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                                                                         Linux

 

1 Kernel Linux

Nos idos de 1991, o estudante Linus Torvalds da longínqua e friorenta cidade de Helsinki, Finlândia, estava insatisfeito com o DOS/Windows mas não tinha dinheiro para comprar uma estação UNIX. Assim, ele simplesmente resolveu escrever um sistema operacional decente para o 386 dele, e (muito espertamente; veja o porquê abaixo) começou a escrever um kernel (cerne, em português) , que é a parte fundamental de um sistema operacional.

No início, esse kernel se baseava no Minix (versão simples para fins educacionais do UNIX), e precisava do Minix para ser rodado. Mas ajudados por alguns poucos no começo, e por um verdadeiro exército de voluntários atualmente, ele conseguiu criar um kernel próprio, sem ser baseado nos demais UNIX (no sentido de que não existe nenhuma linha em comum no código fonte), que é estável, rápido e poderoso.

Atualmente, o Linus é auxiliado por alguns hackers-sêniores (os Lieutenants), dentre os quais posso citar o Alan Cox e o Dave M. Mas quem tem a decisão final ainda é o Benevolent Dictator Linus Torvalds.

Esse é o Linux propriamente dito.

2 Sistema Operacional Linux

O problema é que o kernel sozinho não faz absolutamente nada. Você precisa de um conjunto de aplicativos e bibliotecas para poder formar um sistema operacional.

E boa parte desse "resto" já existia, muitos deles provenientes do projeto GNU. O projeto GNU, sob a liderança do carismático e polêmico Richard Stallman, queria (e ainda quer) criar um sistema operacional compatível com o UNIX mas totalmente livre. Só que eles começaram a escrever primeiro os aplicativos e bibliotecas e deixaram o kernel (o Hurd) por último (é por isso que o Linus resolveu escrever o kernel, obviamente).

Além do GNU, haviam muitos outros programas, não menos importantes, feitos por outros autores e organizações, como o X, TeX, aplicativos BSD, Sendmail, Apache, Ghostscript etc. Todos eles funcionavam em ambientes UNIX, mas em sistemas operacionais proprietários como SunOS e Solaris (da Sun), HP-UX (da HP), AIX (da IBM), IRIX (da SGI), etc. Todos eles livres, usando licenças diferentes.

Todos esses programas eram bons, confiáveis e muito usados, mas que estavam um pouco "dispersos", sem um núcleo (literalmente) que pudesse aglutiná-los e formar um sistema operacional completo. Aí surgiu o kernel Linux, que conseguiu, finalmente, tornar realidade um sonho perseguido a muitos anos.

Depois, com o "boom" do Linux, surgiram muitos outros projetos livres que conquistaram não apenas os usuários Linux mas outros sistemas operacionais compatíveis com o UNIX. Alguns exemplos são o KDE, o Gnome e o Gimp.

Portanto, você deve saber que o "Sistema Operacional Linux" (que muitos preferem chamar de GNU/Linux como homenagem à grande importância do projeto GNU) é fruto do trabalho de muita gente e de muitas organizações independentes entre si, e não somente do Linus e seus seguidores.

O fundamento desse sistema é o Código Aberto(Software Livre e/ou Open Source): foi a disponibilidade do código-fonte desses programas que possibilitou a criação de um sistema operacional robusto, versátil e utilizável em tão pouco tempo.