
A HISTÓRIA DO SKATE
A princípio o skate era bem simples, era apenas uma tábua sobre 4 rodinhas. Mas o novo esporte começou a chamar a atenção dos jovens de maneira bem repentina, o que logo causou uma divulgação maior e um inevitável aperfeiçoamento do "instrumento". Assim, começaram a aparecer os primeiros skatistas.
A nova mania que se expandia rapidamente começou a chamar atenção da indústria e o comércio. Por volta de 1965 já se fabricavam skates, que passaram a ser vendidos em lojas. Competições de skate começaram a ser disputadas, numa época na qual predominavam as manobras do "free style".
A grande explosão do skate ocorreu em meados dos anos 70, quando o esporte atingiu seu auge. Porém, após esse período, se iniciou uma fase de decadência, e por fim, um fato acabou por derrubar quase toda a comunidade praticante: a revista "Skateboarder", uma das mais conceituadas sobre skate na época, passou a dar muito mais importância à cobertura de eventos sobre bikers.
Foi quando se deu a chamada "morte do skate", isto é, todo o bafafá em cima do assunto se foi, a mídia e o comércio perderam o interesse, pistas fecharam, pessoas aposentaram seus "carrinhos", só sobrando mesmo aqueles que realmente tinham paixão pelo esporte. Por não conseguirem mais divulgação ou pistas próprias para andar, passaram a andar na rua mesmo, usando como obstáculo tudo que encontravam pelo caminho, como escadas, bancos, corrimões, dando origem assim a um novo estilo: o Street Skate.
Os anos 70 também foram o berço do skate vertical, que surgiu de um fato histórico: o racionamento de água ocorrido nos EUA, que obrigava as pessoas a não utilizarem suas piscinas. Os skatistas perceberam que a piscinas vazias poderiam ser ótimos obstaculos para manobras mais radicais. Com todas essas inovações, o skate renasce nos anos 80, tendo sua estrutura aperfeiçoada e a criação das pistas em forma de "U", os chamados Half Pipes. Nessa década já começam a aparecer os grandes nomes do skateboard mundial: Steve Caballero, Tony Alva, Tom Sim, entre dezenas de outros. O esporte finalmente voltava a seu auge.
Nessa época, um garoto magrelo de apenas 12 anos deixava muitos de boca aberta com seus flips altíssimos na rampa e seu estilo bastante técnico. Seu nome: Tony Hawk. Ele e o lançamento do vídeo da Bones Brigade(onde Steve Caballero teve um importante papel) acabaram por catapultar o skate para a vida de muitas pessoas. A partir daí, ele nunca mais entrou em declínio e nos anos 90 já contava com milhares de adeptos, produtos e campeonatos.
No Brasil, a divulgação ainda não é tão forte como em outros países, apesar de já revelarmos ao mundo grandes skatistas. O primeiro grande pico do skate no país foi na década de 80, quando surgiram revistas, vídeos e até álbum de figurinhas. Mas devido à falta de popularidade, a febre foi diminuindo, por falta de interesse de patrocinadores, pouca divulgação e marcas.
Na atualidade, o esporte está tendo uma certa recuperação em sua divulgação devido principalmente à chegada da TV a cabo, com canais que transmitem integralmente campeonatos e outros que dedicam um grande espaço a esportes radicais. Tudo isso ainda foi aliado à imensa diversidade de manobras e técnicas que foram surgindo com tempo, muitas delas criadas pelos grandes skatistas mundiais. Todo esse "processo criativo" foi bastante beneficiado pela nova configuração do skate, com rodas menores, trucks mais leves e shape mais estreito, para facilitar manobras mais complexas utilizadas principalmente no street.
Mesmo com todo esse desenvolvimento, o skate ainda é vítima de certos preconceitos, enfrentados de frente por seus praticantes, que consideram esse esporte como vida.

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