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Momentos de Inércia de Superfícies Planas

Inicialmente, consideraremos forças distribuídas \bgroup\color{black}$\Delta \vec{F}$\egroup de módulo proporcional ao elemento de área \bgroup\color{black}$\Delta A$\egroup no qual elas atuam e que variam linearmente com a distância de \bgroup\color{black}$\Delta A$\egroup a um determinado eixo polar. Um caso clássico que ilustra esse problema é o de uam seção transversal de uma viga sujeita a flexão pura, uma vez que demonstra-se em Resistência dos Materiais que as forças internas em qualquer seção da viga são forças distribuídas, cujos módulos \bgroup\color{black}$\Delta F = k \cdot y \cdot \Delta A$\egroup variam linearmente com a distância \bgroup\color{black}$y$\egroup a partir de um eixo passando pelo centróide da seção. Esse eixo, é conhecido como eixo neutro da seção, de modo que as forças de um lado do eixo neutro são de compressão, e do outro lado são forças de tração, e sobre o eixo neutro as forças são nulas.

Figure 7.1: Seção transversal de viga sob flexão pura
\resizebox{60mm}{60mm}{ %
\vspace{-20mm} %
\includegraphics{/home/marvinsc/Academico/Ueg/Mecanica/2001_1/Aulas/Figuras/aula7_secao_viga.eps}}



O módulo da força resultante \bgroup\color{black}$F_R$\egroup é igual a soma dos módulos das forças elementares \bgroup\color{black}$\Delta F$\egroup sobre a seção inteira, portanto:


\begin{displaymath}
F_R = \int k y dA = k \int y dA
\end{displaymath} (7.1)



A integral \bgroup\color{black}$\int y dA$\egroup que aparece na Equação (7.1) é conhecida como sendo o momento de primeira ordem da seção em relação ao eixo \bgroup\color{black}$x$\egroup. Portanto sabemos que:


\begin{displaymath}\bgroup\color{black} \int y dA = \overline{y} A \egroup\end{displaymath}



E como o eixo neutro coincide com o eixo \bgroup\color{black}$x$\egroup, temos que \bgroup\color{black}$\overline{y}=0$\egroup, e portanto a força resultante que atua sobre a seção é nula, restando apenas o momento resultante que atua sobre o eixo neutro. Para calcular o valor do momento tomemos um elemento \bgroup\color{black}$\Delta A$\egroup, distante \bgroup\color{black}$y$\egroup do eixo neutro. Para esse elemento, o momento de \bgroup\color{black}$\Delta F$\egroup em relação ao eixo neutro é dado por:


\begin{displaymath}\bgroup\color{black} \Delta M = \Delta F \times y = (k y \Delta A) \times y = ky^2 \Delta A \egroup\end{displaymath}



Portanto, para obter o momento resultante \bgroup\color{black}$M_R$\egroup que atua sobre a seção, basta somar todos os \bgroup\color{black}$\Delta M$\egroup que atuam sobre a seção, assim, teremos que:


\begin{displaymath}
M_R = \int ky^2 dA = k \int y^2 dA
\end{displaymath} (7.2)



A integral \bgroup\color{black}$\int y^2 dA$\egroup que aparece na Equação (7.2) é conhecida como momento de sgunda ordem ou momento de inércia de uma seção em relação ao eixo \bgroup\color{black}$x$\egroup, e é matematicamente representado por \bgroup\color{black}$I_x$\egroup. É interessante notar que \bgroup\color{black}$I_x$\egroup será sempre positivo, uma vez que a área e \bgroup\color{black}$y^2$\egroup serão sempre positivos.



Do mesmo modo que definimos o momento de segunda ordem em relação a \bgroup\color{black}$x$\egroup, podemos definir o momento de segunda ordem em relação ao eixo \bgroup\color{black}$y$\egroup, e desse modo teremos:

\bgroup\color{black}\fbox{\rule[-.5cm]{0cm}{1.25cm} $I_x =\int y^2 dA \;\;\;\;\;\;\;\; I_y = \int x^2 dA$\ }\egroup


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marvinsc 2006-03-29