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Centro de Gravidade de um Corpo Bidimensional

Inicialmente, consideraremos uma placa horizontal, conforme a mostrada na Figura 6.1. Podemos dividir essa placa em \bgroup\color{black}$n$\egroup elementos infinitesimais, de modo que cada um desses elementos tenha um peso \bgroup\color{black}$\Delta P_i$\egroup, e coordenadas \bgroup\color{black}$x_i$\egroup e \bgroup\color{black}$y_i$\egroup.

Figure 6.1: Baricentro de uma placa
\resizebox{100mm}{75mm}{ %
\vspace{-20mm} %
\includegraphics{/home/marvinsc/Academico/Ueg/Mecanica/2001_1/Aulas/Figuras/baricentro_placa.eps}}



Apesar da curvatura da terra, vamos considerar que para todos os efeitos práticos essas \bgroup\color{black}$n$\egroup forças \bgroup\color{black}$\Delta P$\egroup são paralelas entre si. Sendo assim, podemos reduzir o sistema com \bgroup\color{black}$n$\egroup forças para um que possua apenas uma única força e dois momentos, através das seguintes equações:


\begin{displaymath}
\begin{array}{c}
P = \sum_{i=1}^{n} \Delta P_i \\
\\
M_x =...
...
\\
M_y = \sum_{i=1}^{n} x_i \Delta P_i \\
\\
\end{array}
\end{displaymath} (6.1)



Na Equação 6.1 os momentos \bgroup\color{black}$M_x$\egroup e \bgroup\color{black}$M_y$\egroup são chamados de momentos de primeira ordem da superfície em relação aos eixos \bgroup\color{black}$x$\egroup e \bgroup\color{black}$y$\egroup. Os momentos de primeira ordem medem a tendência de giro de uma superfície em relação a um eixo qualquer, contido no mesmo plano dessa superfície.



Agora, nos resta descobrir, a intensidade e o ponto de aplicação de uma única força \bgroup\color{black}$P$\egroup que seja equivalente ao sistema que contém todas as \bgroup\color{black}$n$\egroup forças \bgroup\color{black}$\Delta P$\egroup. Para que seja equivalente esse força \bgroup\color{black}$P$\egroup deve provocar os mesmos efeitos sobre a superfície que os provocados pelas \bgroup\color{black}$n$\egroup forças \bgroup\color{black}$\Delta P$\egroup. Supondo que as coordenadas que definem o ponto de aplicação da força \bgroup\color{black}$P$\egroup sejam dadas por \bgroup\color{black}$\overline{x}$\egroup e \bgroup\color{black}$\overline{y}$\egroup, podemos escrever que:


\begin{displaymath}
\begin{array}{l}
P = \sum_{i=1}^{n} \Delta P_i \\
\\
M_x =...
...line{x} P = \sum_{i=1}^{n} x_i \Delta P_i \\
\\
\end{array}
\end{displaymath} (6.2)



Fazendo \bgroup\color{black}$n$\egroup tender ao infinito, podemos reescrever as Equações (6.2) do seguinte modo:


\begin{displaymath}
\begin{array}{l}
P = \int dP \\
\\
\overline{x} P = \int x dP \\
\\
\overline{y} P = \int y dP \\
\\
\end{array}
\end{displaymath} (6.3)



A partir das Equações (6.3) podemos obter as coordenadas ( \bgroup\color{black}$\overline{x}, \, \overline{y}$\egroup) do Baricentro G da superfície plana. Como podemos perceber as coodenadas do baricentro dependem apenas da geometria do problema, independendo do tipo de material que constitui a placa.



Como estamos tratando com superfícies planas, podemos expresar o peso em função da área, através da seguinte equação:


\begin{displaymath}
\Delta P = \gamma \, t \, \Delta A
\end{displaymath} (6.4)



Onde \bgroup\color{black}$t$\egroup é a espessura da placa, considerada constante, \bgroup\color{black}$\gamma$\egroup é o peso específico do material que constitui a placa e \bgroup\color{black}$\Delta A$\egroup é uma área infinitesimal de um elemento tomado sobre a placa. Considerando agora a Equação (6.4) podemos reescrever as Equações (6.3) do seguinte modo:


\begin{displaymath}
\begin{array}{l}
P = \int \gamma \, t \, dA \\
\\
\overlin...
...\overline{y} P = \int y \gamma \, t \, dA \\
\\
\end{array}
\end{displaymath} (6.5)



As Equações (6.5) nos permitem então calcular as coordenadas ( \bgroup\color{black}$\overline{x}, \, \overline{y}$\egroup) do Centróide da superfície plana considerada. Considerando o material homogêneo e a espessura da placa constante, podemos simplificar as Equações (6.5) da seguinte forma:


\begin{displaymath}
\begin{array}{l}
P = \gamma \, t \,\int dA \\
\\
\overline...
...t x dA \\
\\
\overline{y} P = \int y dA \\
\\
\end{array}
\end{displaymath} (6.6)



Portanto, podemos escrever que as coordenadas do centróide de uma superfície plana homogênea e de espessura constante podem ser dadas pelas seguintes equações:


\begin{displaymath}
\begin{array}{l}
\\
\overline{x} = \frac{\int x dA}{\int dA...
...
\overline{y} = \frac{\int y dA}{\int dA} \\
\\
\end{array}
\end{displaymath} (6.7)



Analogamente, podemos deduzir as equações que definem a posição do centróide de um fio qualquer contido em um plano, do seguinte modo:


\begin{displaymath}
\begin{array}{l}
\\
\overline{x} = \frac{\int x dL}{\int dL...
...
\overline{y} = \frac{\int y dL}{\int dL} \\
\\
\end{array}
\end{displaymath} (6.8)



Onde \bgroup\color{black}$dL$\egroup é o comprimento de um elemento infinitesimal tomado sobre o fio. Note que na maioria dos casos, o centróide dos fios não estão contidos nos próprios fios, e que no caso das superfícies planas, o centróide pode também não estar contido sobre o corpo definido pela superfície, principalmente nas superfícies vazadas. Perceberemos isso mais atententamente quando entendermos melhor o conceito de centróide.


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marvinsc 2006-03-29