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MEDIUNIDADE E VICIAÇÃO

 

Muitos desequilíbrios da mente, no que diz respeito ao comando da organização celular , são conseqüências naturais do descaso que se dá ao aparelho psíquico. Acostumando-se à rebelião dos centros nervosos, o homem encarnado experimenta o impacto de distúrbios de variada classificação, recebendo, através do aparelho neuro-vegetativo, ação desequilibrante que o leva a processos de conduta anormal. 

Assim como o corpo se amolenta e se desorganiza por falta de ação positiva, a mente se desarmoniza quando escasseiam os valores-estímulos para o seu desenvolvimento.

Jesus nos ensinou; desde há muito tempo , que, pensando, o ser elabora o domicílio de carne pelo qual jornadeia, e dirigindo o pensamento à Divindade torna-se templo onde a Divindade se acolhe .

Embora a ancianidade do ensinamento, os cristãos, fascinados pelo comando dos valores terrenos, esqueceram as disciplinas mentais, relegando a plano secundário o que, em verdade, representa condição essencial para uma vida sadia.

Como, o advento do Espiritismo, que elucida a razão das conseqüências dos desequilíbrios morais, o cristão novo descobre que o pensamento é o dínamo vitalizador do corpo, através do qual veiculam as energias oriundas do Mundo Espiritual...  Nesse particular, a mediunidade, que facunda o intercâmbio entre encarnados e desencarnados, não pode continuar em volta dos mistérios “mistérios’’ clássicos das doutrinas esotéricas do passado nem tão pouco relegada ao descaso da indiferença dos estudiosos, utilizada pela ignorância de uns ou pela inépcia de outros, constituindo-se veículo perigoso ao alcance da irresponsabilidade...

Para que se coroem de êxito quaisquer esforços no exercício mediúnico, esses devem partir do próprio encarnado, que se deve submeter á disciplina austera, em continuados exercícios da dignificação moral. 

Estudo sério, ação benfazeja, conduta firme e reta, renovação evangélica constante, aprimoramento  infatigável são linhas de segurança   para o sucesso no serviço  mediúnico.      

Nesse particular, que se evitem os  hábitos da rotina mental, negativa e perniciosa, que se transformam em cacoetes psíquicos  de difícil erradicação.  Intercâmbio  espiritual através da mediunidade   significa permuta entre os dois planos . Por  mais física , aparentemente, seja a comunicação, esta é sempre de espírito,  utilizando-se o desencarnado  das possibilidades do perispírito  do médium .   O  médium é filtro  por   cuja  mente transitam as notícias da vida  além-da-vida . Nesse sentido, consideremos  a concentração mental de modo diverso dos que a comparam a interruptor de fácil manejo que , acionado, oferece passagem  à energia comunicante, sem mais cuidados... A concentração, por isso mesmo, deve ser um estado habitual da mente em Cristo e não uma situação passageira junto ao Cristo.

Graças à indisciplina da mente sacudida pelos ventos da polidéia nascem, durante o labor intercambial, os defeitos e irregularidade que tanto prejudicam o ministério espiritual. Aparecem em tais casos os pontos de fixação psíquica no subconsciente do médium prejudicando a assimilação da  mensagem.

Ora, quando a mente desencarnada penetra os círculos vibratórios do médium, este, se desavisado, reflete as deficiências do companheiro que, acostumado à viciação  psíquica, não registra as idéias que lhe não sejam habituais.

Quando tal fenômeno sucede, o médium no ato da psicofonia, por exemplo, deixa-se afligir por esgares, tosses, bocejos e, de fácil excitação transmite ao sistema nervoso síndromes do próprio desequilíbrio como se fossem parte integrante do intercâmbio mediúnico. Em enarmonia, produz gritos e ruídos facilmente dispensáveis, gerando um clima de balbúrdia incompatível, por viciação, com a necessária serenidade mental de que se deve revestir o estado de transe. Desse modo a seleção das imagens que transitam pela mente do intermediário sofrem as dificuldades que lhe são peculiares traduzindo ao paladar dos recursos defeituosos que lhe são próprios.

Quem se candidate, pois, ao serviço mediúnico não descure os impositivos da harmonia mental.

Os exercícios de desprendimento das idéias corriqueiras com objetivo de apurar a audição interior não podem ser relegados, transformando-se em meios de sintonização fácil  com as mensagens oriundas dos Espíritos.

Jesus, enquanto esteve conosco, na Terra, não poucas vezes deixou o tumulto para ouvir o Pai, orando e comungando com Ele em busca de transcendência inexpressável pelo verbo comum.  Para tanto, porém, não é necessário que o homem moderno se afaste dos deveres a que está ligado, a fim de encontrar a paz interior.

Cultive o médium, todavia, o pensamento nobre, silenciando o tumulto da vozes internas da alma, procurando renovação em Jesus Cristo, cada dia e a toda hora, e,  oferecendo o tesouro da boa vontade em favor da aflição alheia, encontrara, na própria libertação, pela MEDIUNIDADE SEM VICIAÇÃO, a sublime “ escada de Jacó” que o conduzira ao páramos da luz, consciente e lúcido como a verdade, descendo para ajudar, sem perigo de contágio de qualquer natureza...  ( Livro Sementeira da Fraternidade/Divaldo/MP.Miranda)

Questões a serem desenvolvidas nos Grupos.

1 – O que são desequilíbrios da mente?

2 – Disciplinas mentais: Como consegui-las?

3 – Amplie a discussão sobre: “ Utilizando-se das possibilidades do perispírito do médium...”

4 – Em qual parte do texto, o autor se refere aos “ mecanismos da mediunidade”.

5 – Quais são os impositivos necessários para se obter uma harmonia mental?

6 – A que se refere a citação: “ Escada de Jacó”...