Site hosted by Angelfire.com: Build your free website today!

 

 

poesiatopo

POESIA

Pesquisar no OneMagic.net

NOVIDADES

MAPA DO SITE

BUSCA NO SITE

LITERATURA

POESIA

ANALISES POESIA E LITERATURA

BIOGRAFIAS E BIBLIOGRAFIAS

ESPANÕL

FRANÇAIS

ENGLISH

OPINIOES

GRUPOS - GROUPS

FORUNS MIL

PAGINAS AMIGAS

FORUM BRAVENET

JORNAL DE PAREDE

CHATS

JOGOS

E-MAIL

INSERÇÃO DE SITES

MUNDO NOTICIAS

MOTORES DE BUSCA

DOWNLOADS

WEBMASTERS

TRADUCOES

LISTA DE AUTORES

SOLIDARIEDADE

LISTA DE LINKS

 

LIVRO DE VISITAS

 LIVRE D' OR

 GUESTBOOK

 

 

 

 

Nota: se quiser ( e aconselhamos ) existem mais de 50.000 títulos em espanhol, em francês ou em inglês nas páginas respectivas.

Este espaço de poesia não pretende nem quer "concorrer" com outras excelentes páginas de poesia que se encontram, felizmente com alguma profusão, pela Net.

Assim, colocaremos aqui, nesta página, o que consideramos ser o mínimo indispensável de poesias e de poetas, ficando sempre conscientes que o objectivo principal desta página é falar e fazer falar de poesia e de poetas, quer analisando os mesmos, quer acrescentando sempre os novos que aqui queiram fazer-se publicar...

Em cada caso que se proporcione forneceremos Links para cada um dos poetas ou do tipo de poesia aqui publicados...aconselhando igualmente que visitem a nossa página de Links...

LISTA DE POETAS POR ORDEM ALFABÉTICA DO PRIMEIRO NOME

Sobre " A carpa" de Alexandre O'Neill

Nota: Esta "Carpa" tem uma divisão e uma subdivisão. Como nasce uma "carpa" e sobre a carpa peixe.

Poetas mil( Conforme o titulo indica pretende vir a ter mil poetas ) ( I )

Poetas mil( Conforme o titulo indica pretende vir a ter mil poetas ) ( II )

Poetas mil( Conforme o titulo indica pretende vir a ter mil poetas ) ( III )

ENSAIO SOBRE FLORBELA ESPANCA

Poetas e canções ( poemas que foram cantados ou canções que foram poemas)

Omar Khayyam em francês

Poesia de Frederico Nietzsche

Poesia Erótica

André Gides - Lyncéus ( em francês )

Alfabeto Poético ( Autora - Maria Mira )

a mensagem de fernando pessoa ( EXTRACTOS )

A MULHER NA LITERATURA PORTUGUESA

POESIA DE JORGE LUÍS BORGES ( Índice próprio na Página )

PÁGINA DE PABLO NERUDA E LIVRO DAS PERGUNTAS ( Índice na página )

 

 

Poesias sobretudo de Além-Mar  :

AUTORES:

( Angola )


Agostinho Neto
Aires de Almeida Santos
Alda Lara
Alexandre Dáskalos
Ana Branco
Ana Paula Ribeiro Tavares
Ana Santana
Antero Abreu
António Cardoso
António Jacinto
Arlindo Barbeitos
Arnaldo Santos
Cândido da Velha
Carlos Ferreira
Cochat Osório
Costa Andrade
David Mestre
Doriana
Domingos Florentino
Ernesto Lara Filho
Geraldo Bessa Victor
Henrique Abranches
J. A. Trajanno Nankhova Trajanno
João Abel
João Maimona
João Maria Vilanova
João Melo
Jofre Rocha
Jorge Macedo
Jorge Monteiro dos Santos
José Eduardo Agualusa
José Luandino Vieira
José Luís Mendonça
José Mena Abrantes
Luís Amorim de Sousa
Manuel dos Santos Lima
Manuel Rui
Maria Alexandre Dáskalos
Mário António
Raul David
Ruy Burity da Silva
Ruy Duarte de Cavalho
Tomás Vieira da Cruz
Viriato da Cruz

 

S. Tomé e Principe

AUTORES:


Alda Espirito Santo
Caetano de Costa Alegre
Carlos Espírito Santo
Conceição Lima
Fernando de Macedo
Francisco José Tenreiro
Francisco Stockler
Frederico Gustavo dos Anjos
Marcelo da Veiga
Maria Manuela Margarido
Maria Olinda Beja
Mé Sossô
Tomás Medeiros



 

E neste link abaixo há poesia de todos os Palops ( Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa) http://www.terravista.pt/mussulo/1701/palop.htm ( nota: alguns links falham ).

 


 Amnesty International - Help us cast the light on huma rights violations around the world

 

 

Venturosa de sonhar-te

Cecília Meireles

Venturosa de sonhar-te,
à minha sombra me deito.
(Teu rosto, por toda parte,
mas, amor, só no meu peito!)

-Barqueiro, que céu tão leve!
Barqueiro, que mar parado!
Barqueiro, que enigma breve,
o sonho de ter amado!

Em barca de nuvem sigo:
e o que vou pagando ao vento
para levar-te comigo
é suspiro e pensamento.

-Barqueiro, que doce instante!
Barqueiro, que instante imenso,
não do amado nem do amante:
mas de amar o amor que penso!

Melhores Poemas, Global Editora, 1984 - S.Paulo, Brasil

Regressar ao índice geral de poesia

Regressar ao 1º Índice de Poetas Mil

A arte de ser feliz

Cecília Meireles

Houve um tempo em que minha janela se abria sobre uma cidade que parecia ser feita de giz. Perto da janela havia um pequeno jardim quase seco.

Era uma época de estiagem, de terra esfarelada, e o jardim parecia morto. Mas todas as manhãs vinha um pobre com um balde, e, em silêncio, ia atirando com a mão umas gotas de água sobre as plantas. Não era uma rega: era uma espécie de aspersão ritual, para que o jardim não morresse. E eu olhava para as plantas, para o homem, para as gotas de água que caíam de seus dedos magros e meu coração ficava completamente feliz.

Às vezes abro a janela e encontro o jasmineiro em flor. Outras vezes encontro nuvens espessas. Avisto crianças que vão para a escola. Pardais que pulam pelo muro. Gatos que abrem e fecham os olhos, sonhando com pardais. Borboletas brancas, duas a duas, como reflectidas no espelho do ar. Marimbondos que sempre me parecem personagens de Lope de Vega. Ás vezes, um galo canta. Às vezes, um avião passa. Tudo está certo, no seu lugar, cumprindo o seu destino. E eu me sinto completamente feliz.

Mas, quando falo dessas pequenas felicidades certas, que estão diante de cada janela, uns dizem que essas coisas não existem, outros que só existem diante das minhas janelas, e outros, finalmente, que é preciso aprender a olhar, para poder vê-las assim.

Regressar ao índice geral de poesia

Regressar ao 1º Índice de Poetas Mil

Se eu fosse apenas...

Cecília Meireles

Se eu fosse apenas uma rosa,
com que prazer me desfolhava,
já que a vida é tão dolorosa
e não te sei dizer mais nada!

Se eu fosse apenas água ou vento,
com que prazer me desfaria,
como em teu próprio pensamento
vais desfazendo a minha vida!

Perdoa-me causar-te a mágoa
desta humana, amarga demora!
- de ser menos breve do que a água,
mais durável que o vento e a rosa...

Melhores Poemas, Global Editora, 1984 - S.Paulo, Brasil

Regressar ao índice geral de poesia

Regressar ao 1º Índice de Poetas Mil

Até quando terás,
minha alma,
esta doçura

Cecília Meireles

Até quando terás, minha alma, esta doçura,
este dom de sofrer, este poder de amar,
a força de estar sempre - insegura - segura
como a flecha que segue a trajectória obscura,
fiel ao seu movimento, exacta em seu lugar...?

Melhores Poemas, Global Editora, 1984 - S.Paulo, Brasil

Regressar ao índice geral de poesia

Regressar ao 1º Índice de Poetas Mil

Por que nome chamaremos

Cecília Meireles

Por que nome chamaremos
quando nos sentirmos pálidos
sobre os abismos supremos?

De que rosto, olhar, instante,
veremos brilhar as âncoras
para as mãos agonizantes?

Que salvação vai ser essa,
com tão fortes asas súbitas,
na definitiva pressa?

Ó grande urgência do aflito!
Ecos de misericórdia
procuram lágrima e grito,

- andam nas ruas do mundo,
pondo sedas de silêncio
em lábios de moribundo.

Melhores Poemas, Global Editora, 1984 - S.Paulo, Brasil

Regressar ao índice geral de poesia

Regressar ao 1º Índice de Poetas Mil

Motivo

Cecília Meireles

Eu canto porque o instante existe
e a minha vida está completa.
Não sou alegre nem sou triste :
sou poeta.

Irmão das coisas fugidias,
Não sinto gozo nem tormento.
Atravesso noites e dias
no vento.

Se desmorono ou se edifico,
se permaneço ou me desfaço,
- não sei, não sei. Não sei se fico
ou passo.

Sei que canto. E a canção é tudo.
Tem sangue eterno e asa ritmada.
E um dia sei que estarei mudo:
- mais nada.

Melhores poemas, Global Editora, 1984 - S.Paulo, Brasil

 

Regressar ao índice geral de poesia

Regressar ao 1º Índice de Poetas Mil

Regressar à homepage

 

 

 


UK Web Hosting

Desde 25 de Outubro 2003 e quando o contador Bravenet apresentava cerca de 72.500 visitas