Agora vejamos o caso apresentado na Figura 18:
No caso da viga apresentada na Figura 18-(a) temos uma estrutura estaticamente
indeterminada do segundo grau, e neste caso, a solução do problema via método da flexibilidade
requer que sejam rompidos dois vínculos da viga. No caso específico da viga da Figura
18-(a) foram rompidos os vínculos dos apoios B e C. Como determina o método
da flexibilidade, foram colocados os redundantes estáticos
e
no locais
onde os vínculos foram rompidos, resultando no esquema estrutural da Figura 18-(c).
O próximo passo é calcular os deslocamentos na estrutura liberada nos pontos onde atuam os
redundantes. Em primeiro lugar, calculam-se os deslocamentos devido a ação do carregamento
que solicita a estrutura (o carregamento distribuído
). Em seguida calculam-se os deslocamentos
devido a ação dos redundates
e
.
A partir de agora, chamaremos os deslocamentos
devido aos carregamento de
.
O subíndice
indica apenas que é um deslocamento devido ao carregamento (em inglês load),
não sendo propriamente um subíndice, mais um indicador. Os
terão os subíndeces
,
que indicam a posição
onde o deslocamento está sendo calculado.
Para o caso apresentado na Figura 18-(d), podemos calcular
e
através da técnica da carga virtual unitária do modo ilustrado nas Figuras
19 e 20.
Agora que já calculamos os valores dos deslocamentos devido aos carregamentos atuando
na estrutura liberada, falta calcular os deslocamentos devido a ação dos redundates
atuando na estrutura liberada. Só que desta vez, calcularemos as flexibilidades nos
pontos 1 e 2 de tal sorte que poderemos expressar os deslocamentos devido aos redundantes
em função de suas respectivas flexibilidades. Os cálculos das flexibilidades, está
ilustrado nas Figuras 21 e 22.
Agora que já sabemos as flexibilidades nos pontos 1 e 2, podemos calcular os deslocamentos
na estrutura liberada devido a ação das redundantes estáticas. Uma vez que já foram
calculadas as flexibilidades, podemos expressar os deslocamentos na forma da Equação
(2.5):
Agora que já sabemos quais os valores dos deslocamentos causados pelo carregamento
e pelas redundates, podemos escrever as equações de Equilíbrio para os nós
B e C (que chameremos de 1 e 2), na forma da Equação (2.6):
A Equação (2.6) pode ser matricialmente expressa na forma da
Equação (2.7):
Adotando a nomeclatura semelhante a utilizada por gereweaver, nominaremos
os deslocamentos gerais como
; os deslocamentos devido as cargas de
, e as
forças redundates denotadas por
. Desse modo a Equação (2.7),
é reescrita em temos gerais na forma da Equação (2.8):
Substituindo os valores já calculados para a Equação (2.8), obteremos
a Equação (2.9):
Agora, se desejamos obter os valores das redundantes
, isolamos esse termo da
Equação (2.9), obtendo a Equação (2.10):
De modo, que se desejamos obter os valores das redundantes, precisaremos inverter
a matriz de flexibilidade, conforme indicado na Equação (2.11):
Utilizando a técnica algébrica descrita em boldrini, podemos obter a
inversa da matriz de flexibilidade, dada pela Equação (2.12):
Assim, podemos reescrever a Equação (2.11) na forma da
Equação (2.13):
Resolvendo (2.13), chegamos aos valores dos redundantes expressos na
Equação (2.14)