróide e é paralelo ao eixo
que contém
a base do retângulo. Usando a Equação (7.4) podemos escrever que:
Portanto, se queremos obter
, temos que: