ORIGEM

    Existem muitas teorias sobre o Weimaraner. A única coisa certa é que desde o primeiro terço do século XIX foi criado na corte do duque de Weimar e empregado como cão de faro (sabujo). Por volta da metade do século, antes do começo de criação de raça pura, estava quase exclusivamente nas mãos de caçadores profissionais e lenhadores da Alemanha Central, principalmente nas regiões de Weimar e Turíngia. Os dias de glória dos sabujos haviam passado e procedeu-se a cruzamentos prosseguindo a criação com os produtos desses cruzamentos. Depois de 1890 a raça foi submetida a uma criação planificada e controlada pelos registros no livro de origem. Ao lado do Weimaraner de pelo liso, apareceu desde o começo do século uma variedade de pelo longo que não foi muito difundida. Depois que o Weimaraner foi registrado e criado como raça pura, os cruzamentos com outras raças especialmente com o Pointer, foram evitados. Sendo criado como raça pura por quase cem anos, o Weimaraner é provavelmente a raça mais antiga entre os cães de aponte alemães.

O WEIMARANER PELO LONGO
 
 

Desprezado durante décadas, o Weimaraner de pelo longo tem conquistado cada vez mais entusiastas, a partir de um trabalho iniciado na Alemanha, seu país de origem. No Brasil, fora eventuais exemplares nascidos em meio a ninhadas de pelo curto, ninguém se dedica à essa variedade.      O pelo longo foi ignorado no início porque era tão incomum que os caçadores, principais usuários da raça, não manifestaram interesse. Começou a aparecer com mais frequência na década de 30. Em 1935, Alemanha e Áustria passaram a identificar o comprimento das pelagens nos registros dos cães da raça. O pelo longo deveria comprovar cinco gerações de linhagem. Os criadores não pretendiam estabelecer o Weimaraner de pelo longo como uma nova raça, mas aceitar como uma variedade dentro da raça.       Em 1952 a pelagem longa entrou no padrão oficial, citada como bem rara. Passados 38 anos, o pelo longo conquistou prestígio igual ao do curto, quando foi retirada do padrão a menção de que a pelagem curta era a ideal.  O crescimento da variedade pelo longo na Alemanha foi notável nos últimos anos. 30% dos registros da raça incluem Weimaraners pelo longo, contra apenas 6% de 20 anos atrás. Mais usados para a caça, os poucos que participam das exposições são julgados juntos ou separadamente, nas mesmas condições.

    Não se deve acasalar pelo longo com pelo curto, pois perde-se o controle sobre qual tamanho de pelagem terão os filhotes dos descendentes de pelo curto. Esses pelos curtos são considerados mestiços. Cruzar um exemplar de pelo longo com pelo curto só é permitido mediante autorização especial do clube da raça, mas na prática isso não acontece.
 
    A valorização do pelo longo se reflete em outros países. Na Austrália, há um clube de Weimaraner em cada estado e todos apóiam o pelo longo. As duas variedades participam separadamente das exposições e são vendidas a preços iguais.

    Mas nos EUA, que concentra a maior criação de Weimaraner do mundo, o pelo longo é considerado desqualificante desde a década de 60. Em 1951, a variedade de pelo longo chegou a ser aceita, mas apenas por um ano. Um comitê, entre 1990 – 93, coletou informações visando colocar novamente o Weimaraner pelo longo nas pistas das exposições. Somente os americanos desqualificam o Weimaraner pelo longo.

    Em muitos países, o comprimento da pelagem não é anotado nos registros do Weimaraner.  No Brasil, onde o Weimaraner pelo longo é muito raro, os registros ainda não identificam o tamanho da pelagem.  Ao contrário da variedade pelo curto, a cauda não é amputada quatro vértebras, mas sim apenas uma vértebra é amputada, já que as franjas da cauda são  esteticamente valorizadas.