Pedra de Rio
Quero sair e quebrar vidraças
Ferir-me com seus estilhaços
Misturar meu sangue
com o que resta de azul.
Acordar a noite congelada
Libertar o pássaro engaiolado
Deixá-lo voar bem alto
até o horizonte.
E antes que o dia amanheça
Poder morrer pensando em ti
E renascer pedra de rio
Pois pedra não voa
nem sangra
nem pensa ...
(Edgard Mourão)