Cornélio Procópio - Nossa Cidade
Site hosted by Angelfire.com: Build your free website today!

Cornélio Procópio - Nossa Cidade

Veja a estátua Cristo Rei. Espaço Geográfico: Situado entre as coordenadas de 23º01' e 23º13' de latitude sul e 50º28' e 50º50' de longitude oeste, o município de Cornélio Procópio localiza-se no terceiro planalto sedimentar paranaense, a nordeste do Paraná. Seu relevo é acidentado, caracterizando-se por apresentar alongados espigões, entremeados por depressões relativas correspondentes aos vales dos ribeirões São Luiz, Tangará, Macuco, Perna-Furada, Arapuá e dos Veados. As altitudes estão entre 600 a 700 metros, sendo de 652 metros a altitude média do sítio urbano , coincidente com a Estação da R.F.F.S.A. O Solo leterítico, terra-roxa , de origem vulcânica, resultante de derrame triássico , formou-se graças à decomposição do basalto, rico em óxido de ferro, pela ação do intemperismo. Esse solo, fértil e poderoso, foi o primeiro fator determinante da colonização regional.

A forma do município é triangular, com vértice voltada para o norte, formado pela junção dos ribeirões Arapuá e dos Veados e base voltada para o Sul, limitada pelos rios congonhas e Laranjinha, ligados por uma pequena linha limítrofe terrestre. Com área aproximada de 608 Km, limita-se ao Norte com Leópolis, a Leste com Bandeirantes, Santa Mariana, Santa Amélia, Abatiá e Ribeirão do Pinhal, ao Sul com Nova América da Colina e Nova Fátima, e a Oeste com Uraí.

Seu clima é tropical de altitude, com temperaturas médias anuais acima de 22º , sendo seu mês mais quente janeiro (máxima de 29º C) e o mais frio, julho, quando já ocorreram mínimas de até 2 graus negativos e freqüentes geadas. O índice pluviométrico normal é de 1.200 mm, sendo as chuvas concentradas no período de outubro a março e escassas de abril a setembro. No verão, predominam os ventos alísios de Nordeste e no inverno, os alíseos de Sudeste. A primitiva vegetação constituía-se de mata pluviotropical que foi totalmente degradada com a implantação da agricultura, restando como seus vestígios o Bosque Municipal e a mata do Moreira. Tanto o clima como a vegetação microregionais adquiriam caráter de transição climato-botânica, pela proximidade do Trópico de Capricórnio: o clima é de transição entre os tipos tropical e subtropical e a vegetação primitiva caracterizava-se como transição entre a mata pluviotropical e a mata subtropical das araucárias. A população absoluta atual está estimada em 55.000 habitantes, dos quais 42.000 concentram-se nos 16 Km2 do perímetro urbano e 13.000 estão distribuídos pelos 582 Km2 correspondentes à zona rural. O índice demográfico é de 94 hab/Km2 (urbano: 2625 hab/Km2 - rural: 22 hab/Km2 ). Está incluída na população rural, a do Distrito de Congonhas, cerca de 1.000 habitantes, situado a 9 Km da sede urbana. No aspecto educacional, possui um Núcleo Regional de Educação que concentra 19 Inspetorias Estaduais de Municípios da Microrregião. Existe um Departamento de Educação e Cultura que desenvolve o processo educacional a nível municipal. Em Cornélio Procópio existem 13 estabelecimentos de ensino de 1º grau estaduais, 4 municipais urbanos, 40 municipais rurais, 5 estabelecimentos particulares e 1 Núcleo Avançado de Ensino Supletivo. Apresenta também 3 estabelecimentos de ensino de 2º grau estaduais, 1 particular e uma Instituição de Ensino Superior, a fundação Faculdade Estadual de Filosofia, Ciências e Letras, com um Campus Universitário, que oferece os cursos de Pedagogia, Letras, Licenciatura em Ciências, Administração de Empresas, Administração Rural, Ciências Contábeis e Ciências Econômicas. Oferece ainda 4 habilitações na área de Ciências Exatas e 3 na Pedagogia e diversos Cursos de Especialização. A população estudantil global era de 15.400 alunos, em 1987.

Veja a avenida XV em 1931.

- Aspecto Político e Administrativo

Até 1936, Cornélio Procópio foi simples patrimônio de Cambará. A partir desse ano, passou a ser Distrito Judiciário de Bandeirantes.. Em janeiro de 1938, graças aos trabalhos de uma comissão constituída por Júlio Mariucci, Américo Ugolini, Benjamin Soto Maior, Oscar Dantas, José Tavares Paiva, Francisco Lacerda Júnior, Augusto Sícoli, Vitorino Gomes Henriques, Roberto Rocha Leão, Floriano Landgraf e outros, o Município foi criado, no governo de Manoel Ribas. Em XV de fevereiro de 1938, foi instalado o Município de Cornélio Procópio, juntamente com a Comarca, transferida de Jataizinho. Possui cerca de 24.000 eleitores. Pólo de importante microrregião geo-econômica e educacional, que congrega mais de vinte municípios circunvizinhos. Foi nomeado como 1º Prefeito o Dr. Francisco Lacerda Júnior. Houve outros Prefeitos-Delegados até 1946, quando o país foi redemocratizado. Pela primeira vez os procopenses voltaram e elegeram Prefeito o mesmo Dr. Francisco Lacerda Júnior. Em ordem cronológica, tivemos os seguintes Prefeitos: Pedro Mariucci, Reinaldo Carazzai, Paulo Pimenta Montans, Rosário Pitelli, Rolando Demétrio Marucci, Nelson Katumi Miyamoto, Michel Dib, Oswaldo Trevisan, Sílvio Antonio Cunha , Hermes Rodrigues da Fonseca Filho, Eduardo Trevisan , Dr Márcio Pozzi e atualmente Dr José Antonio Fonseca.

Veja a igreja matriz Catedral Cristo-Rei.

- Economia

A potencialidade econômica do Município, seus recursos e equipamentos sociais, fizeram-no destacar-se como o primeiro em desenvolvimento do Paraná e quarto no Brasil, em 1988. A agricultura foi atividade preponderante desde a origem do Município até as décadas de 1950/60. E, dentro dela, o café foi "produto-rei". Pelos seus milhões de cafeeiros e pela alta produtividade das lavouras que alcançaram até 200 sacas de café em coco por mil pés de café, na região do bairro Paiolão, cuja fertilidade do solo teve repercussão nacional, Cornélio Procópio foi a "Capital Mundial de Café", antes do desmembramento de seus antigos Distritos. A partir de 1950, começaram a surgir as crises da cafeicultura. Algumas de ordem climática, outras de ordem política e social. As geadas começaram a perder o seu periodismo de dez anos consecutivos; as conquistas sociais provocaram a mecanização das lavouras; a nascente indústria brasileira começou a fabricar máquinas e implementos agrícolas. Assim, a máquina começou a substituir o homem no campo, provocando êxodo rural, tanto em direção as novas frentes pioneiras, como em direção à periferia da cidade. Depois de 1960, enquanto o município perdeu 30% da população rural em uma década, a cidade de Cornélio Procópio inchou em vez de crescer, pois a sua população dobrou, graças às favelas que brotaram na sua periferia. Essa brusca inversão trouxe desorganização social: aumentaram os encargos públicos pela necessidade de ampliação de sua estrutura sócio-econômica. Os serviços de água e esgoto, a rede elétrica, as escolas, as habitações, os órgãos de assistência sanitária e social, o mercado de trabalho, eram insuficientes para atender à demanda. Houve um período de estagnação, no qual o poder público teve que empreender esforços para adequação da estrutura urbana às necessidades sociais. Muitas fazendas, que possuíam estrutura agro-industrial, fecharam suas tulhas e armazéns, desmancharam as casas de suas colônias e erradicaram seus milhares de cafeeiros. Na cidade, muitas empresas que comercializavam o café foram desativadas. A economia agrícola adquiriu novo visual com o fim da monocultura cafeeira. Adotada a policultura, surgiu a figura do "bóia-fria". O algodão, o feijão, o milho, a cana-de-açúcar substituíram o café, com vantagens para o comércio local, onde os pequenos proprietários comercializavam a sua produção. Até que foi introduzida a soja, que deu nova característica monocultura à nossa economia agrícola. A partir de 1970, Cornélio Procópio deixou a dependência total da agricultura, passando para a economia agro-industrial. A Cia Iguaçu de Café Solúvel, a Kanebo Silk do Brasil S.A., A Ducci S.A., a Cooperativa de Cafeicultores, a Cooperativa Cotia, diversas indústrias de móveis, de estruturas metálicas e multivariadas microempresas, enriquecem os setores secundário e terciário da economia procopense. A agricultura, senão exclusiva, ainda tem grande participação na economia procopense. Mais racional, mais moderna, mais intensiva e bastante produtiva, graças às culturas alternadas de soja e trigo, do café, do algodão, da cana-de-açúcar e de outros produtos comerciais alimentares de consumo municipal. A pecuária leiteira e de corte atende às necessidades do mercado local. Há criação de porcos e aves, e os frigoríficos e laticínios exportam seus excedentes para outros mercados nacionais. A principal atração turística de Cornélio Procópio é o seu monumento ao

Cristo-Rei

,padroeiro da cidade, que é sede de Bispado; estátua de bronze de 9 metros de altura sobre um pedestal de 16 metros. Ele está situado em um dos pontos mais elevados da cidade, construído pelo artista Arlindo Castellane, em 1958, na administração de Reinaldo Carazzai.

Texto extraído do livro "Das Origens da Emancipação do Município" autor.: Prof.: Átila Silveira Brasil

Email: cornelioprocopio@hotmail.com