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5 PEDRAS LISAS

DE UM RIACHO

Vale a pena ler!

 

Por Pr. Heber Dias de Sousa

© 1998 - Todos os direitos reservados

 

"Então tomou na mão o seu cajado, escolheu do ribeiro cinco pedras lisas e pô-las no alforje de pastor que trazia, a saber, no surrão, e, tomando na mão a sua funda, foi-se chegando ao filisteu."

( I Sm 17:40 )



A indumentária de um pastor

mUm Cajado

O cajado é o bordão de pastor. Um bastão com uma das extremidades arqueadas usado para se guiar, apartar e recolher as ovelhas. Útil também como instrumento de viagem do peregrino para proteção e apoio, principalmente em caminhos acidentados. Entender a importância do significado de um cajado na indumentária de um pastor é tarefa que despende pesquisa da Palavra de Deus, e, coração e mente abertos para captar a revelação do Espírito Santo sobre a figura do cajado quando ela aparece nas mais diversas situações na Bíblia. Vejamos alguns dos textos onde o cajado aparece e tentemos extrair ensinamentos práticos para nossa vida e ministério.

 

"Então ele disse: Que penhor é que te darei? E ela disse: O teu selo, e o teu cordão, e o cajado que está em tua mão. O que ele lhe deu, e possuiu-a, e ela concebeu dele." ( Gn. 38:18 )

Er, primogênito de Judá, foi um homem mau aos olhos de Deus. Por este motivo Deus o matou antes que ele pudesse deixar descendência. Tamar, viúva de Er, teve de se casar com o cunhado Onã para que este lhe desse herdeiro. Mas este também foi mau aos olhos de Deus e não quis dar herdeiro ao seu irmão, e, por causa disto, Deus também o matou. Sobrou então apenas um filho para Judá, chamado Selá. Judá ficou com medo que também Selá morresse e tentou ludibriar Tamar, mandando-a de volta para a casa de seus pais, prometendo-lhe que seu último filho a buscaria quando tivesse idade. Porém, o que estava em jogo aqui, aos olhos de Deus era a linhagem do Salvador da Humanidade. Jesus Cristo seria filho de Judá. A salvação vem dos Judeus ( João 4:22 ). Deus havia escolhido Judá para futuramente ser detentor do trono de Israel por meio de Davi. "Judá é um leãozinho, da presa subiste, filho meu; encurva-se, e deita-se como um leão, e como um leão velho; quem o despertará?

O cetro não se arredará de Judá, nem o bastão de autoridade dentre seus pés, até que venha aquele a quem pertence; e a ele obedecerão os povos."

( Gn. 49:9-10 ) Jesus é o Leão da Tribo de Judá.

O ardil de Tamar foi algo de inspiração divina e ela pegou três objetos significativos de seu sogro como penhor de seu suposto "trabalho sujo". O objeto principal foi o cajado. Esse cajado era nada mais e nada menos que o cetro real de Judá. Claro que nem Tamar e nem Judá tinham consciência disto, mas de todo o modo o cajado era algo significativo que serviria para provar a paternidade de Judá sobre os gêmeos Perez e Zerá. Perez está na genealogia de Jesus

( Mateus 1:3 ). O cajado é um cetro real, símbolo de autoridade, unção e poder ( Salmo 110:2 ). A autoridade deve ser exercida com justiça, benignidade e sabedoria. O despotismo é algo que Deus não aprova. O cajado, ou cetro, não é instrumento de opressão e tirania. Pastores que exibem seu cajado cravejado de pedras preciosas, dizendo que tais pedras foram lapidadas nos mais conceituados seminários, e não querem dividir o poder nem querem ouvir opinião de ninguém, não passam de ditadores. Deliram ao brilho de seu cajado e oprimem seu rebanho com requintes de tirania. É preciso usar o cajado para governar com discernimento e humildade. Jesus, a quem pertence o mais precioso e importante dos cajados, disse a Pilatos: "Nenhuma autoridade terias sobre mim, se de cima não te fora dado..." ( Jo. 19:11 ) A verdadeira autoridade é de quem te deu o cajado. Se você pensa que tem mesmo toda a autoridade então você está delirando como Pilatos. Jesus disse ainda, para que possamos entender de uma vez por todas com quem está realmente toda a autoridade: "Foi-me dada toda a autoridade no céu e na terra..." ( Mt. 28:18 ). Se toda autoridade foi dada a Ele no céu e na terra, não sobrou autoridade nenhuma para mais ninguém. Quando Jesus diz toda, Ele quer dizer a totalidade e não uma grande parte. Somente Ele pode dar autoridade a alguém, e, esta autoridade só será legítima se for exercida em nome dEle. Peçamos a Deus sabedoria para usar essa autoridade, outorgada, para a glória dEle, de outro modo, ela acabará se voltando contra nós mesmos.

 

"Assim pois o comereis: Os vossos lombos cingidos, os vossos sapatos nos pés, e o vosso cajado na mão; e o comereis apressadamente; esta é a páscoa do SENHOR."

( Ex. 12:11 )

Por ocasião da saída do povo de Israel do Egito vemos a ordem de Deus para que todos comessem a Páscoa já de prontidão para uma longa jornada rumo à Terra Prometida. Hoje temos que estar tão atentos quanto eles: "Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo. Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais. Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, havendo feito tudo, ficar firmes. Estai, pois, firmes, tendo cingidos os vossos lombos com a verdade, e vestida a couraça da justiça; E calçados os pés na preparação do evangelho da paz; Tomando sobretudo o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do maligno. Tomai também o capacete da salvação, e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus; Orando em todo o tempo com toda a oração e súplica no Espírito, e vigiando nisto com toda a perseverança e súplica por todos os santos."

( Ef. 6:1-18 ). Nossa indumentária é um pouco mais completa porque somos guerreiros e não apenas peregrinos, já que, uma vez salvos, já nos encontramos dentro da Terra Prometida. E dentro da Terra Prometida o ambiente é de guerra. Estamos em constante batalha espiritual se queremos conquistar alguma coisa ou mesmo sobreviver. Mas os pastores tem que voltar sempre ao deserto, e mesmo ao Egito, para conduzir mais e mais povo para a Terra da Promessa. Não voltamos lá vestidos de guerreiros e sim de peregrinos. E então fazemos o percurso inverso e temos que abrir o Jordão e o Mar Vermelho novamente. Nossa ferramenta para tal é novamente o bom e velho cajado. Para realizarmos os sinais e maravilhas lá no Egito, afim de confirmar nossa pregação e nosso chamado, novamente o bom e fiel cajado em cena transformando-se em serpente que devora satanás, transformando as águas em sangue e realizando dez sinais poderosos. E daí por diante sempre o cajado para abrir mais uma vez o Mar Vermelho, ferir os amalequitas, providenciar água da rocha ao sedento e até florescendo produzindo flores e frutos. Ser pesado de língua e não ser o maior dos pregadores não te impede de realizar a obra, mas certamente você precisará do cajado. "Então respondeu Moisés, e disse: Mas eis que não me crerão, nem ouvirão a minha voz, porque dirão: O SENHOR não te apareceu. E o SENHOR disse-lhe: Que é isso na tua mão? E ele disse: Uma vara."( Ex. 4:1-2 )

Mas tome o cuidado de usar o cajado exatamente como Deus ordena. Não o use a seu modo pois, mesmo que funcione na hora, as conseqüências serão penosas. Deus havia ordenado a Moisés que falasse à rocha perante o povo em Meribá para que se dessedentassem e glorificassem a Deus. "Toma a vara, e ajunta a congregação, tu e Arão, teu irmão, e falai à rocha, perante os seus olhos, e dará a sua água; assim lhes tirarás água da rocha, e darás a beber à congregação e aos seus animais. " ( Nm. 20:8 )

Porém Moisés estava irado com a rebeldia do povo e não agiu de maneira santa para a glória do Senhor. A água que mata a sede deve vir pela Santa Palavra Profética porque ela é o próprio Cristo. Onde Deus queria registrar um dos mais importantes tipos de Cristo, Moisés arruinou com sua ira e feriu com raiva a rocha. Os pastores que querem ser usados por Deus para dessedentar a alma dos homens dando-lhes a beber da Água da Vida, devem aprender a fazê-lo pela santa pregação da Palavra Profética e não à cajadadas. Do contrário, serão privados de contemplar e participar da glória de tudo pelo que lutaram em seus ministérios. "E o SENHOR disse a Moisés e a Arão: Porquanto não crestes em mim, para me santificardes diante dos filhos de Israel, por isso não introduzireis esta congregação na terra que lhes tenho dado." ( Nm. 20:12 ) Quantos pastores lutam sua vida inteira mas nunca colhem o fruto de seus esforços nem contemplam os resultados de sua obra? Profetiza com amor e santidade à Rocha da Salvação e esta derramará a Sua água com abundância para matar a sede dos homens. E entrarás com teus rebanhos na Terra Prometida e te alegrarás com eles na vitória.

 

"E o anjo do SENHOR estendeu a ponta do cajado, que estava na sua mão, e tocou a carne e os pães ázimos; então subiu o fogo da penha, e consumiu a carne e os pães ázimos; e o anjo do SENHOR desapareceu de seus olhos."( Jz. 6:21 )

Os filhos de Israel haviam feito o que era mau perante o Senhor e Deus os entregou durante sete anos nas mãos do midianitas e dos amalequitas, a ponto de terem que se esconder como animais nas cavernas e fendas nas montanhas. Quando os inimigos vinham contra Israel eram como a migração de uma nuvem de gafanhotos cortando, devorando e destruindo tudo. "E punham-se contra ele em campo, e destruíam os frutos da terra, até chegarem a Gaza; e não deixavam mantimento em Israel, nem ovelhas, nem bois, nem jumentos. Porque subiam com os seus gados e tendas; vinham como gafanhotos, em grande multidão que não se podia contar, nem a eles nem aos seus camelos; e entravam na terra, para a destruir. Assim Israel empobreceu muito pela presença dos midianitas; então os filhos de Israel clamaram ao SENHOR."( Jz. 6:4-6 )

A nação de Israel empobreceu e sofreu o juízo de Deus porque deixou o concerto do Senhor e passou a oferecer seu culto e suas ofertas aos deuses dos amorreus, assimilando uma herança religiosa maldita da terra onda habitavam. Mas o clamor do povo chegou aos ouvidos de Deus que enviou uma profecia de libertação e livramento e chamou a Gideão, da família de Manassés, filho de Joás, para ser o libertador do povo naquela ocasião. Deus escolheu Gideão pela sua humildade, sua coragem e acima de tudo pela sua fidelidade. Quando o anjo do Senhor lhe apareceu, ficou claro que apesar de sua revolta contra a situação seu coração estava no Senhor. A primeira coisa que ele fez foi oferecer uma oferta ao anjo, e este mandou que oferta fosse colocada sobre um altar improvisado e a tocou com o cajado, queimando-a e santificando-a. Na Segunda aparição do anjo, este lhe pediu que o altar de Baal, onde sua família cultuava e ofertava, fosse destruído e no local fosse erguido um altar ao Senhor e ali fosse oferecido uma oferta especial. Um boi selecionado foi a oferta que Deus pediu a Gideão. Gideão, por sua vez, cumpriu fielmente as ordens do Senhor e destruiu o altar de Baal e ofereceu ali um sacrifício ao Senhor. Foi apelidado de Jerubaal e a partir dali começou seu ministério de libertação e livramento de Israel.

Significativo que o anjo do Senhor tivesse em sua mão um cajado e com ele santificado a oferta de Gideão. O cajado deve ser usado para consagrar e santificar a oferta do povo no altar afim de que eles sejam libertos dos gafanhotos que migram para suas riquezas, cortam, devoram e destroem suas finanças, seus bens e suas provisões. É uma responsabilidade muito grande que Deus confere a um pastor dando-lhe o cajado para santificar e consagrar as ofertas do povo para que este fique livre da miséria e dos demônios que atuam na vida material. O pastor que usa seu cajado para mal versar as ofertas enriquecendo-se a si mesmo como se elas fossem suas e não de Deus, ao invés de santificar, consagrar e queimar espiritualmente as ofertas usando-as para a glória de Deus, está sendo instrumento de maldição e não de bênção. Temos que ser Jerubaal e não Talcomobaal. É legítimo que o pastor administre as ofertas no sustento da obra e no sustento de sua família, em santidade. Mas nunca esquecendo de que as ofertas são do Senhor e não suas. Se você usa as ofertas para fins espúrios você está tocando no que é de Deus. O pastor é o Anjo da Igreja e deve fazer como o anjo do Senhor em Ofra. Tocar as ofertas com o cajado santificando-as, consagrando-as e "queimando-as espiritualmente" ao Senhor, e nunca "torrando-as à torta e à direita" no que der na telha.

 

"Matou também um egípcio, homem de grande altura, de cinco côvados. O egípcio tinha na mão uma lança como o órgão de tecelão; mas Benaías desceu contra ele com um cajado, arrancou-lhe da mão a lança e com ela o matou." ( I Cr. 11:23 ) Vide também II Sm. 23:21.

Um dos principais valentes de Davi, Benaia, filho de Joiada, usava seu cajado como arma de combate. Era extremamente hábil com seu cajado. Corajosamente desceu contra um egípcio de grande estatura que estava armado com uma lança, desarmou o inimigo e o matou com sua própria lança. Pastores que não tem destreza e não manejam bem seus cajados são facilmente derrotados. Tombam sem conhecer, e, sem tampouco usar o potencial bélico de seus cajados. Deus colocou um cajado em suas mãos para que você o use também como arma contra os inimigos. O inimigo deve conhecer a força do teu cajado e temer. Não o use contra outros pastores. É incrível a quantidade de pastores hoje que se adestram no uso de seus cajados para desafiarem seus colegas de ministério para verdadeiros duelos. Alguns duelam para provarem que são os melhores, "os tais", outros duelam para depor os titulares e assentarem-se em seus "tronos" ou mesmo pelo simples prazer de ferir e tombar o oponente. Em toda a forma de organização o corporativismo das diversas classes de liderança é marca registrada e fortalece o corpo. Na contra mão do bom senso, a classe de pastores vive se degladiando pelos motivos acima citados, e por outros mais que não nos é lícito mencionar, ao invés de se unir como deveriam em prol do seu objetivo comum. Não estamos falando de confiança irrestrita ( vide Jr. 17:5-7 ), mas sim de unidade. Não existe unidade quando a visão é uma

arena ao invés de campos brancos para a ceifa. Aquela frase típica dos westerns americanos não cabe na grande comissão de Cristo: "Esta cidade é pequena demais para nós dois." Nenhum lugar é pequeno demais para dois ou mais de dois: "Então disse a seus discípulos: Na verdade, a seara é grande, mas os trabalhadores são poucos." ( Mt. 9:37 ) E ainda: "Pois onde se acham dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles." ( Mt 18:20 ) Jesus sempre está onde estamos reunidos em seu nome e não renhidos. ¬

Nunca é demais recordar que Deus só ordena a sua bênção em um hambiente de unidade: "OH! quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união. É como o óleo precioso sobre a cabeça, que desce sobre a barba, a barba de Arão, e que desce à orla das suas vestes. Como o orvalho de Hermom, e como o que desce sobre os montes de Sião, porque ali o SENHOR ordena a bênção e a vida para sempre."( Salmo 133 ).

 

"Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal algum, porque tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me consolam."

( Sl. 23:4 )

O Pastor dos pastores usa seu cajado como instrumento de consolo. O Espírito Santo é o cajado de Deus em nossas vidas, nos consolando e nos fortalecendo em todos os momentos, principalmente, nos momentos mais difíceis. Usar o cajado apenas como arma é um erro. Principalmente contra as ovelhas. As ovelhas não devem se assombrar com o cajado do pastor, ao contrário, devem enxergar nele um instrumento de consolo e não de coerção. Quem deve Ter medo do cajado é o inimigo e nunca as ovelhas. Há pastores que vivem distribuindo cajadadas à torta e à direita em suas ovelhas. Suas ovelhas vivem cheias de hematomas por debaixo da lã. São feridas que não vemos mas estão lá doendo e tirando a alegria das ovelhas. Só são percebidas quando o pastor tenta tosquiar as ovelhas machucadas. Não é que a ovelha não queira dar sua lã. O problema é que ela está ferida e deve ser tratada para, depois estão, ser tosquiada sem traumas. Uma ovelha vítima de um cajado usado com impropriedade não terá alegria em dizimar, ofertar ou produzir coisa alguma na obra de Deus. O consolo deve ser sincero fruto de verdadeiro amor pela ovelha. O consolo é algo natural para um pastor de verdade. O mercenário é que usa de falsidade em suas palavras e atitudes e por mais que seja sentimental e eloqüente não produzirá consolo algum. "Como, pois, me ofereceis consolações vãs, quando nas vossas respostas só resta falsidade?" ( Jó 21:34 )

Na verdade o falso consolo é afronta e vinagre sobre a ferida.

"Afrontas quebrantaram-me o coração, e estou debilitado. Esperei por alguém que tivesse compaixão, mas não houve nenhum; e por consoladores, mas não os achei." ( Sl. 69:20 )

O cajado é consolo e conforto e transmite segurança à ovelha em momentos de dor e prova. O cajado é bálsamo de Gileade sobre a ferida. É alento e força em momentos de fraqueza e debilidade.

"Respondeu o Senhor ao anjo que falava comigo, com palavras boas, palavras consoladoras." ( Zc. 1:13 )

"Então tornou a tocar-me um que tinha a semelhança dum homem, e me consolou." ( Dn. 10:18 )

A ordem do Senhor aos seus enviados é essa:

"Consolai, consolai o meu povo, diz o vosso Deus." ( Is. 40:1 )

 

"Porque eis que o Senhor Deus dos exércitos está tirando de Jerusalém e de Judá o bordão e o cajado, isto é, todo o recurso de pão, e todo o recurso de água;" ( Is. 3:1 )

O cajado é ainda instrumento de provisão ao faminto e ao sedento.

 Em virtude da obras más que Israel praticara, principalmente a idolatria e a altivez, Deus resolve retirar da sede do governo o cajado da provisão de pão e água e entrega o comando a jovens irresponsáveis e impiedosos. No contexto desta profecia se vê a sentença do Senhor destituindo a liderança de Judá, líderes sérios, fortes, sábios e capacitados. O cajado seria então entregue nas mãos de uma liderança nova, sem experiência, sem capacidade e sem responsabilidade. O resultado é miséria e angústia. É o juízo de Deus sendo aplicando sobre o povo através do cajado em mãos irresponsáveis:

"Quer aos governadores, como por ele enviados para castigo dos malfeitores, e para louvor dos que fazem o bem." ( I Pe. 2:14 ).

Isso também acontece nas igrejas. Sejamos pois diligentes no cuidado das cousas santas para que o cajado não seja passado para mãos despreparadas e impiedosas para juízo da igreja. A responsabilidade de não permitir que o povo se corrompa é do pastor: "O meu povo foi destruído, porque lhe faltou o conhecimento; porque tu rejeitaste o conhecimento, também eu te rejeitarei, para que não sejas sacerdote diante de mim; e, visto que te esqueceste da lei do teu Deus, também eu me esquecerei de teus filhos." ( Os. 4:6 )

 

"Maldito aquele que fizer a obra do SENHOR fraudulosamente; e maldito aquele que retém a sua espada do sangue." ( Jr. 48:10 )

"Condoei-vos dele todos os que estais ao seu redor, e todos os que sabeis o seu nome; dizei: Como se quebrou a vara forte, o cajado formoso?" ( Jr. 48:17 )

Deus retirou o formoso cajado das mãos de Moabe por que fizera a obra do Senhor fraudulosamente. Moabe cai em desgraça e vergonha. Seu símbolo de honra e autoridade espiritual foi quebrado. Os pastores que não atentam para os cuidados da obra do Senhor perderão seus cajados. Cuidados de justiça, verdade e santidade. São desonestos na administração de suas igrejas, fraudando a área financeira, a área social e só Deus sabe onde mais. Como podemos operar na obra do Senhor com fraude e esperar que Ele aprove nosso ministério? Como podemos usar de dois pesos e duas medidas, beneficiando a uns e prejudicando a outros, fazendo acepção de pessoas e praticando todo o tipo de injustiça, pensando que o Pai das Luzes não se importa com nada disso? A vergonha e o descrédito virão como galardão desse tipo de ministério que prega um discurso santo no altar mas vive uma vida dissoluta no dia dia. Pastores que já não pregam contra o pecado retendo sua espada do sangue. Não querem ferir ninguém. São diplomáticos e arrumam um jeitinho de acolher a todos sem exigir nenhum tipo de compromisso mais sério e, muito menos, transformação de vida. Toleram o pecado, por mais escabroso que seja, no seio do rebanho para não perder adeptos.

"Vós sois o sal da terra; mas se o sal se tornar insípido, com que se há de restaurar-lhe o sabor? Para nada mais presta, senão para ser lançado fora, e ser pisado pelos homens." ( Mt. 5:13 ) Se você não é sal, então é apenas poeira e certamente será escarnecido e pisado pelos homens. Será motivo de escárnio e comiseração de todos aqueles que conhecessem o seu nome e seu ministério.

 

mUma sacola de pastor ( alforje )

Continua...

 

Notas:

¬ Renhido = Encarniçado; disputado; sangrento .

Dicionário 2001 do Homem Moderno - Augusto Miranda - Editorial Focus Ltda. ©

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