Site hosted by Angelfire.com: Build your free website today!

 

 

Mauro Vranjac

 

e-mail

.

 

 

 

 

 

                 Oceanólogo

                                 Mestre em Oceanografia Física Química e Geológica

Currículo

Publicações

Aoceano

Links

Desenvolvimento Sustentável

Consumo Sustentável

 

                                   Bem Vindo ao site do Oceanólogo Mauro Vranjac!

  Aqui você vai encontrar um pouco sobre Oceanografia e Meio Ambiente, meus trabalhos publicados, e ainda

  ter algumas dicas de sites e projetos interessantes.

 

  Conheça um pouco melhor o meu trabalho, lendo os resumos de minhas publicações mais recentes, minha

  monografia em Oceanologia ou minha tese de Mestrado em Oceanografia Física, Química e Geológica.


mauropv@yahoo.com

 

 

 

 

 

 

Currículo Resumido do Oceanólogo  Mauro Vranjac

 

 

 

 

 

 

 

 

Retorna ao início

 

Mauro Vranjac
  FORMAÇÃO

 

  Mestrado – Mestre em Oceanografia Física, Química e Geológica, Universidade Federal do Rio Grande, RS;

  concluído em 2000.

 

  Graduação – Oceanólogo,  Fundação Universidade Federal do Rio Grande, RS; concluído em 1995.

 

 

  EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL

 

  Senac - Sorocaba - SP

  Coordenador Técnico

 

  Atividades:

 

   - Coordenador dos cursos de Pós-graduação na área de Meio Ambiente e Segurança e Saúde do Trabalho.

   - Coordenador dos cursos técnicos da área de Segurança e Saúde do Trabalho.

   - Coordenador dos cursos técnicos da área de Meio Ambiente. Sorocaba.

   - Coordenador do Projeto Ecoeficiência

   - Docente

  

  Universidade do Vale do Itajaí - Itajaí - SC

  Pesquisador 

 

  Atividades:

 

  - Pesquisa em projetos ambientais

  - Docente

  - Consultor técnico

 

  

  EXPERIÊNCIA EM PESQUISA

 

   - Coordenador do projeto “Revitalização da planta da fábrica da Elma Chips – Itu”,  pelo Senac – Sorocaba.

   - Pesquisador no projeto “Expansão do Terminal de Contêineres - TECON - Rio Grande, RS”, pela Fundação  

     Universidade Federal do Rio Grande.

   - Pesquisador no projeto “Rodovia: Via Beira Mar Norte Continental - Ponte Colombo Salles-Barreiros - BR-

     101”, Secretaria dos Transportes e Obras/SC, pela Universidade do Vale do Itajaí.

   - Pesquisador no projeto “Enseada de Itapema: Evolução Histórica e Ocupação Urbana da Linha de Costa”,

     pelo convênio Prefeitura de Itapema/ Universidade do Vale do Itajaí.

   - Coordenador e Pesquisador do projeto “Enseada de Itapema: Evolução Histórica e Ocupação Urbana da  

     Linha de Costa”, pelo convênio Prefeitura de Itapema/ Universidade do Vale do Itajaí.

   - Pesquisado no projeto “Perfis Ambientais de Municípios do Rio Grande do Sul”, pela Universidade Católica de

     Pelotas.

 
  EXPERIÊNCIA DOCENTE

 

   - Docente da disciplina Sensibilização para o Meio Ambiente e a Segurança e Saúde no Trabalho, pertencente

     ao 1º semestre do curso de Pós-Graduação em Integrada de Meio Ambiente, Segurança e Saúde no

     Trabalho, oferecido pelo Senac em Sorocaba.

   - Docente orientador de Trabalhos de Conclusão de Curso do curso de Pós-Graduação em Integrada de Meio

     Ambiente, Segurança e Saúde no Trabalho, oferecido pelo Senac em Sorocaba.

   - Docente da disciplina Água, pertencente ao Módulo II do curso Técnico Ambiental, oferecido pelo Senac

     em Sorocaba.

   - Docente da disciplina Riscos Ambientais, pertencente ao Bloco III do curso Técnico em Segurança do

     Trabalho, oferecido pelo Senac em Sorocaba.

   - Docente da disciplina História Natural e Ecologia, pertencente ao Módulo I do curso Técnico Ambiental,

     oferecido pelo Senac em Sorocaba.

   - Docente da disciplina Desenvolvimento Sustentável do curso Técnico em Meio Ambiente, oferecido pelo

     Senac em Sorocaba.

   - Docente do curso de Geoprocessamento na empresa ECOSSERVICE - Empresa Júnior de Consultoria

     Ambiental e Oceanografia.

   - Professor convidado pela Universidade do Vale do Itajaí, para ministrar a disciplina Geologia Litorânea.

 

 

 

Retorna ao início


 

Escolha uma

das publicações disponíveis e clique no link para ter acesso ao resumo.

 

Publicações

 

 

Influência da Implantação de um Atracadouro de Barcaças nas Variações Morfo-sedimentares e na comunidade pesqueira do Município de São José do Norte, Laguna dos Patos, RS  (Tese de Mestrado)

Mineração de areia no município de Pelotas: Aplicação da Legislação Ambiental e subsídios para uma proposta de recuperação ambiental (Monografia de Graduação)

Estado de Alteração das Praias do Litoral Gaúcho

Delimitação de Contornos e áreas em fotografia aéreas através da utilização do programa Surfer

Seasonal Changes in beach inducing the response of beachfront owners in southern Brazil

Enseada de Itapema: Diagnóstico sobre a Evolução Histórica da Linha de Costa

Caracterização das Obras de Proteção Costeira no Balneário do Hermenegildo, RS, Brasil

Evolução da distribuição dos municípios do Rio Grande do Sul: Causas e Implicações

The response of beachfront owners to the impact of a high-energy event along an armored shoreline in southern Brazil

Resposta de uma Comunidade Costeira aos Efeitos da Erosão Praial

Impact evalution of a high-energy along an armored shoreline in southern Brazil

Caracterização e eficiência das Obras de Proteção Costeira do Balneário do Hermenegildo, RS, Brasil

 

 

Retorna ao início

 


   
   

 

INFLUÊNCIA DA IMPLANTAÇÃO DE UM ATRACADOURO DE BARCAÇAS NAS VARIAÇÕES MORFO-SEDIMENTARES E NA COMUNIDADE PESQUEIRA DO MUNICÍPIO DE SÃO JOSÉ DO NORTE, LAGUNA DOS PATOS

VRANJAC, M. P.

Os municípios marginais do estuário da Laguna do Patos, principalmente na zona Sul do estado, experimentam, atualmente, a expectativa de um processo de retomada de investimentos, em função da posição estratégica do Porto de Rio Grande e de planos de reativação do transporte lagunar, visando o escoamento de produtos agrícolas e incremento do turismo. O município de São José do Norte, localizado na porção sul da restinga que separa a Laguna dos Patos do Oceano Atlântico, têm boas oportunidades para este desenvolvimento, graças a área disponível para uma expansão portuária e turística. No entanto, se ocorrer de forma não planejada, pode trazer tanto benefícios quanto problemas, especialmente se considerarmos o ecossistema frágil no qual se situa. A utilização da zona costeira é cada vez mais intensa, por meio da construção de novos portos, terminais marítimos, marinas e execução de obras de proteção. A região do complexo portuário de Rio Grande apresenta um grande número de obras de engenharia costeira, portanto, o estudo da influência de tais obras sobre a morfologia de fundo, qualidade da água e impacto nas comunidades locais, é fundamental para o planejamento urbano e ambiental desta região. Este estudo se baseou em seis levantamentos batimétricos realizados na região da implantação de um atracadouro de barcaças no município de São José do Norte. O primeiro em dezembro de 1997, anterior a construção do atracadouro, e os demais efetuados durante o período de instalação da obra, entre maio de 1999 a fevereiro de 2000, no qual foram coletadas também amostras superficiais do sedimento de fundo e medidos valores de pH, Eh e concentração de coliformes na coluna d'água. A batimetria na porção central do atracadouro sofreu variações quanto a declividade e comportamento das linhas isobatimétricas. A abertura do atracadouro, voltada para norte, alterou a circulação e a intensidade das correntes no local, possibilitando a formação de vórtices e maior erosão na região externa do atracadouro, junto à ponte de acesso. O espigão submerso, construído para fornecer maior proteção às embarcações, facilitou a retenção do sedimento, resultando na deposição de sedimento mais fino. As amostras de sedimento localizadas na região abrigada do atracadouro demonstraram uma mudança na granulometria, de areias finas para silte médio e fino, enquanto que na região externa do atracadouro, a variação foi mínima. Os valores de pH variaram entre 6,7 e 7,6 destacando o caráter neutro a fracamente alcalino dos sedimentos de fundo, enquanto que o Eh teve uma maior variação, particularmente entre a região mais próxima ao canal de navegação e as zonas dos entornos. Quanto a qualidade da água, todas as amostras indicaram altos teores de coliformes, em função da presença de efluentes domésticos sem tratamento. Entrevistas com pescadores e suas mulheres, entre os meses de julho de 1999 e janeiro de 2000 demonstraram que grande parte dos entrevistados utilizam o atracadouro semanalmente, porém exclusivamente para atividades de pesca, sem a participação em atividades culturais e sociais. Para a comunidade local, a implantação do atracadouro foi vista, de maneira geral, como uma boa alternativa para o aumento do turismo na região, maior facilidade para o transporte entre Rio Grande e São José do Norte, e maior proteção para as embarcações.

 

Retorna ao Índice                                                                                        Retorna ao início


ESTADO DE ALTERAÇÃO DAS PRAIAS DO LITORAL GAÚCHO

 

ESTEVES, L.S.; PIVEL, M.A.G.; VRANJAC, M.P.; AREJANO, T.B.; SILVA, A.R.P. DA.

 

Dez anos de experiência em trabalhos no litoral do Estado levaram os autores a considerar a necessidade da realização de um trabalho que sintetizasse o atual status do litoral gaúcho. Desta maneira, este levantamento pode servir de marco para que futuros trabalhos possam comparar a evolução e ocupação deste litoral através da identificação do atual status das praias do Rio Grande do Sul sob o ponto de vista de alterações naturais e antrópicas.

 

 

 

 

Retorna ao Índice                                                                                        Retorna ao início

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


SEASONAL CHANGES IN BEACH PROFILE INDUCING THE RESPONSE OF BEACHFRONT OWNERS IN SOUTHERN BRAZIL

 

ESTEVES, L.S.; SILVA, A.R.P; OLIVEIRA, U.R.; VRANJAC, M.P.; PIVEL, M.A.G. e BARLETTA, R.C.

 

Rio Grande do Sul (RS), the southernmost state of Brazil, has a 600-km shoreline dominated by long and continuous sandy beaches. Unlike the most part of coastal states, colonization in RS was more intense inland than in the coast. Thus, beaches are mostly undeveloped with only 5% of the RS population living on coastal cities that are mainly concentrated at the northern part of the state. To the south, coastal development is less intense and concentrated in few beach villages separated by long undeveloped shore segments. However, the perception of coastal erosion as a problem has increased as development occurs indiscriminately in front of eroded shorelines.
Hermenegildo is a beach village located in the southernmost part of Brazil, about 12 km north of the border with Uruguay. About 1600 m of its 4500-m long shoreline have been developed at the top of the foredunes. Its shore is dominated by a long and narrow, intermediate, sandy beach that is frequently submerged due to the action of strong south winds. Such winds pile water over the shore and, in association to high waves and high springtide, are responsible for the most intense erosive events. Besides the short-term erosion due to storms, several other factors contribute to beach erosion, such as redistribution of wave energy (due to wave refraction), a rising sea level, the presence of an underlying layer of impermeable peat, and human activities. Beach erosion threats coastal constructions that were built too close to the water, as a result its shoreline is heavily armored with seawalls and revetments built by beachfront owners with no technical support. Interviews were conducted with beachfront residents in an attempt to establish how they perceive the erosive processes and to determine their reactions to the consequences of such processes. At the moment, 81 interviews were obtained in four different occasions covering one year of data (Summer, Fall, and Spring 1999 and Summer 2000). About 35% of the interviewees were permanent residents and the remaining 65% were seasonal residents that have spent every summer of their lives in Hermenegildo. The interviews consist of four groups of questions, regarding: (1) the perception of beachfront residents to erosion, (2) how many of them have lost property due to erosion, (3) their response to erosion, and (4) what they think about the future of Hermenegildo beach. The results were surprising, as all have answered to notice erosion in Hermenegildo, and about half of them had noticed erosion before buying or building their houses. The most cited causes of erosion were strong winds (storms), sea-level rise, and human activities, including the closure of the natural washouts, constructions too close to the water, and presence of shore protection structures. The residents appear to have a basic knowledge of beach morphodynamics, as they have explained many factors that really have contributed to the beach erosion they have seen. About 84% of the beachfront owners that were interviewed had lost property due to erosion, from which 85% had built structures to prevent further property loss.
Interviews were conducted in different times of the year, allowing the analysis of the differences in beachfront residents answers according to the seasonal changes in beach profile. It was evident that immediately after a strong storm (usually in Fall and Winter seasons) residents are very concerned about the safety of their houses and were making all the efforts to protect property. During Spring, beach has already recovered and presents a typical swell profile, beachfront owners have almost forgotten the damage caused by the last storm and think it will never happen again. They begin to rebuild their properties and shore protection structures, many times using fill to prograde their land towards the water. In this condition they will enjoy summer unconcerned about the next storm. As Summer ends, stormy conditions return and the beach responds to the high-energy events, threatening coastal constructions once again. This way, the endless cycle of building-rebuilding properties after storms continues as it is well know along armored shorelines such as Hermenegildo.

 

 

Retorna ao Índice                                                                                        Retorna ao início

 

 

 

 


THE RESPONSE OF BEACHFRONT OWNERS TO THE IMPACT OF A HIGH-ENERGY EVENT ALONG AN ARMORED SHORELINE IN SOUTHERN BRAZIL

 

ESTEVES, L. S.; PIVEL, M. A. G.; SILVA, A. R. P.; BARLETTA, R. C.; VRANJAC, M. P.; OLIVEIRA, U. R.; VANZ, A

 

Brazil has about 8500 km of coastlines, most of them undeveloped. However, the pressure of fast growing coastal urban centers is already impacting the shore. This paper characterizes shore protection works in Hermenegildo Beach, evaluates their efficiency to protect property against the impact of storm events, and presents the response of beachfront owners to erosion. Hermenegildo is a beach village located 12 km north of the border with Uruguay in Rio Grande do Sul (RS), the southernmost state of Brazil. Several factors contribute to beach erosion in Hermenegildo: storm surge, redistribution of wave energy, a possible sea level rise, the presence of an underlying layer of impermeable peat, and human activities. Its shoreline is heavily armored. About 61% of its beachfront houses are protected (30% by revetments, 18% by seawalls, and 13% by a combination of both). A strong storm struck the RS coast in April 16, 1999 resulting in severe beach erosion and destruction of 22 houses, besides all concrete structures, half of the quarrystone revetments, and 80% of the timber seawalls. Shore protection structures in Hermenegildo are threatened by erosion because: (1) they were built too close to the water, (2) natural processes of erosion have occurred, and (3) armoring has reduced beach width. Most of the beachfront owners are aware of the severe beach erosion problem and appear to have a good understanding about coastal dynamics. About 82% of the interviewed beachfront owners had lost property due to erosion, from which 88% have built protection structures to prevent further loss. It is surprisingly that 88% of the ones that had not lost property had also built defense structures. Usually, armoring was an initiative of the beachfront owners that have built the structures with a very low budget and without any technical expertise.

 

Retorna ao Índice                                                                                        Retorna ao início

 

 

 

 

 

 

 


IMPACT EVALUTION OF A HIGH-ENERGY EVENT ALONG AN ARMORED SHORELINE IN SOUTHERN BRAZIL

 

ESTEVES, L.S.; PIVEL, M.A.G.; BARLETTA, R.C.; VRANJAC, M.P.; SILVA, A.R.P.; ERTHAL, S.; VANZ, A.

 

Brazil has about 8500 km of coastlines, from which only about 17% is densely populated. Although there are long coastal segments still undeveloped, the pressure of fast growing coastal urban centers is already impacting the shore. This paper characterizes the shore protection works of Hermenegildo Beach and evaluates their response to a high-energy storm. Hermenegildo is a beach village located 12 km north of the border with Uruguay in Rio Grande do Sul (RS), the southernmost state of Brazil. The RS coast is mainly undeveloped, having several small beach villages and only few highly urbanized areas. Several factors contribute to beach erosion in Hermenegildo: storm surge, redistribution of wave energy, a rising sea level, the presence of an underlying layer of impermeable peat, and human activities. Its shoreline is heavily armored, about 61% of its beachfront houses were protected (30% by revetments, 18% by seawalls, and 13% by a combination of both). A strong storm struck the RS coast in April 16, 1999 resulting in severe beach erosion and destruction of coastal structures. All types of structures built to protect beachfront houses were affected and 22 houses were destroyed, besides all concrete structures, half of the quarrystone revetments, and 80% of the timber seawalls. Hermenegildo's beachfront constructions are located over the dunes; thus shore protection structures were built in front of the dunes. So structures are threatened by erosion because: (1) they were built too close to the water, (2) natural processes of erosion have occurred, and (3) armoring has reduced beach width.

 

Retorna ao Índice                                                                                        Retorna ao início

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


RESPOSTA DE UMA COMUNIDADE COSTEIRA AOS EFEITOS DA EROSÃO PRAIAL

 

ESTEVES, L.S.; OLIVEIRA, U.R.; PIVEL, M.A.G.; BARLETTA, R.C.; VRANJAC, M.P.; VANZ, A. e SILVA, A.R.P.

 

O balneário do Hermenegildo, município de Santa Vitória do Palmar, localiza-se no extremo sul da Planície Costeira do Rio Grande do Sul. A ocupação do balneário ocorreu sobre as dunas primárias, o que torna as propriedades mais vulneráveis à erosão e inundação costeira. A praia apresenta uma estreita faixa de areia (aproximadamente 12 m em média) que fica totalmente submersa nas tempestades de vento sul. Nestes eventos ocorre a maior energia de ondas que, associadas às marés de sizígia, resultam numa sobreelevação do nível do mar (marés meteorológicas) culminando em intensa erosão praial e na destruição das construções à beira-mar. Assim, a beira-mar urbanizada do balneário, aproximadamente 1600 m, caracteriza-se por apresentar estruturas de contenção de erosão, principalmente enrocamentos.
Uma tempestade ocorrida em 16 de abril de 1999 atingiu o litoral sul do Rio Grande do Sul com ventos de 75 km/h (com rajadas de 115 km/h), ondas de até 8 m registradas em ondógrafo localizado a 15 m de profundidade e maré meteorológica de 0,8 m. Durante esta tempestade foram destruídas vinte e duas casas, o que eqüivale a 20% do total de casas a beira-mar. O número de casas sem estruturas de contenção aumentou em 51%, enquanto o número de casas que permaneceram protegidas foi reduzido em três vezes. Isto significa que muitas das estruturas de proteção costeira sucumbiram à energia costeira e não foram eficientes em proteger as propriedades. Tempestades desta intensidade vêm ocorrendo anualmente na costa sul do Rio Grande do Sul; assim, moradores do Hermenegildo tem experimentado um constante trabalho de reconstrução da sua linha de costa. Este trabalho visa avaliar a percepção que os moradores da beira-mar têm dos processos costeiros e identificar como eles respondem aos efeitos da erosão. Os dados foram obtidos em 50 entrevistas realizadas parte em fevereiro (33) e parte em abril de 1999 (17), correspondendo a 45% do número de casas à beira-mar. As entrevistas mostraram que, de modo geral, os entrevistados possuem conhecimento básico sobre os processos costeiros. Todos reconheceram a erosão praial como um problema no Hermenegildo e 45% disseram observar o processo a pelo menos 10 anos. Os fatores mais citados como possíveis causas da erosão no balneário foram: subida do nível do mar (20%), ventos fortes (19%), fechamento dos sangradores naturais pela prefeitura (16%), construções muito próximas da água (13%), ondas e marés (4%). Muitos citaram mais de uma causa, o que indica a percepção de que processos costeiros são complexos e resultantes de vários fatores. Aproximadamente 46% do residentes disseram conhecer o problema da erosão quando compraram ou construíram suas casas. Dos 50 entrevistados, 82% disseram ter perdido propriedade devido à erosão, 50% tiveram perda de terreno e 32% perderam também área construída. A grande maioria (88%) usa ou usou estruturas de proteção para tentar conter a erosão. Todos os que responderam ter perdido terreno e área construída usaram algum tipo de proteção e 88% dos que disseram não ter perdido propriedade também fizeram algum tipo de contenção de erosão. A construção de estruturas de proteção foi idéia dos próprios moradores em 58% das respostas, 8% responderam que a iniciativa foi da prefeitura, 8% de vizinhos e 16% de associação entre proprietários, vizinhos e prefeitura. Em relação aos custos de tais estruturas, as respostas foram muito variadas. Alguns responderam não ter gasto nada pois o material foi doado e colocado pela prefeitura, mas a grande maioria disse ter gasto entre R$ 2000 e R$ 3000. Considerando-se estruturas de proteção costeira, os custos apresentados são bastante baixos, mas em função das características do balneário (pequeno, pouco urbanizado e sem infra-estrutura turística) são consideráveis, principalmente porque são feitos anualmente. A dinâmica praial influencia o comportamento dos moradores da beira-mar do Hermenegildo principalmente porque a urbanização foi feita sobre as dunas. Assim, as casas estão assentadas numa área que participa ativamente das mudanças do perfil praial em função da energia das ondas. Durante tempestades, as ondas têm maior energia e retiram areia da praia usando-a na construção dos bancos (que tem a função de dissipar a energia das ondas através da rebentação). Quando as tempestades retiram areia da praia a ponto de ameaçar a integridade das construções, os moradores tentam proteger sua propriedade a qualquer custo, colocando sacos de areia, blocos rochosos ou qualquer outro material para evitar a retirada de areia. Algum tempo depois (normalmente durante a primavera), a praia já recuperou seu perfil normal, os moradores já se esqueceram da última tempestade e voltam a construir sua propriedade, inclusive aumentando seu terreno através de aterros. Assim, aproveitam o verão e passam a acreditar que não haverá outro evento de destruição. Com a chegada do outono e das tempestades, a praia responde às condições de alta energia e volta a ameaçar a integridade da beira-mar, dando continuidade ao ciclo de destruição-reconstrução típico de praias urbanizadas que apresentam obras de proteção costeira como o Hermenegildo.

 

Retorna ao Índice                                                                                        Retorna ao início

 

 


CARACTERIZAÇÃO E EFICIÊNCIA DAS OBRAS DE PROTEÇÃO COSTEIRA DO BALNEÁRIO DO HERMENEGILDO, RS, BRASIL

 

Luciana S. ESTEVES; Rodrigo C. BARLETTA; Mauro P. VRANJAC; Maria A.G. PIVEL; Amália R.P. SILVA; Argeu VANZ; Silmara ERTHAL; Ulisses R. OLIVEIRA

 

Hermenegildo is a beach village located in Rio Grande do Sul, the southernmost state of Brazil, that shows severe problems of beach erosion. Its shoreline is heavily armored with seawalls and revetments built with no technical support. This work characterizes the Hermenegildo's beachfront based on the presence and type of coastal protection structures and their efficiency in protecting properties from high-energy events. Shore protection structures in Hermenegildo did not provide the desired protection as one storm caused the destruction of 20% of all beachfront houses, increased in 51% the number of properties without protection, and reduced three times the number of houses that remained protected.

 

 

Retorna ao Índice                                                                                        Retorna ao início

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


CARACTERIZAÇÃO DAS OBRAS DE PROTEÇÃO COSTEIRA NO BALNEÁRIO DO HERMENEGILDO, RS, BRASIL

 

ESTEVES, L.S.; VANZ, A.; SILVA, A.R.P.; PIVEL, M.A.G.; ERTHAL, S.;BARLETTA, R.C.; VRANJAC, M.P.; OLIVEIRA, U.R.VII

 

O balneário do Hermenegildo, município de Santa Vitória do Palmar, localiza-se no extremo sul da Planície Costeira do Rio Grande do Sul, 12 km ao norte da fronteira com o Uruguai. A ocupação no balneário iniciou por volta de 1890 através de acampamentos, que com o tempo passaram a ser substituídos por pequenas casas construídas na beira da praia. Desde esta época, a urbanização deu-se de forma desordenada, intensificando-se a partir da década de 50 pela construção de casas de veraneio da população do município de Santa Vitória. Hermenegildo ainda hoje é um vilarejo cuja população fixa é de aproximadamente 500 habitantes, basicamente pescadores e aposentados; embora a população seja dez vezes maior no verão. Também é comum a presença de turistas uruguaios, cuja presença oscila em função das desvalorizações da moeda brasileira. A praia do Hermenegildo é estreita (média de 12 m de largura), ficando totalmente submersa quando sujeita a ventos do quadrante sul. Em termos morfodinâmicos, esta praia oscila entre o estágio intermediário com características mais refletivas. Os ventos dominantes são de NE, mas a maior energia de ondas ocorre nas ondulações de SE, geradas pelos fortes ventos de Sul. Embora as ondas sejam o principal processo hidrodinâmico, as marés meteorológicas (storm surges) são determinantes nos eventos de intensa erosão praial. Ali, as marés meteorológicas ocorrem pela ação dos ventos do quadrante S associados à passagem de sistemas frontais e raramente ultrapassam 2 m de altura. O poder erosivo das marés meteorológicas é intensificado quando esta é combinada a marés de sizígia e ondas de maior altura, causando destruição catastrófica das construções à beira-mar. Além das marés meteorológicas, fatores como a elevação do nível relativo do mar, a concentração de energia de ondas por processos de refração e a presença de turfa e lama em subsuperfície também contribuem para a forte tendência à erosão praial no balneário. Os processos erosivos naturais vêm sendo acelerados por atividades antrópicas como a retirada e ocupação das dunas frontais e o aterro de sangradouros antes existentes. Repetidos eventos de tempestade que resultaram em perda total ou parcial de casas e terrenos próximos da linha d'água fizeram com que os moradores buscassem meios para conter esta erosão através da construção de obras de contenção. Este trabalho visa caracterizar as estruturas de contenção de erosão utilizadas nas construções à beira-mar do balneário do Hermenegildo, em função do tipo de estrutura, material, dimensão, estado da obra e funcionalidade. Apesar do balneário do Hermenegildo ser um vilarejo pequeno e pouco urbanizado, a sua beira-mar apresenta-se bastante armada contra a erosão costeira. Os revestimentos e os muros de contenção são as estruturas utilizadas pelos moradores que buscam proteger sua propriedade contra investidas do mar. Estas estruturas caracterizam-se por proteger a propriedade que está atrás da estrutura contra o impacto direto das ondas em detrimento da faixa de areia a sua frente. Ou seja, apesar de proteger a propriedade, estas estruturas causam a redução da largura da praia adjacente. Isto, a longo prazo, torna as construções mais suscetíveis à erosão costeira, já que reduz a área de dissipação de energia das ondas, que é a própria praia. Muros de contenção também deveriam reduzir o risco a inundações causadas por níveis de água mais altos durante tempestades.

 

Retorna ao Índice                                                                                        Retorna ao início

 

 


ENSEADA DE ITAPEMA: DIAGNÓSTICO SOBRE A EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA LINHA DE COSTA

 

VRANJAC, M. P.; KLEIN, A. H. F.; DIEHL, F. L

 

O presente trabalho teve como objetivo determinar e quantificar variações na posição da linha de costa na enseada de Itapema (SC) e analisar a ocupação urbana atual da região, em vista da construção de um calçadão na porção norte da região de Meia Praia. Os resultados mostram que a variação da linha de costa foi pouco significativa, sem um padrão determinado. Na região onde a prefeitura definiu como área das futuras instalações do calçadão, as variações permaneceram dentro do erro calculado para a metodologia utilizada. Sendo assim, pode-se dizer que não apresentou variação significativa. Quanto à ocupação urbana da região, esta se apresentou de maneira desordenada, sem um planejamento urbano adequado. Desta forma, sugere-se que não se construa um calçadão na região proposta pelo projeto da Prefeitura Municipal de Itapema. Caso seja necessária a construção deste calçadão, determinada através de um projeto de planejamento urbano adequado, sugere-se que seja implantado na região adjacente a anterior, porém iniciando-se na altura da rua 163 da praia de Itapema, e estendendo-se em sentido norte por aproximadamente 1000 metros. Esta região apresenta características sociais, econômicas, ambientais e urbanas mais adequadas para a implantação de uma obra deste porte, e mostra-se como uma melhor alternativa para o incentivo do turismo e crescimento sócio-econômico da área.

 

Retorna ao Índice                                                                                        Retorna ao início

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


DELIMITAÇÃO DE CONTORNOS E ÁREAS EM FOTOGRAFIAS AÉREAS ATRAVÉS DA UTILIZAÇÃO DO PROGRAMA SURFER (GOLDEN SOFTWARE, 1994).

 

SIEGLE, E.; VRANJAC, M. P. & KLEIN, A.H.F.

 

A utilização de fotografias aéreas em estudos costeiros vem aumentando consideravelmente nos últimos anos. Na elaboração de mapas temáticos; estudos de erosão e acresção da linha de costa, entre outros, as fotografias aéreas vem se apresentando como uma excelente ferramenta para aquisição dos dados. Este trabalho apresenta uma metodologia mais simplificada para a obtenção da delimitação de contornos e do cálculo de áreas dos diversos ambientes observados em fotografias aéreas. Através de uma análise seqüencial de fotografias aéreas, possibilita quantificar alterações em uma determinada região.

 

Retorna ao Índice                                                                                        Retorna ao início

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


EVOLUÇÃO DA DISTRIBUIÇÃO DOS MUNICÍPIOS DO RIO GRANDE DO SUL: CAUSAS E IMPLICAÇÕES

 

VRANJAC, M. P. & ASMUS, H. E.

 

O presente trabalho compreende dois subprojetos: "Perfis Ambientais dos Municípios do Rio Grande do Sul" e "Distribuição dos municípios do Rio Grande do Sul segundo uma perspectiva ambiental". Baseando-se nestes trabalhos, e buscando enquadrar o Rio Grande do Sul no contexto do pais, observa-se que o Brasil, no dias de hoje, apresenta-se como uma sociedade urbano-industrial, resultado de um processo de urbanização marcado por um crescimento rápido, amplo e concentrado da população, esta urbanização evidencia-se quando se considera que a população das cidades, nas últimas décadas, cresceu em um ritmo igual ou superior a 5% ao ano. Este crescimento, naturalmente, marca uma violenta expansão da rede urbana, devido a emergência das grandes metrópoles, resultando em uma organização territorial mais complexa, caracterizada por profundas diferenciações inter-regionais. Dentro deste universo, é comum a formação de grandes aglomerados em torno destas metrópoles. A configuração final de uma região, portanto, é a manifestação sobre o território, de processos sócio-econômicos específicos que estão intimamente associados ao modo de produção dominante e às transformações histórico-culturais que o modelaram ao longo do tempo. O objetivo deste trabalho foi de estabelecer a avaliação sócio-economica e histórico-cultural das possíveis causas, ao longo de um processo histórico, da distribuição espacial e temporal dos municípios do Rio Grande do Sul, vistas segundo um enfoque ambiental.

 

Retorna ao Índice                                                                                        Retorna ao início

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


MINERAÇÃO DE AREIA NO MUNICÍPIO DE PELOTAS: APLICAÇÃO DA LEGISLAÇÃO AMBIENTAL E SUBSÍDIOS PARA UMA PROPOSTA DE RECUPERAÇÃO AMBIENTAL

 

VRANJAC, M. P.

 

A Planície Costeira do Rio Grande do Sul é uma extensa área onde ambientes estuarinos típicos alternam-se com ambientes fluviais, lagunares, eólicos, marinhos e transicionais, compondo um mosaico com estrutura funcional altamente complexa, onde pequenas nos processos alterações, como cultivos ou atividaes mineradoras artesanais, provocam grandes modificações no ambiente. O município de Pelotas adquire grande importância por sua posição geográfica, na zona transicional Escudo/Planície Costeira, e por ser o maior município da zona sul do estado, apresentando perspectivas de crescimento rápido em função das relações comerciais do Brasil com os países do cone sul (MERCOSUL). A exploração de areia atende a demanda da construção civil local e de municípios vizinhos, porém uma grande parte das empresas mineradoras a faz sem qualquer tipo de planejamento, causando impactos ambientais e má utilização da jazida. Apresenta-se um guia de orientação sobre os procedimentos legais e burocráticos no processo de licenciamento da atividade junto aos órgãos competentes e também subsídios para um plano de recuperação de área degradada por mineração de areia.

 

Retorna ao Índice                                                                                        Retorna ao início

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


 

    Retorna ao início

 

 

Links Interessantes

 

Órgãos Governamentais

 

ANA

CETESB

DHN

IBAMA

Ministério do Meio Ambiente

SABESP

Secretaria do Meio Ambiente do Estado  de  São Paulo

 

 

    Instituições de ensino

 

    Fundação Universidade Federal do Rio Grande

    Universidade de São Paulo

    Universidade do Vale do Itajaí

    Universidade Estadual do Rio de Janeiro

    Universidade Federal do Espírito Santo

    Universidade Federal do Pará

    Universidade Federal do Paraná

 

Oceanografia e Pesquisa

 

Associação Brasileira de Oceanografia

Oceanografia Online

 

 

    Museus Oceanográficos Brasileiros

 

    Museu Oceanográfico FURG - RS

    Museu Oceanográfico USP - SP

Instituições de Fomento a Pesquisa

 

Cnpq

Capes

Fapesp

Fundacíon Carolina

    Outros Sites Interessantes:

   

    Instituto Ambiental

    Instituto Ambiental Biosfera

    Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais

    Jornal do Meio Ambiente

    Natural Resources Library News

                                                          

 

 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Retorna ao início

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Retorna ao início

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Retorna ao início

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Retorna ao início

 

 

 

 

Desenvolvimento Sustentável

 

   Os conceitos que veremos a seguir influenciaram as reuniões internacionais ao longo da década de 1990. Eles foram criados para legitimar a ordem ambiental internacional, procurando garantir-lhe uma base científica.

   Um dos problemas da vida contemporânea é medir a capacidade que teremos de manter as condições da reprodução humana na Terra. Em outras palavras, trata-se de permitir às gerações vindouras condições de habitabilidade no futuro, considerando a herança de modelos tecnológicos devastadores e possíveis alternativas a eles. Os seres humanos que estão por vir precisam dispor de ar, solo para cultivar e água. Sem isso, as perspectivas são sombrias: baixa qualidade de vida, novos conflitos por água, entre outras.

   Durante a década de 1970, tomou corpo uma discussão que procurava aproximar algo até então muito distante: a produção econômica e a conservação ambiental. Esta aproximação ocorreu de maneira lenta, através de reuniões internacionais e relatórios preparatórios.

   A associação entre desenvolvimento e o ambiente é anterior à Conferência de Estocolmo. Os presságios de uma nova concepção são esboçados no encontro preparatório de Founex (Suíça), em 1971, onde iniciou-se uma reflexão a respeito das implicações de um modelo de desenvolvimento baseado exclusivamente no crescimento econômico, da problemática ambiental. Esta discussão ganhou destaque com o economista Ignacy Sachs, gerando o conceito de ecodesenvolvimento na década de 1970.

   Em 1973, na primeira reunião do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), realizada em Genebra, Maurice Strong, então Diretor - executivo do programa, empregou a expressão ecodesenvolvimento. Na ocasião, porém, ele não teve a preocupação em definir o conceito, que seria formulado, pela primeira vez, por SACHS, no ano seguinte. Para ele, o ecodesenvolvimento seria “um estilo de desenvolvimento particularmente adaptado às regiões rurais do Terceiro Mundo, fundado em sua capacidade natural para a fotossíntese" (Sachs, 1974).

    Esta primeira formulação, em que pese seu caráter genérico, merece ser comentada do ponto de vista da geografia. A capacidade natural para a fotossíntese dos países subdesenvolvidos era uma alusão à sua paisagem natural, destacando imagens, em especial a europeus, de um "mundo verde". Algo similar ao que é difundido sobre a Amazônia brasileira em nossos dias.

   O segundo comentário é a indicação de sua aplicação no meio rural dos países do Terceiro Mundo. O que o levaria a tecer esta consideração? Seria uma sugestão que, se seguida, condenaria os países ao subdesenvolvimento? Ou a reafirmação da clássica divisão do trabalho entre o campo e a cidade, donde pode-se imaginar que a cidade é insustentável?

   Em nosso ponto de vista, Sachs está refletindo, conscientemente ou não, um conceito geográfico. Trata-se da formulação de gênero de vida. Esta passagem de Vidal de La Blache ilustra a matriz de Sachs:

 

(...) Sob a influência da luz e de energias cujo mecanismo nos escapa, as plantas absorvem e

decompõem os corpos químicos; as bactérias fixam, em certos vegetais, o azoto da atmosfera. A

vida, transformada na passagem de organismo em organismo, circula através de uma multidão de

seres: uns elaboram a substância de que se alimentam os outros; alguns transportam germes de

doenças que podem destruir outras espécies. Não é exclusivamente graças ao auxílio dos agentes

inorgânicos que se verifica a ação transformadora do homem; este não se contenta em tirar

proveito, com o arado, dos materiais em decomposição do subsolo, em utilizar as quedas de água,

devidas à força da gravidade em função das desigualdades do relevo. Ele colabora com todas estas

energias agrupadas e associadas segundo as condições do meio. O homem entra no jogo da

natureza (Vidal de la Blache, 1921).

 

   A idéia de sustentabilidade é justamente a de fazer a espécie humana "entrar no jogo da natureza". Em outras palavras, Sachs vislumbra o ambiente rural como o lugar possível para desenvolver-se um modo de vida capaz de manter e reproduzir as condições da existência humana sem comprometer a base natural necessária à produção das coisas. As comunidades alternativas e os ecologistas radicais também. Esses últimos chegaram até a condenar as cidades.

   Se tomarmos a divisão do trabalho como um aspecto a ponderar na direção da sustentabilidade veremos que Marx continua, neste aspecto, com a razão. Trata-se da primeira e principal divisão estabelecida pela espécie humana, com a agravante de que a cidade depende do campo e ainda seria insustentável. Como resposta a esta formulação surgem inúmeros programas na década de 1990, dentre os quais se destaca o de cidades sustentáveis, que em alguns países, dentre eles o Brasil, vem reunindo lideranças de vários segmentos para discutir alternativas para tornar a cidade sustentável. Ora, como sustentar um meio que, em si, tomando emprestada uma expressão de Marx, depende de energia e matéria-prima gerada fora dela para funcionar, se os habitantes da cidade não produzem alimento, em que pese o caráter cada vez mais urbanizado do campo e a sujeição do pequeno produtor ao capital (Oliveira, 1981). Outra derivação do termo cidades sustentáveis surgiu no campo da saúde. Nesse caso, a expressão que define os programas é "cidade saudável", reconhecendo, embora não explicitamente, que os urbanistas higienistas, muito em voga no início do século XX, tinham razão. Não é agradável viver em um lugar com trânsito intenso, odores ruins, barulho excessivo, respirando um ar combinado com vários elementos químicos, muitos deles causadores de doenças graves em seres humanos, como vimos.

Mas voltemos ao histórico da formulação do conceito de desenvolvimento sustentável. A formulação teve continuidade com a Declaração de Coyococ (México), organizada pelo PNUMA e a Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento, em 1974. Nesse documento, lê-se que o ecodesenvolvimento seria uma “relação harmoniosa entre a sociedade e seu meio ambiente natural conectado à autodependência local” (Leff, 1994).

   A consolidação do conceito de desenvolvimento sustentável na comunidade internacional virá anos mais tarde, a partir do trabalho da Comissão Mundial para o Meio Ambiente e Desenvolvimento (CMMAD), criada em 1983 através de uma deliberação da Assembléia Geral da ONU. Ficou definida a presença de 23 países - membros da Comissão, que promoveu entre 1985 e 1987:

 

(...) mais de 75 estudos e relatórios, realizando também conferências ou audiências públicas em

dez países e acumulando assim as visões de uma seleção impressionante de indivíduos e

organizações (McCormick, 1992).

 

   Esta Comissão foi presidida por Gro Harlem Brundtland, que fora primeira-ministra da Noruega e pretendia dar um tom mais progressista aos trabalhos do grupo que coordenava. O documento mais importante produzido sob seu comando foi o relatório Nosso Futuro Comum. Nesse relatório está a definição mais empregada de desenvolvimento sustentável, que reproduzimos a seguir:

 

(...) aquele que atende às necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de as

gerações futuras atenderem as suas próprias necessidades (CMMAD, 1988).

 

   Esse conceito tornou-se referência para inúmeros trabalhos e interesses os mais diversos. Se de um lado existe os que acreditam que o planeta em que vivemos é um sistema único que sofre conseqüências a cada alteração de um de seus componentes, de outro, está os que acreditam que o modelo hegemônico pode ser ajustado à sustentabilidade. Esse é o debate: manter as condições que permitam a reprodução da vida humana no planeta, ou manter o sistema, buscando a sua sustentabilidade. O primeiro grupo tem em James Lovelock (1989) o seu representante maior, que pensa a Terra como um sistema holístico. Já o segundo grupo, possui representantes espalhados por todo o planeta.

   São aqueles que buscam tecnologias alternativas e não impactantes sem questionar o padrão de produção vigente.

   Apesar da adoção do conceito de desenvolvimento sustentável em atividades de planejamento, inclusive do turismo ecológico, ele não é entendido de maneira consensual. Destacamos as idéias de Herculano, que afirma que o desenvolvimento sustentável tem dois significados:

 

(...) é uma expressão que vem sendo usada como epígrafe da boa sociedade, senha e resumo da

boa sociedade humana. Neste sentido, a expressão ganha foros de um substituto pragmático, seja

da utopia socialista tornada ausente, seja da proposta de introdução de valores éticos na

racionalidade capitalista meramente instrumental. (...) Na sua segunda acepção, desenvolvimento

sustentável é (...) um conjunto de mecanismos de ajustamento que resgata a funcionalidade da

sociedade capitalista (...). Neste segundo sentido, é (...) um desenvolvimento suportável,

medianamente bom, medianamente ruim, que dá para levar, que não resgata o ser humano da sua

alienação diante de um sistema de produção formidável (Herculano, 1992:30).

 

   Outro autor que trabalha o assunto é Gonçalves, que afirma que o desenvolvimento sustentável

 

(...) tenta recuperar o Desenvolvimento como categoria capaz de integrar os desiguais em torno de

um futuro comum. Isto demonstra que pode haver mais continuidade do que ruptura de

paradigmas no processo em curso (Gonçalves, 1996).

 

Ribeiro et al. sugerem distinguir,

 

(...) o conceito de Desenvolvimento Sustentável de sua função alienante e justificadora de

desigualdades de outra que se ampara em premissas para a reprodução da vida bastante distintas.

Desenvolvimento Sustentável poderia ser, então, o resultado de uma mudança no modo da espécie

humana se relacionar com o ambiente, no qual a ética não seria apenas entendida numa lógica

instrumental, como desponta no pensamento eco-capitalista, mas sim, embasada em preceitos que

ponderassem as temporalidades alteras à própria espécie humana, e, porque não, também as

internas à nossa própria espécie (Ribeiro et al., 1996).

 

   Herculano (1992) faz par com Gonçalves (1996) quando não vislumbra nenhuma ruptura a partir da almejada sustentabilidade. Entretanto, não deixa de reconhecer que ela pode, ao menos, viabilizar uma reforma do capitalismo.

   Por sua vez, Gonçalves (1996) lembra que pode estar sendo gerado um novo discurso totalizante a partir do desenvolvimento sustentável. Um discurso que se instalaria na ausência de alternativas transformadoras das desigualdades sociais, a partir das relações sociais.

   Ribeiro et al. (1996), ponderam que o desenvolvimento sustentável poderia vir a ser uma referência, desde que servisse para construir novas formas de relação entre os seres humanos e desses com o ambiente. Apontam que o grande paradoxo do desenvolvimento sustentável é manter a sustentabilidade, uma noção das ciências da natureza, com o permanente avanço na produção exigida pelo desenvolvimento, cuja matriz está na sociedade.

   Tendo como princípio conciliar crescimento e conservação ambiental, o conceito de desenvolvimento sustentável, por sua vaguidade, passou a servir a interesses diversos. De nova ética do comportamento humano, passando pela proposição de uma revolução ambiental até ser considerado um mecanismo de ajuste da sociedade capitalista (capitalismo soft), o desenvolvimento sustentável tornou-se um discurso poderoso, promovido por organizações internacionais, empresários e políticos, repercutindo na sociedade civil internacional e na ordem ambiental internacional.

 

Retorna ao início

 

 

O conceito apresentado pela Comissão Mundial

 

   A primeira formulação objetiva e sistematizada do termo desenvolvimento sustentável como um conceito foi publicada no relatório da Comissão Mundial para o Meio Ambiente e Desenvolvimento (CMMAD, 1988):

   O desenvolvimento sustentável é aquele que satisfaz necessidades do presente sem comprometer a possibilidade das gerações futuras satisfazerem as próprias necessidades. Ele contém dois conceitos chave;

a) O conceito de “necessidades”, sobretudo as necessidades essenciais dos pobres do mundo, que devem receber máxima prioridade;

b) A noção das limitações que o estágio da tecnologia e da organização social impõe ao meio ambiente, impedindo-o de atender às necessidades presentes e futuras.

É bastante ampla e sistêmica a formulação conceitual feita por essa Comissão, com elementos e critérios de natureza social, considerados fundamentais (CMMAD, 1988):

 

     (...) Para que haja um desenvolvimento sustentável, é preciso que todos tenham atendidas suas  

        necessidades básicas e lhes sejam proporcionadas oportunidades de concretizar suas aspirações a

        uma vida melhor.

 

       (...) Por isso o desenvolvimento sustentável exige que as sociedades atendam às necessidades

        humanas, tanto aumentando o potencial de produção quanto assegurando a todos as mesmas

        oportunidades.

 

       (...) o desenvolvimento sustentável só pode ser buscado se a evolução demográfica se harmonizar

        com o potencial produtivo cambiante dos ecossistemas.

 

   Quanto à relação entre tecnologia e recursos naturais, essa Comissão apresenta:

 

       (...) o conhecimento acumulado e o desenvolvimento tecnológico podem aumentar a capacidade de

        produção da base de recursos. Mas há limites extremos, e para haver sustentabilidade é preciso

        que, bem antes de esses limites serem atingidos, o mundo garanta acesso eqüitativo ao recurso

        ameaçado e re-oriente os esforços tecnológicos no sentido de avaliar a pressão.

 

   Esta declaração sugere a idéia de que a sustentabilidade do desenvolvimento somente seria alcançada dadas duas condições. Por um lado, uma reformulação no acesso internacional às bases mundiais de recursos naturais, propondo específica e tão somente, o uso eqüitativo daqueles ameaçados de exaustão, evidentemente por taxas insustentáveis de depleção. Completando, estabelece a necessidade da mudança nos múltiplos processos sócio-político-econômicos que resultam em uma dada inovação tecnológica, em um dado contexto ético e ideológico.

   Em ambas condições fica implícita a negociação da mudança e, neste sentido, a Comissão apresenta ainda os limites ecológicos e os objetivos específicos, procurando fornecer alguns condicionantes aos processos de reorganização econômica e de inovação tecnológica:

 

       (...) no mínimo o desenvolvimento sustentável não deve por em risco os sistemas naturais que

        sustentam a vida na terra: a atmosfera, as águas, os solos e os seres vivos (...) a maioria dos

        recursos renováveis é parte de um ecossistema complexo e interligado e, uma vez levados em conta

        os efeitos da exploração sobre todo o sistema, é preciso definir a produtividade máxima sustentável.

 

       (...) O desenvolvimento sustentável exige que o índice de destruição dos recursos não-renováveis

        mantenha o máximo de opções futuras possíveis. (...) O desenvolvimento sustentável requer a

        conservação das espécies vegetais e animais (...) é preciso minimizar os impactos adversos sobre a

        qualidade do ar, da água e de outros elementos naturais, a fim de manter a integridade global do

        ecossistema.

 

   O contexto no qual a Comissão propõe a inserção de desenvolvimento sustentável como estratégia de desenvolvimento também é apresentado, fornecendo assim, as fronteiras mínimas necessárias para o reconhecimento de suas relações estratégicas com outros conceitos, contextos e dimensões. Assim, essa Comissão estabelece outros requisitos fundamentais, a partir de uma visão sistêmica:

   No contexto específico das crises do desenvolvimento e do meio ambiente surgidas nos anos 80 – que as atuais instituições políticas não conseguiram e talvez não consigam superar – a busca do desenvolvimento sustentável requer:

 

a) Um sistema político que assegure a efetiva participação dos cidadãos no processo decisório;

b) Um sistema econômico capaz de gerar excedentes e know-how técnico em bases confiáveis e constantes;

c) Um sistema social que possa resolver as tensões causadas por um desenvolvimento não equilibrado;

d) Um sistema de produção que respeite a obrigação de preservar a base ecológica do desenvolvimento;

e) Um sistema tecnológico que busque constantemente novas soluções;

f) Um sistema administrativo flexível e capaz de autocorrigir-se.

 

   Estes requisitos têm antes um caráter de objetivos que devem inspirar a ação nacional e internacional para o desenvolvimento.

   A relevância deste conceito pode ser observada por dois aspectos. Em primeiro lugar, sua inserção em um contexto de grave crise mundial com uma proposta que, através de uma ampla participação, permita à humanidade garantir a sobrevivência das gerações futuras. Por outro lado, trata-se de uma proposta genericamente formulada, apesar de apresentar alguns critérios e requisitos fundamentais que apontam a existência de um sistema conceptual amplo e complexo.

 

 

(Texto de Wagner Costa Ribeiro)

 

Retorna ao início

 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Retorna ao início

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Retorna ao início

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Retorna ao início

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Retorna ao início

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Retorna ao início

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Consumo Sustentável

 

 

Abaixo, seguem algumas dicas de como participar ativamente da filosofia dos 3R: Reduzir, Reutilizar e Reciclar. Essa dicas foram criadas pela REDE AMBIENTAL - RJ, e estão aqui sendo re-apresentadas para difundir ainda mais estas idéias. 

No Banheiro

  • O chuveiro elétrico é um dos aparelhos que mais consome energia, o ideal é evitar seu uso em horários de maior consumo (de pico): entre 18h e 19h30min e, no horário de verão, entre 19h e 20h30min;

  • Quando o tempo não estiver frio, deixe a chave de temperatura do chuveiro na posição menos quente (morno);

  • Tente limitar seus banhos em aproximadamente 5 minutos e, se possível, feche a torneira enquanto se ensaboa;

  • Jamais escove os dentes ou faça a barba com a torneira aberta;

  • Caso seja viável, instale redutores de vazão em torneiras e chuveiros;

  • Quando construir ou reformar, dê preferência às caixas de descarga no lugar das válvulas;

  • Instale torneiras com aerador ("peneirinhas" ou "telinhas" na saída da água). Ele dá a sensação de maior vazão, mas, na verdade, faz exatamente o contrário.

Vazamentos

  • Os vazamentos podem ser evidentes, como uma torneira pingando, ou escondidos, no caso de canos furados ou de vaso sanitário. Para este último, xeque o vazamento jogando cinzas no fundo da privada e observe por alguns minutos. Se houver movimentação da cinza ou se ela sumir, há vazamento.

  • Outra forma de detectá-los é através do hidrômetro (ou relógio de água) da casa: feche todas as torneiras e desligue os aparelhos que usam água na casa (só não feche os registros na parede, que alimentam as saídas de água). Anote o número indicado no hidrômetro e confira depois de algumas horas para ver se houve alteração ou observe o círculo existente no meio do medidor (meia-lua, gravatinha, circunferência dentada) para ver se continua girando. Caso haja alteração nos números ou movimento do medidor, há vazamento.

Na Cozinha

  • Use também o redutor de vazão e torneiras com aeradores;

  • Ao lavar a louça, use uma bacia ou a própria cuba da pia para deixar os pratos e talheres de molho por alguns minutos antes da lavagem, pois isso ajuda a soltar a sujeira. Depois, use água corrente somente para enxaguar;

  • Se usar a máquina de lavar louça, ligue-a somente quando estiver com toda sua capacidade preenchida;

  • Para lavar verduras use também uma bacia para deixá-las de molho (pode ser inclusive com algumas gotas de vinagre ou com solução de hipoclorito), passando-as depois por um pouco de água corrente para terminar de limpá-las;

  • Procure consumir alimentos livres de agrotóxicos.Os agrotóxicos podem causar danos ao meio ambiente, à sua saúde e à saúde do trabalhador rural. Dê preferência a produtos orgânicos.

Na Lavanderia (ou Área de Serviço)

  • Deixar as roupas de molho por algum tempo antes de lavar também ajuda aqui;

  • Ao esfregar a roupa com sabão use um balde com água, que pode ser a mesma do molho, e mantenha a torneira do tanque fechada: água corrente somente no enxágüe!

  • Use o resto da água com sabão para lavar o seu quintal;

  • Se tiver máquina de lavar, use-a sempre com a carga máxima e tome cuidado com o excesso de sabão para evitar um número maior de enxágües;

  • Caso opte por comprar uma lavadora, prefira as de abertura frontal que gastam menos água que as de abertura superior.

  • Evite utilizar o ferro elétrico quando vários aparelhos estiverem ligados na casa, para evitar que a rede elétrica fique sobrecarregada;

  • Habitue-se a juntar a maior quantidade possível de roupas para passá-las de uma só vez;

  • Se o ferro for automático, regule sua temperatura. Passe primeiro as roupas delicadas, que precisam de menos calor. No final, depois de desligá-lo, você ainda pode aproveitar o calor para passar algumas roupas leves.

No Quintal, Jardim e Vasos

  • Cultive plantas que necessitam de pouca água (bromélias, cactos, pinheiros, violetas) ;

  • Não regue as plantas em excesso, e nem nas horas quentes do dia ou em momentos com muito vento. Muita água será evaporada ou levada antes de atingir as raízes;

  • Molhe a base das plantas, não as folhas;

  • Utilize cobertura morta (folhas, palha) sobre a terra de canteiros e jardins. Ela diminui a perda de água;

  • Aproveite sempre que possível a água da chuva. Você pode armazená-la em recipientes colocados na saída das calhas e depois usá-la para regar as plantas. Só não se esqueça de tampar esses recipientes para que não se tornem focos de mosquito da dengue!

  • Para lavar o carro, use balde em vez de mangueira;

  • Ao limpar a calçada, use a vassoura, E NÃO ÁGUA para varrer a sujeira! Depois, se quiser, jogue um pouco de água no chão, somente para "baixar a poeira". Para isso você pode usar aquela água que sobrou do tanque.

Geladeira/Freezer

  • Na hora de comprar, leve em conta a eficiência energética certificada pelo selo Procel - Programa de Combate ao Desperdício de Energia Elétrica;

  • Coloque o aparelho em local bem ventilado;

  • Evite a proximidade com o fogão, aquecedores ou áreas expostas ao sol;

  • No caso de instalação entre armários e paredes, deixe um espaço mínimo de 15 cm. dos lados, acima e no fundo do aparelho.

Ao utilizar:

  • Evite abrir a porta da geladeira em demasia ou por tempo prolongado;

  • Deixe espaço entre os alimentos e guarde-os de forma que você possa encontrá-los rápida e facilmente;

  • Não guarde alimentos ou líquidos quentes;

  • Não forre as prateleiras com vidros ou plásticos porque dificulta a circulação interna de ar;

  • Faça o descongelamento do freezer periodicamente, conforme as instruções do manual, para evitar que se forme camada com mais de meio centímetro de espessura;

  • No inverno, a temperatura interna do refrigerador não precisa ser tão baixa como no verão. Regule o termostato;

  • Conserve limpas as serpentinas (as grades) que se encontram na parte de trás do aparelho, e não as utilize para secar panos, roupas, etc.

  • Quando você se ausentar de casa por tempo prolongado, o ideal é esvaziar freezer e geladeira e desligá-los.

Lâmpadas

  • Na hora de comprar, dê preferência a lâmpadas fluorescentes, compactas ou circulares, para a cozinha, área de serviço, garagem e qualquer outro lugar da casa que fique com as luzes acesas por mais de quatro horas por dia. Além de consumir menos energia, essas lâmpadas duram mais que as outras;

  • Evite acender lâmpadas durante o dia. Aproveite melhor a luz do sol, abrindo bem as janelas, cortinas e persianas. Apague as lâmpadas dos ambientes que estiverem desocupados;

  • Para quem vai pintar a casa, é bom lembrar que tetos e paredes de cores claras refletem melhor a luz, reduzindo a necessidade de luz artificial.

Televisão

  • Quando ninguém estiver assistindo, desligue o aparelho;

  • Não durma com a televisão ligada. Mas se você se acostumou com isso, uma opção é recorrer ao timer (temporizador) para que o aparelho desligue-se sozinho.

Ar condicionado

  • Na hora da compra, escolha um modelo adequado ao tamanho do ambiente em que será utilizado. Prefira os aparelhos com controle automático de temperatura e dê preferência às marcas de maior eficiência, segundo o selo Procel;

  • Ao instalá-lo, procure proteger sua parte externa da incidência do sol (mas sem bloquear as grades de ventilação);

  • Quando o aparelho estiver funcionando, mantenha janelas e portas fechadas;

  • Desligue-o quando o ambiente estiver desocupado;

  • Evite o frio excessivo, regulando o termostato;

  • Mantenha limpos os filtros do aparelho, para não prejudicar a circulação do ar.

Aquecedor (boiler)

 

Na hora da compra:

  • escolha um modelo com capacidade adequada às suas necessidades e leve em conta a possibilidade de uso da energia solar;

  • dê preferência a aparelhos com bom isolamento do tanque e com dispositivo de controle de temperatura;

Ao instalar:

  • coloque o aquecedor o mais próximo possível dos pontos de consumo;

  • isole com cuidado as canalizações de água quente;

  • nunca ligue o aquecedor à rede elétrica sem ter certeza de que ele está cheio de água;

Ao utilizar:

  • ajuste o termostato de acordo com a temperatura ambiente

  • ligue o aquecedor apenas durante o tempo necessário; se possível, coloque um "timer" para que essa função se torne automática;

  • n ao ensaboar-se, feche as torneiras.

Seu Lixo

  • Não jogue lixo nenhum na rua.Cerca de 40% do lixo recolhido no Rio de Janeiro é proveniente da coleta em ruas, avenidas, praças, margens de rios. Essa coleta é mais cara e, além de enfeiar os lugares, traz sérios problemas às cidades nas épocas de chuva, entupindo bueiros e estrangulando corredores de água;

     

  • Aproveite integralmente os alimentos. Muitas vezes, talos, folhas , sementes e cascas têm grande valor nutritivo e possibilitam uma boa variação no seu cardápio;

     

  • Doe livros, roupas, brinquedos e outros bens usados que para você não têm mais serventia, mas que podem ser úteis para outras pessoas;

     

  • Utilize os dois lados da folha de papel para escrever ou imprimir e, para rascunhar, reduza os espaçamentos, os tamanhos de letras e margens, aproveitando melhor a área do papel. Para cada tonelada de papel que se recicla, 40 árvores deixam de ser derrubadas;

     

  • Leve sacola própria para fazer suas compras, evitando pegar as sacolas plásticas fornecidas nos supermercados. Se trouxer as sacolas, reutilize-as como sacos de lixo. Para o transporte, caso sejam compras grandes, utilize caixas plásticas ou de papelão (reutilize aquelas de próprio supermercado);

     

  • Procure comprar produtos reciclados - cadernos, blocos de anotação, envelopes, utilidades de alumínio, ferro, plástico ou vidro;

     

  • Escolha produtos que utilizem pouca embalagem ou que tenham embalagens reutilizáveis ou recicláveis - potes de sorvete, vidros de maionese, etc;

     

  • Não jogue lâmpadas, pilhas, baterias de celular, restos de tinta ou produtos químicos no lixo - as empresas que os produzem estão sendo obrigadas por Lei a recolher muitos destes produtos;

     

  • Leve remédios, os que não usa e os vencidos, a um posto de saúde próximo. Eles saberão dar-lhes destino adequado;

     

  • Separe o lixo e encaminhe os produtos para reciclagem - tente organizar em seu edifício, rua, vila, condomínio um sistema de coleta seletiva. Cada morador separa em sua residência;

     

  • Materiais como vidro, plástico, latas de alumínio, papel, papelão e material orgânico, colocando-os em locais próprios para cada um. Informe-se nas companhias municipais de limpeza sobre a existência de cooperativas de catadores próximas à sua residência, que poderão fazer a coleta. Algumas empresas que fazem reciclagem podem, dependendo da quantidade, recolher diretamente o material separado;

     

Fonte: Texto retirado da página da REDEAMBIENTAL - RJ

www.redeambientalrj.kit.net

 

Retorna ao início


Mauro Vranjac - Oceanólogo

Mestre em Oceanografia Física, Química e Geológica

mauropv@yahoo.com