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Bravo/Brava
Os herdeiros naturais do Tipo

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História

Embalada pelo tremendo sucesso de mercado do Punto, lançado em 1993 como substituto do Uno, e dado o envelhecimento da linha Tipo, com poucas modificações desde o seu lançamento em 1988, a Fiat resolveu substituí-lo por dois modelos distintos: o Bravo e o Brava.

O lançamento dos modelos no mercado europeu ocorreu em Outubro de 1995, imediatamente após a aposentadoria do Tipo. Tratam-se de dois modelos distintos, mas da mesma linhagem (que também originou os modelos Marea e Marea Weekend, sucessores do Fiat Tempra e da station Tempra SW), que baseiam-se na mesma plataforma e no mesmo padrão de estilismo. São, resumidamente, "irmãos" de personalidades distintas.

A diferença entre o Bravo e o Brava vai além do fato de se tratarem de veículos de três e cinco portas, já que são destinados a tipos diferentes de compradores e filosofias distintas.

Tal como aconteceu com o Punto, a Fiat voltou a demonstrar bastante coragem e inovação no campo estilístico, mas em vez de recorrer a Italdesign de Gugiaro, como no Punto, recorreu ao seu próprio centro de design (o I.D.E.A.) para a criação do Bravo e do Brava.



O visual do Bravo e do Brava (esquerda) é inspirado no bem-sucedido visual do Coupé (direita), que abusa de linhas arredondadas e superposição de formas geométricas. Além disso, o fornato dos faróis procura passar a mesma impressão de "cara de mau" passada pelo Coupé.

O resultado? O Bravo, hatch de três portas, mais esportivo e arrojado, e o Brava, notchback de cinco portas, mais comportado e familiar (mas nem por isso menos requintado) são hoje sucesso de mercado na Europa.



O Bravo (à esquerda)e um hatch de três portas, visando um público jovem e esportivo.
Ja o Brava (à direita),e um notchback de cinco portas, visa um público mais familiar.

Os sucessores do Tipo conseguiram manter a mesma distancia entre-eixos de seu antecessor, bem como o nível de conforto e espaço interno, apesar da plataforma totalmente nova. O design da carroceria do Bravo, de três portas, rouba algum espaço, mas isso fez parte da estratégia da Fiat de direcionar o Brava para um mercado mais familiar.

Entrando nos carros, o painel de linhas suaves, com opção pelas formas elípticas (seguindo a linha do Barchetta) com a volumosa região central onde está o sistema de som integrado ao painel, prima pela elegância, em nada lembrando o "quadradão" painel do Tipo. Os bancos são confortáveis, assegurando o apoio correto.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Na parte mecânica, a Fiat apostou em soluções já comprovadamente eficientes, ou seja, motor dianteiro em posicao transversal com tração dianteira, e suspensão dianteira do tipo McPherson e traseira com braços oscilantes.

 

 

 

 

Inicialmente, a Fiat ofereceu 5 opções de motores:

1.4 12V 4 cilindros em linha, 1370 cc, 80 hp a 6000 rpm, injeção eletrônica multipoint
1.6 16V 4 cilindros em linha, 4 válvulas por cilindro, 1581 cc, 103 hp a 5750 rpm, injeção eletrônica multipoint
1.8 16V 5 cilindros em linha, 4 válvulas por cilindro, 1747 cc, 113 hp a 5800 rpm, injeção eletrônica multipoint sequencial
2.0 20V 5 cilindros em linha, 4 válvulas por cilindro, 1998 cc, 154 hp a 6500 rpm, injeção eletrônica multipoint sequencial
1.9 TD 4 cilindros em linha, diesel aspirado, 1929 cc, 65 hp a 4600 rpm, injeção indireta de combustível

Dessas opções, apenas o 2.0 20V não era disponível para o Brava, de forma a reforçar a imagem de esportividade do Bravo. As demais opções eram todas disponíveis para ambos os modelos.

Com relação a segurança, tanto o Bravo como o Brava oferecem air-bag (de série em todas as versões) e freios ABS (opcionais). Além disso, a estrutura de ambos possui o recurso de deformação progressiva e célula de segurança.

A célula de segurança (em azul nos infográficos acima), o sistema de air-bag para motorista e passageiro (em amarelo, acima) e o sistema de freios ABS (esquerda) demonstram a preocupação da Fiat em que seus novos modelos fossem seguros acima de tudo.

Hoje, cinco anos após seu lançamento na Europa, tanto o Bravo como o Brava são sucesso de mercado. O Bravo é vendido na Europa e tambem na Turquia. O Brava, além da Europa e da Turquia, é vendido também no Brasil, e deverá ser exportado para os outros países da América Latina.


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Bravo

Atualmente, no mercado europeu, existem três versões de acabamento do Fiat Bravo, com sete opções de motorização:

Acabamento

SX Versão de acesso. Disponível com motorizações "80 16v", "100 16v", "TD 75" e "TD 100"
GT Versão intermediária entre a básica SX e a top HGT. Acabamento esportivo. Disponível com motorizações "100 16v" , "115 16v" e "JTD 105"
HGT Versão esportiva top de linha. Disponível apenas na motorização "155 20v"


O Bravo HGT: esportividade pura!

Motorização

80 16v (1.2) 4 cilindros em linha, 4 válvulas por cilindro, 1242 cc, 82 hp a 5500 rpm, injeção eletrônica multipoint
100 16v (1.6) 4 cilindros em linha, 4 válvulas por cilindro, 1581 cc, 103 hp a 5750 rpm, injeção eletrônica multipoint
115 16v (1.8) 4 cilindros em linha, 4 válvulas por cilindro, 1747 cc, 113 hp a 5800 rpm, injeção eletrônica multipoint sequencial
155 20v (2.0) 5 cilindros em linha, 4 válvulas por cilindro, 1998 cc, 154 hp a 6500 rpm, injeção eletrônica multipoint sequencial
TD 75 4 cilindros em linha, turbodiesel, 1910 cc, 75 hp a 4200 rpm, injeção indireta
TD 100 4 cilindros em linha, turbodiesel
JTD 105 4 cilindros em linha, turbodiesel com intercooler, 1910 cc, 105 hp a 4000 rpm, injeção direta e controle eletrônico de avanço


O motor 1.9 JTD "105"


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Brava

Atualmente, no mercado europeu, existem três versões de acabamento do Fiat Brava, com seis opções de motorização:

Acabamento

SX Versão de acesso. Disponível com motorizações "80 16v", "100 16v", "TD 75" e "TD 100"
HGT Versão com acabamento esportivo, intermediária entre a básica SX e a top ELX. Disponível com motorizações "80 16v", "100 16v" e "JTD 105"
ELX Versão luxo. Disponível com motorizações "100 16v", "115 16v" e "JTD 105"


A versão "esportiva" HGT

Motorização

80 16v (1.2) 4 cilindros em linha, 4 válvulas por cilindro, 1242 cc, 82 hp a 5500 rpm, injeção eletrônica multipoint
100 16v (1.6) 4 cilindros em linha, 4 válvulas por cilindro, 1581 cc, 103 hp a 5750 rpm, injeção eletrônica multipoint
115 16v (1.8) 4 cilindros em linha, 4 válvulas por cilindro, 1747 cc, 113 hp a 5800 rpm, injeção eletrônica multipoint sequencial
TD 75 4 cilindros em linha, turbodiesel, 1910 cc, 75 hp a 4200 rpm, injeção indireta
TD 100 4 cilindros em linha, turbodiesel
JTD 105 4 cilindros em linha, turbodiesel com intercooler, 1910 cc, 105 hp a 4000 rpm, injeção direta e controle eletrônico de avanço


O motor 1.8 "100" 16v


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No Brasil

O Bravo estava nos planos da Fiat para o Brasil. Viria como importado (a mesma estratégia utilizada com o Tipo), porém uma alta no dólar ocorrida em dezembro de 1998 (o mês anterior ao início das importações do modelo) fez com que a Fiat mudasse seus planos. O Bravo HGT importado, que anteriormente à crise poderia ser vendido por R$ 29.000,00, teria de ser vendido a quase R$ 50.000,00, valor exorbitante para um carro médio-pequeno de três portas, mais caro até que o próprio Marea top de linha, vendido então a R$ 42.000,00. De fato, já havia algumas unidades do Bravo no país, que seriam sorteados em uma promoção de uma rede de shopping centers (a entrega dos prêmios seria o lançamento oficial do modelo), porém foi dada aos sorteados a opção de trocar os Bravo por Marea, condição aceita por todos.

Em meados de 1999, já em preparação para o lançamento de sua linha 2000, a Fiat divulga oficialmente que o Brava seria produzido no Brasil. O motivo principal para a escolha do Brava (e não do Bravo) foi o fato de o Bravo, por existir apenas na versão de 3 portas, ser destinado a uma parcela mais restrita de mercado. Já o Brava, de cinco portas, poderia atingir uma maior fatia de mercado.


O Brava, segundo a Fiat, atende mais ao gosto do consumidor brasileiro

Tratava-se de uma cartada certeira da Fiat, visto que, após o fim da produção do Tipo no Brasil, em outubro de 1997, a Fiat estava sem opções para o concorrido mercado de carros médios. O GM Astra e o Ford Escort estavam dominando o mercado, a Volkswagen havia recentemente inaugurado sua nova fábrica no Estado do Paraná para produzir o Golf IV e o Audi A3, e tudo o que a Fiat possuia próximo a esta faixa de mercado era o Siena, versão sedã do Palio, fabricada na Argentina, e que, apesar de possuir um excelente porta-malas, não poderia se enquadrar na categoria de carro médio, já que o espaço interno, acabamento e conforto eram exatamente os mesmos do pequeno Palio.

Então, o Brava passou a ser fabricado no Brasil, com algumas modificações em relação ao modelo italiano. A principal delas foi no motor. O Brava brasileiro adotou, inicialmente, o mesmo motor 1.6 16V da Versão top do Palio, porém com a potência reduzida dos 106 hp originais para 99 hp, para que o modelo pagasse menos impostos. Com a recente reforma no regime de tributação de produtos industrializados no Brasil, o motor 1.6 pode recuperar seus cavalos perdidos, e o Brava passou a ter 106hp. Outras modificações dizem respeito ao conjunto de suspensão, rodas e pneus. A suspensao foi reforçada para suportar as péssimas estradas brasileiras, e para que o carro ficasse menos sensivel aos buracos (e o rodar mais macio), a medida dos pneus e rodas tambem foi alterada: em vez das rodas aro 15" com pneus 185/55x15 do modelo italiano, passou a vir com rodas aro 14" e pneus de perfil mais alto, 185/65x14. No interior, a mudança mais marcante foi no quadro de instrumentos, e nisso nós brasileiros fomos privilegiados: em vez do quadro de instrumentos diferenciado existente na versão italiana (com mostradores circulares separados), o Brava brasileiro utiliza-se do mesmo quadro de instrumentos do Marea, com mostradores em meia-lua e conta-giros em todas as versões.


Painel idêntico ao do Marea é um dos diferenciais
do Brava brasileiro em relação ao italiano

Inicialmente, o Brava foi oferecido em apenas duas versões: a SX, mais simples, e a ELX, com acabamento mais luxuoso e equipamentos não disponíveis na lista de opcionais do SX, como rodas de liga leve e faróis de neblina. Ambas as versões utilizavam-se do mesmo conjunto mecânico (motor 1.6 16V de 99/106 hp) e diferenciavam-se apenas no acabamento.

Em fevereiro de 2000, a Fiat lançou no mercado brasileiro outra versão do Brava: a esportiva HGT, com motor 1.8 16V de 127 hp (o mesmo do Marea SX) e detalhes diferenciados como as rodas esportivas de aro 15" (com pneus 195/55) e o discreto aerofólio traseiro, entre outros (saiba mais aqui). Outra excelente cartada da Fiat ja que o mercado brasileiro está carente de modelos esportivos (temos apenas o VW Golf GTI 2.0 - mais caro -, o Marea Turbo - da própria Fiat, também em outra categoria de mercado - e o Ford Escort RS - que é esportivo apenas na aparência, sem diferencial mecânico algum em relação às outras versões).

O Fiat Brava está fazendo relativo sucesso no mercado brasileiro e está tornando-se comum em nossas ruas. Trata-se de um carro com design arrojado, bom nivel de conforto, bom porta-malas e preço relativamente acessivel.


Fiat Brava: receita de sucesso!


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Fontes: Tempra Web Site, The Fiat Bravo Web Site,
Best Cars Web Site, site Fiat Europa, site Fiat Turquia,
site Fiat Brasil, jornal Correio Braziliense (22/02/2000),
revista Auto Motor (outubro/1995)