TEORIA PÓS-MODERNA

 

 

"...O americanismo e o fordismo correspondem ao maior esforço coletivo para criar, com velocidade sem precedentes, e com uma consciência de propósito sem igual na história, um novo tipo de trabalhador e um novo tipo de homem...Os novos métodos de trabalho são inseparáveis de um modo específico de viver, de pensar e de sentir a vida" (Antonio Gramsci)                              "Ora, o que os intelectuais descobriram recentemente é que as massas não necessitam deles para saber; elas sabem perfeitamente, claramente, muito melhor do que eles; e elas dizem muito bem. Mas existe um sistema de poder que barra, proíbe, invalida esse discurso e esse saber...O papel do intelectual não é mais o de se colocar "um pouco na frente ou um pouco de lado" para dizer a muda verdade de todos; é antes o de lutar contra as formas de poder exatamente onde ele é, ao mesmo tempo, o objeto e o instrumento: na ordem do saber, da "verdade", da "consciência", do discurso" (Michel Foucault)

         

 

        "...houve uma mutação no objeto que não foi, até agora, seguida de uma mutação equivalente no sujeito. Não temos ainda o equipamento perceptivo necessário para enfrentar esse novo hiperespaço, e isso se deve, em parte, ao fato de que nossos hábitos perceptivos foram formados naquele tipo de espaço mais antigo a que chamei espaço do alto modernismo..." (Frederic Jameson)                     "O saber pós-moderno não é somente o instrumento dos poderes. Ele aguça nossa sensibilidade para as diferenças e reforça nossa capacidade de suportar o incomensurável. Ele mesmo não encontra sua razão de ser na homologia dos experts, mas na paralogia dos inventores" (Jean-François Lyotard)                 "Dissimular é fingir não ter o que se tem. Simular é fingir ter o que não se tem. O primeiro refere-se a uma presença, o segundo a uma ausência. Mas é mais complicado, pois simular não é fingir...fingir, ou dissimular, deixam intacto o princípio da realidade: a diferença continua a ser clara, está apenas disfarçada, enquanto que a simulação põe em causa a diferença do "verdadeiro" e do "falso", do "real" e do "imaginário"..." (Jean Baudrillard)         

 

 

         "A correspondência histórica entre a economia política de sinais e os sinais da economia política não constitui argumento suficiente para caracterizar o surgimento do tempo intemporal no pós-modernismo. Devemos acrescentar algo mais: a especificidade das novas expressões culturais, sua liberdade ideológica e tecnológica de explorar o planeta e toda a história da humanidade e de integrar e misturar no supertexto qualquer sinal de qualquer lugar..." ( Manuel Castells)                       "...A morte das "grandes narrativas", tão explícitas nas revoluções pós-modernas, não estimula os atores a integrar sua combinação particular de regras de transação e de suas influências culturais dominantes em um conjunto homogêneo. O universalismo, característica da "esquerda" e da "direita" (mais da esquerda que da direita), que tradicionalmente unificou suas representações nacionais em alianças e "internacionais", é consideravelmente mais débil no mundo pós-moderno dos microdiscursos" (Ágnes Heller)                       "...Como avaliação preliminar, eu diria que, em sua preocupação com a diferença, as dificuldades de comunicação, a complexidade e nuanças de interesses, culturas, lugares etc., o pós-modernismo exerce uma influência positiva. As metalinguagens, metateorias e metanarrativas do modernismo tendiam de fato a apagar diferenças importantes e não conseguiam atentar para disjunções e detalhes importantes...É esse aspecto do pensamento pós-moderno que lhe dá um lado radical..." (David Harvey)

          

        

                          "A idéia moderna da racionalidade global da vida social e pessoal acabou por se desintegrar numa miríade de mini-racionalidades ao serviço de uma irracionalidade global, inabarcável e incontrolável. É possível reinventar as mini-racionalidades da vida de modo a que elas deixem de ser partes de um todo e passem a ser totalidades presentes em múltiplas partes. É esta a lógica de uma possível pós-modernidade de resistência" (Boaventura  de Souza Santos)                                         "Num universo social pós-tradicional, um âmbito indeterminado de cursos potenciais de ação (com seus riscos correspondentes) se abre a cada momento para os indivíduos e coletividades. Escolher entre tais alternativas é sempre uma questão "como se", uma questão de selecionar entre "mundos possíveis"" (Anthony Giddens) 

 

 

                        "Ora, o tipo de homem de julgamento independente, hoje é reconsiderado. Não digo que tenha desaparecido completamente. Porém é gradual e rapidamente substituído por outro tipo de indivíduo, centrado no consumo e no prazer, apático diante das questões gerais, cínico na sua relação com a política, na maioria das vezes aprovador e conformista..."  (Cornelius Castoriadis)                                      "...O aspecto assustador do mundo contemporâneo é que, quanto mais inteligentes tendem a ser as ações, mais elas se acrescentam ao caos. Para usar o termo feliz cunhado por Anthony Giddnes, a nossa incerteza é "fabricada". A incerteza não é algo que "reparamos", mas algo que "criamos" e criamos sempre de modo novo e em maior quantidade, e "criamos através dos esforços para repará-la"" (Zygmunt Bauman)

 

                                                            

 

 

 

 

 

 

 

 

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