Cresce meu ventre...meus seios
Me sinto larga... em minha cintura
E as vezes, até meus sapatos
Parecem pequenos
Talvez, cresceram meus pés...
Que loucura....

A pequena semente,
Germinou...
E eu a reguei, com todo o amor
Que aprendi a ter
Como poucas...como muitas
Como mulher
Como mãe....

Sabe, as vezes, sinto saudades
De uma noitada alegre
Festiva...
Regada a vinho de arroz
Risos e choros...falta me fazem
Penso em voce...
E voce....crescendo
De mim..., outra
Se formando

Me retenho..., as vezes me enraiveço
Com voce...., para logo em seguida
Te acariciar...
Imaginando tuas mãos nas minhas
Tua cabeça, em meu colo
Teu corpo, se aquecendo
Junto ao meu....
Sermos uma em duas
Galhos da mesma árvore,
De um tronco feito por Deus

Também, sonho as vezes, voce grande
Correndo e crescendo...
Teu rosto, ainda não vejo
Será igual ao meu..???!!!
Será...??!!!!
Nua em meu leito
Acaricio meu ventre, largo, grande
E vejo voce, ou seria melhor dizer
Te imagino.....

Mas eu te vi, imagem distorcida
Quase sem nexo, indefectível a olho nú
Mas algo vivo, pulsante, crescente
Dentro de mim
E apenas me falaram teu sexo
Menina....

E te confesso, falha minha
Hoje eu sei, a tecnologia me mostrou
Uma mulher, igual a mim
Está crescendo
E te quero, como nunca quis, como nunca ousei imaginar
Poder querer assim
É maior que amor físico, é maior
Que amor carnal...
É um amor, maior que todos
Simplesmente, um amor
Maternal