Inicialmente, consideraremos forças distribuídas de módulo proporcional ao elemento de área no qual elas atuam e que variam linearmente com a distância de a um determinado eixo polar. Um caso clássico que ilustra esse problema é o de uam seção transversal de uma viga sujeita a flexão pura, uma vez que demonstra-se em Resistência dos Materiais que as forças internas em qualquer seção da viga são forças distribuídas, cujos módulos variam linearmente com a distância a partir de um eixo passando pelo centróide da seção. Esse eixo, é conhecido como eixo neutro da seção, de modo que as forças de um lado do eixo neutro são de compressão, e do outro lado são forças de tração, e sobre o eixo neutro as forças são nulas.
O módulo da força resultante
é igual a soma dos módulos das forças elementares
sobre a seção
inteira, portanto:
A integral
que aparece na Equação (7.1) é conhecida como sendo o momento de primeira ordem
da seção em relação ao eixo
. Portanto sabemos que:
E como o eixo neutro coincide com o eixo
, temos que
, e portanto a força resultante que
atua sobre a seção é nula, restando apenas o momento resultante que atua sobre o eixo neutro. Para calcular
o valor do momento tomemos um elemento
, distante
do eixo neutro. Para esse elemento, o momento
de
em relação ao eixo neutro é dado por:
Portanto, para obter o momento resultante
que atua sobre a seção, basta somar todos os
que atuam
sobre a seção, assim, teremos que:
A integral
que aparece na Equação (7.2) é conhecida como momento de sgunda ordem ou momento
de inércia de uma seção em relação ao eixo
, e é matematicamente representado por
. É interessante notar
que
será sempre positivo, uma vez que a área e
serão sempre positivos.
Do mesmo modo que definimos o momento de segunda ordem em relação a
, podemos definir o momento de segunda ordem
em relação ao eixo
, e desse modo teremos: