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Jorge Luís Borges

 

Espelhos, labirintos, caminhos, sonhos, mundos paralelos. Ler Borges é entrar no mundo da 
metafísica, um mundo que não tem começo nem fim. 

O conto "Tlön, Uqbar, Orbis Tertius", do livro "Ficções" já está na página.

Outro conto de "Ficções" é "A biblioteca de Babel" que empresta o nome à essa página. O conto
poder ser encontrado em outros sites por enquanto (ver links).  
Por aqui seguem alguns comentários e trechos desse conto fantástico.


A Biblioteca de Babel

"A Biblioteca de Babel" é um conto que invade um espaço poucas vezes explorado na literatura:
O infinito.  Como é a Biblioteca? Um narrador bastante impessoal dá início ao conto descrevendo
fisicamente a Biblioteca, sendo ela física ou não. 

"O universo (que outros chamam a Biblioteca), constitui-se de um número indefinido, e quiçá
infinito, de galerias  hexagonais, com vastos poços de ventilação no centro, cercados por 
varandas baixíssimas.   De qualquer hexágono,  vêem-se os pisos  inferiores e superiores: 
interminavelmente. A distribuição das galerias é invariável.  Vinte estantes, em cinco longas 
prateleiras por lado, cobrem todos os lados menos dois; sua altura, que é a dos andares, excede
apenas a de um bibliotecário normal.  Uma das frentes livres leva a um saguão  estreito, que 
desemboca em outra galeria, idêntica à primeira e a todas." J.L.B. A Biblioteca de 
Babel. 

Os saguões e prateleiras da Biblioteca de Babel não tem fim. Ela guarda todos os volumes de 
todos os livros que já foram escritos, que serão escritos, e inclusive os que nunca serão; 
são estes todos os livros imaginários e possíveis. Parece estranho? E é.  Muito estranho.  
Talvez seja por essa razão que 

Letízia Álvarez de Toledo salientou que a vasta Biblioteca é inútil; a rigor, bastaria um só 
volume, de formato comum,impresso em corpo nove ou em corpo dez,  composto de um número infinito
de folhas infinitamente delgadas. O manuseio desse vade mecum sedoso não seria cômodo:  cada
folha aparente se desdobraria em outras análogas; a inconcebível folha central não teria verso.

Ao longo do conto Borges inventa (sim, inventa) uma série de fatos que teriam ocorrido como
consequência da existência da Biblioteca e seus infinitos livros.   Existe o problema dos 
livros cuja escrita é indecifrável. Existem também aqueles que acharam que deveria-se destruir
as obras inúteis. No entanto, o que provou-se inútil foi tentar interferir na existência da 
Biblioteca, já que 

é tão imensa que toda redução de origem humana resulta infinitesimal. 

Outro problema: já que a Biblioteca tem todos os livros do mundo como encontrar aquele que seja
a síntese de todos os outros? Um método regressivo, quem sabe...

Para localizar o livro A, procurar previamente o livro B, que indique o lugar de A; para
localizar o livro B, consultar previamente um livro C, e assim até o infinito...  

As situações criadas em vista da infinidade da Biblioteca são fantásticas. 
Borges desafia todos os nossos conceitos de tempo, espaço, mundo, realidade e irrealidade a 
serem vistos sob novas perspectivas.



   
O LABIRINTO

Este é o labirinto de Creta. Este é o labirinto de Creta cujo centro foi o Minotauro. Este é o labirinto de Creta cujo centro foi o Minotauro que Dante imaginou como um touro com cabeça de homem e em cuja rede de pedra se perderam tantas gerações. Este é o labirinto de Creta cujo centro foi o Minotauro, que Dante imaginou como um touro com cabeça de homem e em cuja rede de pedra se perderam tantas gerações como Maria Kodama e eu nos perdemos. Este é o labirinto de Creta cujo centro foi o Minotauro, que Dante imaginou como um touro com cabeça de homem e em cuja rede de pedra se perderam tntas gerações como Maria Kodama e eu nos perdemos naquela manhã e continuamos perdidos no tempo, esse outro labirinto.

 


Falar sobre Borges é tão fácil quanto achar um livro na Biblioteca total. A única forma 
razoavelmente satisfatória que eu encontrei para falar de Borges está aqui. Toda e qualquer
outra formalidade técnica parece-me inútil tratando-se desse autor. Se alguém puder me ajudar,
agradeço. Fale sobre a Biblioteca, sobre Ucqbar, sobre o jardim, as ruínas, Funes, o milagre, 
e todas essas coisas intrigantes.
Eu, como humilde admiradora de Borges, não tenho (por enquanto) a pretensão de tentar 
decifrá-lo ou entende-lo (também não cheguei a nenhuma conclusão sobre a possibilidade de 
realizar-se qualquer um desses feitos.) No entando, tenho observado que esforços tem sido 
feitos no sentido de se estudar Borges, por isso trago aqui todos esses links para sites 
de pessoas que tem vivido no limiar da loucura e da razão tentando analisá-lo racionalmente.
Como nosso escritor mesmo disse, "o executor de uma empresa atroz deve imaginar que já a 
realizou.  Deve impor-se um futuro tão irrevogável quanto o passado." 


  
Falar Borges é falar o infinito, o imortal, é adentrar nos hexágonos da 
Babel para vivermos a maior das experiências com o mestre dos infinitos 
labirintos. Por isto ele é imortal. Está dentro de cada um de nós como um ser 
integrante o qual interage conosco sem que percebamos, dada a sua 
importânciae infinitude. Ele é completo; dobra-se, desdobra-se e redobra-se 
em conjunto com os seus infinitos "eus".


Soliana Araújo.



LINKS


Sites

JLB: centro de estudos 
Centro de estudos de Borges de um universidade 
da Dinamarca.  Muito interessante.  Em inglês, espanhol e francês.
 Borges 
Biografia, informações, poesia. Em inglês.
Enciclopédia
 Um glossário de palavras relacionadas com o mundo de Borges. Em espanhol.
The Modern World - Borges
O melhor e mais completo site em inglês que eu encontrei.
The Garden of Jorge Luis Borges
Contos inteiros, inclusive a Biblioteca de Babel.  Em inglês.
The Life and Works of Jorge Luis Borges 
Outro site muito interessante com contos inteiros em inglês e MUITOS poemas em espanhol. 
Traz também muitos links.
Jorge Luis Borges
Finalmente um site em português. Biografia e trechos de obras.
Alguns textos
Esse é o site em português que traz mais obras, por sinal, muito bem escolhidas. Quatro contos,
Borges falando sobre Kafka, e outros. Bom para quem quer ler o melhor de Borges.

Páginas

Borges: The Blind Visionary
Borges, o modernismo, o pós-modernismo e um estudo detalhado de "As ruínas circulares".
Muito interessante. Em inglês.
O jeito Borges de ser
Biografia e algumas curiosidades.  Português.
A loteria na Babilônia
O conto inteiro, como pode ser encontrado em "Ficções".
Ellery Queen’ e o conto
policial em Jorge Luis Borges
Antes da consagração na Europa, o escritor argentino publicou textos na revista ‘EQMM’, 
criada por Queen.– nome fundamental da narrativa detetivesca norte-americana. 
Por Braulio Tavares.
Um século busca compreender o fascínio de Jorge Luis Borges
Outro texto que está no site do Estadão - é muito, muito bom.  Despretencioso, sério, relevante, 
acessível, inteligente.  Antônio Fernando Borges, consegue tudo isso fugindo totalmente dos 
clichês. Vale a pena.


E-mail para a página de Babel, que ainda será 
infinita como a Biblioteca de mesmo nome.


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