ARMAMENTO |
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A r m a m e n t o I n t e r n o O armamento orgânico da aeronave é composto por um par de canhões Colt Mk 12 de 20 mm. Os canhões estão localizados na raiz de cada uma das asas, próximo ao encontro desta com a fuselagem. A boca do canhão se projeta para fora da aeronave e sua terminação não recebe pintura (metal polido). A região próxima ao canhão é pintada em preto fosco para que a mesma não fique manchada durante os disparos. Entre o canhão e a tomada de ar do motor existe uma superfície plana, semelhante à um "canard". Esta peça é o defletor de gases do canhão. Ele impede que os gases gerados a partir do disparo dos cartuchos do canhão sejam sugados para dentro do motor.
Esse canhão pertence a uma geração de armamento de tudo do início dos anos cinqüenta. Aeronaves contemporâneas ao A-4 Skyhawk como o F-8 Crusader usavam esse modelo de canhão. Porém, alguns projetos da época (F-104 Starfighter e F-105 Thunderchief) já incorporavam as primeiras variantes do canhão Gatling de seis canos ("Projeto Vulcan"), padrão da aviação naval norte-americana até os dias atuais. Todos os A-4, desde o primeiro modelo até o último, foram equipados com esse tipo de canhão. No entanto, os aperfeiçoamentos introduzidos no modelo M - e a sua variante KU - permitiram que a quantidade de cartuchos fosse dobrada, passando de 100 para 200 cartuchos por canhão. Os modelos A-4H de Israel (versão F modificada), após a entrega, foram modificados para receberem um canhão francês DEFA de 30 mm. Anos depois, quando um novo lote de A-4N foi enviado para a IDAF, adotou-se o mesmo canhão de 30 mm. A FAA (Força Aérea Argentina), seguindo o caminho dos israelenses, modificou alguns A-4B/C para receberem o mesmo canhão após a Guerra das Malvinas. Os A-4 de Singapura também foram modificados para utilizarem canhões Aden de 30 mm.
A r m a m e n t o E x t e r n o Lança-foguetes LAU-10
Um número desconhecido de casulos lança-foguetes também foi adquirido pela MB. Esses casulos são do tipo LAU-10 para foguetes tipo Zuni de 5" (130 mm). Porém não se sabe se são do modelo C/A (uso exclusivo em terra) ou D/A (uso embarcado ou em terra). Cada casulo possui capacidade para disparar quatro foguetes, em uma única salva ou individualmente. Os casulos são geralmente carregados no cabides externos das asas. É possível que os AF-1 não utilizaram ainda esse tipo de armamento. Os foguetes Zuni não são guiados e possuem aletas dobráveis que fornecem estabilidade aerodinâmica durante o vôo até o alvo. Elas se abrem após o foguete ser expelido do tubo. A cabeça de guerra pesa aproximadamente 20 Kg e pode ser modificada dependendo da missão tática (HE de fragmentação, HE de uso geral, Anti-tanque/Anti-pessoal e outras). O manuseio desse tipo de armamento a bordo de navios-aeródromos requer cuidados especiais. No dia 14 de janeiro de 1969 um disparo acidental de um foguete Zuni no convôo do USS Enterprise ocasionou um incêndio de grandes proporções. Quinze aviões foram destruídos e 27 pessoas morreram. A causa da detonação ocorreu por superaquecimento da cabeça de guerra em função dos gases de exaustão de outra aeronave que estava próxima.
Míssil AIM-9 Sidewinder Segundo informações da própria marinha (1), foram adquiridos 217 mísseis Sidewinder da versão AIM-9H. Possivelmente, dentro desse número estão incluídos os mísseis de manejo (inertes) freqüentemente carregados pelos AF-1 (com o corpo pintado em azul). A versão AIM-9H foi desenvolvida para a U S Navy e introduzida na última fase da Guerra do Vietnã. Essa versão representa um avanço em relação aos modelos anteriores D e G, principalmente aos componentes eletrrônicos semicondutores (3). Os componentes eletrônicos do míssil sofriam muito com as severas condições das operações embarcadas e por esse motivo foi completamente redesenhada. O sistema óptico da versão G foi mantido mas a parte de varredura foi bastante melhorada (2). O modelo H, assim como o D e o G, empregam um sistema de refrigeração baseado em Nitrogênio para resfriar o elemento do detector infra-vermelho do sistema de guiagem do míssil (Sulfeto de Chumbo). Quando instalado na aeronave, o Hidrogênio é fornecido por um recipiente de seis litros localizado no interior do trilho de lançamento LAU-7. Esse recipiente fornece resfriamento suficiente para o míssil por duas horas e meia. Perto de 7.720 unidades foram construídas. O modelo H é a melhor versão do Sidewinder antes da geração "all aspect", iniciada com o modelo L. Aliás, a versão H foi a base de desenvolvimento para o modelo L.
O arranjo mais comum é a instalação de dois mísseis (um em cada asa) nos cabides externos, associados com dois tanques de combustível nos cabides internos. Outra variação utilizada é o emprego de quatro mísseis (dois em cada asa), mas essa configuração reduz muito a autonomia da aeronave.
C o n f i g u r a ç ã o d e C o m b a t e
(1) http://www.daerm.mar.mil.br/vf-1.htm (28/07/02) (2)http://www.sci.fi/~fta/aim9.html (29/01/03) (3) GUSTOM, B. 1983 Mísseis ar-ar e Antitanque. Nova Cultural Ltda. São Paulo. p. 50-53. Col. Guia de Armas de Guerra
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