Site hosted by Angelfire.com: Build your free website today!

O Centro Espírita e a Desobsessão 

A desobsessão compreende, basicamente, duas grandes atividades:

(A) Atendimento aos encarnados (B) Atendimento aos desencarnados.

Essas duas vertentes têm suas interfaces, e estão de certo modo interligadas, sendo o compromisso fundamental das Casas Espíritas com uma e com outra. Porém, temos que separar o compromisso específico de cada área, que possuir particularidades próprias, devendo, portanto ser realizadas através de atividades doutrinárias onde participem diretamente os Espíritos encarnados, e a outra feita pelos seres desencarnados (amigos espirituais) com a participação de encarnados.

(A) - Atendimento aos Encarnados

A-1 - Padrão Vibratório do Centro Espírita

A primeira coisa que deve ser enfatizada no tratamento desobsessivo é o Padrão Vibratório do Centro Espírita. A desobsessão ocorre fundamentalmente no Centro Espírita, embora ela possa acontecer em qualquer lugar onde se encontrem corações interessados em promover a harmonia e ajudar o seu semelhante. No entanto, é no C. E que ela vem recebendo maiores investimentos do Mundo Espiritual, da administração planetária, para que se organizem fatores liberativos para a criatura humana. Por essas e outras razões, o C. E tem que ser preservado e estruturado de tal maneira, que haja nas suas atividades um clima fraternal predominante, em que todos estejam interessados numa proposta evangélica de construção do amor e da solidariedade entre as criaturas. Os pensamentos não coisas abstratas, são de um certo modo, no plano psíquico, coisas concretas, que impregnam os ambientes onde são projetados. O pensamento projeta em torno do ambiente onde é emanadas energias desagregadoras ou positivas, de conformidade com os seus teores vibratórios característicos, através da presença de maus ou bons Espíritos, criando uma psicosfera de fluidos irritantes, tóxicos, no primeiro caso, e de harmonia, paz e serenidade, no segundo. Através da psicosfera criada, obtem-se o Padrão Vibratório do Centro Espírita. Cada Instituição tem a sua aura pessoal em razão dos fatores que foram expostos. Isso é a base do sucesso para o trabalho de desobsessão. Então, bons pensamentos, sacrifícios, doações feitas com equilíbrio, prática da fraternidade, transformam o C.E em um colo de mãe abençoado e acolhedor. Oferece bases seguras para a desobsessão. Fora disso, o clima psíquico não permite nem a presença de Benfeitores Espirituais, nem as condições imprescindíveis para um trabalho desobsessivo exitoso. Allan Kardec examina no capítulo de "O Livro dos Médiuns" a influência do meio, dizendo textualmente que os espíritos não vão a locais onde sabem que a sua presença é inútil. Desses locais se afastam. Daí, se não criarmos elementos de atração, de sintonia, de identidade com o mundo espiritual, o padrão vibratório não oferece campo para a desobsessão.

A-2 - A Desobsessão o Atendimento Fraterno

O Atendimento Fraterno na Casa Espírita é porta de acesso para que o indivíduo ali possa ser atendido com a finalidade de diagnosticar, orientar e sugerir as terapias que ele deve utilizar para o processo da desobsessão. Esse atendimento deve ser privativo e confidencial. Porém, além disso, devem ser seguidos determinados passos com muita atenção. Inicialmente, a maneira de acolher a pessoa, afim de que ela possa, espontaneamente, comece a fazer a sua catarse, falando de forma sintética ou resumida a respeito da sua problemática. Em seguida, temos o momento em que o atendido vai se conscientizado. Nessa fase é necessário, para que a conscientização atinja os objetivos desejáveis, que o atendente seja uma pessoa tecnicamente preparada para esse tipo de tarefa espiritual, tendo, sobretudo o hábito de saber ouvir. Em um sentido de maior profundidade, saber ouvir não significa tão somente um processo neurofisiológico, mas, acima disso, alguém que saiba concentrar a mente para ouvir atentamente a pessoa que está contando as suas dificuldades. Em seguida, o atendente escolhe os pontos do problema mais importantes para a orientação que se faz necessária, à luz da Doutrina espírita e do evangelho de Jesus. Isso deve ser feito com simpatia e empatia. Necessária partilhar com a pessoa de forma empática, fazendo com que o paciente se sinta envolvido por vibrações de amizade. A empatia é a capacidade que a pessoa pode adquirir para identificar as emoções de outrem. Para que isso seja possível, torna-se necessário que o atendente saiba conhecer as suas próprias emoções e controlá-las. Por isso, a técnica nesse particular é de importância fundamental, a fim de que a orientação seja dada dentro dos postulados espíritas, e não através de opiniões pessoais.o atendente fraterno deve se ater a transmitir com cuidado o ensino espírita, evitando a todo custo postura inadequada. Nunca dizer à pessoa:- "você é um obsidiado", ou, então:- "você é médium, precisa desenvolver rapidamente a mediunidade". Não se deve, de forma nenhuma, preferir esse tipo de orientação ou caminhar a pessoa para tratamentos de curas, pois essa idéia remove da mente do atendido a sua responsabilidade plena na questão da desobsessão. No atendimento fraterno a pessoa recebe as diretrizes a seguir, a fim de serem desfeitas as primeiras investidas do atormentado atormentador. Uma casa espírita, desprovida de atendimento fraterno, esta deficitária para o atendimento individualizado ao público que por ali transita. Necessário refletirmos sobre o que foi dito para chegar às nossas próprias conclusões, sobre o atendimento desobsessivo aos encarnados.

A-3-A desobsessão e a terapia pelos passes

A terapia pelos passes consiste na transmissão de bioenergia, que parte do médium, cedida por ele, e mais a energia que vem dos bons espíritos. Destacamos o passe espírita porque existem passes magnéticos, que o doador transmite do seu próprio psiquismo. Porém, a proposta da casa espírita é o passe espírita, mediúnico, mas, não incorporado. Mediúnico o sentido de que ser se coloca a serviço dos benfeitores espirituais. André Luiz estabelece no capitulo XVIII do livro "nos domínios da mediunidade", que o passista doa de si, porém, com o assessoramento dos bons espíritos. Isso ocorre através do envolvimento. Praticamente o passista toma um passe dos benfeitores espirituais, recolhe energias que passam pelos seus centros de força e redireciona essas energias para o beneficiário. Não existe, portanto, incorporação, porque o médium passista não é um médium para transmitir mensagens; é um médium de energias saudáveis, um campo irradiador de forças e não campo irradiador da palavra, ou da mensagem mediúnica escrita. Então, a proposta do passe sob a influencia dos bons espíritos, em que o amor é fundamental, assim como os bons princípios éticos. O passista deve ser uma pessoa centrada, que se auto descobriu, que se harmonizou consigo mesmo; calmo, sereno; uma pessoa que goste de gente, das pessoas, que tenha um conhecimento razoável sobre o corpo humano e sobre a doutrina espírita em particular, para se oferecer como um canal. Vem a proposta seguinte, que é a mediunidade curadora. Quem é passista do ponto de vista Espírita, com o aperfeiçoamento da sua doação, pode se transformar em um médium curador.o médium curador é aquele que tem capacidade de dar-se integralmente, fazendo co m que as bênçãos dos bons espíritos circule livremente por seu intermédio. Quando temos poluídos o nosso corpo e a nossa expressão psíquica e vibratória, podemos contaminar os fluídos dos Bons Espíritos. Quando esse conjunto está limpo, o médium pode transformar-se em um médium curador, que é também proposta da mediunidade espírita. O passe deve ser vinculado ao Atendimento Fraterno. Primeiro a pessoa deve passar por este serviço para ser estimulada, reavaliada e preparada para o mecanismo do passe. Porque muitas vezes ela precisa conversar um pouco para desabafar. Muitos dos problemas que estão em sua alma, no atendimento fraterno são desalojados, criando bases para uma operação segura durante o passe. O passista deve ser silencioso. Não é o passista que fala, que orienta, é o atendente fraterno. Os Espíritos, quando aplicam o passe, postam-se silenciosamente, diz André Luiz. Manter um plantão de passes, silencioso, centrado, harmonizado; e paralelamente o Atendimento Fraterno, para estimular, para orientar a pessoa na sua renovação interior. Tudo isso vem significar a existência de equipes adestradas e integradas. Todo o trabalho de uma Casa Espírita tem que passar por uma integração. O passista deve saber que ele é um elemento de desobsessão. Um elemento vital, pois toda essa corrente de tratamento pode ser interrompida num atendimento displicente ou que não atenda aos dispositivos do mundo espiritual.É toda uma estrutura que vem desde a espiritualidade até o paciente que vem receber o benefício, o socorro. Isso impõe, também, uma oferta mínima de passistas. Se uma Casa Espírita abre uma proposta desobsessiva, tem que acolher as pessoas que vêm procurá-la para receber o passe. O passe pode ser dado nas reuniões doutrinárias, assim como os Espíritos podem aplicá-lo independente de médiuns; porém, eles precisam da bioenergia do médium, do fluido vital, que é a substância que o ser encarnado produz para determinadas operações de recomposição vibratória que o paciente precisa. Então, mesmo sabendo que os Espíritos dão passe, nós teremos que ter uma proposta de passes. No plano espiritual os benfeitores determinaram os plantões de passe para atender à clientela do centro espírita em horários previamente estabelecidos. Daí a responsabilidade do trabalho. Não podemos abrir espaço para a desobsessão sem ofertar uma proposta mínima de plantões diários, com dois passistas revezando-se em atendimento de ate uma hora; não por mais tempo para não desgastar a pessoa, a fim de atender aqueles que estão no processo liberativos e precisam de acolhimento e energia para se renovar.

A-4 - A desobsessão e as Reuniões Doutrinárias

Outra atividade de muita importância para o processo da desobsessão é uma reunião doutrinária. Verificamos isso nas obras de André Luiz e em Trilhas da Libertação, da autoria de Manoel Philomeno de Miranda que faz a narrativa dos acontecimentos durante uma reunião mediúnica. Quando uma pessoa entra no Centro Espírita, que tem uma psicosfera vibratória adequada, já está protegida dos seus desafetos. Quando ela ali se adentra, os Espíritos benevolentes começam a fazer um tratamento adequado, segunda as necessidades que apresenta. Então, verifica-se que durante a exposição doutrinária há verdadeiros 'milagres" nessa área, porque o encarnado está fora de sintonia do desencarnado, que o está atormentando, e prestando atenção ao conteúdo da palestra. Esta ocorrência permite aos Benfeitores Espirituais, a realização de cirurgias perispirituais, visando, assim, colocar um ponto final naquelas ligações fluídicas, que são o motivo da implantação da obsessão no que se refere ao encarnado. Ali ele se renova mentalmente, emocionalmente e, durante todo aquele percurso se processa uma verdadeira psicoterapia de apoio para o encarnado porque ele recebe uma terapia de ordem psicológica, de salutar eficiência para a questão desobsessiva. Quando sair dali, vai depender dele próprio a continuidade dos benefícios, permanecendo na sintonia do bem, ou, então, voltando a sintonizar com os seus desafetos. Os Benfeitores Espirituais fazem inclusive uma triagem das entidades que acompanham os encarnados, e que se situam no seu campo magnético. Aquelas que estão mais suscetíveis de serem doutrinadas são hospedadas na Casa Espírita para posterior tratamento, no campo dos desencarnados. No final da reunião, há também o beneficio do passe, que pode ser coletivo ou individual e que retira os resíduos de fluidos que o indivíduo traz, para que ele sai dali liberto daquelas injunções obsessivas, que vêm martirizando-o há muito tempo. Vale recordar a postura dos expositores. Nossas Casas Espíritas devem ter expositores estudiosos, que prepararem com cuidado as suas palestras, buscando escolher temas, que veiculem uma mensagem positiva e otimista. Nunca transmitir circunstâncias deprimentes para as pessoas que ali se encontram; para tanto é necessário uma elaboração esquematizada dos assuntos doutrinários-evangélicos focalizados. Preservarem-se da acomodação de que os Bons Espíritos irão inspirá-los no momento próprio. O expositor, portanto, tem que manter todos esses cuidados, e mais a conduta moral sadia para se tornar um ponto de referência para os ouvintes. Os dirigentes de Centro têm a obrigação de escolher, com cuidado, os palestrantes que irão ocupar a tribuna das Casas que dirigem. Os expositores devem tornar-se mais próximos uns dos outros, sem reações contrárias à troca de idéias entre sim evitando espírito de competição. Inclusive, ouvirem-se uns aos outros. Diante do exposto, as nossas Casas Espíritas podem colocar em pauta a formação da equipe de expositores dentro do princípio da apresentação de palestras de boa qualidade. Isto é muito importante para a terapia de apoio, que é a reunião doutrinária, indispensável no processo de desobsessão.

A - 5 - A Desobsessão e o Tratamento Profissional

Vamos tocar num ponto fundamental. Estamos nos referindo às possibilidades, que ampliam a capacidade do Centro Espírita, de atender e sugerir o tratamento profissional nas suas variadas especialidades, como psiquiatras, clínicos e outros, uma vez que as problemáticas da obsessão podem minar, não somente a mente, como também a emoção, através do estresse, da depressão e de outras doenças psicológicas, assim como o organismo físico, sinalizando depauperamento orgânico, processo anêmico, perda profunda da vitalidade, etc..., requerendo atendimento especializado na área competente. Pode-se ir ao psicólogo, em casos de conflitos na personalidade, que dificultam qualquer terapêutica. São âncoras de ação onde se apóiam os obsessores. É preciso drenar essas áreas do inconsciente que estão problematizadas e atingidas, para a superação do conflito. Daí, também, a área de apoio muito significativa do psicólogo. Somos um ser trino: espírito, perispírito e corpo. Então cada departamento da nossa vida requer um apoio especializado. O atendimento desobsessivo aos encarnados na Casa Espírita tem sua possibilidade de ação específica, mas há uma necessidade muito grande de adicionar o tratamento profissional especializado. As terapias se completam. Toda vez que se deixa de fazer alguma coisa na área psicológica, clínica ou psiquiátrica, está se dificultando a própria desobsessão. Se houver necessidade deve-ser ir ao médico, senão a desobsessão não se completará. Aqueles fatores indispensáveis para o soerguimento das forças vitais, não se completariam por essas razões que foram expostas. Faz-se indispensável a procura de tratamento através de especialista profissional quando há qualquer ameaça à integridade do ser. Uma proposta permanente de suicídio; algumas tentativas frustradas a tempo... É necessário bloquear os movimentos do obsidiado nessa condição emergencial, enquanto as providências divinas se estabelecem, porque o passo seguinte poderá ser a concretização suicida, e suicídio por falta de assistência médica, por falta de controle prévio indispensável. Quando o obsessor exacerba o tormento junto ao desafeto, acelera a excitação, o que pode causar uma lesão no sistema nervoso. Um bloqueador do sistema nervoso na área médica é providência essencial. Não devemos sair para aquela proposta do passado, afirmando que tais problemas não são casos para área médica. Recorrer ao atendimento médico é uma providência indispensável. De preferência não indicar profissionais, porém, se for necessário, indicar, e se a pessoa não tiver uma referência sugerir mais de um, para forçar o mecanismo da escolha própria. Hanna Wolf, psicoterapeuta alemã, faz uma proposta audaciosa: não procurar terapeuta materialista. Se a nossa proposta é espiritualista, tenhamos então uma proposta espiritualista, porque ele vai ser inspirado e terá maior condição de receber assessoria dos Benfeitores espirituais para fazer um atendimento harmonizado e feliz.

Então, também no Atendimento Fraterno, se nós tivermos que indicar teremos que ter cuidados iniciais para não incorrermos nesse equívoco; porque o materialismo efetivamente traz uma interpretação da vida que muitas vezes prejudica a abordagem dos próprios terapeutas, criando dificuldades da terapia. A - 6 - A Desobsessão e Promoção do Ser.

Todos estes recursos que foram apresentados e existentes no Centro Espírita, para o processo de desobsessão, têm em realidade a finalidade de promover o ser inteligente encarnado. Não é simplesmente a preocupação, que muitas vezes existe, exclusiva, de fazer-se com que o desencarnado abandone espontaneamente o seu intento de perseguir, de vingar-se, do encarnado atormentado. Na realidade, a desobsessão tem esse percurso, para que o encarnado possa, através dessas várias circunstâncias, ter a oportunidade de moralizar-se, de despertar para a vida verdadeira que é a vida espiritual. Um grande número de pessoas se adentra no Centro Espírita, completamente desinformado do que seja a vida espiritual. Estão vivendo o imediatismo da existência corporal; dizem não ter uma crença religiosa ou hábitos religiosos. A freqüência ao Centro Espírita possibilita o despertamento, não somente da sua consciência, mas também o sentimento de religiosidade, buscando simultaneamente autodescobrimento, finalidade para a qual o Espiritismo está nos convocando nesta presente oportunidade reencarnatória. Para que nós nos descubramos é imprescindível o autoconhecimento. Isto é realmente uma atitude imediata de todos aqueles que se dizem espíritas. Saber identificar as suas emoções, controlando-as. O indivíduo que está no Centro em busca da desobsessão é na realidade um irmão temporariamente enfermo. Na verdade, ele não é doente, ele está doente, o que é muito diferente. Por isso não devemos fazer rotulações depreciativas. O Centro Espírita, para completar essa atitude promocional do ser, tem abrir as portas para o estudo básico do Espiritismo, para a ação do bem. Dar oportunidade às pessoas que queiram trabalhar no bem, porque o bem é bom para quem o pratica. E no instante em que nós estamos dinamizados por este sentimento, que é o amor em movimento; com a mente voltada para a causa dos semelhantes, desvinculam-se os laços com as entidades atormentadoras, infelizes, que se comprarem com o sentimento de vingança. Dessa forma, o Espiritismo está querendo colocar em nossas mãos a cura real, que somente é possível quando erradicamos causas. Todas as causas da obsessão se encontram no Espírito, que é o endividado das Leis Cósmicas. No momento em que surge a renovação, a auto-iluminação, esse processo vai se diluindo até o total desaparecimento, desde que o devedor repare o mal perpetrado. Daí o convite do Espiritismo, neste momento, para que juntos caminhemos nessa direção, a fim de logo mais obtermos a cura real. Até hoje nos encontramos em dúvida, sem sabermos o porquê de passarmos por tantas dificuldades, inclusive a da obsessão. Tudo fica simples de ser explicado se admitirmos que o nosso ontem, surge no hoje, em uma variedade de formas, convocando-nos ao reajuste e à reparação. Por isso, o estado interior de cada pessoa é que vai propiciar realmente essa cura real, dando ensejo de serem feitos maiores vôos na direção dos Mundos Felizes.

B - Atendimento ao Desencarnado

B -1 - Das Reuniões

Das Reuniões Mediúnicas - Considerações Gerais

Conceito Uma reunião é um ser coletivo, cujas qualidades e propriedades são as resultantes das de seus membros e formam como que um feixe.Ora, este feixe maior força terá quanto mais homôgeneo for. ( Livro dos Médiuns - 331)

Classificacões: 1) Frívolas - L.dos Médiuns - 325 2) Experimentais - idem 326 3) Instrutivas ou Sérias - idem 327

Dificuldades onde não existe método de trabalho: Muitas vezes, porém, a ausência de método, a falta de continuidade e direção nas experiências tornam estéreis a boa-vontade dos médiuns e as legítimas aspirações dos experimentadores.

Resultados: Atuam desordenadamente, sem preocupações indispensáveis, têm pressa em obter fenômenos. Em consequência ocorrem: { Fatos insignificantes/banalidades/mistificações

Extraído do Livro : No Invisível - cap. 9 - Leon Denis

Os grupos espíritas são frequentemente joguete de uma ilusão, enganados por suas próprias forças positivas. Afastam os ditados, substituindo-os pelo reflexo de seus próprios pensamentos (formas pensamentos); e então obsevam contradições e confusões que ingenuamente atribuem à intervenção dos Espíritos. extraído do Livro No Invisível - Leon Denis - cap. 19.

Advertências do Codificador /Allan Kardec - Livro dos Médiuns -Introdução

Todos os dias a experiência nos traz a confirmação de que as dificuldades e os desenganos, com que muitos topam na prática do Espiritismo(mediunidade), se originam da ignorância dos princípios desta Ciência.... A má impressão que produzem nos novatos as experiências Levianas feitas e sem conhecimento de causa ,experiências que apresentam o inconvenientes de gerar idéias falsas acerca do Mundo dos Espíritos e de dar azo à zombaria e a uma crítica quase sempre fundada....

Quesitos necessários para uma Reunião Séria: Ser Espírita Assiduidade Recolhimento Comunhão de Pensamento Perfeita comunhão de vistas e sentimentos Cordialidade recíproca entre os membros Ausência de Sentimento Contrário à verdadeira caridade Um único desejo: o de se instruirem e se melhorarem aproveitando-se dos comunicações que são recebidadas Limitação de Participantes ( Livro dos Médiuns 335) Pontualidade Exclusão de pensamentos curiosos Silêncio respeitoso durante as comunicações Concurso/participação de elementos com isenção de: sentimento de orgulho/de amor-próprio e de supremacia, e único desejo: o de serem úteis( Livro dos Médiuns-340)

Em Grilhões Partidos, Introdução, vamos encontrar: Harmonia de Conjunto Elevação de Propósitos - Conhecimento Doutrinário - Conduta Moral Sadia Equilíbrio interior Confiança Disposição física-moral- Circunspeção Médiuns adestrados - atenciosos - lucidez do preposto para os diálogos....

Encontramos a Seguinte Advertência de Leon Denis, No Invisível,- introdução:

..Numa ansia de proselitismo, sem dúvida louvável quanto ao sentimento que o inspira, mas excessiva e perigosa em suas consequências, desejam-se os fatos a todo custo. Na agitação nervosa com que se busca o fenômeno, chega-se a proclamar fatos duvidosos ou fictícios. Pela disposição de espírito mantida nas experiências, atraem-se espíritos levianos, que em torno de nós pululam. Multiplicam-se as manifestações de mau gosto e as obsessões das energias que supõem dominar. Muitos espíritas/médiuns, em consequência da falta de método e de elevação moral, se tornam instrumentos das forças inconscientes ou dos maus espíritos. São numerosos os abusos, e neles acham os advsersários do Espiritismo os elementos de uma crítica e de uma fácil difamação.

O interesse e a dignidade da causa impõem o dever de reagir contra essa Experimentação Banal, contra essa Onda avassaladora de fenômenos Vulgares que ameaçam submergir das culminâncias da idéia.

Em Espiritismo, a questão de Educação e Adestramento dos Médiuns é capital: os bons médiuns são raros....

Quantas faculdades preciosas, todavia, não se perdem, à míngua de atenção e cultura! -Quantas mediunidades malbaratadas em frívolas experiências, ou que, utilizadas ao sabor do capricho, não atraem mais que perniciosas influências e só maus frutos produzem, adverte novamente Leon Denis, No Invisível -cap. 5

Limitação de Participantes: É prudente não exceder o limite de dez a doze pessoas, quando possível sempre as mesmas, esclarece Denis cap. 9 com base em Kardec, LM 335/342, onde vamos encontrar que quanto mais numerosa é a reunião mais difícil é conterem-se todos os presentes, bem como que: As reuniões não terão êxito quer como forma de estudo, quer como forma de experimentação, se se não realizarem em condições favoráveis. A primeira consiste não na fé dos Assistentes, mas no Desejo que os impulsionme de se esclarecerem, e a segunda é a Limitação do Número de Participantes, para evitar a intromissão de Elementos Heterogêneos.

Assim exposto, concluimos que: Nenhum grupo, sem ser submetido a uma certa disciplina, pode funcionar. Os próprios membros do grupo não lhe dever merecer menos cuidado. Muitas tentativas se tornam infrutíferas em consequência da Falta de Paciência, de dedicação, de coesão... é preciso pois, nos grupos em formação, só admitir membros resolvidos a perserverarem , não obstante a lentidão e os obstáculos. Novamente Denis,cap.10 -da obra já citada.

As dificuldades da experimentação provém de não possuirem os nossos contemporâneos, em geral, a mínima noção das Leis Psíquicas e serem, além disso, inaptos para as estudar com proveito, em virtude das disposições de espírito resultantes de péssima Educação(formação doutrinária). Por sua presunção e preconceitos, como por seu escarninho ceptcismo, afastam de si influências favoráveis. Leon Denis, cap.22- obra citada.

DAS REUNIÕES MEDIÚNICAS

1- Planejamento 1.1- O Grupo - LM 342 parágrafo 2

"As reuniões não terão êxito, quer como forma de estudo, quer como forma de experimentação, se se não realizarem em condições favoráveis, a primeira consiste não na fé dos assistentes, mas no desejo que os impulsionem de se esclarecerem... a segunda é a Limitação do número, para evitar a intromissão de elementos heterogêneos".

1.2- Os Componentes - No Invisível 1ªparte-X

"Nenhum grupo, sem ser submetido a uma certa disciplina, pode funcionar. Os próprios membros do grupo não lhes devem merecer menos cuidados. Muitas tentativas se tornam infrutíferas em consequência da falta de paciência, de dedicação e coesãao. É preciso pois, nos grupos em formação, só admitir membros resolvidos a perserverar, não obstante a lentidão e os obstáculos".

2- Objetivos 2.1- Uma reunião só é verdadeiramente séria, quando cogita coisas úteis, com exclusão de todas as demais. LM 327 parágrafo 2

Síntese dos Objetivos da Prática Mediúnica com Jesus:

a) Encarnados { reconforto, esclarecimento, auto-educação, renovação dos sentimentos, aproveitamento das comunicações recebidas, desenvolver a solidariedade, ser útil...

b) Desencarnados { reinício de aprendizado, libertação, esclarecimentos edificantes....

3- Das Reuniões 3.1- Reuniões frívolas, experimentais, sérias. LM 324 parágrafo 2.

3.2- Adequação física

3.3- Adequação Doutrinária >> LM 341 << Grilhões Partidos - Prolusão 3.4- "Uma reunião é um SER COLETIVO, cujas qualidades são a resultante das de seus membros, e, formam como que um feixe. Ora este feixe tanto mais força terá quanto mais homogêneo for". LM 331

4- Das Funções 4.1- Finalidade a mesma ( funções diferentes ) - O Consolador - pergunta 374 (...) Nas sessões, os dirigentes, os médiuns e os assistentes, deverão ter o mesmo papel de estar sempre "identificados" na mesma expressão da fraternidade e do amor acima de tudo; existindo características a assinalar: a) Ao dirigente o raciocínio e lógica. b) O médium a fonte da água pura do sentimento. "ONDE ESTAS QUALIDADES NÃO EXISTEM", estabelece CONFUSÃO E ESTERILIDADE NO CAMPO DOS CORAÇÕES.

5- Ação do Grupo 5.1- Do Dirigente - O ascendente que o homem exerce sobre os espíritos está na razão da sua superioridade moral. LM 254/a

- Amor, caridade, raciocínio lógico, discernimento, conhecimento doutrinário, segurança, cordial, ponderado, diplomático, prudente, confiança, são quesitos essenciais para o dirigente.

... Perante os irmão desencarnados, em desfalecimento moral e amargura perturbadora, reflete a tua situação íntima antes de dirigir-lhes a palavra, nos momentos abençoados do intercâmbio mediúnico. - Leis Morais da Vida- cap. 60

5.2 - Do Diálogo "ESCLARECER EM REUNIÃO DE DESOBSESSÃO É CLAREAR O RACIOCÍNIO".

Aspectos a serem analisados: a- Estado do Espírito b- Caráter do Espírito ( traços psicológicos, qualidades, o modo de ser e se expressar, de agir e sentir...) c) Idéias Dominantes no Espírito ( medo, vício, vingança, ódio, tristeza, materialista, religiosas.... - Ver Diálogo com as Sombras - LE 100 Reunião de desobsessão Técnica que ajuda o esclarecedor a melhorar os resultados de seu trabalho Porque se faz reunião de assistência espiritual, senão para auxiliar os espíritos desencarnados que passam por sofrimento e desequilíbrio. Naturalmente há outros objetivos e utilidades como oferecer oportunidade para os encarnados exercitarem a mediunidade e a caridade. Na sua finalidade principal, direta, a abordagem das entidades nas reuniões deve ter muita objetividade e uma técnica de comunicação que garanta o melhor resultado no menor espaço de tempo. A técnica a seguir divide o diálogo com o espírito em cinco passos e orienta a ação do esclarecedor em cada passo.

1 - Apresentação. Fase inicial em que se dá a boa vinda ao visitante, esclarecendo quanto ao tipo de trabalho que se desenvolve nesta reunião, procurando transmitir segurança, simpatia, respeito, interesse em ajudar e firmeza de propósitos. É preciso dar condições para que o espírito possa se comunicar e se predispor a falar de si e de suas necessidades.

2 - Sondagem. Fase na qual o esclarecedor usa de toda sua experiência e os recursos da inspiração, para sondar o problema mais relevante do espírito comunicante e saber sua opinião a respeito. Esse é o alvo a ser procurado e atacado com as armas do conhecimento espírita somadas a paciência, vontade de compreender, de ajudar e disposição para não julgar. Todas as perguntas devem ser feitas para detectar a real necessidade do espírito, distanciada de qualquer sentimento de curiosidade. É comum a entidade se apresentar escondendo sua real situação. Há espíritos que querem discutir a Doutrina, a própria reunião ou a Bíblia, mas não foi para isso que os guias espirituais permitiram sua presença. Será preciso buscar o verdadeiro motivo. Outros se expressam com muita raiva desejando intimidar e semear o medo, mas quando perguntado sobre sua mãe ou seu filho, abre-se em pranto e mostra seu verdadeiro estado emocional.

3 - Argumentação. Importante fase em que o esclarecedor usa de todo seu conhecimento e vivência para dar esclarecimentos bem fundamentados, explicações objetivas, exemplos claros, orientação firme e consistente. Muitas vezes haverá necessidade de refutar idéias e preconceitos errôneos ligados ao seu problema fundamental, para preparar a entidade à mudança do seu comportamento, facilitando sua libertação de reflexos mentais condicionados e permitindo seu encaminhamento em condições favoráveis para tratamento em instituições do plano espiritual.

4 -Vibração. Momento em que o esclarecedor e quem estiver acompanhando o diálogo, procura endereçar irradiação mental de ânimo, esperança, confiança e amor, completando o trabalho realizado, consciente de que, por mais inflexível que o espírito possa ter se apresentado, ele levou no seu registro mental os esclarecimentos dados que irão, a seu tempo, crescer e frutificar, assim como foi ajudado pelos bons sentimentos que geraram fluidos de alta qualidade. Conforme o caso, pode-se fazer uma oração e dar um passe.

5 -Encerramento. Fase na qual o esclarecedor reforça os pontos principais em uma síntese, estimulando e motivando o espírito a perseverar no novo caminho e nas novas idéias. Despede-se e entrega a entidade nas mãos dos guias espirituais solicitando o encaminhamento para tratamento mais específico, de acordo com a natureza dos problemas identificados. Naturalmente, cada caso merece uma atenção especial e a padronização ao extremo favorece a insensibilidade que não se coaduna com a Doutrina Espírita. Use o bom senso e adapte essas sugestões ao estilo das reuniões de seu grupo, nunca esquecendo, porém, que toda nova técnica ou método só deve ser aplicada quando sua utilidade for plenamente compreendida por todos. Analise tudo e faça bom proveito.

5.3- Do Médium Ação-médium-meio intermediário>instrumento. "É o coração que sente, que tem carinho, boa receptividade, boa-vontade, vigilância. Ser médium é ser ajudante do Mundo Espiritual. Se estiver disposto a realizar um trabalho com Jesus, aprenderá que a prática mediúnica exigirá: a) Esforço b) Dedicação c) Estudo metódico d) Disciplina e) Renovação Moral.

Refletir sobre o item 225 Livro dos Médiuns

5.4 - Sua maior necessidade: - O Consolador - 387 EVANGELIZAR A SI MESMO

5.5 - Seus maiores obstáculos: a) Personalismo b) Ignorância c) Rebeldia d) Leviandade e) Interesse Pessoal f) Apatia ao Estudo g) Falta de interação e integração com o grupo dos encarnados e desencarnados.

Refletir sobre O Consolador - 410

5.6 - Dos Assistentes 1ª Epistola de Paulo aos de Coríntios, 12:4 ... "O corpo não se compõe de um só membro, senão de muitos..."

O médium é o braço que ajuda com: devotamento, com harmonia, com disciplina, com colaboração = " CONSCIENTE DE SUA FUNÇÃO"

- Não terá atividade ostensiva "nas comunicações", mas terá atividade ativa e amiga com vibrações de encorajamento aos médiuns, aos espíritos que comunicam, auxiliará como médium passistas ...

-conclusões finais( de acordo com o que for desenvolvido)

bibliografia: Livro dos Médiuns - Allan Kardec No Invisível - Leon Denis Correnteza de Luz - Raul Teixeira/Espírito de Camilo Grilhões Partidos - Divaldo Franco/Espírito Manoel Phillomeno de Miranda Painéis da Obsessão - Divaldo Franco - idem Nos Bastidores da Obsessão - idem Nas Fronteiras da Loucura - idem Médiuns e Mediunidade Divaldo Franco/ Espírito Viana de Carvalho Diretrizes de Segurança - Raul e Divaldo Diálogo com as Sombras - Hermínio Miranda Obsessão e Desobsessão - apostila da Ame de Juiz de Fora Algumas obras de André Luiz, voltadas para a Mediunidade. Instruções Psicofônicas - Chico Xavier - diversos espíritos. Mateus 17: 1 a 3 e 17:17 (No Tabor com Moisés/Elias e descendo-o com jovem obsidiado...)

 

Voltar