O
escritor e seus múltiplos vem
vos dizer adeus.
Tentou na palavra o extremo-tudo
E esboçou-se santo, prostituto
e corifeu. A infância
Foi velada: obscura na teia da poesia
e da loucura.
A juventude apenas uma lauda
de lascívia, de frêmito
Tempo-Nada na página.
Depois, transgressor metalescente
de percursos
Colou-se à compaixão, abismos
e à sua própria sombra.
Poupem-no o desperdício de explicar o ato de brincar.
A dádiva de antes (a obra) excedeu-se
no luxo.
O Caderno Rosa é apenas resíduo
de um "Potlatch".
E hoje, repetindo Bataille:
"Sinto-me livre para fracassar".