Para que um ponto sujeito a forças espaciais esteja em equilíbrio, é necessário atender as seguintes equações:
Onde
é o módulo da componente
da resultante, e tal módulo é igual a soma dos módulos das componentes
de todas as
forças presentes no sistema. Do mesmo modo teremos os módulos
e
. Vamos agora ao clássico problema do balde pendurado
(Figura 2.6) para entender melhor o equilíbrio de forças espaciais aplicadas a um ponto.
Este problema consiste em determinar as trações nas cordas que sustentam o balde. Admitamos para esse problema que a massa do balde é
de 20 Kg e que
.
A primeira coisa a fazer nesse problema é calcular os cossenos diretores das direções onde estão as forças. Para isso vamos utilizar
o sistemas de eixos coordenados indicados na própria figura do prblema. O sentido das forças é arbitrário, PORÉM, o bom senso nos
indica que as forças nas cordas tem sentido oposto ao da força peso, assim, vamos admitir que todas as forças ``apontam para cima'',
exceto a força peso que ``aponta para baixo''.
Devemos lembrar também que o vetor
é diferente do vetor
, o que é extremidade em um, é origem em outro,
e como vimos anteriormente, os dois terão cossenos diretores diferentes. Lembrando de tudo isso vamos então calcular os
cossenos diretores das direções AB, AC, AD e OA.
Um bom procedimento a ser adotado é definir inicialmente as coordenadas dos pontos, assim temos que:
| Ponto | x | y | z |
| A | 0 | -160 | 0 |
| B | 450 | 0 | 0 |
| C | 0 | 0 | 320 |
| D | -500 | 0 | -360 |
Agora podemos calcular os cossenos diretores das direções AB, AC, AD e OA.
| Direção |
|
|
|
|
|
|
|
| AB | 450 | 160 | 0 | 477,598 | 0,942 | 0,335 | 0,000 |
| AC | 0 | 160 | 320 | 357,771 | 0,000 | 0,447 | 0,894 |
| AD | -500 | 160 | -360 | 636,553 | -0,785 | 0,251 | -0,566 |
| OA | 0 | -160 | 0 | 160,000 | 0,000 | -1,000 | 0,000 |
Agora que temos os cossenos diretores das direções onde estão as forças envolvidas no problema, resta-nos equilibrar as componentes
das forças nas direções x,y e z. Portanto, teremos que:
Resolvendo o sistema (2.9), teremos que:
Simples, não é mesmo ?. Para obter o equlíbrio de forças espaciais aplicadas em um único ponto, basta fazer com
que a soma vetorial de todos os vetores força aplicados a esse ponto seja nula. Preferencialmente trabalha-se com
a representação analítica dos vetores, visto ser muito mais precisa que a abordagem gráfica, e extremamnete menos
complicada do que as regras trigonométricas do seno e cosseno para os inúmeros triângulos envolvidos nesse problema.
Bom, apesar de em essência, o equilíbrio de forças espaciais aplicadas a um único ponto ser razoavelmente fácil, o
exercício é indispensável, portanto, vamos nos exercitar um pouco resolvendo alguns problemas !