Cada vez mais as práticas
administrativas estão voltadas aos efeitos de longo prazo dessas
mudanças que determinam o ritmo da taxa de obsolescência dos
produtos ou de seus métodos de fabricação, levando
a valorização de duas variáveis:
- Tempo como recurso;
- Criação de equipes interdisciplinares para o desenvolvimento
do produto.
As organizações precisam de capacidade de reação num mundo em que as condições mudam rapidamente, porque as mudanças podem ser ainda mais rápidas no século XXI do que foram nesta século. A empresa tem que se reinventar e inovar para sobreviver e ser competitiva. Para atingir este objetivo precisa gerenciar ciclos curtos em todas as suas operações, desde o desenvolvimento e fabricação de um produto, até sua distribuição e marketing, como também, transformar as pessoas que atuam nestes processos com vistas ao seu comprometimento e sintonia com os objetivos organizacionais.
A empresa do século
XXI será organizada em torno de seus processos e centrará
seus esforços em seus clientes. Será ágil e enxuta,
seus gestores deverão conhecer o negócios da empresa, ter
autonomia, responsabilidade e habilidade no processo de tomada de decisão.
Não haverá lugar para os empregados tradicionais. Os modelos
antigos de empresa, tanto do ponto de vista da estrutura organizacional,
como da gestão das pessoas e do negócio não serão
mais adequados devido às características mutantes do mundo
globalizado.
A centralização
das empresas em seus processos conduzirá a desenhos organizacionais
muito diferentes dos que conhecemos hoje.
Os primeiros patamares
dessa mudança estão sinalizando para:
- Redistribuição
dos recursos humanos e técnicos ao longo dos processos de negócios;
- surgimento
de parcerias e redes de empresas;
- recursos
essenciais às operações da empresa localizados fora
dela e terceirizados;
- término
das relações duráveis entre empresa e empregados;
- realinhamento
constante dos recursos para a adaptação aos desafios internos
e externos;
- redefinição
do modelo de distribuição de responsabilidades e poderes,
empowerment;
- trabalho
em organizações virtuais e em ambientes de rede;
À medida que
as empresas se centram em seus processos, as demandas colocadas sobre o
pessoal de linha de frente mudam drasticamente, de um ambiente de foco
estreito e supervisão cerrada para um ambiente que enfatiza os clientes,
o trabalho em times e a iniciativa dos colaboradores.
A capacidade da empresa
de aprender com sua experiência, certamente será um fator
de crescente importância para o desenvolvimento de seus mecanismos
de aperfeiçoamento tornando-se efetivamente em learning organizations.
Face ao que foi levantado
e projetado como cenários futuros, fica o desafio maior que é
a transformação das pessoas. A transformação
da força de trabalho passou a ser o maior desafio estratégico
a ser enfrentado pelas empresas que esperam ter sucesso no próximo
século. Para terem sucesso em suas novas responsabilidades, os empregados
precisarão não só de novos conhecimentos e habilidades
mas principalmente de novos comportamentos e a aprender a trabalhar em
gru-pos, a se relacionarem e se comunicarem melhor.
Mas como obter esta
transformação radical se o próprio executivo não
foi preparado e não tem consciência dela? Essa falta de preparo
está levando muitas empresas a eliminarem sua área de recursos
humanos e algumas sua área de Organização e Métodos.
Provavelmente o tipo de soluções propostas e a forma pela
qual essas áreas ainda funcionam estão ficando incompatíveis
com os desafios enfrentados no dia a dia empresarial.
Este é o momento
de uma redefinição do papel e postura do profissional de
O&M que pelo conhecimento da organização como um todo,
tem condições de ser o agente de mudanças, o elemento
coaching que compartilha o empowerment em todos
os níveis da organização. Infelizmente são
poucas as organizações que têm um profissional com
este perfil. Como vai ser o agente de mudanças da organização
se ele próprio é reativo à mudança, não
assumindo riscos e não procurando inovação?
De todos os modismos
por que tem passado a Administração, e que fracassaram, estamos
vivendo hoje a chamada Inteligência Emocional, resultado de uma pesquisa
de Daniel Goleman, psicólogo e Phd pela Universidade de Harvard
a qual, certamente, se for entendida e praticada nas organizações,
conseguirá a transformação desejada no comportamento
das pessoas.
Tendendo o profissional
de O&M a atuar como consultor interno, cada vez mais cresce a importância
de sua capacitação na áres comportamental e obtenção
de resultados com e através das pessoas.
O profissional de O&M
deve desenvolver habilidades emocionais para sintonizar com os sentimentos
daqueles com que interage nos seus relacionamentos; lidar com
as discordâncias; compartilhar seus projetos com todos os
níveis da organização; atuar mais na organização
informal que tem as respostas para lidar com problemas imprevistos;
assumir riscos e iniciativas; ser auto-motivado, procurando
irradiar este comportamento nos times de trabalho de sua empresa, cuja
tendência é de aumentar cada vez mais nas organizações.
Embora as pessoas sempre
tenham trabalhado em associações, Peter Drucker diz que com
o trabalho do conhecimento, as equipes se tormam a unidade de trabalho
mais que o próprio indivíduo.
As aptidões da inteligência
emocional tem uma grande contribuição no sentido de ajudar
as pessoas a harmonizar-se, sendo cada vez mais valorizadas nos
ambientese de trabalho dos anos futuros nos quais a cooperação,
a ajuda mútua e o processo de aprender, reaprender e desaprender,
serão fundamentais para o capital intelectual e o desenvolvimento
da inteligência emocional nas empresas.