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PROJECTO DE CENTRO DE SAÚDE EM SÍTIOS RURAIS
COM PARTICIPAÇÃO POPULAR

APRESENTAÇÃO DE PROJECTO E PLANO DE DESENVOLVIMENTO

PRINCÍPIOS DO PROJECTO

A REALIDADE NO TERRENO


As comunidades rurais, deslocadas dos grandes centros urbanos e das estruturas modernas de desenvolvimento, encontram-se carenciadas das infra-estruturas básicas promotoras do desenvolvimento: emprego, meios de comunicação, assistência médica e educativa que, aliada à falta de infra-estruturas e à elevada taxa de natalidade, resulta no ceifar de muitas vidas, sobretudo entre as crianças e os jovens - o futuro de um país.

Este projecto foi elaborado num enquadramento específico: Em inícios dos anos 90 e a pedido Ministério da Saúde do Governo de Angola, com o apoio do Banco Mundial, fez-se um levantamento exaustivo das condições de habitabilidade e os modos de construção na província do Kuanza-Sul em Angola, tendo determinado uma linha orientadora cujo eixo charneira era a necessidade imediata de reorientar o trabalho em campo das ONGs cuja dispersão de recursos resultava na inépcia da eficácia almejada.

AS CARÊNCIAS A SUPRIR

São várias as carências de natureza diferente que afligem as populações rurais, e que este Projecto de Centro de Saúde, com a participação das mesmas, pretende ajudar a vencer:

  • SAÚDE E CUIDADOS PRIMÁRIOS

  • gravidez e parto
  • cuidados neonatais
  • supervisão obstétrica e pediátrica
  • vacinação
  • clínica geral

  • HABITAÇÃO

  • passagem de precária a definitiva
  • dimensão, em função do agregado familiar
  • iluminação natural dos habitáculos

  • SANEAMENTO

  • abastecimento de água
  • depósito e recolha de lixo
  • eliminação de dejectos e águas sujas

    A HABITAÇÃO LOCAL

    A habitação apresenta-se comumente como cabana ou cubata, nascida da terra. A sua estrutura consiste num cilindro ou paralelipipado cujas paredes são de barro e capim (taipal) ou de bloco de barro (adobe), burro, de 40x20x20 cm. O telhado é de colmo ou de folhas secas de palmeira ou ainda de capim, com uma estrutura orgânica de troncos finos de madeira, proveniente de arbustos ou árvores locais, sendo contudo também empregue hoje em dia a luzalite ou a chapa de zinco.
    Este tipo de construção não aparenta ter as condições necessárias para servir de berço aos cuidados de saúde. Mas pode-se chegar a uma construção baseada na tradicional que a população local compreenda e domine e adicionar um certo nível de complexidade que pode ser facilmente assimilado, de modo a erguer a mesma a níveis requeridos para este tipo de serviço público - garantindo assim um desenvolvimento gradual de tais métodos num futuro próximo.

    CARACTERÍSTICAS GERAIS DA OBRA

  • MATERIAIS
  • blocos de barro manufacturados
  • ladrilhos cerâmicos
  • terra batida na envolvente
  • cimento
  • luzalite
  • madeiras
  • PORMENORES
  • pavimento em cimento e ladrilho cerâmico artesanal
  • paredes de alvenaria de barro fabricado localmente, revestidas com ladrilho cerâmico artesanal até 120 cm de altura
  • vãos de janela e porta em armações de madeira
  • portas standard de madeira
  • janelas standard equipadas com persianas de madeira e respectivos vãos forrados em rede mosquiteira, removíveis
  • estrutura em madeira de apoio à cobertura
  • coberturas de luzalite

    A OBRA COMO FORMAÇÃO

    As acções de formação ligadas ao Projecto, entendidas no seu sentido mais lato como escola da vida e não como ensino, proporcionam à população local a oportunidade de melhorar as suas técnicas construtivas Africanas, garantindo assim a salubridade e longevidade do Centro de Saúde e uma certa profissionalização dos intervenientes, como pedreiros, carpinteiros ou ceramistas. Sendo algo que beneficia toda a comunidade, os participantes populares poder‹o subsequentemente vir a proporcionar à restante população a melhoria das suas próprias habitações.

    A CHARNEIRA DO DESENVOLVIMENTO

    Tendo em vista essa realidade das populações rurais, seu quotidiano e os programas de Assistência Médica à População Rural do Ministério da Saúde do Governo de Angola, este Projecto apresenta uma possível união feliz entre o povo e a tecnologia, onde a população participa na estruturação de algo que lhe pertence e com que se identifica desde o primeiro momento: Ao invés do espectador passivo que em termos finais usufrui sem que tenha assimilado, a tecnologia adequada ser-lhe-á transmitida através de pequenos manuais e de cursos de formação prática possibilitando assim, e sob a égide do Governo e da Delegação Provincial de Saúde, fomentar o auto-didatismo e a auto-suficiência.

    O PLANO DE DESENVOLVIMENTO

    Cada Centro de Saúde pode tornar-se num polo regenerador do espaço social das pequenas e médias comunidades espalhadas pela Província. Para isso, é necessário pensar-se num Plano de Desenvolvimento que facilite a implementação do programa de assistência de cada Delegação Provincial da Saúde à população, através de um esforço coordenado pelo Ministério da Saúde Angolano e apoiado neste projecto.

    O Projecto não pretende ser uma acção individualizada: Ao longo dos anos tem-se verificado que a intervenção das ONGs carece de um diálogo e colaboração entre elas, que permita uma concretização com benefícios para a população local, não apenas no imediato mas também muito depois das ONGs terem partido.

    Neste sentido, o Centro de Saúde apresentado nesta Proposta tem em si as qualidades necessárias para este tipo de desenrolar que traduzem-se nos factores seguintes:

    1 - Factor de Multiplicação
    - Fase 1 -
    Modelo de Centro reproduzível a baixo custo em todo o território

  • Multiplicação de Centros de Saúde Locais

    CENTRO DE SAÚDE LOCAL

    DESCRIÇÃO
    Raio de Acção: até 30 km
    População: até 10.000 pessoas
    Definição: Assistência local imediata à população e ao parto e recém-nascido

    2 - Factor de Expansão
    - Fase 2 -
    Modelo de Centro reproduzível a baixo custo com capacidade de crescimento proporcional

  • Expansão de um Centro de Saúde Local para Centro de Saúde Regional, e estabelecimento de um Núcleo Regional

    CENTRO DE SAÚDE REGIONAL

    DESCRIÇÃO
    Raio de Acção: até 50 km
    População: de 10.000 a 30.000 pessoas
    Definição: Assistência local imediata, ao parto e ao recém-nascido, internamento de casos diversos, pequenas operações, com a incorporação de um anfiteatro ao ar livre para palestras informativas, ladeado por 2 instalações novas (a do enfermeiro com capacidade para um enfermeiro residente e um médico e uma sala de reciclagem onde a formação ou reciclagem dos técnicos possa ser feita).

    3 - Factor de Consolidação
    - Fase 3 -
    Consolidação dos Núcleos Regionais com a Criação ou a Reabilitação de Hospitais Municipais

  • Com o desenvolvimento local e regional nascem condições geradoras de capital suficiente para a participação directa dos governos regionais e nacionais na recuperação ou criação de raiz de unidades hospitalares modernas.

    HOSPITAL MUNICIPAL

    DESCRIÇÃO
    Raio de Acção: acima de 100 km
    População: acima de 30.000 pessoas
    Definição: Funções a definir à luz dos requisitos regionais e nacionais

    ENCARGOS GERAIS DA OBRA

    CADERNO DE ENCARGOS & CONDIÇÕES TÉCNICAS ESPECIAIS
  • ABERTURA DE FUNDAÇÕES E ROÇOS
  • PAVIMENTO
  • COBERTURA
  • ALVENARIA DE ADOBE
  • CARPINTARIAS E SERRALHARIAS
  • INSTALAÇÃO SANITÁRIA
  • INSTALAÇÃO ELÉCTRICA
  • IMPERMEABILIZAÇÃO
  • VENTILAÇÃO

    CONCLUSÃO

    Apresentamos um modelo de Centro de Saúde que pode servir como resposta para as necessidades sanitárias mais básicas e urgentes das populações rurais como uma entidade única e isolada.
    Contudo, este Projecto encontra a sua verdadeira vocação quando aplicado metodicamente e por toda a Província, podendo assim criar mais um incentivo necessário para o fortalecimento do autodesenvolvimento das populações no sentido de uma Economia revitalizada.

    DOSSIER FINANCEIRO

    ESTRUTURA GERAL DOS CUSTOS & PRAZO DE EXECUÇÃO DO PROJECTO
    O custo global do projecto e cronograma de execução da obra será sempre elaborado à luz do necessário estudo prévio do país, zona de implementação, e com o respectivo levantamento das necessidades de enquadramento e execução do projecto.
    No prazo previsto no cronograma inicial para Angola, de construção de cada centro abarca-se também o tempo julgado necessário para a formação profissionalizante de pessoal - qualificado e semi-qualificado - nas diversas áreas operacionais.

    Para mais informações:
    Daniel Foster da Silva

    Backlinked 2: danielfosterdasilva.com