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  Ray Bradbury
Ray Bradbury (1920-)
Bradbury, nascido a 22 de agosto de 1920 na pequena cidade de Waukegan, USA, foi inúmeras vezes identificado como o poeta da Ficção Científica. Graças a sua românticas descrições de ambientes e ricas e apaixonadas construções de personagens. Bradbury preocupava-se mais com o lado humano e visionário de seus personagens do que com a descrição científica e tecnológica, o que era uma inovação para a época. O seu estilo se tornou bastante peculiar, sendo dotado de um romantismo nostálgico. Bradbury muitas vezes retrata o homem como refém de sua época. Seres perplexos ante as maravilhosas mudanças que vão ocorrendo ao seu redor.
Mas vejamos um pouco de Ray Bradbury, por ele mesmo:
Júlio Verne foi meu pai. H. G. Wells foi meu sábio tio.  Edgar Allan Poe foi o primo com asas de morcego que guardávamos lá em cima, na sala do sótão.  Flash Gordon e Buck Rogers foram meus irmãos e amigos.
 Aí têm minha ascendência.  Acrescentando, claro, o fato de que muito provavelmente Mary Wollstonecraft Shelley, autora de Frankenstein, foi minha mãe.  Com uma família dessas, eu não poderia deixar de ser outra coisa: um escritor de fantasia e de curiosíssimas histórias de ficção científica.
 Vivi nas árvores com Tarzã uma boa parte de minha vida, com meu herói, Edgar Rice Burroughs. Quando desci da folhagem, pedi uma pequena máquina de escrever quando tinha doze anos, para o Natal. E matraqueando na máquina , escrevi meu primeiro seriado de imitação, John Carter, Condestável de Marte, e de cor, bati episódios inteiros de Chandu, o Mágico.  Mandei tampas de caixas pelo correio, e acho que juntei-me a todas as sociedades secretas do rádio que existiam. Guardei histórias em quadrinhos, a maioria das quais ainda tenho, em grandes caixas,  no porão da minha casa, na Califórnia. Ia às matinês do cinema. Devorava as obras de H. Rider Haggard e Robert Louis Stevenson. Em meio aos verões de minha juventude, pulei alto e mergulhei bem fundo no vasto oceano do Espaço, muito, muito tempo antes que  a Era Espacial propriamente dita fosse mais do que um pontinho no telescópio de duzentas polegadas, de Monte Palomar.  Em outras palavras, eu me apaixonei por tudo o que fazia. Meu coração não batia, explodia. Eu não me aquecia com um assunto; eu fervia. Sempre corri e gritei quando se trata de uma lista de coisas grandes e mágicas que eu sabia que simplesmente não poderia viver sem elas.
 Eu era um menino-mágico imberbe que puxava coelhos irritadiços de cartolas de "papier-mâché". Tornei-me um homem-mágico barbado que puxa foguetes de sua máquina de escrever e dos Ermos do Espaço, que se estendem tão longes quanto o olho e a mente podem ver e imaginar.  Meu entusiasmo sustentou-me bem, através de anos. Nunca me cansei dos foguetes e das estrelas. Nunca cessei de gostar de me apavorar com algumas de minhas histórias mais exóticas e tenebrosas.  Assim, aqui, nesta nova coleção de histórias, você encontrará não só E de Espaço, mas uma série de subtítulos que muito poderiam ser: T de Trevas, A de apavorar ou D de deliciar. Aqui você vai encontrar quase todas as faces de minha natureza e minha vida que possa querer descobrir. Minha capacidade de rir-me alto com a simples descoberta de que estou vivo num estranho, selvagem, e estimulante mundo. Minha capacidade igualmente grande de pular e ir plantar groselhas quando sinto o cheiro de estranhos cogumelos crescendo em meu porão, à meia-noite, ou ouvir uma aranha cantarolando enquanto tece sua tapeçaria, no armário embutido, pouco antes do nascer do sol.  Você que está lendo, e eu, que escrevo, somos bastante iguais. A pessoa jovem dentro de mim atreveu-se a escrever estas histórias para entretê-lo. Encontramo-nos no território comum de uma Era incomum, e compartilhamos nossos dons de sombra e luz, sonhos bons e maus, alegrias simples, e mágoas não tão simples.  O menino mágico fala de um outro ano. Fico de lado e deixo-o dizer o que mais precisa dizer. Escuto, e divirto-me.  Espero que você, também.
RAY BRADBURY
Los Angeles, Califórnia
1o de Dezembro, 1965.
(Dark Carnival - 1947)
As Crônicas marcianas (The Martian Chronicles - 1950) A obra conduz o leitor ao longo da exploração e colonização de Marte pelo homem entre 1999 e 2026. Para onde foram os marcianos, se é que algum dia existiram? O que acontece com os homens que lá chegam? Este livro consagrou de imediato seu autor que, rompendo de vez com o lugar-comum dos monstros de olhos esbugalhados e alienígenas vorazes com suas naves imensas sedentos de sangue, provou que era possível fazer a melhor literatura e a melhor poesia com a ficção científica e a fantasia espacial e que o grande e fundamental tema era e continuava a ser o homem e o seu destino.
Recordações do Futuro (The Illustrated Man - 1951) Coletânea de contos profundamente humanos e poéticos.
Os Frutos Dourados do Sol (The Golden apples of the sun - 1952/1953) Coletânea de Contos, muitos deles que ficaram mais conhecidos por publicações posteriores em outras coletâneas, apareceram primeiro aqui.
Fahrenheit 451 (Fahrenheit 451 - 1953) Levado ao cinema com maestria pelo renomado diretor francês François Truffault.
O País de Outubro
F de Foguete (R is for Rocket) - Coletânea de contos profundamente inspirados
E de Espaço (S is for Space) - Espécie de irmão gêmeo de F de Foguete
Eu canto o corpo elétrico (Body Eletric)
Remédio para a melancolia