Petição de Filha (Ana Monteiro)
Reencarnação (Casimiro Cunha e Irthes Terezinha)
Caridade e Perdão (Fidelis Alves)

Senhor!
Quando alguém estiver em oração, referindo-se à caridade, faze que esse alguém me recorde, para que eu consiga igualmente ajudar em Teu nome.
Quantas criaturas me fitam, indiferentes, e quantas me abandonam por lixo imprestável!...
Dizem que sou moeda insignificante, sem utilidade para ninguém; contudo, desejo transformar-me na gota de remédio para a criança doente. Atiram-me à distância, quando surjo na forma do pedaço de pão que sobra à mesa; no entanto, aspiro a fazer, ainda, a alegria dos que choram de fome. Muita gente considera que sou trapo velho para o esfregão, mas anseio agasalhar os que atravessa a noite, de pele ao vento...
Outros alegam que sou resto de prato para a calha do esgoto, mas, encontrando mãos fraternas que me auxiliem, posso converter-me na sopa generosa, para alimento e consolo dos que jazem sozinhos, no catre do infortúnio, refletindo na morte...
Afirmam que sou apenas migalha e, por isso, me desprezam... Talvez não saibam que, certa vez, quando quiseste falar em amor, narraste a história de uma dracma perdida e, reportando-Te ao reino de Deus, tomaste uma semente de mostarda por base de Teus ensinos.
Faze, Senhor, que os homens me aproveitem nas obras do bem eterno!... E, para que me compreendam a capacidade de trabalhar, dize-lhes que, um dia, estivemos juntos, em Jerusalém, no templo de Salomão, entre a riqueza dos poderosos e as jóias faiscantes do santuário, e conta-lhes que me viste e me abençoastes, nos dedos mirrados da pobre viúva, na feição de um vintém.
Meimei
Médium: Francisco Cândido Xavier
Distribuição: Casa de Pai Jacó
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Quem trabalha para o Bem,
Sem qualquer reclamação,
Está sob a Lei de Deus
No esforço de elevação.
Mas quem fere os semelhantes
Com lâminas de tristeza,
Não está na Lei de Deus,
nem da própria natureza
Casimiro Cunha
Médium: Francisco Cândido Xavier
Do livro: "Moradas de Luz", edição C.E.U.
Distribuição: Grupo Espírita "Os Mensageiros"
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"De nada sabes, Mãe..." - eis que eu dizia
A gritar palavrões, cerrando a porta
Trocando-te doente e semi-morta
Por noites de ilusão e rebeldia.
Lembro-te trabalhando, qual eu via,
No tanque de lavar, no apoio à horta...
Partiste para o Além... A dor me corta,
Entretanto, o prazer me consumia...
Fui rica, mas a morte em meu cansaço
Tudo arrasou em penúria e fracasso,
Falando-me em remorso e ingratidão...
Sinto-me só, embora socorrida,
Vem amparar-me, luz de minha vida,
Anjo querido de meu coração.
Ana Monteiro
Soneto recebido pelo médium Francisco Cândido Xavier
em Culto do Evangelho no Lar, em sua própria residência,
na noite de 26-3-95 em Uberaba/MG.
Distribuição: Grupo Espírita "Os Mensageiros"
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Não te enganes, não te iludas,
Anota o que escrevo aqui:
Depois da morte é que a gente
Conhece o que fez de si.
Casimiro Cunha
Quem sabe compreender,
Vive sempre mais feliz;
Se sofre, nada reclama,
Se faz o bem, nada diz.
Irthes Therezinha
Médium: Francisco Cândido Xavier
Do livro: "Paz e Alegria", edição GEEM
Distribuição: Grupo Espírita "Os Mensageiros"
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Um copo de leite... Um pão...
Um gesto em favor de alguém...
Só Deus sabe quanto vale
Qualquer migalha do Bem.
Fidelis Alves
Psicografia: Francisco Cândido Xavier
Do livro: "Chão de Flores", edição IDEAL