PARQUE NATURAL DA ILHA DO FOGO
O Parque Natural do Fogo encontra-se no coração da Ilha do Fogo, e abrange o Vulção, a cratera e uma paisagem natural única em todo Cabo Verde que merece ser apreciada. O cenário fantástico do Parque Natural torna-o num lugar de paragem obrigatoria para os visitantes, um espaço óptimo de lazer, aventura, inovação, convívio e de descanso.
A beleza paisagistica, a especialidade da fauna e da flora e sua conjugação com o meio, representam no Parque Natural uma herança única, onde as funções ecologicas e as associações naturais estão ainda em grande parte intactas.
Flora e Fauna
Das 82 especies de plantas endemicas de Cabo Verde, 37 surgem na Ilha do Fogo. 31 especies crescem nas zonas altas da Bordeira e 6 delas são endemismos da Ilha do Fogo. A mais espectacular é a Lingua-de-Vaca
(Echium vulcanorum) endemica do Fogo.
Das 18 especies de aves que nidificam na ilha 10 existem na zona, 3 das quais sao endemicas. A mais ameaçada é a ave endemica Gon-Gon (Pterodroma feae)
Paisagem
Os aspectos paisagísticos da cratera (caldeira) cuja parede se mantém intacta é o Pico do Fogo, ainda activo, são aspectos de grandes interesses. No sec. xx ocorreram duas erupções, uma em 12/06/1951 e outra em 02/04/1995, ambas a partir de crateras secundárias na base do vulcão.
O Vulcão Pico do Fogo tem 2 829 m de altitude, e o Pico 2 de Abril que surgiu da erupção de 1995, na sua base, ergue-se a cerca de 2000m.
População
A população de Chã das Caldeiras possui caracteristicas próprias, não só fisicas como também pelo seu modo tradicional de vivencia e convivencia. A população vive principalmente de agricultura e pecuaria. Grande parte das casas foram construidas de forma tradicional a partir da pedra do
Vulcão. Existem ainda as casas redondas (funcos)antigamnete muito comuns. Os habitantes são muito ligados ao espaço em que vivem.
Usos
A área do Parque também apresenta uma zona de grande importancia agricola e fruticola. A fruticultura representa uma importante fonte de rendimento, atravez da produção de diferentes variedades de uvas, que são utilizadas na produção do famoso Vinho do Fogo e do “Manecom” vinho tradicional.
Os valores do Parque encontram-se ameaçados devido a sobre-utilização dos recursos naturais. O Parque Natural do Fogo, cujo fim é a harmonização das necessidades de conservação do ambiente, irá garantir a melhoria das condções de vida da população local, de uma forma compativel com a defesa desses valores, assegurando a conservação da flora e fauna endemica, dos ecossistemas únicos promovendo o desenvolvimento sustentavel da população residente, contribuindo, deste modo, para a melhoria das suas condições de vida.
O artigo seguinte foi tirado no Infopress.com
Presidente Inaugura Parque Natural do Fogo
O Presidente da República, Pedro Pires, exortou sábado, os foguenses, a lutarem para que Fogo e Chã das Caldeiras possam ser considerados patrimónios naturais da humanidade.
Pedro Pires, que falava na inauguração do projecto de preservação e exploração dos recursos naturais da Ilha do Fogo denominado Parque Natural, realçou o facto de Cabo Verde dispor de sítios que, pela sua beleza natural, devem ser considerados patrimónios naturais da humanidade.
O chefe de Estado destacou as utilidades do Parque Natural, não só para a população local mas também para visitantes, sobretudo no domínio de conservação do ambiente.
A preservação e protecção do meio ambiente constituiu preocupação dos cabo-verdianos desde a conquista da independência nacional, tudo na perspectiva de criar melhores condições para a vida dos cabo-verdianos, afirmou Pedro Pires.
A área protegida ora inaugurada e que vem funcionando há cerca de dois anos, através do financiamento da Agência de Cooperação Técnica alemã (GTZ), cobre uma área de 67 quilómetros quadrados 14 por cento da área da ilha do Fogo), abrangendo a Bordeira, Chã das Caldeiras e Pico Novo.
Por sua vez, a ministra do Ambiente, Agricultura e Pescas, Madalena Neves, recordou que a criação da área protegida tem por objectivo a integração da população no processo de preservação do ambiente e a redução da pobreza.
Para a mesma, a protecção do ambiente é uma necessidade para a sobrevivência e, é por esta razão que Cabo Verde considera esta questão como prioridade primeira.
O edil de São Filipe, Eugênio Veiga, também presente na cerimónia, destacou a necessidade de se pensar em outras actividades para melhorar a vida da população abrangida pelo projecto, como a questão de requalificação das residências de Chã das Caldeiras com a construção de casas típicas e o desenvolvimento da fruticultura, a principal vertente económica da localidade.
Na cerimónia usaram ainda da palavra a embaixadora de Alemanha em Cabo Verde, o coordenador nacional do Parque Natural, o delegado do Ministério do Ambiente, Agricultura e Pescas na ilha e o representante de uma das comunidades abrangida.
Plano Especial de Emergência para Vulcão
O Director de Planeamento, Operações e Telecomunicações do Serviço Nacional de Protecção Civil, major Alberto Fernandes, deslocou-se à ilha do Fogo para, em conjunto com os vereadores da protecção civil das câmaras de São Filipe e Mosteiros, proceder a elaboração dum plano especial de emergência para erupções vulcânicas.
Fernandes, acompanhado do vereador da protecção civil de São Filipe, deslocou-se quarta-feira a Chã das Caldeiras, com passagem pelas diversas localidades, a fim de proceder ao levantamento demográfico e do número de habitações existentes nos arredores do vulcão.
Durante a missão, serão identificadas as zonas mais passíveis de ser afectadas em caso de erupção e as zonas de concentração, os itinerários de evacuação, as instalações públicas e privadas que poderão albergar populações e será estabelecido um sistema de aviso e alerta às populações.
Inventariar os meios e recursos existentes na ilha e identificação de pontos onde poderão ser instaladas estações repetidoras são aspectos que serão recolhidos para a elaboração do referido plano.
Na quinta-feira Alberto Fernandes visitou o município dos Mosteiros para recolha de dados e definição de procedimentos de evacuação, mobilização, alojamento, identificação das instalações (caso do aeródromo).
Os planos de emergência, segundo a Lei de Base de Protecção Civil, podem ser classificados, quanto à extensão da situação visada, em nacionais e municipais, e, quanto a sua finalidade, em gerais ou especificas.
Recorde-se que o Pico do Fogo, ainda em actividade, entrou em erupção 27 vezes desde 1500, sendo as duas ultimas em 1951 (12 Junho) e 1995 (2 de Abril).
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