Frank Herbert
Frank Herbert 1920-1986
Mas porque Frank Herbert e sua série Duna
merecem um lugar de destaque na história da Ficção
Científica? O primeiro livro da série, foi considerado pelo
público americano "o romance de mais imaginação dos
últimos tempos". Nas palavras do lendário Arthur C. Clarke,
trata-se de um livro "único...na profundidade da caracterização
e nos detalhes extraordinários do mundo que cria".
Quem leu a obra pode atestar com segurança que
se trata de uma obra inigualável sob todos os aspectos. Ao contrário
da maioria dos livros do gênero, Duna não utiliza os conceitos
considerados "normais" dentro do universo da FC. Tudo é inédito
e desconcertante. A narrativa poética entremeada do que seriam poemas,
canções e citações históricas
tornam o clima profundo e envolvente. A tecnologia
cede seu lugar de honra para os poderes psíquicos e mentais e a
ciência é não mais que um pálido acessório
da magia. Identificam-se os personagens mais com os heróis e vilões
das aventuras mitológicas das antigas civilizações,
do que com os aventureiros das histórias espaciais. A construção
do cenário é sombria e medieval e a definição
dos ambientes políticos, sociais, culturais, religiosos e ecológicos
e detalhada e perfeita. Nada foi esquecido, até o mapeamento do
planeta onde a maior parte da narrativa transcorre foi ricamente elaborado.
Frank Herbert criou um universo fantástico e complexo, recheado
de elementos intrigantes. Toda a construção do livro completa
um pano fundo que transborda em emoção e vivacidade em todas
as suas linhas. Nascido em Tacoma, Washington,
Estados Unidos, foi fotógrafo, cameraman de televisão, radialista,
professor de literatura, instrutor de cursos de sobrevivência na
selva, e psicanalista leigo, entre tantas outras atividades, tornou-se
autor mundialmente consagrado com livros traduzidos em mais de catorze
línguas. Com Duna foi agraciado com os mais importantes prêmios
de ficção e fantasia (Nebula e Hugo).
Conheça um pouco
sobre a série DUNA
Duna (Dune) Duna,
na verdade o planeta Arrakis, o qual é constituído por um
único e gigantesco deserto planetário é a única
fonte da especiaria Melange. A melange possui propriedades geriátricas
e provoca uma mudança visível no aspecto das pessoas que
se viciam nela, os olhos ficam com uma única cor: Azul. É
o chamado "azul sobre o azul" A melange é também a fonte
de todo o poder do império. Pois é através do uso
dela que os "navegadores da corporação" conseguem guiar-se
nos intertísios do espaço entre as estrelas. Duna é
o lar dos terríveis vermes da Areia, os quais são exatamente
os verdadeiros produtores da melange. Para o povo do deserto, os tenazes
Fremem, são ao mesmo tempo deuses e demônios, na verdade o
grande deus dos Fremem é o Shai-Hulud.
O grande verme. A casa dos Atreides torna-se
incumbida de administrar o planeta Arrakis. O que na verdade equivalia
a uma punição, pois deveriam abandonar o seu oceânico
Caladam. Mas seus inimigos ancestrais, os mortais Harkonnen (contanto com
a conivência impérial), conspiram para destruí-los.
Mas Paul Atreides, filho de Leto Atreides, está destinado a ser
o Kwisatz Haderach, a suprema criação do programa de procriação
da Irmandade Bene Gesserit da qual sua mãe Lady Jessica faz parte,
seria uma espécie de versão masculina das irmãs, incluíndo-se
aí um rigoroso trinamento sob as condições da ordem,
além de desenvolver o poder da preciência através da
"agonia da especiaria". Mas a seu tempo Paul Atreides rompe com a ordem
e encontra seu verdadeiro destino: ser o senhor dos Fremens, que o chamam
de Paul Muad’dib, aquele que empreenderá a luta por um império
mais justo. Torna-se então o messias esperado pela tradição
dos Fremem que a seguir passam a empreender um Jihad (guerra santa) em
nome de seu novo líder e que levará
os Atreides a governar o império.
O Messias de Duna (Dune
Messiah) Mostra o período em que Paul Muad’dib Atreides governou
Duna e o império. Em uma emboscada Paul fica cego e mostra que seus
poderes são incrivelmente fantásticos pois, mesmo sem os
olhos, continua a ver mais que qualquer homem. Paul começa a compreender
a amplitude destes poderes e como eles poderão contribuir para construir
um universo melhor para todos. Nascem seus filhos com Chani, Leto e Ghanima,
e prevendo o fim de sua missão desaparece no deserto seguindo um
antigo preceito Fremem sobre os cegos, sendo dado como morto.
Deixando atrás de si o mito do Muad’dib.
Os Filhos de Duna (Children
of Dune) Os filhos de Paul assumem o leme do império. Seu
filho torna-se governante político e militar enquanto sua filha
passa a controlar a religião do império. O jihad (a guerra
santa) prossegue eliminando todos os opositores do império. O novo
imperador Leto II, detentor de um poder de preciência até
mesmo superior ao de seu pai, percebe seu grandioso destino e funde-se
com os vetores dos vermes, as trutas da areia com o intuito de tornar-se
invulnerável e obter uma vida longuissíma que lhe poderá
propiciar o tempo necessário para impor o que ele mesmo chama de
"A paz de Leto"
O Imperador-Deus de Duna
(God Emperor of Dune) Em Rakis, o outrora planeta desértico
de Arrakis o imperador Leto II, filho e herdeiro dos poderes divinos de
Paul Atreides, abandona a forma humana e torna-se um tirano imortal num
híbrido de homem e verme, passando a medir cerca de sete metros
de comprimento, sendo frequentemento atormentado com a idéia da
divindade e com a possibilidade de controlar o tempo. Grande parte do livro
é dedicado à narração dos Diários Roubados,
parte dos diários de Leto II, com seus registros e impressões
pessoais acumulados em mais de três mil anos de sua vida no corpo
híbrido humano-verme.
Os Hereges de Duna (Heretics
of Dune) A irmandade Bene Gesserit exerce estranhos poderes sobre
os seres humanos, utilizando-se destes para solucionar problemas de ordem
político-religiosa e na luta pelo poder. Em cena uma série
de conflitos se desenrolam em meio ao caos e a fome de um planeta árido
conhecido como Duna.
As Herdeiras de Duna (Chapterhouse:
Dune) Envolvida num grandioso projeto ecológico a Irmandade
Bene Gesserit começa a transformar um planeta verdejante em um deserto
com o objetivo de recriar o antigo planeta Arrakis (Duna), em cujo ambiente
é possível a recriação dos vermes da areia,
única fonte da melange, a especiaria fundamental nos rituais da
ondem. Aparece uma irmandade rival as Honradas Madres, dispostas a competir
pelo domínio na esfera de influência de um império
desmoronante.
Frank Herbert faleceu enquanto escrevia o sétimo
livro da série, que portanto, infelizmente, não foi concluída.
O Homem de Dois Mundos -
Escrito em parceria com seu filho, Brian Herbert
- Narra uma estória na qual todo o universo conhecido pela
humanidade e o próprio homem, não passam da criação
de mentes de um mundo alienígena, mas algo dá errado quando
os dois mundos se encontram e a criatura ameaça o criador.