|
|

|
01. Ia o chofer levando o seu caminhão de galinha do interior
de Minas para o Rio. Na boléia, para lhe fazer companhia, um papagaio. No meio da
estrada, na saída de uma cidadezinha daquelas, apareceu uma moça pedindo carona. O
chofer não conversou, a moça era ajeitadinha, ele a botou ao seu lado e sumiu na
estrada. Conversa daqui, conversa dali, ele foi direto, cantou logo a moça. Ela disse que
não. O chofer ficou uma fera:
- Ou dá, ou desce!
A moça deu uma hesitadazinha, o chofer pegou o papagaio e jogou ele atrás, na
carroceria, pra não ficar de voyeur, mas quando se viu sozinho, cadê que ela deu?
- Ou dá, ou desce! - berrou o chofer, já sem paciência.
Não é que a moça desceu? Ficou sozinha ali na estrada e o safado do motorista se mandou
para o Rio, pegou ali na altura do Santo Cristo e foi desembarcar na Saúde. Parou o
caminhão e quando foi conferir a mercadoria, levou o maior susto da sua vida. Os
engradados estavam todos vazios, não tinha uma só galinha no caminhão, ou melhor, tinha
uma pobre franguinha, toda encolhidinha lá no fundo, com o papagaio apertando ela no
canto:
- OU DÁ, OU DESCE!
_____________________________________________________________
02. Essa é de papagaio de bordel. Senhora das mais grã-finas, ganhou de presente um
papagaio. Só que ela não sabia que o papagaio tinha pertencido antes a um bordel.
Portanto, logo no primeiro momento em que o bicho viu a sua nova proprietária, foi logo
dizendo:
- Currupaco! Cafetina nova!
A mulher ficou muito chocada, chamou todas as filhas na sala para verem que o papagaio
não tinha modos. Assim que elas entraram, o papagaio foi logo gritando:
- Oba! Material novo no bordel!
Agora, o choque foi completo. A senhora virou-se para as filhas e disse que logo que o pai
chegasse, esse trataria de pôr um fim ao papagaio. O papagaio ficou morrendo de medo,
até que viu o dono da casa entrar na sala, quando deu uma olhada para ele e suspirou
aliviado:
- Oba! To salvo... freguês velho!
VOLTAR
|
|
|
|