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A Maconha

Notícias Históricas

 

O conhecimento e a utilização da planta da maconha, o cânhamo, vêm desde épocas imemoriais até os nossos dias. A sua origem se perde na noite dos tempo, mas a sua história se reconstrói através dos traços que deixaram as impressões e os atos dos homens do passado em documentos que hoje estão conservados em arquivos, bibliotecas e museus.

O mais antigo documento de que se tem notícia, relativo ao cânhamo, é um manuscrito chinês do século XV a.C., intitulado RH-YA, que descreve a planta, sob a denominação de "MO", assinalado a existência de duas espécies, uma que produz frutos (feminina) e outra que só dá flores (masculina).

O Zend-Avesta, manuscrito sânscrito escrito seis séculos a.C., registra as propriedades tóxicas do cânhamo (cadaneh) e de sua resina. E o livro IV dos Vedas se refere à planta, chamando-a fonte da felicidade (vijahia) ou que provoca risos (ananda).

Mas a difusão do costume de fumar as folhas secas da planta começou no Oriente Médio, onde o uso do haxixe, nome que lhe deram os maometanos, era prática muito comum.

No brasil, segundo alguns autores, o cânhamo foi introduzido nos tempos coloniais, para fins têxteis, sendo plantado no Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Para outros, o cânhamo foi introduzido em nossas terra juntamente com o tráfico de negros africanos, que passaram a cultivar a planta clandestinamente nas roças dos Estados do Nordeste e usá-lo como substância tóxica.

Daí o dizer-se que o vício da maconha é ö triste legado da escravatura", no que não concordamos, perfilhando a tese de Ter sido o cânhamo introduzido no Brasil pelos próprios portugueses.

O certo é que as plantações se espalharam e o uso indevido da maconha se tornou um problema, levando às autoridades a coibi-lo. Por uma postura municipal, datada de 4 de outubro de 1830, a Câmara do Rio de Janeiro proibiu a venda e o uso da maconha:

É proibida a venda e o uso do Pito do Pango, bem como a conservação dele em casas públicas: os contraventores serão multados, a saber, o vendedor em 20.000 e os escravos e mais pessoas que dele usarem, em 3 dias de cadeia.

Mas o uso terapêutico do cânhamo é antigo, especialmente como sedativo. Ferreira Migliano escreve que, em 1563, Garcia da Orta, Médico português, em seu livro Colóquios dos simples, publicado em Goa, capital dos domínios portugueses da Índia, registrou os efeitos da maconha (bangue) e, em 1693, Georgius Daniel Coschwitus editou Farmácia plena e útil, onde fez algumas indicações terapêuticas do cânhamo.

A partir de 1937, a maconha foi considerada entorpecente e proibida por lei a sua plantação em todo o território nacional. Com efeito, o produto do cânhamo, de emprego até então limitado em medicina, leva à farmacodependência e pode provocar alteração profunda das células nervosas. A droga foi eliminada dos receituários e caiu progressivamente em desuso na medicina.

Depois de cuidadosas experiências em 16 indivíduos normais, que fumaram maconha de colheita recente e boa conservação, e depois de criteriosa revisão da bibliografia nacional, concluíram que :

A resina de Cannabis sativa, plantada e cultivada no território nacional, pode determinar, quando aspirada, distúrbio psíquicos em 65% dos casos, distúrbios que vão desde o riso abundante e inconseqüente, até à alucinação, à loucura, à agressão e ao homicídio.

Em 1964, foi determinada a estrutura química do Tetrahidrocanabiol (THC) e, em 1966, cientistas israelenses publicaram os resultados de suas pesquisas: estudaram a composição química da maconha e estabeleceram com certeza os seus propícios ativos, produzindo sinteticamente e em forma pura o Delta 9-THC.

A partir de então, os bioquímicos isolaram e identificaram mais de 400 compostos da resina da maconha, dos quais 61 são conhecidos canabinóides, que produzem alucinações e outros efeitos biológicos.

Com efeito sabe-se que o canabidiol temm marcada ação anticonvulsiva e o próprio THC tem ação importante no tratamento do glaucoma e principalmente no controle de náuseas e vômitos em pacientes cancerosos submetidos à quimioterapia.

 

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