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DESCRIÇÃO E ANÁLISE CRÍTICA
DO MODELO DE TERAPIA BREVE DE PALO ALTO

ORLANDO MOACIR KEIL


Capa Introdução Resumo Índice Pressupostos Básicos
Processo Terapêutico Planejando a Solução do Problema Aplicando a Intervenção
Término Análise Crítica Conclusão Bibliografia
Obs.: esta página preserva a ordem original do trabalho (corresponde aos ítens acima).
Extrato E-mail para Orlando


Extrato: "O modelo de Terapia Breve de Palo Alto é um modelo de até 10 sessões que explica e aborda a formação e a resolução de problemas. Foi desenvolvido no Mental Research Institute (MRI) em Palo Alto, Califórnia por Paul Watzlavick e seus colegas. O projeto de Terapia Breve do MRI teve início em 1967 com três objetivos: 1. encontrar um meio rápido e eficiente para resolver as queixas que os clientes traziam aos psicoterapeutas e conselheiros; 2. transformar a terapia num modelo operacional que pudesse ser facilmente ensinado para outras pessoas; 3. estudar como ocorrem as mudanças nos sistemas humanos.

O modelo de Terapia Breve pode ser usada para tratar: problemas individuais, conjugais e problemas familiares."


ESCOLA SUPERIOR DE TEOLOGIA

INSTITUTO ECUMÊNICO DE PÓS-GRADUAÇÃO

EM TEOLOGIA - IEPG

 

 

 

 

 

DESCRIÇÃO E ANÁLISE CRÍTICA

DO MODELO DE TERAPIA BREVE DE PALO ALTO

 

 

ORLANDO MOACIR KEIL

 

MESTRADO EM TEOLOGIA

 

 

 

São Leopoldo, julho de 1998.


 

 

 

ORIENTADOR:

 

 

DR. CHRISTOPH HARPPRECHT-SCHNEIDER

DOUTOR EM TEOLOGIA

 

 

 


(Obs: a numeração das páginas corresponde à paginação original do trabalho)

ÍNDICE

RESUMO......................................................V

INTRODUÇÃO.................................................06

1. PRESSUPOSTOS BÁSICOS....................................08

1.1 A Definição de um Problema.............................08

1.2 A Formação de um Problema..............................10

1.3 A Persistência de um Problema......................... 11

2. PROCESSO TERAPÊUTICO....................................11

2.1 Conhecendo o Problema..................................11

2.2 O Primeiro Contato.....................................12

2.3 A Coleta de Dados......................................12

2.4 A Definição do Problema................................12

2.5 As Soluções Tentadas...................................14

2.6 O Estabelecimento de uma Meta..........................14

3. PLANEJANDO A SOLUÇÃO DO PROBLEMA........................14

3.1 A Reunião dos Dados....................................14

3.2 A Implementação de uma Solução.........................15

3.3 Descobrindo Comandos...................................15

3.4 O Campo Minado.........................................17

4 APLICANDO A INTERVENÇÃO..................................17

4.1 Resignificação.........................................17

4.2 Paradoxo...............................................18

4.3 Faça Alguma Coisa Diferente ou Faça Mais da Mesma

Coisa......................................................19

4.4 Intervenção nos Padrões de Soluções Tentadas...........19

4.4.1 A tentativa de ser deliberadamente

espontâneo.................................................19

4.4.2 A busca de um método sem risco quando certo risco

é inevitável...............................................20

4.4.3 A tentativa de alcançar um acordo interpessoal

através da oposição........................................21

4.4.4 A confirmação da suspeita do acusador pela

autodefesa.................................................23

4.5 Intervenções Gerais....................................24

4.5.1 Perigo da melhora....................................24

4.5.2 Vá devagar...........................................24

4.5.3 Retorno..............................................25

5 TÉRMINO..................................................26

6. ANÁLISE CRÍTICA.........................................26

CONCLUSÃO..................................................30

BIBLIOGRAFIA...............................................32


RESUMO

Este trabalho consiste numa pesquisa bibliográfica que visa apresentar o modelo de Terapia Breve segundo a abordagem realizada no Mental Research Institute de Palo Alto, Califórnia, EUA.

Apresenta de uma forma resumida os fundamentos sobre os quais se baseia este modelo de Terapia Breve, dando especial atenção à compreensão de como se forma, de como se mantém, e de como terapeuticamente pode-se superar um problema.

Pretende o trabalho também ter um valor prático, ou seja, apresentar os passos seqüenciais que norteiam o processo terapêutico ensejando a todos aqueles interessados em se aprofundar neste modelo um procedimento seqüencial que atenda uma ordem pragmática, exiqüível, passível de modelagem e sobretudo, oferecendo recursos e instrumentos para uma terapia mais breve, justamente para o que o modelo se propõe.


INTRODUÇÃO

O modelo de Terapia Breve de Palo Alto é um modelo de até 10 sessões que explica e aborda a formação e a resolução de problemas. Foi desenvolvido no Mental Research Institute (MRI) em Palo Alto, Califórnia por Paul Watzlavick e seus colegas. O projeto de Terapia Breve do MRI teve início em 1967 com três objetivos: 1. encontrar um meio rápido e eficiente para resolver as queixas que os clientes traziam aos psicoterapeutas e conselheiros; 2. transformar a terapia num modelo operacional que pudesse ser facilmente ensinado para outras pessoas; 3. estudar como ocorrem as mudanças nos sistemas humanos.

O modelo de Terapia Breve pode ser usada para tratar: problemas individuais, conjugais e problemas familiares.

Esta ampla aplicabilidade se deve ao fato de que a abordagem terapêutica deste modelo é orientada para o sintoma: o problema a ser tratado é a queixa do cliente, seja um indivíduo, um casal ou mesmo uma família; a queixa apresentada é o problema, e não um sintoma de outra coisa.

Outro princípio fundamental é que os problemas são vistos como dificuldades de interação. especialmente com pessoas que lhe são significativas, familiares, amigos, colegas de trabalho, supervisores etc.

Outro princípio é que os problemas, são percebidos como resultantes de dificuldades cotidianas não resolvidas.

As transições de vida e o ciclo de vida familiar requerem grandes mudanças nos relacionamentos.

Os problemas desenvolvem-se através da super-ênfase ou sub-ênfase das dificuldades da vida, ou seja, quando uma dificuldade comum é tratada como um grande problema ou quando, ao contrário, subestima-se uma dificuldade não lhe dando a devida atenção e cuidado.

Uma regra básica que norteia o terapeuta breve é a suposição de que a persistência do problema está diretamente relacionada com as tentativas frustradas do cliente em solucionar a dificuldade original. Ou seja, os problemas de grande duração não são problemas crônicos, mas a persistência de uma dificuldade mal-enfrentada. A continuação do problema é resultado de um circuito de feedback positivo centrado nos comportamentos das pessoas que pretendem resolver a dificuldade, fazendo desta forma nascer e perseverar o problema. Quando um terapeuta breve se depara com uma pessoa, casal ou família envolvida num padrão de comportamento persistente e destrutivo, ele se faz duas perguntas: 1. o que faz com que esse comportamento persista? e, 2. o que é necessário para que mude?


1. PRESSUPOSTOS BÁSICOS

1.1. Definição de um problema

Teoricamente a conceitualização do "problema" é o determinante básico para o procedimento terapêutico, como o terapeuta encaminha o processo terapêutico, quem será atendido, que perguntas serão feitas, como os dados serão analisados, que objetivos serão traçados, que técnicas serão usadas, e como os resultados serão avaliados.

A maioria dos terapeutas percebe o problema como sendo um sofrimento - depressão, ansiedade ou adição química ou mesmo como sintoma de algo que está estragado ou que está faltando. O terapeuta breve segundo o modelo de Palo Alto usa quatro critérios para definir um problema, começando com um ou mais clientes que dizem: 1. eu estou sofrendo ou estou angustiado; 2. eu atribuo meu sofrimento ao comportamento de outros, ou de mim mesmo; 3. eu tentei mudar esses comportamento; e 4. fui mal sucedido.

Baseado nestes quatro critérios o terapeuta breve fará ainda outras distinções que tem nítidas implicações com o processo terapêutico:

1. para levar a cabo o tratamento, alguém mais, além do terapeuta, deve acreditar que o problema existe;

2. o problema do cliente deve estar conectado com o comportamento de uma outra pessoa. Importante: uma vez que muitos pacientes identificados – adolescentes, crianças pequenas, psicóticos, e cônjuges – não estão motivados para o tratamento, essa definição dá o suporte teórico necessário para que o terapeuta trabalhe com outros membros familiares para modificar o comportamento do paciente identificado;

3. a queixa é o problema, e não um sintoma ou desordem subliminar;

4. o comportamento problemático está indissoluvelmente ligado ao comportamento que tenta resolver o problema, que vem a ser o ponto chave para se compreender "como" o problema persiste;

5. a compreensão de problema transcende contextos psiquiátricos, aplicando-se a uma grande gama de queixas;

6. a definição do problema não é normativa. A angústia do cliente define a existência de um problema, e não o comportamento do cliente;

7. o objetivo da Terapia Breve é reduzir ou eliminar a angústia do cliente. Isso tanto pode ser alcançado pela mudança do comportamento, ou pelo fato do cliente já não estar mais angustiado pelo mesmo;

8. o estabelecimento das metas para a terapia tem alta relevância teológica, pois faz surgir a pergunta pela colocação de limites. A questão é se são os valores pessoais e profissionais do terapeuta que determinam o que o terapeuta breve irá aceitar como sendo a meta que o cliente tem para o tratamento. Segundo este modelo é o terapeuta quem estabelece a meta do tratamento; o estabelecimento de metas é de responsabilidade do terapeuta. O modelo da Terapia Breve não é normativo;

9. a definição de um problema segundo a Terapia Breve, não requer que o terapeuta entreviste toda a família para tratar de um problema familiar ou que entreviste ambos os cônjuges. Tendo a permissão do cliente o terapeuta vai trabalhar com qualquer um que está motivado a resolver o problema.

1.2 Formação de um problema

O surgimento de problemas e a persistência dos mesmos se dá, como já foi visto na introdução, pelo mau trato das dificuldades normais da vida, das ocorrências previsíveis que surgem na vida da maioria das pessoas. Isso pode incluir acidentes, como a perda de um emprego, e transições no ciclo de vida familiar, do namoro ao casamento, o nascimento de uma criança, crianças em início de vida escolar, filho deixando a casa, e perda de cônjuge por morte ou divórcio. Essa proposição teórica não exclui a visão de que eventos bioquímicos ou neurológicos possam ser um fator importante no comportamento problemático, se a suspeita é que o sofrimento de um paciente é causado por um problema orgânico, isso, então, deve ser verificado por um médico ou neurologista. Mas para a maioria das queixas apresentadas ao terapeuta, esta teoria da formação do problema provê uma base suficiente para operacionalizar o procedimento terapêutico.

A dificuldade original se torna um problema quando na tentativa de supera-lo o cliente passa a fazer freqüente uso da mesma "solução". Aí se inicia um círculo vicioso que produz o problema.

As pessoas, incluindo os terapeutas, tratam mal os problemas porque cometem um erro básico na tentativa de resolve-los. Usam soluções lógicas, "coisas óbvias que devem ser feitas".

1.3 Persistência de um problema

Embora as pessoas tenham desenvolvido diferentes maneiras de tratar mal os problemas, existem quatro padrões comuns nas soluções tentadas: 1. a exigência para que tanto a pessoa como os outros sejam deliberadamente espontâneos; 2. a procura de um método isento de risco quando certo risco é inevitável; 3. a tentativa de obter um acordo através da oposição; e 4. a confirmação da suspeita do acusante pela defesa de si mesmo.


2. O PROCESSO TERAPÊUTICO

2.1 Conhecendo o problema

A Terapia Breve pode ser operacionalizada como uma conjunto de tarefas designadas para responder as questões que se impõe como básicas:

1. Quem será atendido: ou seja, identificar quais os membros da família que estão motivados para o tratamento e que tomam a iniciativa de marcar e atender a(s) primeira(s) entrevista(s).

2. Que perguntas serão feitas: para reunir os dados claros e específicos sobre o problema e as soluções que foram tentadas.

3. Como os dados são analisados: para que haja uma definição exata do problema.

4. Que objetivos são traçados: para se estabelecer uma meta específica.

5. Que técnicas serão usadas: para se formular um plano de ação específico para promover uma mudança desejável;

6. Que técnicas adicionais são necessárias: para implementar intervenções no sentido de interromper as soluções que já foram tentadas;

7. Como os resultados serão avaliados: para se avaliar a eficácia do tratamento; e

8. Como e quando concluir o tratamento: para se ter sinais e liberdade de concluir o tratamento.

2.2 O primeiro contato

O tratamento se inicia com o primeiro contato telefônico. O terapeuta precisa determinar quem será atendido, ou seja, quais os membros familiares que são os clientes e fazer os arranjos para que compareçam à primeira sessão. Na maioria dos casos, o cliente é aquele que telefona para marcar a primeira visita.

2.3 Coleta de dados

Quando o terapeuta coleta os dados ele direciona o cliente para falar com ele e não um com o outro (em se tratando de uma sessão onde comparecem mais do que uma pessoa). As respostas devem ser específicas e concretas. As descrições da interação deveriam ser lidas como um "script" de cinema.

2.4 A definição de um problema

A primeira entrevista começa perguntando-se ao cliente, "Qual é o problema que o traz aqui neste dia de hoje?" Poucos clientes fornecem respostas concretas e específicas para esta pergunta, normalmente, os clientes respondem de uma forma ambígua – "nós não nos comunicamos, " ou, "eu estou deprimida." O terapeuta precisa pois, descobrir o que isso significa especificamente para obter uma definição do problema.

A seguir, os clientes são perguntados: "Como a queixa é um problema. O que ela impede o cliente de realizar e o que leva o cliente a fazer a contragosto? " Por exemplo, alguns pais podem dizer que já não tem mais vida própria, que estão o tempo todo em função dos filhos. Ou, que as desavenças freqüentes de um casal leva esse casal a ter brigas indesejáveis. Ou, que os empregados em conflito com o patrão freqüentemente se queixam de estresse, dificuldade em dormir, o que pode suscitar tensões conjugais.

A resposta a essas perguntas, tem várias utilidades: 1. Age como um barômetro muito útil para determinar o estresse do cliente. 2. Ajuda a distinguir a queixa daquilo que o cliente pensa que sejam suas causas. 3. Explicando como uma queixa é um problema muitas vezes o cliente sugere o que pode ser o objetivo para o tratamento. Por exemplo, os pais que estão temerosos em deixar seu filho sozinho podem estar prontos para concluir o tratamento quando sentem que o comportamento do filho melhorou o suficiente para que possam sair num fim de semana ou mesmo ir ao cinema. 4. Finalmente, o cliente é perguntado "o que o levou a buscar o tratamento agora (quando o fez)?" Essa pergunta ajuda o cliente a revelar os fatores que o levaram a marcar a primeira consulta. E ajuda também o terapeuta a ter um quadro claro do que especificamente trouxe o cliente para a terapia.

2.5 As soluções tentadas

A seguir, o terapeuta precisa determinar quem está tentando resolver o problema, que soluções já foram tentadas e descartadas, e quais as soluções que ainda estão sendo usadas. As perguntas que cada caso exige dependem do problema particular. Se o paciente identificado realiza o comportamento problemático na presença de outros, é importante também aprender como essas pessoas respondem ou tratam deste problema.

2.6 O estabelecimento de uma meta

Depois da obtenção de uma descrição específica do problema e das soluções tentadas o terapeuta deve estabelecer uma meta para o tratamento. O terapeuta breve vai dizer, uma vez que estabeleceu um contrato máximo de 10 sessões, "Nós precisamos definir a meta do tratamento e também aquilo que nos vai dizer que você está começando a resolver o problema. Você não estará com o problema completamente resolvido, mas já terá encontrado o caminho e poderá caminhar por conta própria. Por isso, qual será o mais pequeno, concreto e significativo indicador para isso?"


3. PLANEJANDO A SOLUÇÃO DO PROBLEMA

3.1 Reunião dos dados

Depois que os dados foram coletados o terapeuta pode planejar como interromper as soluções tentadas que fazem persistir o problema. O terapeuta precisa decidir: quem deverá ser visto no restante das entrevistas, que diretivas devem ser dadas, e como as diretivas devem ser emolduradas.

Neste momento, o terapeuta deverá se certificar se os dados necessários para o planejamento da solução do problema foram coletados. E isso ele poderá fazer quando souber claramente responder às seguintes questões:

Qual é a queixa? Qual é a solução tentada? Qual é a meta do cliente? Qual é a posição do cliente no problema e no tratamento?

3.2 A Implementação de uma solução

Se o terapeuta ainda não estiver em condições de responder a todas estas questões , então, ele terá ainda de coletar mais dados, para não comprometer a solução.

Se todos os dados já foram coletados, então as 5 perguntas seguintes deveriam ser respondidas: 1. Qual é a solução tentada? 2. Qual poderia ser uma mudança de 180 graus da solução tentada? 3. Que comportamento específico poderiam operacionalizar essa mudança? 4. Considerando a posição do cliente, como o terapeuta poderá "vender" esse comportamento? 5. O que o cliente poderá dizer para sinalizar que a intervenção foi bem sucedida e que está pronto para receber "alta".

3.3 Descobrindo Comandos

O terapeuta deverá agora encontrar a regra ou linha comum nas soluções do cliente, para no devido momento, evitando dar o mesmo comando, ser capaz de oferecer uma solução diferente. Pressupondo que cada ato de falar, verbal ou não verbal, carrega um comando, a questão poderia ser colocada da seguinte maneira "que comando é comum nas soluções usadas pelo cliente e por qualquer pessoa envolvida no problema?"

Gregory Bateson conceitualizou cada ato comunicativo como tendo tanto um relatório e um comando.

Normalmente os adultos não comandam (não dão ordens para) outros adultos. A maioria das pessoas somente enfoca o relato de cada comunicação. Um relato normalmente tem o caráter de uma declaração, tal como, "está chovendo," ou "eu estou com fome." Os terapeutas, todavia, sabem que muitos cônjuges, sensíveis à questões de controle, enfocam no comando da conversa do outro e não na declaração. Por exemplo, um marido pode perguntar à esposa, "tem aí alguma coisa para comer?" E a esposa escuta o comando, "faça alguma coisa para mim comer!". Casais envolvidos em "brigas de poder" não percebem o relato (conteúdo) do que o outro diz, e sim os comandos. Cada um interpreta o comportamento do outro como uma tentativa de definir a relação e de dizer o que o outro deve fazer.

Para ilustrar como o conceito do comando é aplicado nas soluções tentadas, considere-se uma hipotética cliente se queixando de insônia. Ela tentou diversas soluções para induzir o sono. Ela ficou lendo até mais tarde procurando causar o sono; exercitou-se para causar cansaço físico; tomou leite porque leu que o cálcio induz ao sono; e praticou exercícios de relaxamento para afastar a tensão que a mantém acordada. Cada solução era diferente, mas todas carregavam o mesmo comando – durma!

3.4 O Campo Minado

Determinando a solução básica indica que classe de comportamento vai interromper a solução tentada. Igualmente, se não mais importante, indica ao terapeuta como evitar o "campo minado"- aquelas observações ou diretivas que são "algo mais do mesmo" das soluções tentadas. Por exemplo, na intervenção com a pessoa que sofre de insônia, (anteriormente exemplificado) o campo minado seria incluir qualquer diretiva que comandasse o sono. Para evitar o campo minado e determinar uma intervenção efetiva, o terapeuta deve perguntar a si "que diretiva poderia causar uma mudança de 180 graus com relação às soluções tentadas pelo cliente?"


4 APLICANDO A INTERVENÇÃO

A meta final do modelo de Terapia Breve de Palo Alto é de reduzir ou eliminar o sofrimento do cliente. Com essa finalidade, as intervenções procuram alterar a visão que o paciente tem do problema e de interditar aquelas soluções que mantém o problema.

4.1 Resignificação

O paciente vai precisar de ajuda para executar as diretivas que aparentam ser contraproducentes e que lhe parecem ilógicas.

"Quando a pessoa estiver sentado num cavalo nervoso é difícil para ela aceitar a sugestão do instrutor de afrouxar as rédeas. A pessoa sabe que o cavalo vai começar a correr, mesmo que na verdade são as rédeas curtas que fazem com que o cavalo esteja dando pinotes" (Lynn Segal)

Assim, depois de implementar a solução, o terapeuta estará chegando a segunda tarefa principal, de como planificar a solução do problema, ou seja, de como emoldurar as suas diretivas e torna-las aceitáveis ao paciente.. A técnica para mudar a perspectiva do cliente é chamada de "resignificação", que sugere tanto como "mudar a atitude emocional e/ou conceitual ou, o ponto de vista em relação a qual uma situação é experimentada e colocá-la numa outra moldura que se ajusta aos "fatos" da mesma forma ou ainda melhor, e desta maneira mudando todo seu significado (Watzlawick et al., 1974, p. 95).

4.2 Paradoxo

Algumas vezes o terapeuta breve poderá instruir o cliente a aumentar o comportamento que os terapeutas tradicionais chamam de sintoma. Essa técnica é comumente referida como prescrição do sintoma ou mandato paradoxal. Se um cliente deprimido vem lutando contra a depressão, dizer ao cliente para aumentar a depressão em dez minutos por dia é pedir para que faça alguma coisa diferente (isto é, parar de lutar contra), fazendo uma mudança de 180 graus com relação à solução tentada.

4.3 Faça alguma coisa diferente ou faça mais da mesma coisa

Os terapeutas tem duas classes de diretivas à sua disposição para mudar as soluções tentadas. Ou eles podem dizer aos clientes para fazer alguma coisa diferente ou podem dizer aos clientes fazer mais da mesma coisa.

4.4 Intervenção nos padrões de soluções tentadas

Assim como já foi dito anteriormente, foram observados quatro padrões nas soluções tentadas para resolver um problema: 1. a tentativa de ser deliberadamente espontâneo; 2. a busca de um método sem risco quando certo risco é inevitável; 3. a tentativa de alcançar um acordo interpessoal através da oposição, e 4. a confirmação da suspeita do acusador pela autodefesa.

O que segue descreve algumas intervenções comumente usadas em cada um desses padrões.

4.4.1 A tentativa de ser deliberadamente espontâneo

O terapeuta pode instruir o cliente para manter ou intensificar as queixas co-relacionadas com esta solução para propósitos de diagnóstico. Por exemplo, a ejaculação precoce de um cliente pode ser resolvida instruindo a ele e a sua esposa a cronometrar a rapidez de sua ejaculação com um cronômetro. A recomendação é enquadrada como requerimento para o diagnóstico. Instruindo o marido a realizar o seu sintoma enquanto instruindo a esposa a cronometra-lo exclui em ambos as soluções já tentadas. Tampouco podem usar qualquer medida para evitar a ejaculação.

Um subgrupo de problemas associados a esta categoria de soluções tentadas surge da exigência de conformidade (submissão) através de uma ação voluntária. Exemplos disso podem se referir aquela esposa que deseja que seu marido traga flores para casa, mas que invalida esta ação quando ela mesma pede que ele faça isso. À esposa que gostaria que seu marido trouxesse flores pode-se falar sobre a teoria do condicionamento e como seu marido precisa obter uma experiência positiva. A linha mestre atrás desta intervenção é que ela peça pelas flores e que as receba de uma forma elegante e graciosa.

4.4.2 A busca de um método sem risco quando certo risco é inevitável.

A estratégia usada nesta intervenção é de expor os clientes aos eventos temidos, recomendando que o façam deliberadamente sem sucesso total. Os clientes com bloqueio para escrever podem ser instruídos a sentar em suas escrivaninhas com o material apropriado apenas 10 minutos cada dia. Não importa quanto escreveram, eles precisam parar depois de 10 minutos. E não é permitido que escrevam nada nas próximas 24 horas. Estudantes que se tornam ansiosos com relação às provas podem ser propositalmente encorajados a esquecer uma ou duas questões. Algumas vezes, os clientes podem ser induzidos a seguir estas tarefas com a seguinte intervenção: "Eu acredito que tenho uma fórmula pela qual posso ajudá-lo a resolver o seu problema, mas isso vai exigir alguma coisa de sua parte. O que eu vou lhe pedir não é alguma coisa ilegal ou imoral e vai ficar dentro de suas possibilidades. Todavia, eu não vou dizer o que é até que você prometa que vai fazê-lo, não importa o que você pensa ou sente a respeito da minha sugestão. Agora, pense sobre isso e na próxima semana quando nós nos encontrarmos novamente, você pode tomar sua decisão."

4.4.3 A tentativa de alcançar um acordo interpessoal através da oposição.

Os clientes que caem nesse padrão de solução tentada geralmente estão em conflito com outra pessoa – com uma criança, cônjuge, pais idosos, ou amante – que estão a exigir um tratamento mais intenso de mais cuidado, respeito, ou deferência. Apesar do cliente entender a si mesmo como tendo um comportamento razoável e o(s) outro(s) como não cooperativo, o recipiente da solução tentada é provável que experimente o cliente como mandão e controlador, insistente, ou intruso.

A estratégia básica para esse cliente é de fazer com que baixe um nível na sua posição. Essa mudança requer uma resignificação cuidadosa para se conseguir sua conformidade.

Eis a ilustração de um caso experimentado em Palo Alto (Segal p. 187) Por exemplo, os pais que estão irados com a falta de cooperação da filha que não quer ir à escola e vive sempre de mau humor, podem mudar suas tentativas frustradas ao deixar de exigir que a filha vá à escola e que diga o que a está incomodando. A objetivo primário do tratamento foi de faze-los parar com essas soluções. Primeiro, aos pais foi dito que a filha está lutando com sentimento de auto-estima que faziam com que ela se afastasse tanto da escola como dos amigos. Adicionalmente, ela estava experimentando uma crise de identidade como adolescente. Tipicamente, como outros adolescentes, ela estava tentando definir sua identidade em se tornando o oposto de tudo aquilo que seus pais defendiam, e por isso bem provável que não iria aceitar seu conselho ou mesmo dar ouvidos a eles.

Uma vez que os pais aceitaram essa resignificação, tornou-se fácil para eles compreender que se forçassem a filha isso só iria provocá-la a fazer exatamente o oposto. Por isto foi dito aos pais que a filha precisava de um tempo a sós para ter um importante diálogo interno para que pudesse refletir sobre o seu próprio comportamento. Todavia, os pais não conseguiram simplesmente parar de pressioná-la uma vez que a filha poderia interpretar seu silêncio ou falta de interesse como uma forma silenciosa de importuná-la ou de faze-la se sentir culpada. Por isso foram instruídos para voltar para casa e pedir desculpas a filha por terem sido maus pais. Deveriam então dizer à filha que tinham comparecido à algumas consultas para aprender o que poderiam fazer a seu respeito e que aprenderam alguma coisa bem desconcertante – que estavam usando-a para evitar o enfrentamento de seus próprios problemas conjugais.

Essa última declaração era para resignificar o novo comportamento dos pais como algo diferente do que tentar mudar a filha. E assim, se a deixassem sozinha, a filha não iria interpretar isso como uma estratagema para tira-la de dentro de casa. Neste caso em particular, os pais foram instruídos a fazer coisas como casal, e dizer a filha que não iriam convida-la como outras vezes por causa das tarefas que receberam do terapeuta para melhorar seu casamento. Isso deixou a filha sozinha dentro de casa sem ninguém a brigar com ela ou fazer-lhe companhia.

4.4.4 A confirmação da suspeita do acusador pela autodefesa.

Esse padrão de soluções tentadas pode ser interrompido quando aquele que se defende começa a concordar com o acusador. Por exemplo, um casal que foi atendido no MRI (Segal p.187) estava preso a este padrão por mais de 30 anos. A esposa acusava o marido de "não ter graça" e de prover um suporte financeiro muito medíocre. Ele defendia a si mesmo respondendo a ela que havia se sacrificado bastante para dar a ela tudo que podia. No começo dos seus 20 anos ele a acompanhou da Europa para os EUA e desistiu de uma carreira promissora de advogado para trabalhar o resto da vida como alfaiate.

Ao término da segunda sessão foi pedido ao marido que comparecesse sozinho a sessão seguinte. À esposa foi dito que ele tinha o problema, por isso era necessário uma sessão individual. Durante a terceira sessão o marido disse que faria qualquer coisa dentro de suas possibilidades para acabar de vez com essas discussões. Ele concordou em executar uma diretiva e naquela mesma noite ele contou para a sua esposa aquilo que aprendeu no tratamento" 1. Que ela tinha razão, ele não tinha graça nenhuma e 2. Que ele era muito velho para mudar. Tomando esses passo de descer uma posição e concordando com ela, ele acabou com os argumentos dela.

4.5 Intervenções Gerais

Somado a estas intervenções específicas, o terapeuta breve pode usar algumas intervenções de propósito geral, individualizando-as, para o caso particular de cada cliente

4.5.1 Perigo da melhora

Essa intervenção consiste em perguntar ao cliente que novos problemas poderão surgir quando o problema atual for resolvido. Se o cliente não souber responder a esta questão o terapeuta, usa um pouco de lógica e de imaginação, pode inventar algumas. Para ajudar o cliente a entender a lógica dos perigos da melhora, o terapeuta pode dizer, "você sabe, as pessoas gostam de pensar que se eliminassem todos os problemas, tudo estaria bem. Mas a vida não é assim."

Depois que o terapeuta e o cliente inventaram alguns possíveis perigos da melhora, o terapeuta pode usar as descobertas como base para uma outra intervenção com um propósito geral – vá devagar.

4.5.2 Vá devagar

A recomendação para "ir devagar" tanto pode ser usada para tornar o progresso do cliente mais vagaroso ou mais rápido. Algumas vezes, o terapeuta necessita tornar o progresso do cliente mais devagar. A ansiedade do cliente, sua impaciência motivam o cliente a apressar as tarefas não permitindo que a intervenção gere efeitos. Se o cliente vê sua melhora como um misto de positivo com negativo, ele vai relaxar e vai executar as tarefas com mais cuidado. O cliente também está menos inclinado a desistir quando se deparar com os altos e baixos que acompanham o comportamento mutante.

Por outro lado, a instrução "vá devagar" também pode ser usado no sentido de apressar ou de simplesmente apoiar a mudança positiva. Muitos clientes se entusiasmam quando as coisas começam a melhorar, mas também desanimam quando as coisas não dão certo. Dizer ao cliente para ir devagar pode ser ligado a previsões de deslize e ao desapontamento do cliente. A previsão de algumas respostas pode alterar sua importância quando ocorrerem.

4.5.3 Retorno

Algumas vezes a intervenção usada numa sessão anterior não condiz com a posição do cliente ou deixou o cliente se sentindo mal compreendido ou irado. Quando isto ocorre, o terapeuta pode fazer uma correção, um "retorno" e ir adiante numa outra direção.

Quando descer um degrau em sua posição, o terapeuta estará comunicando ao cliente, "eu estive pensando sobre o seu caso depois de nossa última sessão. Inclusive procurei o Dr. X, um especialista em casos como o seu. Ele me ajudou a perceber que eu fiz alguns erros. Ele sugere que você tente..."


5. TÉRMINO

A brevidade do contato, e a ênfase na ação em vez de no efeito, faz com que o término do tratamento se torne natural, um processo simples.

Existem três critérios no relato do cliente que indicam que ele está pronto para se concluir a terapia: 1. uma pequena, mas significativa mudança foi feita no problema; 2. a mudança parece ser durável; e 3. o cliente demonstra capacidade de lidar com o problema sem a assistência do terapeuta.

Quando terminar com o tratamento o terapeuta vai tentar estender a sua influência terapêutica. Os clientes recebem o crédito pelas mudanças positivas e são alertados quanto ao fato de acreditar que o problema está resolvido para sempre. Se o cliente hesita em terminar com o tratamento, o término pode ser reformulado como sendo umas férias do tratamento para que as medidas tomadas se integrem no cotidiano no paciente. Ao cliente resistente ou negativo pode-se dizer que a melhora vai ser inconseqüente, ou ao mesmo temporária. O terapeuta pode inclusive predizer que a situação do cliente pode piorar.

6.ANÁLISE CRÍTICA

Em primeiro lugar é preciso constatar que a abordagem do modelo de Palo Alto é simples, e de fácil compreensão. Coloca um procedimento seqüencial que oferece ao terapeuta uma abordagem funcional, que tem começo, meio e fim. Por ser simples, talvez possa causar estranheza diante da complexidade dos casos apresentados pelos pacientes. Pessoalmente fiz uso desse modelo ou elementos de abordagem em diferentes casos e percebi pessoalmente a validade dos recursos oferecidos. Em outros casos, como aquela onde uma mãe me procurou pedindo simplesmente para desabafar, onde sua tristeza e preocupação estava relacionada com a doença da filha, exigiu de minha parte um enfoque nos sentimentos e um reforço nos recursos pessoais para o enfrentamento dessa adversidade de sua vida. O seu problema não estava exatamente ligada a um mau trato das dificuldades da vida, e o problema não estava relacionado com um comportamento específico e a qualquer circuito de feedback positivo, mas simplesmente à falta de um suporte emocional para, como mãe ser forte no sentido de assistir sua filha nos procedimentos cirúrgicos e subsequente fisioterapia.

Em segundo lugar há necessidade de se compreender melhor como exatamente o tratamento de um membro familiar ou conjugal pode influenciar e modificar, para não se dizer, curar, todo um sistema. Quem vem de uma psicoterapia sistêmica certamente não recebe uma base suficiente que o convença de que o tratamento de uma pessoa, daquela que está mais interessada na mudança, possa ser suficiente para se modificar todo o sistema. O modelo não é suficientemente convincente no que se relaciona à reação dos outros membros familiares que não estão presentes e diretamente ligados ao tratamento. A psicoterapia sistêmica comprova exaustivamente que a reação dos demais é grande à qualquer mudança e que um elemento só, muitas vezes não tem forças suficientes para alterar a homeostase do sistema.

Pareceu-me, além disso, que o terapeuta breve, comportando-se como estrategista da mudança, conforme o modelo de Terapia Breve de Palo Alto, está inclinado a se tornar um engenheiro, que tem a sua disposição uma série de ferramentas e recursos para manusear e, até a manipular as pessoas. O relacionamento do terapeuta com o cliente não flui numa relação transparente. Quando o terapeuta, por exemplo, faz uso do paradoxo, evidentemente ele está alterando a posição do cliente, sem no entanto, conversar com ele a respeito, tornando explícita a intervenção terapêutica. Quem vem de uma abordagem racional, onde as mudanças são franca e abertamente discutidas com o cliente certamente estranha quando o terapeuta, pratica uma reengenharia mental, provocando uma resignificação, onde o cliente é objeto do poder transformador do terapeuta. Certamente os defensores do modelo haveriam de contrapor que se isso é para o bem do cliente então todo o meio para este fim é justificado. Mas será mesmo que o fim justifica o meio? É uma questão filosófica, e também teológica. Pois o poder que os recursos oferecidos pelo modelo nem sempre serão exercidos por pessoas éticas e comprometidas com a libertação do cliente. Isso evidentemente se aplica a qualquer outro modelo terapêutico, mas permanece sendo uma questão, pois para o teólogo é insuficiente que a relação ética entre terapeuta e cliente permaneça ligado aos meros valores subjetivos do terapeuta. Em outras palavras quem decide as metas terapêuticas. Não deveriam elas estar também ligadas à valores universais, a princípios éticos fundamentados na ética cristã. Isso evidentemente nos transporta para além do procedimento científico a que o modelo se reduz. Todavia é importante nessa analise crítica ao menos indicar que o que é bom para o terapeuta nem sempre é bom para o cliente, como também nem sempre o que é bom para o cliente é bom para o terapeuta. Ambos, tanto o terapeuta, como o cliente, permanecem sujeitos a uma ordem que ultrapassa os valores subjetivos de cada um.

Fica em aberto, portanto, toda uma reflexão sobre os valores éticos que envolvem a terapia, igualmente, como também lidar com os valores morais que o cliente traz para o consultório do terapeuta. Considerando-se que o terapeuta tem poder de influir e causar mudanças, até que ponto ele estará preparado e habilitado a respeitar e trabalhar com os valores que são pessoais e inerentes ao cliente?


CONCLUSÃO

Apesar das considerações críticas apontadas acima, entendo que o Modelo de Terapia Breve de Palo Alto pode vir a ser um instrumento valioso e importante a ser usado por todos aqueles que de uma forma ou outra estão engajados com a família nos dias de hoje.

Tendo pessoalmente dado partida a um trabalho com casais e famílias na Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil, tendo atingido milhares de casais e famílias, e equipado cerca de 80 colegas pastores com um modelo preventivo, entendo que esta pesquisa possa ser o início de um projeto audacioso de oferecer elementos de reflexão e de elaboração de um modelo terapêutico pastoral baseado no Modelo de Terapia Breve de Palo Alto, um modelo, todavia com cara latino-americana, que considera a realidade de nosso contexto psico-econômico-social, bem como de nossa religiosidade.

A Terapia Breve é uma nova abordagem terapêutica, comprovadamente eficiente, que poderá ser uma resposta oportuna para a realidade de nosso povo, muitas vezes sem tempo e recursos para se submeterem a uma terapia de longa duração.

São muitos os casos de separação e divórcio, bem como de conflitos familiares que fazem o dia a dia da intervenção pastoral. Entendo que os obreiros que na maioria das vezes se ressentem da falta de instrumentos de como atender esta crescente demanda possam ser ajudados com esse modelo, que adaptado e oferecido dentro de características de multiplicação, ou seja, ofertado a um número crescente de obreiros possa atingir um número cada vez maior de pessoas.


BIBLIOGRAFIA

1. FISH, R.; WEAKLAND, J.; WATZLAVICK, P.; SEGAL, L.; HOEBEL, F.; DEARDORFF, C.M, Learning Brief Therapy: No Introductory Manual,1975.

2. SEGAL, Lynn, Brief Therapy: The MRI Aproach no Handbook of Family Therapy Vol. II editado por Alan S. Gunan e David P. Knisken, Brunner/Masel Nova York: Publischers,1991. pg. 171-199

3. WATZLAWICK, P.; WEAKLAND, J.; FISH, R., Change: Principles of problem formation and problem resolution, New York: Norton,1974.

4. WATZLAVICK, P. The language of Change. New York:, Basic Books,1978

5. WEAKLAND, P.; WATZLAVICK, P.; FISH, R.; BODIN, M. Brief Therapy: Focused Problem Resolution, em Family Process, 13 pg.141-168; 1971.

6. WEAKLAND, J; FISH, R. Brief Therapy – MRI Style em pg. 306- 323.

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