As Revelações Através dos Padres Exorcistas

As Revelações Através dos Padres Exorcistas

A REALIDADE DO MALIGNO
(Nota à edição portuguesa)

Este livro que agora se publica, doze anos depois dos acontecimentos, é um grito de alarme aos suficientes que tudo explicam por causas naturais. Revela uma realidade hedionda, um mundo em permanente trabalho de destruição, que quer aprisionar as almas nas trevas e conseguir a sua condenação. Esses agentes do reino negro em expansão, falam do que estão a fazer, do que fizeram e do que planejam.

Tudo se passa no tempo do Papa Paulo VI, um homem de dores, e muito do que se diz refere-se àquela circunstância. No entanto, por cima disso, desfila um horizonte de destruição e negrura, uma aposta de demolição e uma raiva sem fim contra a humanidade e o Criador. O livro não perdeu a atualidade: antes a ganhou, dada o sentimento do mundo que proclama abertamente a morte de Deus e do diabo. Na realidade, nem o Criador se apagou, nem a má criatura desapareceu: antes trabalha para a perdição da Igreja e dos homens, com uma inteligência e eficácia inquietantes.

Os documentos no princípio e no fim desta obra, servem para mostrar que não se trata de uma história fabricada por alucinados na Suíça. É uma história real, verificável, inquietantes, misteriosa, que nos lembra as terríveis palavras de Nossa Senhora de Fátima: "Vão muitas almas para o inferno porque não tem quem reze por elas". Esse sítio existe e desse poço infernal espalha-se um mal que invade as mentes, as instituições e a terra. Leiamos com atenção e, como diz São Paulo referindo-se aos carismas, retenhamos o que é útil, o que é bom, o que é salvífico e nos pode ajudar na nossa vida de todos os dias.

Não nos fixemos nos pormenores, nas pequenas coisas; consideremos antes as grandes linhas e o sofrimento desta alma. Sofrimento real, terrível, medonho. Pensemos no nosso próprio sofrimento, tantas vezes exagerado para inglês ver. E se tivéssemos uma coisa assim?

Elevemos o nosso espíritoa Deus, numa oração profunda e verdadeira, peçamos por todos, invoquemos o Espírito Santo e... assim, com esta disposição, de entendimento aberto, comecemos a leitura.

1

PREFÁCIO

A MINHA EXPERIÊNCIA
(Testemunho do editor Bonaventur Meyer)

A par do grande número de casos de possessão, que chegaram até nós pela Sagrada Escritura, são muitos os textos literários que através dos séculos dão testemunho de tais factos. O holandês W. C. Van Dam, na sua obra modelar Demônios e Possessos (Pahloch Editora, 1970) cita mais de duzentos livros diferentes, que dão testemunho desta realidade.
No ano de 1947 tomei conhecimento de um caso de possessão e pude verificar como da mesma pessoa se emitiam vozes estranhas e como a aspersão com água benta provocava uma imediata reacção de repulsa.
Em 1975 assisti a um exorcismo de sete pessoas possessas, numa Igreja em Itália. Presenciei as reacções dos pobres possessos durante o exorcismo. Além disso, vi o seu comportamento durante a recepção dos Sacramentos, a sua oposição e, finalmente, a sua capitulação perante o Santíssimo Sacramento. As pessoas assim atormentadas tinham vindo, por sua livre vontade, para serem exorcizadas por um Padre piedoso, "porque procuravam um alívio, que ninguém mais lhes poderia dar", como elas próprias me confiaram.
Uma das possessas, que fora dos exorcismos se comporta como qualquer outra pessoa, mostrou-me cicatrizes nos seus braços, e explicou-me que durante 25 anos consultara médicos e professores de Medicina, mas ninguém tinha conseguido aliviá-la, a não ser aquele Padre, homem Santo, que na Igreja recitara um exorcismo. Esse Padre, homem piedoso e de alma fervorosa, proibiu-me de revelar o seu nome, dado que o Episcopado, por causa do ataque da imprensa actualmente generalizado em quase todo o mundo, não autoriza o Grande Exorcismo com que se expulsam os demônios e, além disso, impõe ao exorcista o maior silêncio para que nada seja tornado público.
Apesar da Bíblia referir cerca de 70 vezes o inferno e mais vezes ainda o demônio, encontramos na Igreja actual Bispos competentes, professores de Teologia tolerantes, que negam a existência pessoal do demônio, e com ela, a existência do inferno e também a existência de todo o mundo Angélico.

SOBRE A POSSESSA

A propósito da possessa que este livro refere, chegou-se há pouco, mais uma vez, à conclusão de que no caso desta mulher e mãe se trata de uma alma reparadora, que desde os 14 anos é atormentada por pavorosos estados de angústias e períodos de insônia total. Foi tratada pelos métodos mais modernos da Medicina e da Psiquiatria durante as suas oito permanências em clínicas. Quando, depois do mais rigoroso tratamento, lhe deram alta, considerando-a como um caso inexplicável, um exorcista conhecido comprovou casualmente a possessão de um modo inequívoco. Após um exorcismo, que contou com a colaboração de vários Sacerdotes, realizado num lugar de Aparições da Virgem (Fontanelli Montichiari, em Itália), tanto os demônios (anjos caídos) como almas danadas (pessoas condenadas) foram obrigados, por ordem da Santíssima Virgem, a fazer importantes revelações dirigidas à Igreja actual.
Tendo convidado vários Bispos e representantes da Psiquiatria e Medicina para assistirem a um exorcismo, realizado em 26 de abril de 1978, dia da Festa de Nossa Senhora do Bom Conselho, estiveram em minha casa, para a realização do exorcismo, seis Sacerdotes e também o psiquiatra francês Dr. M. G. Mouret, director clínico do hospital psiquiátrico de Limoux (França) possuidor de grande experiência em tais fenômenos.
Depois do exorcismo de três horas, com muitas revelações saídas da boca da possessa antes e após o exorcismo, o Dr. Mouret deixou por escrito o seu testemunho, afirmando que no caso presente não se tratava nem de esquizofrenia, nem de histeria, mas sim do controle da pessoa por uma força exterior, que a Igreja Católica apelida possessão.
Esta mulher, possessa e mãe de quatro filhos, é continuamente atormentada até ao limite das suas forças. Apesar disso, procura cumprir o melhor possível os seus deveres familiares. O fardo monstruoso, os tormentos causados pelos demônios que lhe perturbam o sono nocturno, as continuas revelações feitas pelos espíritos, significam um martírio permanente. O seu único alívio vem daqueles Sacerdotes que, contrariando as tendências actuais, se compadecem do seu estado, lhe ministram os Sacramentos e recitam o Exorcismo.

* * *

Mas já em 25 de abril de 1977, por disposição da Divina Providencia, tinha visitado a possessa e assistido a um exorcismo, acompanhado pelo prelado Professor Dr. Georg Siegmund, de Fulda. Como docente, formara gerações de Sacerdotes e também como teólogo, filósofo e biólogo, publicara já um grande número de trabalhos científicos, de tal modo que o físico de renome mundial, o cristão evangélico Pascal Jordan, qualificou-o como um dos filósofos e teólogos mais importantes da actualidade.
Sem tomar posição relativamente ao conteúdo das revelações demoníacas, o Prof. Siegmund atesta no epílogo: "Relativamente à pessoa, estou convencido de que não se trata, nem de uma histérica, nem de uma psicopata ou de uma doente psíquica, o que, aliás, já foi também confirmado por médicos especialistas. Os seus fenômenos de possessão, como eu próprio pude observar, dão a impressão de se tratar de possessão autêntica. Ela e também a sua família sofrem, pois que a autoridade competente, impede uma verdadeira assistência espiritual, por receios, aliás, compreensíveis, numa época em que reina a negação do espiritual".
No seu testemunho, o Prof. Siegmund refere-se ao número sempre crescente de pessoas, mesmo nas escolas superiores de Teologia, que negam a existência de satanás e dos Anjos. A esta atitude segue-se a destronização do Altíssimo.

Bonaventur Meyer

2

A VIDA POSSESSA

Embora a senhora em causa, devido ao seu estado de saúde e à grande distância e isolamento da sua aldeia natal só tivesse freqüentado a escola primária, possui inteligência acima da média, compreensão rápida e boa memória. Da sua biografia, que ela própria escreveu à máquina, extraímos as seguintes passagens (por motivos compreensíveis omitimos nomes e lugares e, por questões de espaço, abreviamos as descrições).

" Os meus pais viviam numa pequena quinta. O lugar é muito isolado. Nasci na Suíça alemã, em 1937, no Domingo do Santo Escapulário, dia em que a admissão das crianças na Congregação do Escapulário era solenemente festejada. Fui batizada na terça-feira seguinte. Diz a minha mãe que eu, em bebê, chorava imenso e dormia excepcionalmente pouco. Pensavam, no entanto, que isso era devido a problemas intestinais, mas nunca foi possível fundamentar essas conjecturas dum modo satisfatório.

Na primavera de 1944, comecei a freqüentar a escola. Era uma criança tímida e muito calma. Aprendia com facilidade. A leitura, a escrita e as contas, não apresentavam qualquer dificuldade para mim.
O meu lugar preferido era à beira do ribeiro, na erva e junto das flores. Muitas vezes juntava-me com outras crianças e gostávamos de agitar as pernas dentro da água. As nossas conversas eram iguais às de qualquer criança desta idade. Também falávamos, às vezes, de assuntos de carácter religioso, do Céu, do inferno, do Purgatório.

Fiz a primeira Comunhão em 1946. Levei esse acto muito a sério e preparei-me o melhor que pude. Dum modo geral, posso dizer que o tempo escolar passou sem incidentes dignos de nota. Desde muito nova acompanhava os meus pais ao campo, onde procurava ser útil. Os meus irmãozitos exigiam muito tempo e trabalho.

Depois da minha primeira Comunhão passei a ir quase diariamente à Missa e à Sagrada Comunhão. Tinha, então, a sensação, quando lia o meu Missal negligentemente ou rezava menos, de que as graças eram menos abundantes. Aos treze anos, tive que agüentar ataques mais ou menos duros doutras crianças. Cochichavam que eu era uma "beata" e que queria ir para freira. Senti-me profundamente envergonhada mas, referindo-se ao facto, a minha avó disse-me: "Ora, não dês ouvidos às outras crianças. Elas não sabem o que dizem. O que importa, é que Deus esteja contente contigo."

Gostava muito de ir à Igreja e, quando na Missa solene, o coro entoava cânticos, os altares estavam ornados de flores e o cheiro do incenso se espalhava, tinha a impressão de que todos os que se encontravam estavam muito próximo do Céu.

ACEITAR A VONTADE DE DEUS

"Era o começo da insônia total e, o mais simples era aceitar a vontade de Deus. Mais tarde, compreendi que me envolvia e revolvia nesta cruel obscuridade, sem encontrar uma saída. Este tormento era o meu quinhão, dia e noite, e ninguém podia ajudar-me. A minha madrinha acompanhou-me ao médico, que ficava muito distante. Ele disse que eu tinha apanhado uma inflamação nos rins e na bexiga, e que isso atacara o sistema nervoso. Receitou-me medicamentos, mas continuei a piorar e algum tempo depois, o médico mandou-me para o hospital".
Deste modo, esta pobre criança foi submetida, desde os catorze anos, ao mais duro dos martírios. Passou os anos seguintes ajudando nos trabalhos domésticos, sendo essa actividade apenas interrompida pelos tratamentos médicos e por curtas estadias no hospital. Como se esses sofrimentos não bastassem, teve que mandar arrancar os dentes porque um médico pensou que eles eram a causa dos seus sofrimentos. Isto, porém, não levou a nenhuma mudança no seu estado; foi apenas, para a pobre, um sofrimento suplementar.
A Divina Providência deu-lhe então um homem sem fortuna, mas honesto. Casou com ele em 1962, embora a princípio a família a tivesse dissuadido de o fazer. Esta mulher e mãe, na casa dos quarenta anos, deu à luz quatro encantadoras crianças. Durante a gravidez e os partos não experimentou quaisquer melhoras nos seus inexplicáveis sofrimentos. Pelo contrário. Mais enfraquecida que nunca foi levada para clínicas e casas de repouso, mas por fim os especialistas de uma clínica de grande nomeada, mandaram-na para casa, como uma pessoa mentalmente sã, mas considerando-a um caso inexplicável.
Injecções, electrochoques e outros tratamentos, ocasionaram-lhe maiores e insuportáveis sofrimentos, interrompidos apenas por fugidios raios de luz. Por volta de 1972, (então com 35 anos), registrou ligeiras melhoras. Ela escreveu a este propósito:
" Descobriu-se, por acaso, que sofria duma falta total de fósforo. Tomei umas cápsulas e, de facto registraram-se melhoras, no meu estado geral. Até que ponto era fósforo, até que ponto era a vontade de Deus que me dava finalmente alívio? Não sei! Consegui dormir, se é que se pode chamar dormir a um mero passar pelo sono ou, quando tudo ia pelo melhor, dormitar. Os estados de angústia eram cada vez mais raros, sentia de novo vontade de rir e podia já fazer normalmente os meus trabalhos caseiros. O meu marido andava radiante, mas não havia ninguém que se sentisse mais aliviado do que eu. Podia ter novamente dois filhos comigo, o que me dava uma enorme alegria. Louvei e glorifiquei o Senhor por ter sido finalmente liberta, mas nem por isso deixei de compreender que o sofrimento, por maior e mais esmagador que seja, pode ser sempre uma graça. Por isso, pensava muitas vezes que Ele sabia a razão de me ter conduzido através desta noite."

EXORCISMOS E REVELAÇÕES

Em 1974, sobreveio uma grave recaída. " A minha irmã levou-me a casa de um bom homem que já tinha prestado ajuda a muitas pessoas. Na sua presença, senti bruscamente uma sacudidela no braço, sem que eu o tivesse movimentado. O homem disse de repente: 'Penso que a senhora está possessa. Em seguida, fui ter com um Sacerdote, que se mostrou muito céptico, mas que apesar disso, fez um exorcismo. Então, ele declarou-me que todos os sinais indicavam que se tratava de possessão."
Finalmente, depois de difíceis exorcismos e de muitas orações, um exorcista experimentando conseguiu romper a barreira. Depois de vários exorcismos, os demônios e as almas condenadas, com certos intervalos, foram-se revelando. Conseguiu-se mesmo uma libertação temporária, mas todos os demônios voltaram. Pediu-se a um Bispo para dar autorização a um exorcismo oficial e para tomar a responsabilidade. No dia 8 de Dezembro de 1975, cinco exorcistas obtiveram autorização para o Grande Exorcismo. Seguiram-se outros, de carácter mais limitado, em que estiveram presentes, no máximo, três Padres. As revelações feitas no decurso destes exorcismos pelos demônios, sob as ordens da Santíssima Virgem, são as que se encontram na presente obra.

SITUAÇÃO PRESENTE

Os pais confirmaram, em algumas frases escassas e sucintas, certas datas da vida da sua filha. Tanto eles como ela ignoram até 1974 a origem dos seus indizíveis sofrimentos. Tudo tentaram, quer através da Medicina, quer da Psiquiatria, para que a filha pudesse ter alívio e curar-se. Tudo em vão. Restou-lhes unicamente o caminho da oração.

O que mais impressiona na casa paterna é a simplicidade e o horror a qualquer idéia de maravilhoso e espetacular. A origem dos sofrimentos da filha é para eles inexplicável e entregam-se confiantemente à oração, numa submissão total à vontade de Deus. Os numerosos documentos, como cartas, registros gravados e fotografias tiradas durante os exorcismos, estão à disposição da Igreja, para uma investigação canônica.

A Divina Providência nem sequer permitia os seus amigos ou vizinhos se interessarem sobre o que estava a passar-se. A sua possessão só se manifesta na sua vida interior e, embora seja cruelmente atormentada durante noites inteiras, pode durante o dia desempenhar as suas tarefas domésticas.

Desde 1975 que não freqüenta a Igreja e é horrivelmente assediada pelos demônios, em diversas partes da Santa Missa, à benção ou quando se encontra em contacto com relíquias ou objectos benzidos. Sempre que possível, é semanalmente visitada por um Sacerdote que lhe ministra os Sacramentos.

OS PLANOS DE DEUS

Os sofrimentos expiatórios que esta mulher aceita com tanta generosidade, a miséria interior que suporta e o total abandono em que vive, particularmente nos dias que se seguem aos exorcismos, em união com os sofrimentos de Cristo, com a sua agonia e abandono, decerto muito contribuirão para a salvação das almas. A grande preocupação desta alma reparadora é a de não entravar, por sua culpa, as revelações feitas ao nosso tempo, pelos demônios, sob as ordens da Rainha do Céu e da Terra, e não permitir assim que, por negligência e descuido, muitas almas, que poderiam salvar-se, sejam condenadas para sempre.

Pedimos a todos os leitores destas linhas uma oração muito especial por intenção desta alma tão sacrificada.

3

TESTEMUNHOS

TESTEMUNHO DO REV.º PADRE RENZ *

Devido ao empenhamento de um irmão espiritual da companhia de Jesus, o Padre Rodewyk SJ, acedi a um convite para me deslocar à Suíça onde, juntamente com outros Padres, fiz cinco exorcismos, seguindo o método de S.S. Leão XIII, de 10 de Junho à 13 de Julho de 1977, à possessa.
De acordo com a minha experiência nestes assuntos estou convencido de que, no presente caso, se trata de possessão e que as revelações feitas pelos demônios resultam do comando e da coacção evidente de um poder superior. Isso não impede que os demônios resistam continuamente a essa imposição. O calvário extremamente doloroso da possessa, desde há vinte e quatro anos, a sua aceitação dos sofrimentos enviados por Deus, as muitas orações de um grande número de pessoas e o conteúdo das revelações feitas, são garantias de que elas são queridas por Deus e por Maria, Mãe da Igreja.
Naturalmente que todas as comunicações sobre a verdadeira doutrina da Igreja e a sua situação actual, têm que ser examinadas. A oposição levantada contra as revelações presentes, denuncia a vontade destruidora dos demônios. O conteúdo do livro tem como objectivo uma sólida renovação da Igreja. Aliás, não é a primeira vez que Deus e a Santíssima Virgem se manifestam à Igreja através dos demônios, como o prova a conhecida obra Sermões do demônio, de Niklaus

Wolf von Rippertschwand (13 de Junho de 1977).

· O Padre Arnold Renz, SDS, nasceu em 1911 e foi ordenado Sacerdote em Passau, em 1938, como membro da Ordem dos Salvatorianos. De 1938 até 1953 trabalhou como missionário em Fuklen (China). De 1954 a 1963 foi pároco e director espiritual de várias paróquias e institutos religiosos. A partir de 1965 a até 1976 foi pároco em Rueck-Schippach St. Pius (em Spessart, Diocese de Wurzburg). O Bispo Stangl, de Wurzburg, encarregou-o do caso de possessão de Anneliese Michel, em Klingenberg. Em seguida, voltou para a paróquia.

TESTEMUNHO DE DENKINGER,
JOVEM TEÓLOGO

Testemunho de um jovem teólogo, que analisou directamente o texto do livro, antes da impressão definitiva.
" Depois duma leitura crítica da presente obra, depois de ouvir algumas das gravações, depois de uma visita à mulher em questão, só me resta declarar o seguinte: - Estou absolutamente convencido da autenticidade Divina das revelações aqui publicadas. Eu e a minha teologia moderna temos de nos render perante uma humildade tão grande, como a que ressalta dos textos".

Johannes Denkinger (Teólogo diplomado, Olten)

ALGUMAS OBSERVAÇÕES E ESCLARECIMENTOS

Os demônios são forçados pelo Céu a falar, contra vontade, sobre a Igreja e a sua situação actual, de tal modo que as suas declarações contrariam o seu reino e favorecem o Reino de Cristo. No seu ódio, os espíritos infernais evitam, na maior parte das vezes, pronunciar o nome de Maria, da Bem-Aventurada, da Virgem ou de Mãe de Deus. Referem-se à Virgem Santíssima como : "Ela lá em cima." Também não dizem: "Maria assim o quer", mas, "Ela quere-o", "Ela força-nos", "Ela manda dizer." Do mesmo modo rodeiam, de diversas maneiras, o nome de Jesus e da Santíssima Trindade. Muitas vezes sublinham as suas palavras com um gesto do dedo da possessa, apontando para cima ou para baixo.
Quando os demônios exigem orações, por exemplo, quando dizem que é necessário recitar uma oração, ou orações, antes de falarem, é claro que este pedido não resulta de um desejo do inferno, mas do Céu, que o exprime por intermédio dos demônios. Durante as revelações feitas por sua boca, a possessa foi violentamente atormentada por dificuldade em respirar, convulsões, perturbações cardíacas e crises de sufocação. Daí o carácter muitas vezes irregular das frases. Como estes exorcismos contrariavam o inferno, os demônios recusaram-se muitas vezes em continuar a falar. Além disso, punham objeções diversas, rosnavam, gritavam, troçavam e cinqüenta por cento destes apartes foram omitidos por questões de brevidade e simplificação mas, no conjunto, a luta foi muito mais dura e prolongada do que o leitor poderá imaginar. É preciso ter isto bem presente para não cometer o erro de pensar que estas graves revelações foram obtidas facilmente.

ÁTRIO

OS EXORCISTAS

Os Sacerdotes, cujos nomes se seguem, declaram que, baseando-se no seu conhecimento pessoal do caso de possessão, estão absolutamente convencidos da autenticidade das revelações feitas pelos demônios, sob a ordem da Santíssima Virgem.

Padre Albert d'Arx, Niederbuchsiten
Padre Arnold Egli, Ramiswil
Padre Ernest Fischer, Missionário, Gossau
Padre Pius Gervasi, OSB, Disentis
Padre Karl Holdener, retirado, Ried
Padre Gregor Meyer, Trimbach
Padre Robert Rindere CPPS, Auw
Padre Louis Veillard, retirado, Cesneux-Péquignot

Os Sacerdotes são todos de nacionalidade Suíça, excepto o Padre Fischer, que é alemão. Todos participaram nos exorcismos, salvo o Padre Gregor Meyer, que durante algum tempo foi o diretor espiritual da senhora atacada e que a conhece, muito bem. Dois outros Padres, de nacionalidade francesa, participaram também nos exorcismos.

NOTE BEM: Apesar do testemunho dos Sacerdotes envolvidos e de outros peritos, desejamos declarar, de acordo com o decreto do Papa Urbano VIII, que a este documento só se pode dar uma fé humana. Submetemos a totalidade do texto ao juízo supremo da Santa Igreja.

OS EXORCISMOS

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EXORCISMO DE 14 DE AGOSTO DE 1975

Contra: Akabor, demônio do Coro dos Tronos (A)
Allida, demônio do Coro dos Arcanjos (AL)

Em todos os exorcismos, os preparativos eram intensos e compreendiam orações especiais do ritual Romano, consagrações, Salmos prescritos, o Rosário, Ladaínhas, Exorcismos, etc... Os Sacerdotes exorcizam demônios previamente identificados.

Exorcista (E): Demônio Akabor, nós, Sacerdotes, representantes de Cristo, ordenamos-te, em nome da Santa Cruz, do Preciosíssimo Sangue, das Cincos Chagas, das catorze estações da Via Sacra, da Santíssima Virgem Maria, da Imaculada Conceição, de Lurdes, de Nossa Senhora do Rosário de Fátima, de Nossa Senhora do Monte Carmelo, de Nossa Senhora da Grande Vitória de Wigratzbal, das Sete Dores de Maria, de São Miguel Arcanjo, dos nove Coros Angélicos, do Anjo da Guarda desta mulher, de São José terror dos espíritos malignos; dos Santos Padroeiros desta mulher, de todos os Santos Anjos de Guarda e Anjos dos Sacerdotes, de todos os Santos do Céu, especialmente de todos os Santos Exorcistas, do Santo Cura d'Ars, de São Bento, dos servos e servas de Deus, Padre Pio, Teresa de Konnersreuth, Catarina Emmerich, de todas as Almas do Purgatório, e em nome do Papa Paulo VI, ordenamos-te, então, Akabor, como Sacerdotes de Deus, em nome de todos os Santos que acabamos de invocar, em nome da Santíssima Trindade, do Pai, do Filho, e do Espírito Santo, volta para o inferno.*

* Estas invocações e outras foram constantes e repelidas. Para facilitar a leitura, suprimiram-se, ressalvando-se, no entanto, que os Sacerdotes sempre as fizeram, insistindo nas que se revelaram como mais eficazes.

O INFERNO É HORRÍVEL

A - Tenho ainda que falar...
E - Diz a verdade e só a verdade, em nome da Santíssima Trindade, da Santíssima Virgem Maria da Imaculada Conceição(...).A - Sim, em seu nome, e em nome dos Tronos de onde venho, tenho ainda que falar.
Eu estava nos Tronos. Eu, Akabor, tenho que dizer (respira ofegantemente e grita com uma voz horrível) como o inferno é horrível. É muito mais horrível do que se pensa. A Justiça de Deus é terrível; terrível é a Justiça de Deus! (grita e geme).
E - Continua a dizer a verdade, em nome da Santíssima Trindade (...) diz o que Deus te ordena.
A - O inferno é bem pior do que a primeira vista e superficialmente poderíeis pensar; a justiça... e naturalmente também a Misericórdia estão lá, mas é preciso muita confiança, é preciso rezar muito, é necessária a confissão, tudo é necessário. Não se deve condescender facilmente com os modernismos. O Papa é que diz a verdade.
E - Continua, em nome da Santíssima Trindade, da Santíssima Virgem Maria, da Imaculada Conceição! Continua em nome dos Santos Tronos! Continua!

A JUVENTUDE É ENGANADA

A - Os lobos estão agora...
E - Diz a verdade, só a verdade, em nome (...).
A - Os lobos estão agora no meio de vós, mesmo no meio dos bons.
E - Diz a verdade, só a verdade! Nós te ordenamos em nome (...).
A - Como já disse, tomam a forma de Bispos e Cardeais.
E - Continua a dizer a verdade, em nome (...).
A - Digo isto bem contra a minha vontade. Tudo o que digo é contra a minha vontade. Mesmo a juventude... a juventude é enganada. Pensa que poderá com algumas...
E - Diz a verdade, em nome (...), tu não podes mentir!
A - Com algumas obras caritativas alcançar o Céu, mas não pode, não! Nunca!
E - Continua a dizer a verdade, em nome dos Santos Tronos, a verdade total em nome (...).
A - Os jovens devem, embora me custe muito tenho que dizer...
E - Continua a dizer a verdade em nome da Santíssima Trindade! Tens de dizê-la, em nome (...).

COMUNHÃO NA BOCA

A - ...Devem receber convenientemente os sacramentos... fazer uma confissão verdadeira e não apenas participar nas cerimônias penitenciais e na Comunhão. A Comunhão, o celebrante deve dizer três vezes "Senhor eu não sou digno", e não uma vez só. Devem receber a Comunhão na boca, e não na mão.
E - Diz só a verdade em nome do Preciosíssimo Sangue, da Santa Cruz, da Imaculada Conceição...
A - Nós trabalhamos durante muito tempo, lá em baixo (aponta para baixo) até conseguirmos que a Comunhão na mão fosse posta em prática. A comunhão na mão é muito boa para nós, no inferno; acreditai!

E - Nós te ordenamos, em nome (...) que digas somente o que o Céu te ordena! Diz só a verdade, a verdade total; tu não tens o direito de mentir. Sai desse corpo! Vai-te!
A - Ela (aponta para cima) quer que eu diga...
E - Diz a verdade, em nome (...).
A - Ela quer que eu diga... que se Ela, a grande Senhora, ainda vivesse, receberia a Comunhão na boca, mas de joelhos, e haveria de se inclinar profundamente assim (mostra como procederia a Santíssima Virgem).
E - Em nome da Santíssima Virgem (...) diz a verdade!
A - Tenho que dizer que não se deve receber a Comunhão na mão. O próprio Papa, dá a Comunhão na boca. Não é da sua vontade que se dê a Comunhão na mão. Isso vem dos seus Cardeais.
E - Em nome (...) diz a verdade!
A - Deles passou aos Bispos, e depois os Bispos pensaram que era matéria de obediência, que deviam obedecer aos Cardeais. Daí, a idéia passou aos Sacerdotes e também eles pensaram que tinham de se submeter, porque a obediência se escreve com maiúsculas.
E - Diz a verdade. Tu não tens o direito de mentir, em nome (...).
A - Não se é obrigado a obedecer aos maus. É ao Papa, a Jesus Cristo e à Santíssima Virgem, que é preciso obedecer. A Comunhão na mão não é de modo algum querida por Deus.
E - Continua a dizer a verdade, em nome (...).

O CULTO À SANTÍSSIMA VIRGEM

A - Os jovens devem habituar-se a fazer peregrinações. Devem voltar-se, cada vez mais, para a Santíssima Virgem; não devem bani-La. Devem... devem reconhecer a Santíssima Virgem e não viver segundo o espírito dos inovadores. Não devem aceitar absolutamente nada deles (grita cheio de fúria). Eles é que são lobos. A esses, já os temos, já os temos bem seguros.
E - Continua, diz a verdade, em nome (...).
A - Os jovens, atualmente, crêem que realizam coisas maravilhosas quando fazem algumas obras caritativas e se reúnem uns com os outros. Mas isso não é muito. É até fácil, quando simpatizam uns com os outros, mas só isso não é nada. É preciso que os jovens façam sacrifícios, que adquiram espírito de renúncia, é preciso que rezem. Devem freqüentar os Sacramentos, devem freqüentá-los ao menos uma vez por mês. Mas a oração e o sofrimento são também importantes. Antes de tudo isto, tenho ainda que dizer...
E - Continua a dizer a verdade, em nome (...), diz o que a Santíssima Virgem te ordena!

IMITAÇÃO DE CRISTO

A - ...antes disto tenho que dizer que o mundo de hoje, mesmo o mundo católico, esqueceu por completo esta verdade: é preciso sofrer pelos outros. Caiu no esquecimento que todos vós formais o Corpo Místico de Cristo e que deveis todos sofrer uns pelos outros (chora como um miserável e geme como um cão). Cristo não realizou tudo na Cruz. Abriu-vos as portas do Céu, mas os homens devem reparar uns pelos outros. As seitas bem dizem que Cristo fez tudo, mas isso não corresponde à verdade. A Paixão de Cristo continua; em Seu Nome, ela continuará até ao fim do mundo (resmunga).

SENTIDO DO SOFRIMENTO

E - Continua, em nome da Santíssima Virgem, diz o que Ela manda que digas.
A - É preciso que ela (a Paixão de Cristo) continue. Têm que sofrer uns pelos outros e oferecer os sofrimentos em união com a Cruz e os sofrimentos de Cristo. Deve-se sofrer em união com a Santíssima Virgem e com todas as renúncias que Ela suportou durante a Sua vida, unir os próprios sofrimentos, nos horríveis sofrimentos de Cristo na Cruz e na Sua Agonia, no Jardim das Oliveiras.
Esses sofrimentos foram mais terríveis do que aquilo que os homens poderão pensar. Cristo, no Jardim das Oliveiras, não sofreu apenas como podereis talvez pensar. Ele foi esmagado pela Justiça de Deus, como se Ele próprio tivesse sido o maior dos pecadores, como se estivesse condenado ao inferno. Teve que sofrer por vós, homens; de contrário, não teríeis sido salvos. Teve de suportar os mais terríveis sofrimentos a ponto de pensar que iria para o inferno. Os sofrimentos foram então tão fortes que Ele se sentiu completamente abandonado pelo Pai Celeste, Suou Sangue, porque se sentiu totalmente perdido para o Pai e abandonado por Ele. Sentiu-se esmagado como se fosse um dos maiores pecadores.
Eis o que Ele fez por vós, e vós deveis imitá-Lo.
Estes sofrimentos têm um valor imenso. Esses sofrimentos, esses momentos obscuros, esses terríveis abandonos, quando se está convencido de que tudo está perdido, e que o melhor é pôr termo à vida. Eu não quero dizer mais, não...(respira com grande dificuldade).
E - Continua a dizer a verdade, em nome (...).
A - é precisamente quando se sofre assim, quando tudo parece estar perdido, quando a pessoa se julga totalmente abandonada por Deus, quando crê ser a mais miserável das criaturas, é então que Deus pode meter a Sua Mão no jogo. Estes sofrimentos, estes horríveis e tenebrosos sofrimentos, são os mais valiosos (lança gritos e uivos terríveis) que existem. Mas é precisamente isto que a juventude desconhece. A maioria dos jovens ignoram-no e é aí que reside o nosso trunfo.

ACEITAÇÃO DO SOFRIMENTO

E - Continua a dizer a verdade, em nome (...).
A - Muitos, a maioria, suicídam-se quando se crêem abandonados por Deus e pensam ser as criaturas mais miseráveis. Por mais escura que seja a noite, Deus esta próximo deles, embora eles já não O sintam! Deus está então como se já não estivesse. De facto, momentaneamente, a sua presença deixa de lhes ser perceptível, mas apesar disso devem imitar os sofrimentos de Cristo, sobretudo os que Ele chamou a sofrer muito. Há muitos que, então, pensam que já não são normais a maior parte é -o e então capitulam, capitulam muito mais facilmente. Pensam então que têm que se suicidar, porque já ninguém os compreende. É o nosso triunfo. A maioria vai para o Céu, mas apesar disso, é o nosso triunfo, porque...
E - Continua em nome (...).
A - Não cumpriram a sua missão, deveriam ter continuado a viver.
E - Continua em nome (...).
A - No mundo de hoje há cruzes extremamente pesadas. É Ela que o manda dizer (aponta para cima). Essas cruzes são muitas vezes mal suportadas. Cruzes visíveis, como o cancro, defeitos físicos ou outras enfermidades, são muitas vezes mais fáceis de suportar que as angústias ou noites do espírito que muitas pessoas têm de agüentar actualmente.
Ela, lá em cima (aponta para cima), manda dizer o que já uma vez transmitiu através duma alma privilegiada: "Eu enviarei aos meus filhos sofrimentos tão grandes e profundos como o mar."* Esses a quem foram destinadas cruzes tão pesadas - alguns são escolhidos de há muito - não devem desesperar.
E - Em nome da Santíssima Trindade, do Pai, do Filho e do Espírito Santo, diz Akabor, o que a Santíssima Virgem te manda transmitir!
A - Estas cruzes que acabo de referir, são cruzes que parecem inúteis e absurdas. Podem levar ao desespero. Muitas vezes, parecem impossíveis de suportar, mas são essas as mais preciosas. Eu, Akabor, quero ainda acrescentar: Ela (aponta para o alto) quer gritar a todos esses que carregam uma Cruz: "Coragem! Não desanimeis!" Na Cruz está a salvação, na Cruz está a vitória. A Cruz é mais forte que a guerra.
E - Continua em nome (...).

* Trata-se aqui da mensagem de Marienfried, dada na Alemanha em 1945. Cfr. o livro "A Paz de Maria" das edições ACTIC, que apresenta essas Mensagens.

O MODERNISMO

A - O modernismo é falso. É preciso virar as costas ao modernismo. É obra nossa, vem do inferno. Mesmo os Sacerdotes que difundem o modernismo nem sequer estão de acordo entre si. Ninguém está de acordo. Só este sinal vos deveria bastar.
E - Continua, em nome da Imaculada Conceição! Diz a verdade, em nome (...).
A - O Papa é atormentado pelos seus Cardeais, pelos seus próprios Cardeais... está rodeado de lobos.
E - Diz a verdade em nome (...).
A - Se não fosse assim, poderia dizer mais, mas ele está como que paralisado. Já não pode fazer muito; agora, já não pode fazer muito. Deveis rezar muito ao Espírito Santo, rezar agora e sempre ao Espírito Santo. Então, compreendereis no mais profundo de vós mesmos o que é preciso fazer. Aconteça o que acontecer, não vacileis na vossa antiga fé. Devo dizer que este Segundo Concílio do Vaticano não foi tão bom como se pensa. Em parte, foi obra do inferno.
E - Diz a verdade, em nome (...).

A SANTA MISSA: "POR MUITOS"

A - Sem dúvida, que havia certas coisas que precisavam de ser mudadas, mas a maior parte, não. Acreditai-me! Na Liturgia não havia praticamente nada que necessitasse de ser mudado. Mesmo as leituras e o próprio Evangelho não deviam ser lidos em línguas nacionais. Era bem melhor que a Santa Missa fosse celebrada em latim. Considerai por exemplo, a Consagração; basta a Consagração, é típico. Na Consagração empregam-se as palavras: "Isto é o Meu Corpo que será entregue por vós." e, em seguida, diz-se "Este é o Meu Sangue que será derramado por vós e por muitos." Foram estas as palavras de Cristo.
E - Não é correcto dizer "por todos?" Diz a verdade, em nome (...)
A - Claro que não! As traduções nem sempre são exactas e esse é sobretudo o caso de "por todos." Não se deve e não se pode dizer "por todos"; deve dizer-se "por muitos." Se o texto não está correcto, já não encerra a plenitude de graças. Claro que a Santa Missa continua a ser válida, mas o canal de graças corre agora parcimoniosamente. E a Consagração já não acarreta tantas graças como quando o Sacerdote a pronunciava convenientemente, de acordo com a Tradição Antiga e com a vontade de Deus. É preciso dizer-se "por vós e por muitos",* tal como Cristo disse.
E - Então não é verdade que Cristo tenha derramado o Seu Sangue, por todos? Diz a verdade, em nome (...).
A - Não. Ele bem desejou derramá-lO por todos, mas de facto ele não foi derramado por todos.
E - Por que muitos O recusaram? Diz a verdade, em nome (...)
A - Exactamente. Assim, Ele não derramou o Seu Sangue por todos, pois não O derramou por nós, os do inferno.**
E - Diz a verdade, em nome (...).
A - O novo ordinário da Missa - os Bispos mudaram a Missa Tridentina - a nova Missa, não corresponde exactamente à vontade d'Eles, lá em cima (aponta para cima).
E - Que é isso de Missa Tridentina? É a Antiga Missa prescrita pelo Papa São Pio V? Diz a verdade, em nome (...).
A - É a melhor que existe, é a Missa-tipo, a verdadeira e a boa Missa (geme).***
E - Akabor, diz a verdade, em nome e sob as ordens da Santíssima Virgem! Nós ordenamos-te que digas tudo o que Ela te encarregou de dizer!
A - Tudo o que disse foi contra a minha vontade, mas a isso fui obrigado. Foi Ela, lá em cima (aponta para cima) que me forçou (rosna).
E - Tens ainda alguma coisa a acrescentar, em nome (...). Fala, e intimamos-te a dizer a verdade!

* Na Missa de Paulo VI, em Latim conservou-se a formula correcta.
De facto, aí se diz: " Pro multi", ou seja por muitos. As traduções, inclusivamente a portuguesa, atraiçoaram o texto e puseram uma palavra inexistente: " por todos."

** De certo Cristo teria resgatado os demônios, se isso tivesse sido possível. Não sendo esse o caso, é evidente que o Seu Sangue não foi derramado pelos demônios. Em principio, a Redenção de Cristo destinava-se a todos os homens, mas na prática estava limitada pela sua liberdade de recusa. Assim o Sangue de Cristo não aproveitou àqueles que O recusaram, deste modo e por sua culpa, foram condenados no inferno, onde partilham do destino irrevogável dos demônios.

*** A celebração desta Missa de São Pio V foi autorizada pela Santa Sé num documento assinado por João Paulo II.

O ECUMENISMO

A - Na época que atravessamos não se deve obedecer a Bispos modernistas. Vivemos na época a que Cristo se referiu, dizendo: " Surgirão muitos falsos cristos e falsos profetas" (Mc.13-22). São eles os falsos profetas! Já não se pode acreditar neles; em breve, já ninguém os poderá acreditar, porque ele... porque eles... aceitaram excessivas novidades. Nós estamos neles, nós, os lá de baixo (aponta para baixo), é que os incitamos. Muito tempo passámos em deliberações, para ver como destruir a Missa Católica.
Já Catarina Emmerich, há mais de cem anos, dizia: " Foi em Roma..." Numa visão, ela viu Roma, o Vaticano. Viu o Vaticano rodeado por um fosso profundíssimo, e do outro lado do fosso estavam os descrentes. No centro de Roma, no Vaticano, encontravam-se os Católicos. Estes atiravam para esse fosso profundo os seus altares, as suas imagens, as suas relíquias, quase tudo, até o fosso ficar quase cheio. Essa situação... esses tempos, vivemô-los agora (grita com uma voz medonha).
Então, quando o fosso ficou cheio, os membros das outras religiões puderam realmente atravessá-lo. Atravessaram-no, olharam para dentro do Vaticano, e viram como os católicos de hoje, a Missa moderna, pouco tinha para lhes oferecer. Abanaram a cabeça, voltaram as costas e foram-se. E muitos de entre vós, católicos, são suficientemente estúpidos para ir ao encontro deles. Mas eles não dão um passo na vossa direcção.
Quero ainda acrescentar mais qualquer coisa.
E - Diz a verdade, em nome (...).

A LITURGIA

A - Na Missa Tridentina fazia-se o Sinal da Cruz trinta e três vezes, mas agora faz-se muito menos vezes: duas, três, quando tudo vai pelo melhor. E na última, na benção final, já não é necessário ajoelhar (grita e chora de desespero). Podereis imaginar como nós ajoelharíamos ... como nós cairíamos de joelhos, se porventura pudéssemos? (geme e chora).
E - É correcto fazer o Sinal da Cruz trinta e três vezes, durante a Santa Missa? Diz a verdade, em nome (...).
A - Não é só correcto, como também obrigatório. É que assim nós não conseguiríamos ficar, pois seriamos obrigados a fugir da Igreja. Mas, assim, ficamos.
Devia também restabelecer-se a cerimônia da aspersão. A aspersão com água benta obriga-nos a fugir e o mesmo se passa com o incenso. Era também preciso voltar a queimar-se incenso. Era bom que depois da Santa Missa se recitasse a Oração a S. Miguel Arcanjo, três Ave-Marias e a Salve Rainha.

E - Diz a verdade, diz o que tens a dizer, em nome (...).
A - Os leigos não devem dar a Sagrada Comunhão (dá gritos horríveis), de modo nenhum!! Nem sequer as religiosas. Nunca! Pensais que Cristo teria confiado essa missão aos Apóstolos, se as mulheres e os leigos também o pudessem fazer (geme)? Sou obrigado a dizer isto! Allida, ouviste Allida, ouviste o que me obrigaram a dizer? Allida, tu também podes falar! (O outro responde encolerizado: Fala tu!)
E - Já acabaste Akabor, em nome (...) disseste tudo, disseste toda verdade?
A - Ela, lá em cima (aponta para o alto), não permite que eu seja atormentado pelo velho (lúcifer), porque eu sou obrigado a dizer estas coisas por vós e pela Igreja. Ela não o permite... e ainda bem! Mas isto não é bom para os lá debaixo (aponta para baixo), não é bom para nós (grita e geme).
E - Em nome da Santíssima Virgem, continua. Tens ainda alguma coisa a dizer? Pelo poder dos Santos Tronos, teus antigos companheiros, tens alguma coisa a acrescentar? (Após sete horas de oração e seis horas de exorcismo sem beber nem comer, algumas das pessoas presentes sentem-se fatigadas).
A - Podeis ir-vos embora. Ficaremos contentes, se vos fordes. Ficaremos contentes. Ide-vos!
E - Continua a falar! Em nome da Santíssima Virgem fala! Diz o que Ela te ordena, em nome (...).
A - Porque disse tudo isso, porque fui obrigado a dizê-lo. Ela concede-me ainda uns momentos. Tens que recitar três vezes: " Santo, Santo, Santo...". (As pessoas presentes recitam a oração).
E - Em nome da Rosa Mística..., Akabor, diz o que a Santíssima Virgem te encarregou de dizer!
A - Ela encarregou-me de dizer o que eu fui obrigado a dizer e o que disse. Tudo o que revelei, foi contra a minha vontade (chora despeitado).
E - Em nome..., disseste tudo?
A - Sim!

EXPULSÃO DE AKABOR

E - Nós te ordenamos agora, Akabor, em nome da Santíssima Trindade, do Pai, do Filho e do Espírito Santo, da Santíssima Virgem Maria, do Coração Imaculado de Maria, dos Santos Arcanjos, dos Coros Angélicos, que digas se nos revelastes tudo o que o Céu te tinha mandado dizer! Diz a verdade em nome do Preciosíssimo Sangue!
A - Se ele tivesse sido também derramado por nós, teríamos sido homens. Mas nós não éramos homens. Se fossemos homens, não teríamos sido tão estúpidos. No fundo, ainda tendes mais sorte que nós...
A - Isso não é possível...!
E - Akabor, vai-te em nome (...)! O teu discurso acabou, a tua missão está cumprida. Grita o teu nome e volta para o inferno!
A - Não sou obrigado a ir já. Ela ainda me permite um certo tempo.
E - Tem que sair outro demônio contigo?
A - Não! Eu, Akabor, tenho de ir primeiro, mas tendes que rezar ainda sete Ave-Marias em honra das 7 Dores de Maria. É sob as suas ordens (aponta para o alto) que eu as vou dizer:
1ª - A primeira, pela sua dor na profecia de Simeão: "Uma espada de dor te trespassara o coração."
2ª - Depois, a fuga para o Egito, considerando as lágrimas e os tormentos que Ela então sofreu.
3ª - Perda do Menino Jesus no Templo: imaginemos a angústia que Ela padeceu, pois que Ele era o Filho de Deus.
4ª - Ela encontra Jesus no caminho do Calvário; a humilhação em que Ela viu o Seu Filho.
5ª - A horrível, a mais horrível dor: na Crucificação e morte na Cruz. Quanto Ela não padeceu: lágrimas, angústias, desânimo.
6ª - A descida da Cruz: Aquele Corpo horrivelmente desfigurado, que em conjunto levaram para o túmulo. Em que estado de espírito não terá Ela assistido a tudo isto.
7ª - Finalmente, a deposição no túmulo. A Sua Dor imensa, a sua tristeza. Ela sofreu horrivelmente. (Terminadas as orações, grita com uma voz cheia de ódio):
A - Agora, três vezes:"Santo, Santo, Santo,..." (as pessoas presentes recitam-o
E - Em nome da Santíssima Trindade (...), em seu nome, deves agora voltar para sempre para o inferno, Akabor!
A - (geme e grita com uma voz terrível): Sim...!
E - Em nome (...) grita o teu nome e vai-te para o inferno! Vai-te em nome dos teus antigos companheiros, os Santos Tronos que servem a Deus. Tu nunca serviste a Deus!
A - (gemendo): Eu bem queria servir a Deus, mas lúcifer não o quis.
E - Tens que te ir agora. Nós, Sacerdotes, te ordenamos em nome da Santíssima Trindade, do Pai, do Filho, e do Espírito Santo. Tens de te ir embora, em nome do Coração de Maria e em nome das Sete Dores de Maria.
A - (grita como louco, cheio de desespero).
E - Em nome (...) vai para o inferno! Grita o teu nome!
A - A-KA-BOR (grita o nome chorando). A-KA-BOR!!
E - Vai para o inferno e não voltes mais, nunca mais, em nome (...).
AL - Agora, é Allida quem fala.
E - Em nome da Santíssima Trindade, nós te ordenamos, que nos diga Allida, se Akabor partiu.
AL - Ele cá já não está. Partiu. Lúcifer e a sua pandilha vieram buscá-lo.




Exorcismo contra: Judas Iscariotes (alma condenada)



Exorcismo contra Belzebú, demônio do coro dos Arcanjos








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