Elis Regina
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Elis Regina Carvalho Costa nasceu no hospital da Beneficência Portuguesa em Porto Alegre, em 17 de março de 1945. Estrábica, usou óculos de grau a partir dos quatro anos de idade.

Em 1956, Elis canta pela primeira vez em uma rádio de Porto Alegre, no Clube do Guri. Logo é contratada pela Rádio Farroupilha. Seu primeiro contrato profissional é assinado em 1959, com a rádio Gaúcha. Dois anos depois, a estrela grava o seu primeiro disco para a Continental "Viva a Brotolândia". Em 1963 grava o segundo LP "Poema" e é considerada a melhor cantora do ano, ainda em Porto Alegre.
Em março de 64 Elis muda-se para o Rio de Janeiro. O estouro viria em 1965 no I Festival de Música Popular Brasileira, realizado pela TV Excelsior. Elis defende a música "Arrastão" de Edu Lobo e Vinícius de Moraes e, depois da magnífica apresentação, torna-se vencedora. Pouco tempo depois, é contratada pela TV Record, recebendo o maior salário já pago a uma cantora. Apresenta na emissora o programa "O fino da Bossa", geralmente acompanhada do amigo Jair Rodrigues.
Em 67, casa-se com o inimigo Ronaldo Bôscoli. Depois de protagonizarem inúmeras brigas tragicômicas, o casal separa-se em 1972. Elis sempre afirmava ser seu filho João Marcelo Bôscoli (1970) a única coisa boa que seu casamento gerou. No ano de 72, Elis é forçada a cantar nas Olimpíadas do Exercito, realizada pelo regime militar. O cartunista Henfil, desconhecendo os motivos que a levaram a cantar para os militares que prenderam o seu irmão Herzog, zomba de Elis em suas charges.
Em 74, Elis vai aos EUA gravar um disco com Tom Jobim, em homenagem aos seus dez anos de carreira. Após dois anos do casamento com o pianista César Camargo Mariano, nasce o primeiro filho do casal, Pedro Camargo Mariano (1975). Nesse mesmo ano é criada a Trama, empresa de Elis e mais três sócios (entre eles, César e Rogério - irmão da cantora). No ano de 76, o show "Falso Brilhante" é aclamado pela crítica como o melhor show do ano. Um ano depois nasce Maria Rita. Nesse mesmo ano, Elis estréia o show "Transversal do Tempo".
Em 78, Elis vai novamente à Europa e apresenta o show "Transversal do Tempo" em Roma e depois em Milão. Antes de começar o show, ela avisa: "Carmen Miranda morreu nos anos 50. A Europa precisa entender que não somos um povo só de carnaval. Temos a nossa tristeza. E não vim aqui para fazer concessões. Vou cantar exatamente o que canto em meu país".
No ano seguinte, Elis vai mais uma vez à Europa, para cantar no Festival de Jazz de Montreux, na Suíça. O show é histórico e Elis é mais uma vez aclamada pelo público. Ela é chamada seis vezes após o término do show pelos espectadores. De volta ao Brasil, grava a música "O bêbado e a equilibrista", de Aldir Blanc e João Bosco. A música é logo considerada o "Hino da Anistia".
Em 1980, Elis estréia o show "Saudades do Brasil", uma mistura do teatro com a música. Em julho do mesmo ano morre o amigo Vinícius de Moraes. Elis cancela todos os shows e, abalada, dorme no chão por vários dias.
Em 1981, separa-se de César e, em outubro, apresenta o show "O trem Azul", o último em Porto Alegre. Faz sua última aparição na TV em um especial de fim de ano na TV Record.
Em 5 de janeiro de 1982 dá a última entrevista para a TV Cultura. No dia 19 de janeiro, no auge da carreira, a cantora é encontrada morta em seu apartamento. Vão ao velório vários artistas como Rita Lee, Raul Seixas, Ronaldo Bôscoli, César Camargo Mariano, Jair Rodrigues, Henfil, Tônia Carreiro, Hebe Camargo e outros. O mito é sepultado em 21 de janeiro, em São Paulo. A causa da morte de Elis foi conhecida dias depois. A mistura cocaína e álcool foi letal.


Agradecimento


Vinte anos sem Elis Regina serão completados em 2002. Já esta confirmada a produção de uma minissérie pela TV Globo, contando a vida da estrela. O problema é a atriz que interpretará a cantora. Cogita-se o nome daquela cantora e "atriz" que costuma assassinar as músicas cantadas pela eterna Elis como "Fascinação" e "Como nossos pais". Esperamos que a Globo não transforme a vida de Elis em uma comédia.

Este link foi criado para não deixarmos que a sua memória seja esquecida. A música brasileira teve o privilégio de possuir uma cantora do calibre de Elis. Se você é amante da boa música, comunique-se conosco. Teremos o maior prazer em ouvir suas sugestões.
Agradeço à Aline Said pelas biografias.
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