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RESUMO DE RADIOLOGIA I

TÓRAX

 

TÓRAX

INCIDÊNCIAS BÁSICAS:

 

AVALIAÇÃO ESPECIAL

 

ROTINA MÍNIMA

PA e PERFIL (esquerdo) – lado esquerdo encostado no filme

Quanto mais próximo do filme o objeto estiver, mais nítida a imagem.

PA – 1,80m entre ampola e filme

“numerador deve estar na região superior à direita do paciente”.

 

INDICAÇÕES DO PERFIL

  1. Estudo dos espaços retro-esternal e retro-cardíaco
  2. Visibilização do seio costo-frênico posterior
  3. Topografia das lesões.

 

INDICAÇÕES EM OBLÍQUA

  1. Estudo de arco costais
  2. Origen da lesão (intra parenquimatosa ou parede torácica)

“As estrururas do mediastino se encontram centralizadas e o coração afastado do esterno.”

 

INDICAÇÕES ÁPICO-LORDÓTICA

  1. Estudo dos ápices pulmonares
  2. Estudo do Lobo Médio e Língula

“Paciente encurvado com posição AP ou paciente em AP com ampola na posição 45º.

 

PERFIL COM ESÔFAGO CONTRASTADO

                Estudar relação com estruturas vizinhas

                Avaliar aumento de átrio esquerdo com conseqüente diminuição da luz esofágica.

 

PA PENETRADO

  1. Estudo das estruturas do mediastino
  2. Estudar com maior detalhes lesões muito densas
  3. Calcificações e cavitações interior de lesões

 

TELERADIOGRAFIA EM EXPIRAÇÃO E INSPIRAÇÃO

  1. Visibilisar pequenos pneumotórax
  2. Pesquisa de enfisema valvular
  3. mobilidade diafragmática
  4. expansibilidade pulmonar

 

HJELM – LAURELL

                Pesquisar líquido livre na cavidade pleural (entre a pleura parietal e a visceral)

 

TOMOGRAFIA LINEAR

                Estudo dos contornos da lesão e plano de clivagem com estruturas vizinhas e imagens no interior da mesma (calcificação, cavitação).

 

RADIOSCOPIA

  1. Expansibilidade pulmonar
  2. Mobilidade diafragmática
  3. Contratibilidade cardíaca

 

 

BRONCOGRAFIA

                É o estudo contrastado da árvore brônquica.

Pesquisar bronquiectasias.

 

ESTUDO CONTRASTADO DOS VASOS

  1. Malformações vasculares
  2. Obstruções.

 

 

TÓRAX – ANÁLISE SISTEMÁTICA

SEGMENTAÇÃO PULMONAR

 

PADRÕES DA RADIOGRAFIA DE TÓRAX EM PA

  1. numerador obrigatoriamente à direita e na parte superior do paciente
  2. Visualizar apenas o terço superior da coluna
  3. Observar posicionamento do paciente através da clavícula (dist. Apófise espinhosa até a cabeça da clavícula deve ser eqüidistante em ambos os lados).
  4. Avaliar a região cervical
  5. Avaliar a região  supra-clavicular
  6. Avaliar a região  húmero-axilar
  7. Avaliar a região  parede lateral do tórax
  8. Avaliar a região  diafragmática – direito mais elevado que o esquerdo.
  9. Avaliar a região  arcos costais
  10. Avaliar a região  pulmão – atenção ao primeiro arco costal
  11. Avaliar a região  coração
  12. Avaliação dos Arcos costais – 10 posteriores, 8 anteriores (qdo o paciente faz uma boa inspiração) – 8 posteriores, 6 anteriores (criança)

 

PADRÕES DE RADIOGRAFIA DE TÓRAX EM PERFIL

  1. Numerador na região superior
  2. 2. Padrão de Penetração – visualizar os 2/3 inferiores da coluna (1/2 superior deve estar mais hipotransparente por causa da somação de imagens.
  3. Avaliar o corpo vertebral – não deve aparecer os arcos costais para fora.
  4. região periférica
  5. Pulmão
  6. Coração

 

INTRODUÇÃO

Qualidade da penetração do Rx de Tórax em PA e Perfil

Alinhamento das clavículas

Como avaliar o Rx de tórax em PA e Perfil.

Anatomia Geral.

 

TORAX – ANÁLISE SISTEMÁTICA

  1. Partes Moles
  2. Estruturas ósseas
  3. Diafragma
  4. Mediastino
  5. Hilos
  6. Pleura e cisuras
  7. Pulmões

 

1. PARTES MOLES

*   Linha companheira

*   Esterno-cleido-mastóideo – imagem tênue acompanhando a clavícula (Linha companheira)

*   Músculos peitorais

*   Mamas e mamilos – contorno da mama.

*   Oco axilar

*   Região cervical

 

2. ESTRUTURAS ÓSSEAS

*   Articulação escapulo-umeral

*   Escápulas – atenção na região posterior

*   Clavículas

*   Arcos costais – atenção à todos os arcos costais

*   Coluna Torácica.

 

3. DIAFRAGMA

*   Localização

*   Mobilidade

*   Elevaçãoe irregularidades

*   Definição dos seios costo-cardio-frênicos

*   Rebaixamento

*   Derrame infra-pulonar

*   Estudo dinâmico

 

4. MEDIASTINO

Componentes – silhueta em PA

Coração e vasos da base:

Lado esquerdo – ângulo de torção da aorta

2º arco médio escavado

3º arco inferior – ventrículo esquerdo

 

Lado direito –              1º arco – átrio direito (arco inf. direito)

                                               2º arco – veia cava superior (arco sup. direito)

 

HILOS

Componentes – artéria, Brônquio e veia.

*   Hilo Direito – Brônquio, Artéria e Veia (BAV)

*   Hilo Esquerdo – Artéria (mais elevada), Brônquio e Veia (ABV)

 

PARENQUIMA PULMONAR

Densidade Radiológica

Distribuição Do Fluxo

Regiões Simétricas

Áreas Ocultas

 

PULMAO DIREITO

1.      Segmento apical

2.      Segmento anterior do lobo superior

3.      Segmento posterior do lobo superior

4.      Segmento lateral do lobo médio

5.      Segmento medial do lobo médio

6.      Segmento apical do lobo inferior

7.      ss

8.      Segmento basal anterior do lobo inferior

9.      Segmento basal lateral do lobo inferior

10. Segmento basal posterior do lobo inferior

 

 

PULMAO ESQUERDO

1.      + 3 Segmento apico-posterior do lobo superior

2.      Segmento anterior do lobo superior

4.   Segmento lingular superior do lobo superior

 

 

PNEUMONIAS

Parênquima Pulmonar

É ocupado pelo ar, interstício pulmonar que é conjuntivo vascular, ou seja, constituído pelas paredes dos brônquios intra-pulmonares, artérias, veias, capilares, vasos linfáticos e septos inter-alveolares.

 

Lóbulo Pulmonar Secundário

É a unidade base da estrutura e da função do pulmão. Constituído por:

  1. Bronquíolos terminais
  2. Bronquíolos Repiratórios de 1º, 2º e 3º ordem
  3. Alvéolos e sacos alveolares, canal alveolar.

 

Ácino – unidade morfo-funcional dos pulmões

Segmento – composto por 3 a 6 ácinos

Lobo – conjunto de segmentos

 

Poros de Kohn – fazem a comunicação de sacos alveolares diferentes.

Canal de Lambert – comunicam os bronquíolos respiratórios aos alvéolos.

 

A infecção pulmonar aguda pode ser causada por inúmeros microorganismos, produzindo um aspecto patológico macroscópicos, com padrão radiológico identificável.

 

Os achados radiológicos são:

1. ALVEOLAR (PNEUMONIA BACTERIANA)

    1. Pneumonia Lobar (espaço aéreo) – Streptococos pneumoniae. Origem dentro dos alvéolos pulmonares.
    2. Pneumonia Lobular (broncopneumonia) – stafilocócica. Origem dentro dos bronquíolos (forma difusa).

 

2. INTERSTICIAL (PNEUMONIAS VIRAIS)

    1. Pneumonia Intersticial Aguda – vírus ou micoplasma. Origem dentro do espaço intersticial, mais comum em crianças.

 

3. MISTA

É uma combinação da pneumonia lobar, lobular e intersticial.

 

PNEUMONIA LOBAR

Características Radiológicas:

*   Aspecto de confluência

*   Limites imprecisos

*   Respeita cisuras

*   Broncograma aéreo

*   Evolução rápida

*   Homogênea na porção central

*   Sinal da Silhueta

*   Derrame pleural

 

PNEUMONIA LOBULAR OU BRONCOPNEUMONIA

Inicia-se nas vias respiratórias e atinge o saco alveolar.

Múltiplos focos de consolidação que podem se unir.

Geralmente bilateral.

“Condensações alveolares disparças em diferentes lobos ou em focos de confluência.”

 

PNEUMONIA INTERSTICIAL

Sinais Radiológicos

  1. Não tendem a confluir
  2. Aparecem nas traves de tecido conjuntivo
  3. Apresentam-se como infiltrado intersticial que podem ser de 3 tipos: Nodular ou micro-nodular, Reticular e Reticular-nodular ou reticular micro-nodular
  4. Borramento do contorno vascular

 

ABSCESSO PULMONAR

Qualquer processo supurativo agudo do pulmão que forme uma cavidade.

Pode seguir duas origens:

 

1. Origem Broncogênica

Aspiração de corpo estranho (maioria dos casos)

Estase de secreções (carcinoma broncogênico, obstruções endobrônquicas com drenagens incompletas).

 

2. Origem Hematogênica

Pneumonias por estafilococos, streptococos, Klebsiela, etc.

Localização

1º - segmento posterior do lobo superior direito. O esquerdo é menos afetado

2º - Segmento posterior dos lobos inferiores

3º - Segmentos basais dos lobos inferiores

Estágios

Antes da Vômica – condesaçao mais ou menos densa com bordas mal definidas. Ainda num chamamos de abscesso.

Depois da Vômica – imagem hidroaérea torna-se uma imagem cavitária com paredes espessadas, irregulares e com nível líquido.

 

TUBERCULOSE PULMONAR

É uma doença inflamatória, infecciosa, granulomatosa e crônica. É provocada por um agente específico, o Mycobacterium tuberculosis (bacilo de Koch) que lesa tecidos resultando em um exudado alveolar chamado de pneumonia tuberculosa.

 

A lesão pode ser de 2 tipos.

  1. Exudativa – opacidade pulmonar pouco definida, de tamanho e densidade variáveis.
  2. Produtiva – ocorre a formação de grandes nódulos de sombras ovais ou arredondadas, de limites mais níticos. Pode ocorrer necrose de calcificação ou substituição gradativa por tecido fibroso.

 

Formas de Disseminação.

    1. Broncogênica – ocorre disseminação para outras áreas do parênquima pulmonar.
    2. Hematogênica – apresenta 2 etapas de disseminação.

1.      Aguda – Tuberculose Miliar

2.      Crônica – lesões extrapulmonares

    1. Linfática – é comum na infância e no adulto jovem. Atinge os linfonodos hilares e mediastinais.

 

 

TUBERCULOSE PRIMÁRIA (Assintomática)

É o primeiro contato do indivíduo com o bacilo da TBC, quando geralmente ocorre na infância. Notamos uma condensação de aspecto pneumônico juntamente com a linfoadenomegalia traqueal, hilar e cervical, uni ou bilateral.

    1. Foco Visceral – no parênquima pulmonar.
    2. Foco Ganglionar – lesões de gânglios satélites.

 

A combinação de opacificação do parênquima pulmonar, mais a calcificação dos linfonodos regionais é denominada de Complexo de Ranke. O nódulo do parênquima é o Tubérculo de Ghon.

 

Evolução do Complexo Primário

  1. Cura espontânea – Nódulo de Ghon calcificado.
  2. Pneumonia extensa. Atelectasia.
  3. Necrose (cavitação).
  4. Disseminar (brônquios, vaso linfático).
  5. Romper para Pleura.

 

TUBERCULOS SECUNDÁRIA (Reinfecção)

Ocorre geralmente em paciente já sensibilizado à tuberculina. É sintomática com lesão progressiva. Acomete pouco os gânglios linfáticos e tem uma tendência grande a ocorrer nos lobos superiores.

 

A. Infiltrado Tuberculoso inicial

É a forma mais comum da TBC no adulto. Pode evoluir para cura, encapsular e escavar.

Lesão do lobo superior com predominância à direita.

Aspecto das lesõe acino-nodulares são de limites indefinidos, enevoados.

Complica para cavidade e tem disseminação broncogênica.

 

B. Pneumonia Tuberculosa

São condensações alveolares nos lobos superiores

Formam cavidades e fibroses

 

C. Cavitação

Ocorre devido à disseminação broncogênica.

Diferenciar cavitação de BK com bolhas de enfisema.

 

D. Bronquiectasias

Infecção necrotizante de brônquios e bronquíolos.

Dilatação de sacos alveolares com paredes espessas.

Sacular ou cilíndrica

Fibrose com grande distorção de brônquios.

 

E. Tuberculoma

Forma encapsulada com o cancro de maculação.

Nódulos de contornos lisos e bem definido.

O tamanho vaira de 0,5 a 4cm.

Calcificação, cavidade e lesões satélites.

 

COMPLICAÇÕES DA TBC DE REPETIÇÃO

Derrame Pleural

Broncolitíase (calcificação)

Estenose Brônquica

Pneumotórax tuberculoso (rompimento de uma bolha com entrada de ar no parênquima pulmonar).

Disseminar para outras regiões: laringe, íleo, ceco, órgãos urogenitais e sistema esquelético.

 

TUBERCULOSE HEMATOGÊNICA

Ocorre disseminação através da corrente sanguínea podendo comprometer outros órgãos e sistemas.

Tuberculose Pulmonar Miliar

Disseminação hematogênica do bacilo a partir do complexo primário e de qualquer outra lesão existente.

Lactantes e crianças – granulações finas e de nodulações delgadas bilaterais. Infiltrado micronodular (difuso).

Em adultos – doença muito incidiosa e extremamente difícil de reconhecer.

Aspectos Radiológicos

No início e até meses pode ser normal

Micronódulos até 4mm

Distribuição difusa

Gânglios Hiliares e Mediastinais

Cavitação e necrose

Derrame pleural bilateral.

 

PNEUMOTÓRAX

Presença de ar na cavidade pleural

Causa: defeito na pleura parietal, visceral e parede torácica.

Tipos de Pneumotórax:

  1. Espontâneo
  2. Hipertensivo - Ý P. Pulmonar.
  3. Traumático – facada, tiro, etc.

 

1. Espontâneo

Sem causa aparente

O ar penetra na cavidade pleural ppor meio de uma abertura na pleura visceral.

Em muitos casos a etiologia é obscura e o local não é visível.

Enfisema intersticial e as bolhas de enfisema

 

2. Hipertensivo

Defeito tipo válvula unidirecional (por ingestão de corpo estranho).

Acúmulo rápido ou lento de ar no espaço pleural

Colabamento completo do pulmão

Desvio do mediastino para o lado oposto

Hiperinsuflação pulmonar

Depressão diafragmática

 

3. Traumático

O ar penetra na pleura parietal através de ferimentos perfurantes

Cirugias renais, simatectomias e outras cirurgias do abdômen superior.

Toracocentese e biópsia.

Traumatismo nos pulmões e brônquios

Fratura de costela.

 

FÍSTULA BRONCOPLEURAL

Persiste um longo tempo

Tuberculose

Rompimento de lesão sub-pleural e empiema.

Pleurite

 

Considerações Radiológicas

Redução do volume pulmonar com aumento de sua densidade

Limite externo nítico (pleura visceral)

Ausência de parênquima periférico no hemitórax acometido pelo pneumotórax, logo não se visibiliza vascularização.

Pode aparecer conjuntamente a líquidos (hidropnumotórax).

Desvio do Mediastino – Obstrutivo (desvio para lesão) ou Hipertensivo (desvio contra-lateral)

 

“Para confirmação do Pneumotórax – Rx de expiração e inspiração”.

 

ENFISEMA PULMONAR

É o aumento anormal dos espaços aéreos após os bronquíolos terminais, com ruptura das paredes alveolares e destruição do leito capilar.

Patologias Associadas: Bronquite Crônica (DBPOC) e Asma

Classificação:

a)      Seletiva – centrilobular

b)      Não Seletiva – panlobular