Captar da brisa
O sussurro da calma
E entre os olhos do tempo
Adormecer a espera
Dissolver-me em eternidade
Retendo a chama da vida
E mesmo no fogo ígneo da solidão
Jorrar lavas de esperanças
Acariciar a pedra da dúvida
Na avalanche da busca
E ainda na dor contundente
Cravejar a alma de flores
Desatar das mãos
A suavidade desvairada da palavra
E mesmo no ventre árido
Fecundar-me no silêncio em poesia
© Nandinha Guimarães
Em 02.08.01
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