Vi minha alma refletida num espelho
Defunta viva
deitei na campa
Agarrada
àquela flor
O coração
estilhaçado,
pelos golpes do amor.
Vi cupido
rodear meu túmulo
Com
a arma que me matou.
Enxotei-o feito
a uma mosca
com a flor que me sobrou.
O coração
cheio de espinhos,
minhas mãos ensangüentadas...
Todo o meu
corpo ferido
Por Afrodite,
aquela malvada.
Estou
como esta rosa;
podre, vermelha-negra.
Joguem terra
neste corpo,
ou então ateiem fogo.
(Sylvia
Escada)