Site hosted by Angelfire.com: Build your free website today!
next up previous contents
Next: Equilíbrio de forças espaciais Up: Equilíbrio de forças sobre Previous: Força resultante   Contents

Equilíbrio de forças coplanares sobre um ponto material

Diz-se que um ponto material está em equilíbrio quando a resultante das forças que atuam sobre ele é nula. Este equilíbrio pode ser estático ou cinemático. Será estático quando a velocidade do ponto for nula, e será cinemático quando a velocidade do ponto for diferente da nula e constante. Em nosso curso será comum nos referimos ao equilíbrio estático, apenas pelo uso do termo equilíbrio. Os casos que se tratarem do equilíbrio cinemático serão explicitados oportunamente.



O conceito de equilíbrio de forças em um ponto material geralmente é utilizado para determinar uma força incógnita, tal como uma reação de apoio ou uma força necessária para ``equilibrar'' esse ou aquele sistema de forças. Vejamos um exemplo analisando o problema exposto na Figura 2.4

Figure 2.4: Equilíbrio de forças em um poste
\resizebox{60mm}{80mm}{ %
\vspace{-20mm} %
\includegraphics{/home/marvinsc/Academico/Ueg/Mecanica/2001_1/Aulas/Figuras/poste.eps}}



Neste problema, digamos que se queira determinar o valor da tração no cabo AB capaz de ``anular'' o efeito da força de 4500 N aplicada a direita do poste. Vamos reduzir esse sistema a um onde todas as forças envolvidas estão aplicadas em um único ponto, no caso, a origem dos eixos cartesianos apresentados na Figura 2.4 (atente para a orientação dos eixos !)



Para que a origem dos eixos esteja em equilibrio é necessário que a resultante das forças aplicadas naquele ponto seja nula. Sabemos ainda que podemos representar qualquer força através da soma vetorial das suas componentes cartesianas. Portanto, para o caso em estudo (forças coplanares) podemos representar a força resultante do seguinte modo:


\begin{displaymath}
\vec{R} = R_x \vec{i} + R_y \vec{j}
\end{displaymath} (2.1)



Para que a resultante da Equação 2.1 seja nula, é necessário que tanto \bgroup\color{black}$R_x$\egroup, quanto \bgroup\color{black}$R_y$\egroup sejam nulos. Representando todas as forças envolvidas no sistema através de suas componentes cartesianas, podemos escrever que:


\begin{displaymath}
\begin{array}{c}
R_x = \sum F_x = 0\\
R_y = \sum F_y = 0\\
\end{array}\end{displaymath} (2.2)



Onde os \bgroup\color{black}$n$\egroup termos em \bgroup\color{black}$F_x$\egroup correspondem as componentes cartesianas, em relação ao eixo \bgroup\color{black}$x$\egroup, das \bgroup\color{black}$n$\egroup forças do sistema e do mesmo modo os \bgroup\color{black}$n$\egroup termos em \bgroup\color{black}$F_y$\egroup correspondem as componentes cartesianas, em relação ao eixo \bgroup\color{black}$y$\egroup, das \bgroup\color{black}$n$\egroup forças do sistema.



Nesse porblema temos duas forças: uma força \bgroup\color{black}$\vec{F}$\egroup de intensidade igual 4500 N e outra força \bgroup\color{black}$\vec{T}$\egroup cuja intensidade desconhecida nominaremos pela letra T (sem a setinha em cima). Representando as forças envolvidas em termos de suas componentes cartesianas teremos que:


\begin{displaymath}\bgroup\color{black}
\begin{array}{ccl}
\vec{F} &=& (4500 \t...
...} + (T_y \times \, cos \, 14,03) \vec{j} \\
\end{array}\egroup\end{displaymath}



Fazendo com que o somatório das \bgroup\color{black}$n$\egroup componentes na direção \bgroup\color{black}$x$\egroup sejam nulos teremos que:


\begin{displaymath}\bgroup\color{black} (4500 \times \, cos \, 30) - (T_x \times \, sen \, 14,03) = 0 \egroup\end{displaymath}



Procedendo igualmente em relação a direção \bgroup\color{black}$y$\egroup teremos que:


\begin{displaymath}\bgroup\color{black} - (4500 \times \, sen \, 30) + (T_y \times \, cos \, 14,03) = 0 \egroup\end{displaymath}



Uma vez que o sistema está em equilíbrio


\begin{displaymath}\bgroup\color{black}
\begin{array}{ccl}
T_x &=& 16.075,22 N \\
T_y &=& 2.319,18 N \\
\end{array}\egroup\end{displaymath}



Portanto podemos escrever que:


\begin{displaymath}\bgroup\color{black} \vec{T} = - 16.075,22 \vec{i} + 2.319,18 \vec{j} \egroup\end{displaymath}



Desse modo, para determinar a intensidade da tração no cabo AB basta calcular o módulo do vetor \bgroup\color{black}$\vec{T}$\egroup. Assim, teremos que:


\begin{displaymath}\bgroup\color{black} T = \sqrt{(16.075,22)^2+(2.319,18)^2} = 16.241,65 N \egroup\end{displaymath}



Pergunta: se ao invés de fixar o ponto de apoio A a 3 metros do poste, o fixácemos a 6 metros, para quanto iria a tensão no cabo AB ?



Antes de seguir adiante, outra pergunta: O que acontece quando multiplicamos o módulo de um vetor pelos seus cossenos diretores ?


next up previous contents
Next: Equilíbrio de forças espaciais Up: Equilíbrio de forças sobre Previous: Força resultante   Contents
marvinsc 2006-03-29