
ORIGEM
Apesar de alguns defenderem que este cão existia três séculos
antes de cristo, é mais prudente localizar sua origem entre fim
da idade média e o inicio da renascença. De inicio este cão
contava apenas com a variedade Phalene, a que possui orelhas caídas.
| Este cãozinho pode ser visto em diversos trabalhos artísticos da época como no quadro de François Clouet (1510-1575) onde ele aparece nada mais nada menos que ao lado do rei da França, Francisco I. Ele também aparece na obra de Veronese (1528-1588), la reine de sabat, la Dame a la balustrade e la famille. Mas foram sobretudo os pintores holandeses que o representaram. Podemos citar artistas como Memling, Metsys, Rubens e Van der helst, Rembrandt, Ticiano, Van Dyck, Watteau e West. Ele foi descrito por Gaston Phoebus, conde de Foix, em sua obra Traité de chasse, datada de 1387. |
![]() |
Sua popularidade entre os nobres europeus quase lhe custou a extinção
quando ocorreu a revolução francesa. Felizmente os Belgas
desenvolveram sua criação inclusive desenvolvendo a variedade
de orelhas eretas, o Papillon. Esta variedade deu um novo impulso a raça.
As duas variedades foram apresentadas pela primeira vez nas exposições
belgas no ano de 1902. Mas apenas na década de 20 um padrão
foi esbouçado pelos especialistas O barão Houtard e o conde
de Bylandt. O Kennel Club registrou os primeiros cães em 1926 e
o clube belga do Spaniel Anão Continental foi fundado em 1933. Devido
a grande participação belga em seu desenvolvimento e reconhecimento
a raça é considerada franco-belga. E apenas em 1934 um padrão
oficial foi elaborado e aprovado. O charme das orelhas levantadas quase
extinguiu o Phalene, que ainda é bastante raro.
CARACTERÍSTICAS
Seu corpo
deve ser mais longo que alto e medir entre 20 e 28 cm. Eles tem uma ossatura
bastante frágil e por isso deve ter especial atenção
aos filhotes, evitando deixa-lo a sós com crianças pequenas.
Existe duas variedades de tamanho, a primeira de 1,5 a 2, 5 kg e as segunda
de 2, 5 a 4,5 kg.
![]() |
No passado eles eram apenas de uma cor: preto, amarelo ou vermelho. Hoje é desejado um cão que una estas cores a um branco dominante e da-se preferencia aqueles que tem uma marcação com listas, lembrando assim uma borboleta. É a marcação Blaze. Ele tem uma pelagem abundante mas pouco trabalhosa. Por não ter subpêlo e não ser extremamente longa sua escovação deve ser apenas semanal, mas tendo especial atenção nas regiões do pescoço, posterior dos membros, cauda e orelhas. A lista branca procurada na cabeça do Papillon dá uma elegância especial ao cão e representa o corpo da borboleta, enquanto que as orelhas suas asas. Sua orelhas costumam levantar entre os 2 e 6 meses de idade. |
COMPORTAMENTO
| Um ótimo cão de apartamento.
Esta é a definição que a revista francesa 30 millions
d'amis dá ao Spaniel anão continental. Os motivos? É
um cão bastante limpo, ou seja, aprende rapidamente onde deve fazer
suas necessidades; late apenas quando tem um bom motivo para isso o que
o torna um excelente cão de alarme sem que chegue a incomodar todo
o prédio e finalmente ele suporta a solidão, mas apenas com
a condição que ela não signifique a indiferença
de seu dono.
|
![]() |
|
O Espanhol anão continental
se caracteriza por ser um cão obediente, dócil, discreto,
tranqüilo, fiel e inteligente. Por incrível que pareça
se dá muito bem em agility. Se comporta bem com estranhos, pode
se mostrar intolerante no inicio mas uma vez acostumado com esta pessoa
ele passa a recebe-la com festa. Sendo um cão observador e curioso,
não se surpreenda se ele fizer uma ou outra peraltice mesmo na idade
adulta, sem que por isso seja um cão mal educado. Fique atento aos
doces, eles adoram doces.
Por não ser um cão ciumento ele aceita
muito bem outros cães, sejam eles da mesma raça ou não.
Tenha apenas cuidado com os cães de grande porte pois eles podem
machucar, acidentalmente, o frágil Espanhol anão continental.
Se da perfeitamente bem com animais, sejam eles gatos, aves ou de qualquer
outra espécie.
|
Apesar de ter seu número aumentando ano a ano na Europa e nos Estados Unidos a raça não fez sucesso no Brasil. Os últimos registros foram há 11 anos. Entretanto Roberto Simonetti (canil St. Thomas, São Paulo - SP) proprietário de um casal pretende registrar novos filhotes.
A tentativa
anterior de introduzir a raça no Brasil, nos anos 80, falhou devido
ao lento crescimento da pelagem dos cães. Alguns compradores chegaram
a devolver por pensar que os filhotes eram mestiços.
PARA SABER MAIS
KECIL,
breeder of Phalène and Papillon
Rosy
Wings Kennel
Emira