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Gurgel - Um Carro Brasileiro Ainda Vivo !

A história da Gurgel Motores se inicia em meados da década de sessenta, quando seu fundador, João Augusto Conrado do Amaral Gurgel, começa a produzir minicarros para crianças e karts. Em 1969, Gurgel, que era engenheiro formado pela USP, lança seu primeiro utilitário, o Ipanema. Em 1981 é inaugurada a fábrica de Rio Claro, e inicia-se a produção do X-12, pequeno off road que utilizava um inédito sistema de construção, em que o chassi tubular era reforçado por componentes de fibra de vidro. O carro era equipado com o motor Volkswagen a ar e logo tornou-se um sucesso. Não dispunha de tração integral mas seu diferencial tinha um sistema exclusivo que permitia que uma das rodas fosse bloqueada (uma espécie de "diferencial autoblocante de acionamento manual"). Amaral Gurgel sempre foi cético com relação ao Proálcool, achava que terras férteis deveriam produzir alimentos e que não fazia sentido subsidiar álcool enquanto o Brasil exportava gasolina barata. Para ele, a energia do futuro era a elétrica, por isso a Gurgel Motores sempre pesquisou essa tecnologia, desde o princípio. Foi também em 1981 que a Gurgel Motores lançou o Itaipú, uma van elétrica. Para sua recarga bastava conectá-la a uma tomada doméstica, mas o desempenho era fraco (vazia não superava os 70 km/h) e as baterias (que representavam 1/4 do preço do carro) tinham vida útil curta. O carro acabou um fracasso de vendas e foi descontinuado no ano seguinte, mas a empresa continuou desenvolvendo protótipos elétricos, sem nunca chegar a um economicamente viável.

Em 1986 são lançados o Tocantins (um X-12 melhorado) e o Carjás. Este último um sport utility de grande porte que se utilizava do motor VW 2.0 a água e tração traseira com o mesmo sistema de bloqueio de diferencial já empregado no X-12. Esses carros também foram bem em vendas e conquistaram consumidores fiéis entre órgãos públicos e polícias. Mas foi entre 1984 e 1988 que a fábrica de Rio Claro desenvolveu o que talvez tenha sido o projeto mais ambicioso de uma empresa brasileira em todos os tempos. Esse projeto, denominado CENA (Carro Econômico Nacional), visava criar um carro totalmente projetado e manufaturado no Brasil, e que fosse econômico, custasse menos de US$3000,00 e tivesse ainda manutenção simples e barata. Esse carro deveria ser para a Gurgel o que o Modelo-T fora para a Ford e o que o Fusca fora para a VW. No final de 1987 unidades pré-série foram ter às pistas de testes para definir os últimos acertos e em 1988 o carro rebatizado como BR-800 começou a ser produzido em série. O Governo Federal, num louvável gesto de apoio à indústria nacional, concedeu ao carrinho o direito de pagar apenas 5% de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), enquanto os demais carros pagavam 25% ou mais dependendo da cilindrada. O pequeno automóvel tinha a carroceria de fibra de vidro construída sobre um chassi tubular. O motor tinha dois cilindros contrapostos horizontalmente (boxer), era refrigerado a água, alimentado por carburador e movido a gasolina; desenvolvia 33cv e 6,2kgmf. Um dos objetivos principais do projeto não foi atingido: o preço ficara em US$7000,00, mas graças ao incentivo fiscal, ainda era cerca de 30% mais barato que os compactos de outras montadoras. Nos dois primeiros anos, todas as unidades eram destinadas a quem comprasse um lote de ações da Gurgel; o carro mais as ações saía por algo em torno de US$15000,00. Mesmo assim o sucesso foi imediato, quem conseguia o carro revendía-o com até 100% de ágio facilmente. É que a idéia de um carro totalmente brasileiro despertara um generalizado nacionalismo ufanista. Em 1990, quando o carro começava a ser vendido sem o pacote compulsório de ações, quando parecia estar surgindo uma nova potência (tupiniquim) no mercado automobilístico, o Governo isenta todos os carros com motor menor que 1000cm³ do IPI (numa espécie de traição à Gurgel). Assim a Fiat lançou quase instantaneamente o Uno Mille, pelo mesmo preço do BR-800, mas que oferecia mais espaço e desempenho. Em 1991 o BR-800 passou por aperfeiçoamentos no desenho, interior e transmissão, passando a chamar-se BR-Supermini. Mas a empresa já não estava bem financeiramente. Em 1992 a Gurgel Motores entrou em concordata, e os lançamentos do Chevette Junior e Gol 1000, em 1992 e 1993 respectivamente, ambos desfrutando da mesma vantagem fiscal do Uno Mille, deram o golpe de misericórdia na empresa brasileira. Trabalhando com quadro de funcionários reduzido desde o pedido de concordata, a Gurgel, com uma dívida superior a 3 milhões de dólares, vem a falir em 1995. O sonho acabou.

Eu, Pablo Maluf Cardoso, sou proprietario de um Br800SL, que chega a fazer 24km/l. O Br800, muito diferente do que pensam, é confortavel e tem a potencia necessaria. Moro em Brasília, e aqui tem muitos radares eletronicos - muito dificil atingirmos os 100km/h, coisa que o meu gurgel chega facilmente, se so podemos andar numa media variavel de 60 a 80km/h, para que 6 cilindros que fazem 5km/l ou motores 2.0 com 8km/l se posso andar igual a todo mundo a 24km/l. Proprietarios de Gurgel, peças e facilmente encontrada em São Paulo. Mande um e-mail e fale o seu problema comigo. Tambem tenho soluções para bastantes problemas. Não cobro nada. pablomaluf@starmedia.com.br