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Depeche Mode

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Décadas: 80, 90

Estilos: Synth Pop, Synth Rock, Alternative Dance

Martin Gore, David Gahan e Andrew Fletcher

É um grande prazer escrever sobre esta banda, principalmente por ser a minha favorita! E embora muitos digam que a década de 80 foi a "década que o bom gosto esqueceu", acho que explosão do House, bandas como Duran Duran, Depeche Mode, etc. e os vídeogames Nintendo são ótimos frutos desta época, que já parece ir tão longe...

Em 1976, os guitarristas/vocalistas Andrew Fletcher e Martin Gore junto com o tecladista Vince Clarke, estavam muito ocupados com seus projetos musicais do tipo "faça você mesmo", concepção criada pelo movimento Punk. Eles frequentavam a mesma escola em Basildon, uma cidade do condado de Essex, Inglaterra. Lá, eles já eram bem conhecidos por suas apresentações em festas e festivais. Mas, seu som era como uma farra juvenil, sem muita preocupação com técnica.

Por volta de 1979/80, os garotos têm seu primeiro contato com o vocalista Dave Gahan, que cantava em outra banda. Logo, ele viria a se juntar à trupe, depois de receber um convite de Vince. E surgia o Depeche Mode, nome "emprestado" de uma revista francesa de moda. Já em 1981, eles lançam seu primeiro álbum "Speak and Spell". Este álbum veio acompanhado de uma "pequena" mudança filosófica: a troca das guitarras pelos então novos sintetizadores. Era uma escolha sensata, visto o baixo poder aquisitivo dos rapazes. Com os teclados, eles não precisavam de amplificadores e poderiam ensaiar em seus próprios quartos, sem incomodar os vizinhos.

Os dois primeiros singles do álbum foram "Dreaming of Me" e "New Life", que alcançaram boas posições nos top 40 ingleses. Mas, o teceiro single "Just Can't get Enough" viria a se tornar o maior hit da banda, alcançando o 3º lugar nas paradas britânicas. Um feito extraordinário! Tudo isso foi possível graças à Daniel Miller da Mute Records, gravadora da banda até hoje. Agora, nada poderia dar errado. Bem, quase nada. Em 1982, Vince Clarke (principal letrista da banda) resolve deixar o grupo. Não por problemas pessoais mas por ver que a banda estava tomando o caminho do "mainstream", coisa que ele não queria. Seu verdadeiro compromisso era com o experimentalismo. Isso pôs em perigo o futuro do grupo, e um segundo álbum começava a ser necessário. Foi quando Martin Gore assumiu a dura tarefa de produzir 11 músicas para o novo álbum. Segundo ele (que sempre compôs, desde os 13 anos), "por sorte eramos jovens e despreocupados; fomos para o estúdio e o segundo álbum aconteceu!". Ele ainda lembra: "o segundo álbum não era nenhuma obra prima, mas dava para o gasto!".

"A Broken Frame" foi o segundo álbum. As letras de Martin mostravam ser muito diferentes das de Vince, pois possuiam um caráter mais hipnótico e depressivo. Já as de Vince tinham uma forte tendência dançante e desencanada (fato comprovado por seus dois outros projetos: Yazoo e Erasure). Embora toda a poeira já tivesse baixado, tornou-se necessário preencher a lacuna técnica deixada por Vince. Aí, passa a fazer parte da trupe o tecladista e produtor Alan Wilder. Em 1983, é lançado o terceiro álbum "Construction Time Again". Este já mostrava um avanço enorme em relação ao irregular segundo álbum. Alan introduziu as então novas técnicas de "sample" e programação de teclados. O resultado foi uma melodia mais densa, amparada por uma sólida base de sintetizadores e baterias eletrônicas. A esta altura, a banda já era um tremendo sucesso na Europa.

O quarto álbum "Some Great Rewards" seguia o mesmo estilo do anterior. A música "People are People" é o single que, além de sucesso em toda a Europa, chega também aos EUA. O Depeche Mode passa a ser cultudo como uma banda "underground" nos States, tocando insistentemente em rádios piratas. Só que os americanos não conheciam muito do trabalho da banda. Isso fez com que fosse lançado um álbum exclusivo nos States chamado "People are People", que continha singles novos e mais antigos. Em 85, a banda lança a primeira coletânea: "The Singles 81-85".

1986. O novo álbum é "Black Celebration", que torna ainda mais evidente a tendência "dark" dos caras. Logo depois, em 87, é lançado "Music for the Masses" com os singles que viriam a se tornar os mais bem sucedidos da carreira do Depeche Mode. Canções como "Never let me down Again", Behind the Wheel" e "Strangelove" tocaram insistemente nas rádios de todo o mundo. Em 88, é lançado o duplo "101", que é uma gravação ao vivo do show número 101 da turnê "Concert for the Masses". Isso fecha a segunda fase da banda, e também sua contribuição para os anos 80.

A década de 90 foi marcada pela explosão do movimento Grunge e a consolidação do House/Techno como preferência mundial. Neste cenário, o Depeche Mode emerge como uma aclamada banda "alternativa", devido a sua mistura bem dosada de Rock e Dance Music. O álbum Violator de 1990 explode em vendas, fazendo com que estas correspondessem ao público dos shows. Os principais singles foram "Enjoy the Silence", "Personal Jesus", "Halo" e "Policy of Truth".

Após Violator, segue-se um hiato de 3 anos. Os membros da banda estão exaustos e as crises existenciais começam a surgir, principalmente por parte de Alan Wilder e Dave Gahan. Mas o tempo cura as feridas e, em 1993, chega às lojas "Songs of Faith and Devotion". É um álbum completamente fora dos padrões da banda, pois exclui boa parte dos sintetizadores, traz de volta as guitarras e introduz a bateria real. É um disco coeso, bem produzido, que dividiu os fãs da banda: uns odiaram e outros amaram. De qualquer forma, foi uma bem sucedida incursão da banda nas áreas Gospel, Blues e Rock'n Roll.

E começam a surgir os problemas. Primeiro, Alan deixa a banda para se dedicar a seu projeto solo "Recoil". Isso em 1995. Por outro lado, Dave muda-se para a América, onde fica viciado em heroína. Em seu ponto alto, ele chega a tentar o suicídio, ficando no hospital entre a vida e a morte. Parecia que o fim da banda estava próximo, visto que Martin e Fletcher não continuariam com os trabalhos se Dave morresse.

Mas eis que, em 1997, eles resurgem com o excelente álbum Ultra. Dave parece estar completamente regenerado e a banda retorna ao estilo "eletrônico" que a consagrou, usando e abusando dos sintetizadores. E, além disso, grande parte do sucesso de Ultra está na produção de ninguém menos que Tim "Bomb the Bass" Simenon, que imprimiu uma característica própria ao "novo" já consagrado Synth Pop da banda. O resultado foi um som aparentemente retrô mas muito atual. Enfim, um álbum atemporal. Os singles foram "Barrel of a Gun", It's no Good", "Home" e "Useless".

No ano seguinte, é lançado o CD single "Only when I lose Myself" que, além da faixa-título, contava com as instrumentais "Surrender" e "Headstar". No mesmo ano, o Depeche Mode lança sua segunda coletânea, o duplo "The Singles 86-98". Finalmente, uma nova turnê "The Singles Tour", que percorreu toda a Europa e EUA, provando que o Depeche Mode venceu a barreira da descartabilidade e já ocupa um lugar na galeria dos "cults" da música Pop, ao lado de The Cure, Duran Duran, U2, etc...

Em 2001 é lançado o álbum "Exciter". O primeiro single (que pouco tocou aqui no Brasil) foi "Dream On" e, segundo a própria banda, este foi o melhor álbum já produzido pelo Depeche Mode, visto que além de toda a técnica e talento adquiridos ao longo desses 20 anos, o novo trabalho contou com novas habilidades vocais de Gahan, aliados às letras ainda mais densas de Martin Gore. E em 2005, tivemos o lançamento de "Playing the Angel" que voltou a enfatizar mais o lado Pop da banda. Muita gente deve ter notado como "Precious" (primeiro single do álbum) lembra bastante "Enjoy the Silence"...

TRIVIA: É interessante constatar que, após 20 anos de uma carreira bem sucedida, a banda continua fiel à sua gravadora "indie" Mute Records. A Mute é uma das mais importantes gravadoras alternativas da Europa, e seu presidente Daniel Miller foi a pessoa que deu a primeira oportunidade aos então garotos de Basildon. Em todos os álbuns, o nome de Daniel é sempre o primeiro na lista de agradecimentos.

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